Sempre senti falta de algumas frutas em viagens fora do Brasil, principalmente laranja. Olha só o que encontrei no Casino perto da casa em que estou: mexerica! Que bom! Escrevo este parágrafo enquanto saboreio uma!
Houve um época em que a Cecília – minha mulher – sempre ouvia a rádio Jovem Pan. Sempre que o correspondente de Paris, o Reale Jr., dava notícias, ele encerrava falando algo como “direto da Maison de la Radio, às margens do Sena“. Pois então, por conta desta época quis conhecer a tal Maison de la Radio. É para lá que estou indo agora.
No caminho, já depois de ter saído do metrô, um ponto de ônibus chama minha atenção: uma porta USB. Sim, uma porta USB para você carregar seu celular. Não é o máximo? Nem todos os pontos são assim, esta melhoria começou a ser implantada agora em 2015, li no site Journal du Geek.
Cheguei à Maison de la Radio.
Claro que entrei.
É uma emoção e tanto, principalmente por lembrar de uma época de minha vida e da vida de minha mulher. Até tentei entrar na plateia de um programa de rápido, mas havia apenas 30 lugares disponíveis e já estava lotado.
Bom, vou aproveitar que estou aqui e ver a região. O TripAdvisor fala sobre um tipo de castelo, Castel Beranger.
Os comentários falam sobre um imóvel lindo e fora do circuito turístico. Eu tinha que passar por lá.
Não é exatamente um castelo, mas valeu – e muito – a caminhada. Talvez as fotos não mostrem exatamente a beleza destes imóveis, é impressionante.
Foi bom porque no caminho também encontrei uma feira de rua. E eu gosto muito destas feiras, fazem lembrar aquelas em que vou com meu pai Antonio Aurélio em Franca.
– Olha aí, pai, a feira é meio pequena, nem se compara aquela dos domingos.
De novo consulto o TripAdvisor para ver outras coisas na região, afinal quero aproveitar que estou por aqui. Encontrei uma tal de Ile des Cygnes, que tem até uma reprodução da Estátua da Liberdade. Fica aqui perto, o acesso é pela Pont de Orenelle, a mesma que fica em frente à Maison de la Radio.
É mesmo muito prático viajar com o TripAdvisor, não perdemos tempo com deslocamento, dá para ver tudo de uma vez só.
A descida é por uma rampa bem no meio da ponte!
Olha só que cuidado com o parisiense, há vários equipamentos para exercícios sob a ponte.
Passado por baixo da ponte, do outro lado está a Estátua da Liberdade.
Um texto na base da estátua explica o motivo, foi um presente dado à França pela colônia parisiense nos Estados Unidos, em agradecimento ao acolhimento recebido. O detalhe é que a estátua tem os olhos voltados para Nova York.
Bem ao lado, há também um salgueiro, Saule pleurer,uma árvore muito comum aqui em Paris.
O dia está tão movimentado que tem até balão!
Ilha vista, vamos voltar. Claro que a volta também é linda, vejo a Torre Eiffel sempre presente e uma mais uma vez a Maison de la Radio mais ao longe
Aqui também se repete o caso dos namorados que prendem cadeados com seus nomes nas grades e jogam a chave no Sena. Assim ninguém quebra seu amor!
Durante a caminhada, confiro no TripAdvisor ainda algum outro ponto de interessante. Estou ao lado do bairro Passy, um bairro meio chique, fiquei sabendo mais tarde pelo Loic, o dono da casa em que estou.
Olha que interessante na foto acima o caminho traçado pelo Google Maps para chegar até Passy, a sensação é de caminhada no meio do Sena. É que a Ile des Cygnes em um pequeno braço de terra que vai até a ponte de Bir-Hakeim logo em frente. Deve ser uma sensação boa andar no meio do Sena, vamos lá!
Sensação boa e de muita beleza, olha só a vista!
Há também prédios esquisitos…
… e também mais um exemplo do cuidado com a natureza aqui em Paris. Esta árvore é a Érable trident, um nome que certamente vou esquecer assim que digitar o próximo parágrafo (rs).
O caminho continua lindo, até que depois de uns 10 minutos chego até a ponte de Bir-Hakeim.
A cena das orientais que gostam de ser fotografadas em seus vestidos de noiva perto de monumentos famosos continua…
Também não é para menos, não é? Já pensou uma foto com a Torre Eiffel de fundo bem no dia do casamento?
Caminhar na parte superior da ponte de Bir-Hakeim é um show à parte.
No final a escadaria mostra a importância das bicicletas na cidade, há uma canaleta para o ciclista descer com sua bicicleta – tal como acontece na Marginal Pinheiros em São Paulo, não é, Nélson?
Estou agora na Rue de L’Alboni ainda embaixo da ponte …
… e a subida pode ser difícil.
Ou não! Agora o cuidado é com o parisiense mesmo, e não só com o ciclista ou as árvores como vimos até agora. Há uma escada rolante em pleno ar livre! Que coisa, hein?!?
Enquanto subo a escada rolante, Pesquiso no TripAdvisor o que há de interessante na região. Uma das recomendações fala em uma loja chique, que certamente não é um de meus pontos preferidos. No entanto, os imóveis em que ficam estas lojas costumam ser muito bonitos. Vale a caminhada de 14 minutos!
É bom porque vejo novos prédios…
… e uma bela praça central. Engraçado, tudo até parece bonito, até mesmo esta pracinha (rs).
A Rue de Passy começa a seguir, é uma rua bem comercial: lojas de roupas, sapatos, malas…
… e até a tradicional Monoprix, que vende um pouco de tudo!
Olha só que chique, ou que metido à besta (rs)… Enquanto caminho, meu celular avisa que meu perfil no LinkedIn foi visto. Entrei no programa para ver, os avisos aparecem todos em francês. É que para entrar no clima, mudei a linguagem de meu celular para francês, isso é que ser metido. Ou, talvez, eu prefira dizer que esta é mais uma forma de explorar e melhorar meu francês. Prefiro assim (rs).
Passo ao lado de uma igreja, Élise Notre Dame de Grace de Passy. Nesta não vou entrar, já fui a muitas igrejas até agora, algumas enormes, esta é meio pequena (rs). Noto nas placas que há um Marché de Passy, mais tarde vou tentar encontrá-lo.
Ainda nesta mesma esquina, há o Passy Plaza. Preciso entrar, já tomei muita água, preciso resolver um problema.
O shopping é pequeno, mas valeu a visita porque resolvi o problema. Continuo a caminhada e acho a tal loja chique indicada no TripAdvisor, é a Franck et Fils. Quase entrei, mas na porta há o tradicional segurança que sempre revistas mochilas. Não estou com paciência, até porque esta deve ser uma loja como as outras. Vou em frente.
Encontrei o tal do mercado, mas ele fecha das 11h às 15h. Vai entender estes parisienses. Mas eu entrei assim mesmo, até porque não percebi que as bancas não estavam funcionando. É um mercado pequeno, nem chega perto do mercado de São Paulo, de Porto Alegre ou de Belo Horizonte. Lembra um pouco o mercado do Pinheiros, sem nenhum demérito aqui, estou falando apenas de tamanho.
O TripAdvisor sugere uma continuação de caminhada pela Rue de l’Annociation, um local repleto de restaurantes.
Rua charmosa, mas restaurantes lotados. Passei reto e voltei ao Passy Plaza, agora pela entrada desta rua. Lá dei uma de parisiense comum, comprei almoço no supermercado e comi sentado em um dos bancos do shopping.
Comprei um prato de porco com molho de mostarda. Estava muito bom, eu estava com fome. Comi ao lado de outros parisienses, como o casal aí a meu lado (eu apareço só um pedacinho no canto direito da foto – foi um meio-selfie … rs).
Durante o almoço, pesquisei meu próximo destino, a Apple. Já havia ido a uma no Caroussel du Louvre, agora meu destino seria a Apple Opéra, uma bem maior.
O Google Maps indicou 14 minutos de caminhada. Agora não daria mais para caminhar não, estava andando desde as 10h da manhã, fui de ônibus. Até poderia ir de metrô, mas a vista do ônibus é sempre mais bonita.
Entendi porque Opéra, a Apple fica perto do Opéra Garnier, ou Palais Garnier. Situado no 9o. arrondissement, é um edifício monumental e uma casa de espetáculos muito frequentada. É simplesmente linda!
Os outros prédio na região não ficam atrás!
Seguindo em frente, encontrei não só a Apple, como também as Galeries Lafaytte, o lugar que eu havia planejado visitar depois. Coincidência? Não, eu havia visto no Google Maps que estes dois lugares ficavam perto um do outro. Melhor assim, não é?
Como todas as lojas Apple que vi até agora, esta também está cheia. Hoje eu não queria apenas olhar, vim para comprar uma lembrancinha para minha esposa. O vendedor demorou uma eternidade para me atender, ele estava perdido no meio de tanta gente querendo comprar alguma coisa.
Bom, o fato é que consegui comprar a lembrancinha, espero que minha mulher goste.
Vamos para o próximo ponto, Galeries Lafayette.
Faltam palavras para descrever a beleza do lugar, ainda bem que existem as fotos.
Tem até bandejão (rs).
Se não bastasse o interior, ainda há o terraço com uma bela vista da cidade.
Depois dessa, tenho mais é que ir para casa com esta sensação de um dia excepcional!
Ah, sem esquecer de encerrar o post de hoje com o tradicional mapa particular de pontos visitados.