Dezembro, 21 (4/5) – Pão de Açúcar, Pista Cláudio Coutinho, Palácio do Catete, Villa Aymoré, Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Catedral

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Praia do Flamengo Aeroporto Santos Dumont vistos do alto do Pão de Açúcar

Depois de muitas visitas ao Rio, finalmente chega o dia de visita o famoso Pão de Açúcar. Guardei com carinho esta visita para um dia bonito, com sol forte e céu azul. É hoje!

Pão de Açúcar

A emoção é grande!

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Achava que fosse um único morro, hoje descubro que Pão de Açúcar é um complexo de morros localizado no bairro da Urca composto pelo Morro do Pão de Açúcar (que dá nome ao complexo), pelo Morro da Urca e por outro que não fazia a mínima ideia de sua existência, Morro da Babilônia.

Também estou descobrindo hoje que a subida pelo famoso bondinho é feita em duas etapas, a primeira é a subida ao Morro da Urca. Vamos lá!

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Pronto, chegamos! Estou no topo do Morro da Urca.

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Há muito o que ver aqui, mas prefiro já subir agora ao topo do Pão de Açúcar e na volta olhar esta parte com mais calma. Estou ansioso para chegar lá em cima (rs).

Vamos subir!

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Nossa, tem gente que escala o morro. Puxa, que … diferente!

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Não sei se prefiro o frio na barriga destes escaladores …

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… ou o aperto do bondinho.

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Eu, hein!?! Claro que o bondinho (rs).

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Finalmente o tão esperado Pão de Açúcar. O pessoal já vai deixando seu registro.

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Prefiro registrar de forma mais enfática!

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Nem sei o que fotografar, há muito o que ver aqui. Não sei se olho para trás…

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… se para um local bem distante, e igualmente famoso …

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… ou para frente e lados.

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Ah, essa foto aqui ficou incrível!

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É a praia do Flamengo e o aeroporto Santos Dumont, meu velho conhecido de outras viagens.

Vale uma ampliação, assim consigo enquadrar até a ponte Rio-Niterói.

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Dá para entender porque esse é um dos pontos mais festejados do Rio.

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Preciso provar que estou gostando!

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Depois de tantas fotos do alto, preciso conhecer o espaço aqui em cima.

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Tudo muito organizado! Mas a vista aqui de cima merece mais fotos!

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Mais de perto, mais de longe…

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De fato, aproveitar o Pão de Açúcar é mesclar paisagens, vegetação…

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Também um pouco mais perto e um pouco mais longe.

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E uma beeem mais perto!

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Em meio a tantas árvores assim, não poderiam faltar os macacos.

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E até outros bichos.

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Bom, últimas fotos – nem dá vontade de ir embora – antes de descer.

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Vamos à descida!

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Pronto, voltei ao alto do Morro da Urca. Vou apreciar o Rio nesta altura.

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Aqui também vale curtir árvores e frutos.

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Esta é a Praia Vermelha, bem no pé do Morro da Urca.

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Daqui também o Cristo continua de braços abertos.

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Bem, daqui do topo do Morro da Urca eu poderia descer de bondinho, mas … fiquei tentado a descer uma trilha.

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Não vou negar, fiquei com um certo medo. Já pensou descer uma trilha sozinho? Aí apareceu um grupo de quatro pessoas falando francês, eu perguntei – em francês (rs) – se podia ir junto. Havia um brasileiro com eles, um carioca gente boa, não só concordou com minha companhia, como foi dando dicas sobre o que ver no Rio. Perfeito!

Trilha Cláudio Coutinho

A descida termina na Trilha Cláudio Coutinho, uma que meus amigos Nélson Marli haviam recomendado.

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Mal cheguei e já estou gostando. A pista envolve o Morro da Urca e permite uma bela vista do mar aberto. Que demais!

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Segundo a Wikipedia, a pista foi inaugurada pelo Exército Brasileiro no final da década de 1980 e tem 1,25 km de extensão. Há marcação de distância a cada 50 metros.

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Ainda de acordo com a Wikipedia, a pista – em área militar – é utilizada principalmente por desportistas, corredores e turistas. Também é utilizado para a pesca nas pedras que descem em direção ao mar. É proibida a sua utilização como ciclovia, assim como a entrada de animais domésticos. As crianças só podem entrar acompanhadas por adultos.

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A fauna e a flora no local são ricas, com espécies nativas e exóticas. Diversos exemplares de pau-brasil foram plantados pelos militares.

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Sei que estou colocando muitas fotos aqui, mas é impossível evitar. Olha só a beleza do mar.

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É mesmo paradisíaco!

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Em vários pontos é possível ver as sólidas rochas formam o Morro da Urca.

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Este barquinho no centro da próxima foto dá até vontade de cantar “O barquinho vai…“.

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Olha que interessante, um pedaço do morro se destacou.

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A explicação ao lado diz que o morro está em constante transformação ao longo das centenas de anos, é normal que vento, chuva e mar de vez em quando provoquem fraturas como esta.

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No início da trilha, uma pequena ermida.

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Pronto, fim da trilha. Dá até para acompanhar outras pessoas que vão começar agora seu passeio.

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Por estar próxima a um dos locais mais badalados do Rio, talvez poucas pessoas prestem atenção à Praça General Tibúrcio, mas deveriam. Veja.

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Monumento aos Heróis de Laguna existente aqui é de uma força expressiva muito grande!

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Palácio do Catete

Depois de esta manhã aproveitando a natureza, nada como ver um imóvel preservado. Estou falando do Palácio do Catete, que minha prima Maria Helena falou valer a visita. Vamos lá!

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O palácio foi sede do poder executivo brasileiro de 1897 a 1960 até a transferência para Brasília. A partir de 1970, passou a funcionar aqui o Museu da República.

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Estas águias no alto do palácio explicam o nome Palácio das Águias, algumas vezes usado para referência ao local. Estas que estão aqui hoje não são as águias originais, originalmente fundidas em ferro, que foram substituídas em algum momento por estátuas de musas representando o verão, o outono, a justiça e outros temas. A partir de 1910, as estátuas foram substituídas por novas águias, só que  em bronze – estas que vemos hoje.  As antigas esculturas de ferro foram fundidas para a fabricação dos bancos do jardim que ficam atrás do palácio.

Vamos entrar.

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Nossa, aqui é muito bonito! Confesso que não esperava tudo isso!

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Olha o jardim que fica atrás.

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É público, dá para frequentar sem entrar no palácio, menos … hoje. Pois é, o jardim está fechado para um comemoração de final de ano dos funcionários.

Puxa, justo hoje? Bem, há muito o que ver aqui, vou aproveitar. Pode ser olhando para os lados ou até mesmo para cima.

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Impressionante, olha só a escadaria central.

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Suntuoso, não? Fui procurar na Wikipedia o que era aqui originalmente, descobri que o prédio foi residência do cafeicultor luso-brasileiro António Clemente PintoBarão de Nova Friburgo. Chamava-se inicialmente de Palacete do Largo do Valdetaro e também Palácio de Nova Friburgo. Eram os tempos em que o Rio funcionava como capital do Império do Brasil.

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O projeto do palácio data de 1858, os trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150 da Rua do Catete. A construção terminou oficialmente em 1866, porém as obras de acabamento prosseguiram ainda por mais de uma década.

A riqueza de detalhes das imagens é extraordinária.

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Veja por exemplo esta pintura um pouco acima do centro da foto.

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Vamos chegar mais perto.

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Os deuses são tantos, a pintura é tão intensa, que há aqui ao lado uma explicação detalhada e numerada de cada personagem retratado.

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Isso é que é respeito ao frequentador do museu.

Continuando o belo passeio, é muito bom tanto para os lados …

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… quanto para o alto.

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Claro, sempre é bom também olhar o jardim lá fora.

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Eu já havia olhado do térreo, mas agora estou no primeiro andar. É diferente!

Voltando ao palácio…

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Tenho prestado muito atenção em portas de imóveis antigos, o Palácio do Catete também entra na lista dos melhores.

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Estou aqui pensando no Palácio de Versalhes, um dos mais famosos na região de Paris. Não quero ser nacionalista demais, mas o que vejo aqui neste momento em nada fica a dever.

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Tenho ou não tenho razão?

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Falando em portas…

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Mesmo com a beleza indiscutível interna, o jardim atrai muito a atenção.

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Em 1889, depois que o barão e a baronesa morreram, o filho vendeu o imóvel para um grupo de investidores interessado em fazer um grande hotel internacional aqui. No entanto, a crise econômica da virada do século XIX para o XX  – conhecida como encilhamento – o empreendimento faliu.

Mais tarde, mais exatamente em 1987, o vice-presidente Manuel Vitorino, em exercício por conta de doença de Prudente de Morais, comprou o imóvel e aqui instalou a sede do governo. Oficialmente, o palácio foi sede do Governo Federal de 24 de fevereiro de 1897 até 1960.

De fato, o imóvel é digno de uma presidência da república.

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Vários eventos históricos aconteceram nas salas do palácio:

  • 1909, morte do presidente Afonso Pena;
  • 1917, assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial;
  • 1934, visita e hospedagem do cardeal Eugenio Pacelli, futuro papa Pio XII;
  • 1942, declaração de guerra contra o Eixo na Segunda Guerra Mundial;
  • 1954, suicídio do presidente Getúlio Vargas com um tiro no coração em seu aposento no terceiro andar do palácio.

Meio estranho e fúnebre este assunto, mas aqui está o quarto em que supostamente Getúlio se matou com um tiro no coração.

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É uma sensação de fato estranha! E com ela encerro uma grande visita a um grande local!

Villa Aymoré

Sem saber ainda qual seria o próximo ponto a visitar, vou por um caminho que terminará no hotel em que estou. Só que andando vejo um conjunto de casas amarelas, fico curioso e vou lá ver.

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Fica bem ao lado da Ladeira da Glória. Gostei e pesquiso na internet, descubro que estou na Villa Aymoré, um conjunto arquitetônico eclético construído entre 1908 e 1910 e restaurado para abrigar escritórios-boutique no charmoso bairro da Glória.

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As informações que encontrei na internet foram excelentes, informam que o nome da vila é uma referência aos índios tupinambás. Um dos textos que encontrei conta que nesta ladeira de paralelepípedos, bem antes da Villa Aymoré ser construída, morou a Baronesa de Sorocaba, irmã da Marquesa de Santos –  ambas amantes de D. Pedro I.

Durante as obras de restauração, artefatos da época foram descobertos, assim como um caminho de pedras originais que ligava a casa da Baronesa ao Outeiro, e que passou a ser chamado pelos arqueólogos que acompanharam o restauro de Caminho da Baronesa.

Muito interessante!

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Bem, vila visitada, vamos andando!

Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro

Iria voltar a meu caminho original quando uma igreja no alto da ladeira despertou minha curiosidade. Confiro no Google Maps, é a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.

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Em um primeiro momento, confesso que não fazia ideia como chegar até a igreja, ela parecia inacessível no alto do morro. Mas fui contornando e contornando, acabei chegando.

Que bom estar aqui, o páteo em frente à igreja e sua bela vista já justificam a subida!

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Parece que a igreja está fechada, vou fotografar a parte externa.

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Olha só que bom, bem na parte traseira há uma pequena porta aberta. Vou entrar!

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Nossa, que igreja! Que riqueza de detalhes!

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Vejam as paredes!

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Vamos para o altar.

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Puxa, gostei muito. Hora de sair, mas antes algumas fotos mais da área externa.

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Para passar uma ideia da Ladeira da Glória, a que tive que subir para chegar até a igreja, primeiro uma foto da ladeira lá embaixo, é para lá que vou agora.

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Outra foto, já na metade do caminho, mostra a ladeira acima. Um subidão!

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Há um prédio enorme aqui, todo pichado, que resolvo fotografar.

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Pesquisando na internet, descubro que funciona aqui o Viva Rio, uma empresa social que – nas palavras do site – constrói paz, inclusão e justiça com projetos inovadores em áreas marcadas pela pobreza e pela violência.

Esta parte pichada fica nos fundos, a entrada é pela Rua do Rússel, logo depois da esquina.

Igreja Nossa Senhora da Lapa do Desterro

Vou andando pela Rua do Catete, que vira Rua da Glória, que logo vira Rua da Lapa. Acabo encontrando mais uma igreja, Igreja Nossa Senhora da Lapa do Desterro, que parece bem simples, por isso mesmo vou entrar.

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Simples? Parece que não existe este conceito nas igrejas do Rio, esta é mais uma que visito que impressiona demais pela riqueza interior.

Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro

Por falar em beleza, acredito que estou prestes a ver algo inesquecível, meu próximo ponto a visitar é a Catedral do Rio. No caminho, bem próximo aos Arcos da Lapa, encontro este prédio monumental.

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Aqui funcionou uma fábrica de objetos de ferro, a Fundição Progresso. Desativada nos anos 70, o local hoje  é um centro cultural autossustentável, casa de shows e escola de modelo singular, onde se produz e se exibe arte para cerca de 800 mil pessoas anualmente.

Pena que só descobri isso tempos depois, quando estava digitando este post. Se soubesse, certamente teria entrado.

Por falar em edifícios monumentais, mas sem necessariamente com o viés histórico, é inegável a presença aqui ao lado do Edifício Sede da Petrobrás

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… e do BNDES.

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Todas estas maravilhas arquitetônicas preparam o terreno para a monumental Catedral Metropolitana do Rio, desde a parte traseira (nem sei bem se posso chamar assim este lado)…

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…até a frente.

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Mal posso esperar para ver o interior. Vamos lá!

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Li em algum lugar que o site oficial da Catedral informa que a construção tem 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno. A informação no site oficial também aponta cada vitral com 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2. A igreja tem capacidade para 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.

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Também li que a forma cônica da Catedral tem inspiração em uma pirâmide Maia. Segundo os bispos do Rio, a forma circular e cônica significa a equidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra (cobertura de cabeça) usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes.

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Alguns também dizem que a forma da igreja foi inspirada no Projeto Apolo da NASA, uma representação simbolizando o futuro.

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Uma igreja assim certamente tem um presépio à altura.

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De fato, uma igreja impressionante. Inovadoramente impressionante!

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Uma última foto dos vitrais antes de sair.

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Para encerrar o dia, saindo da Catedral e indo rumo ao hotel, o Palácio Maçônico do Lavradio.

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A escultura dos fieis escutando um padre é muito realista. Pena que a igreja está fechada, senão eu a visitaria com muito gosto.

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