Show de luzes na Basilique Notre-Dame de Montréal
O passeio hoje começa com uma caminhada de uns 30 minutos, vou ao Marché Jean-Talon, um dos mercados mais badalados de Montreal e razoavelmente perto da casa em que estou hospedado.
Provavelmente seria menos do 30 minutos, mas eu fico parando no meio do caminho para fotografar o que acho interessante (rs).
Não falei? Olha aí estas casas com escadas na frente!
Li em algum lugar que esta é uma cena típica de Montreal, casas com escadas assim fazem parte da tradição da cidade.
Marché Jean-Talon
Fotografando e andando, chego ao Jean-Talon.
A entrada até estava meio simples, mas aqui dentro o visual muda completamente.
Aqui eles têm o hábito de picar as frutas e deixar à disposição dos clientes para degustação. Nem preciso dizer que experimentei várias delas (rs).
Também experimentei o famoso sirop d’érable.
Eu estava curiosíssimo para saber como era o gosto, já havia lido muito sobre o assunto antes de vir para cá. É um xarope de maple, produzido com a seiva da árvore que têm folhas como a que estampa a bandeira do país. Dele, são fabricados açúcar, balas, manteiga e outros.
Little Italy
A vizinhança do mercado é formada por muitos restaurantes italianos, formam a Little Italy de Montreal.
Estou caminhando pela Boulevard Saint-Laurent, uma grande e famosa avenida da cidade. Como estou na contra-mão do carros, agora vem a confirmação, eu estava mesmo na Little Italy.
Além do arco de boas-vindas, o nome do parque é Parc de la Petite-Italie.
Mile End
É um nome famoso atrás do outro, eu também já havia lido sobre Mile End, onde vim parar agora andando pela Boulevard Saint-Laurent.
Mile End é um distrito do bairro Plateau-Mont-Royal, outro nome que aparece muito nos textos turísticos sobre a cidade.
St-Viateur Bagel Shop
Vim parar na Rue Saint Viateur Ouest, um dos pontos de minha lista sobre o que ver hoje. Quis vir aqui não pela Church of St. Michael and St. Anthony…
…que está fechada, mas porque nesta rua fica a famosa St-Viateur Bagel Shop.
O pessoal aqui gosta muito de bagel, esta padaria é uma das mais badaladas. A fila na porta confirma. Não gosto de filas, mas essa eu não posso perder.
Até que a fila andou rápido, comprei meu primeiro bagel canadense.
Estava fervendo, acabado de sair do forno. Experimento com gosto!
E aí, comendo e andando, vou apreciando a região. As casas e prédios aqui são diferentes daquelas da região em que estou hospedado. Parece até outra cidade! Mas igualmente de bom gosto!
Olha só este condomínio.
Nesta caminhada, acabo chegando ao Mont-Royal, local em que estive ontem. Não tinha ainda percebido que era razoavelmente perto da casa em que estou.
Por falar na casa em que estou, a Aline – a proprietária – trabalha no Beauty’s, vim parar na frente – sem querer, não foi planejado.
Até tenho vontade de entrar, falar um bonjour, mas há muita gente na porta, não quero que pensem que estou furando a fila.
Passo pelo Boulevard Saint Joseph, extremamente amplo. Por isso faço questão de fotografar.
Este é o Park Lahaie, ao fundo a Église Saint-Enfant-Jésus du Mile End.
Lindo o parque, uma sensação enorme de calma e paz.
Ah, a propósito, não guardo e nem anoto estes nomes todos. No momento de escrever o post, repasso o caminho olhando o Google Maps. O que seria de mim sem esta ferramenta!
Esta é a Avenue Laurier, ao fundo o sempre presente Mont-Royal.
Entro agora na Avenue Fairmount, está aqui um local que estava procurando, Wilensky’s Light Lunch.
É um restaurante simples, pelo que li. O sanduíche principal é o Wilensky, um pão tipico com pastrami e queijo, mostarda opcional. No texto que encontrei, a autora falar “é muito bom, de verdade”.
Pois é, hoje é um feriado, Victoria Day. Parece um feriado simples, quase ninguém deixa de trabalhar – a não ser o Wilensky, que está fechado. Pode isso?
Ah, mas nem tudo está perdido, minha fome será resolvida. Alguns metros à frente há uma fila em frente a uma porta, estão vendendo gnochi para viagem. É nesse mesmo que vou, até porque há muita gente, deve ser bom!
O visual é lindo!
O gosto também! Um almoço e tanto!
Fairmount Bagel
Há algumas grandes padarias famosas aqui pelo seu bagel, uma é a St-Viateur Bagel Shop – aquela em que estive há pouco – a outra está bem aqui ao lado, Fairmount Bagel.
Pela fila – mais uma fila, como há filas por aqui – dá para ver que o local é disputado.
Claro, desta vez não vou entrar. Acabei de almoçar e há pouco comi um bagel. Preciso manter a forma!
Um cuidado muito grande que tenho observado é com as bicicletas, é um meio de transporte muito valorizado e utilizado. Agora mesmo estão construindo em uma das transversais aqui uma ciclovia.
Não é uma ciclovia tímida como as que temos em São Paulo, mas uma bem explícita, com parte da rua reservada com canteiro para as bikes.
Le Réseau-Vert
Olha aí mais uma prova do cuidado com as bikes. Passo agora pela Réseau-Vert, um caminho construído ao longo de uma antiga linha de trem – algo semelhante com a High Line de Nova York.
São três quilômetros restaurados e repaginados destinados não só aos ciclistas, mas também corredores e pedestres. Uma motivação e tanto para o exercício.
Tem até obras de arte, esta se chama Conversphere. Fiquei até curioso, mas a placa explicativa ao lado está … pichada. É, vândalos existem no mundo todo!
Pronto, já andei bastante por esta região. Vou agora para um outro lado da cidade.
Place d’Armes
Peguei a linha 55 de ônibus e já estou na Place d’Armes.
É um dos pontos mais visitados na parte velha da cidade.
Tem que ser, os prédios aqui são mais do que belos. Este ao fundo ao direita é o BMO Banque de Montréal, à esquerda o Musée de la Banque de Montréal.
Vou chegar mais perto.
Em um dos cantos da praça, um arranha-céu, 500 Place d’Armes.
Olha só que interessante as estátuas em cada canto na frente do prédio.
Uma placa aqui informa que estes ingleses carregando seus cachorros estão esnobando a Notre-Dame, símbolo da influência religiosa no Canadá. Inspiradas em obras de Hugh MacLennan, estas duas estátuas mostram ironicamente a distância cultural entre canadenses e ingleses. Ironicamente, mesmo em extremos opostos do prédio, os cães estão olhando um para o outro.
Cultura nunca é demais!
No lado oposto, dois ícone históricos, o Édifice New-York Life à esquerda e o Édifice Aldred à direita.
São bonitos demais! Vou chegar mais perto do Édifice New-York Life.
E por fim, e certamente o mais importante, Basilique de Notre-Dame de Montréal.
Ah, essa merece selfie
Outra selfie!
Haverá um show de luzes daqui umas quatro horas na Notre-Dame, já comprei meu ingresso e vou aproveitar – comemorar, na verdade – este tempo para andar pela região.
Ao lado da igreja, o seminário Prêtes de Saint-Sulpice.
Os prédios são bem imponentes.
Este segundo, pela fachada na porta principal, deveria estar ligado aos correios da época.
Este é o Centaur Theatre.
Ninguém é de ferro! Estou ao lado de uma sorveteria, nem penso em resistir. Vou entrar!
Sabor abacaxi com gengibre.
O passeio continua, com picolé na mão!
Já estou um pouco afastado da Notre-Dame, mas ela continua presente!
Place d’Youville
Continuo andando tranquilamente pela região, vim parar agora na Place d’Youville, uma das três grandes praças da Old Montreal.
Na frente da praça, Montreal History Centre.
Andando um pouco mais pela praça, vejo ao fundo o Gérald Godin Building.
Li que é um prédio muito bonito por dentro, é possível visitar pelo menos a recepção. Mas uma placa na frente informa que os serviços de imigração, prestados antes aqui, foram transferidos. O prédio está fechado! Que pena!
Mas, tudo bem, a região compensa. O Gérald Godin Building fica na frente da Place d’Youville, bem na McGill Street. E esta rua é uma verdadeira aula de arquitetura antiga.
McGill Street
Detalhe importante, aqui também a ciclovia tem vez.
Curioso! Mesmo os prédios mais modernos – acho que este da próxima foto é um deles – o bom gosto e beleza prevalecem.
Cheguei à Victoria Square, destaque para um arranha-céu bem em frente!
World Trade Centre Montréal
Quando preparei a viagem para Montreal, li um texto sobre o World Trade Centre Montréal. Aqui também fica a Ruelle des Fortifications, famosa porque no século 18 a rua abrigava parte da muralha que protegia a cidade de Montreal. Pois bem, pensando em preservar a história do local, todos os prédios desse quarteirão foram restaurados e construiu-se um teto de vidro imenso entre eles, criando assim em 1992 um complexo de prédios chamado World Trade Center.
Teto de vidro? Sobre edifícios restaurados? Ah, preciso ver! Vou entrar!
Uau!
E não é só teto de vidro, aqui também está a Fonte de Anfitrite e o seu belíssimo espelho d’água.
O fundo de granito preto reflete as fachadas antigas, é muito bonito!
Vamos andar por aqui.
Tem mais, olha só, um fragmento do Muro de Berlim.
Foi um presente da cidade de Berlim em 1992 pelo 350º aniversário de Montreal. Esse pedaço do muro ficava próximo ao Portão de Brademburgo.
Vamos ver o outro lado da peça.
Puxa, nem dá vontade de sair daqui. Mas há muito o que ver, vamos em frente.
Na saída do World Trade Center, uma boa ideia dos prédios que formam o complexo.
É uma surpresa atrás da outra, vim parar no Palais de Congrés de Montréal, a fachada translúcida é uma homenagem aos vários países do mundo que aqui fazem suas exposições.
Antes de entrar, um passeio na praça em frente, Place Jean-Paul-Riopelle.
Não consigo entender o significado da obra, sei apenas que gosto do que vejo.
Vamos entrar no palácio de congresso.
Puxa! Que sensação de espaço!
Está acontecendo agora uma competição de montagem de robôs! Há muita gente com seus notebooks e protótipos automatizados andando para lá e para cá!
As fotos aqui foram poucas, mas fiquei um tempão no palácio. É muito grande!
Agora estou na Parc de La Presse, uma praça doada pela empresa Power Corporation du Canada, vizinha à sede do primeiro jornal francês na América.
Na praça há uma escultura bem chamativa, Les Touristes.
Foi doação da cidade de Paris por ocasião do 375. aniversário de Montreal. A obra representa a chegada dos primeiros franceses à Montreal e também a continuidade da relação entre os franceses da América e os franceses da Europa.
Interessante, mas fico até meio constrangido, ninguém dá a menor confiança para a obra. Fico até sem jeito de fotografar, mas vamos a mais uma só.
O passeio pela região continua.
Esta próxima foto mostra um prédio de um banco antigo.
Outro banco, com imponentes colunas.
Aqui, um belo exemplo de restauração, o prédio do antigo Royal Bank of Canada. Construído entre 1926 e 1928, o térreo hoje abriga famoso café de Montreal, o Crew Collective & Cafe.
Vamos entrar!
Puxa! É lindo demais!
O café está fechado, mas dá para ver o piso de mármore e o lustre preservados.
Detalhe importante, o nome do espaço – Crew Collective & Cafe – diz tudo sobre este espaço. Aqui não é só um café, mas uma área de trabalho coletivo. Você pode trazer seu notebook e trabalhar aqui, há wifi e inclusive o cliente ganha um bônus se fizer o pedido pelo site. Tecnológico, criativo! Gostei MUITO!
Vamos a mais um foto rápida antes do último evento do dia!
Aura na la Basilique Notre-Dame
Uma estratégia muito boa para valorizar uma igreja e sua riqueza de obras expostas é o destaque. Então, a Notre-Dame exibe um show de luzes que destacam e valorizam altar, estátuas e tudo o que há no interior da igreja.
Comprei meu ingresso há algumas horas, hora de apreciar o show.
Primeiro, para entrar no clima, 20 minutos para você sentar, relaxar e apreciar as primeiras imagens e som.
Depois, mais 20 minutos de show de luzes e som. Não é possível filmar ou fotografar estes momentos – nem poderia, temos mais é que aproveitar o que está acontecendo. Mas, para você ter uma ideia do que vi, aqui está um breve filme exposto pela própria Notre-Dame no YouTube.
Demais! Um belo término de dia de passeio!
Ainda bem que você viu o show de luzes! Lindooooooo!!!!!
Ah, esse eu não iria perder, principalmente quando você me mostrou aí no Brasil um vídeo que viu. Foi realmente excelente, ainda bem que você estava atenta! 🙂
Como deve ter sido interessante o show de luzes@
Mas, o que eu queria destacar, é a certeza de que vc gostaria mto de trabalhar é no espaço restaurado do Royal Bank oferecendo Canadá… rsrs… até eu!
Prima, você tem razão, razão dupla. Primeiro, o show de luzes foi mesmo muito interessante. Segundo, seria uma oportunidade e tanto trabalhar neste espaço do Royal Bank. 🙂