Meu primeiro ponto visitado hoje aconteceu por acaso. Distraído no trem com uma revista sobre Melbourne, não percebi exatamente em que estação estava e desci em um local diferente do pretendido.
Que local!
Parliament House
Já logo pesquiso no Google Maps.
Pronto, estou localizado. Dentre os inúmeros pontos a ver por aqui, a Parliament House é a mais próxima. Estou indo para lá!
Como sempre, colunas em prédios assim são bem imponentes.
Está havendo sessão no parlamento, nada de visita ao prédio. Ou, melhor, dá para visitar as galerias, onde a população pode acompanhar os trabalhos de seus políticos.
Eu vou, mas com a proibição explícita de não tirar fotos.
A meia dúzia de políticos presentes está meio desanimada. Fico só um pouco e tiro uma única foto permitida em um grande salão.
Há tours guiados frequentes quando o parlamento não está em sessão, vou tentar participar de um nos próximos dias.
Vou andando pela região, olha aí o Princess’ Theatre, que maravilha!
Vou até atravessar a rua para ver mais de perto.
Tudo fechado, só uma pequena bilheteria aberta. Melhor continuar andando.
Royal Exhibition Building
Meio sem saber ainda o que fazer, vou olhando o Google Maps e caminhando.
Vejo que estou no Parliament Gardens.
A vista daqui é muito bonita! O céu azul ajuda!
Li que Melbourne é uma cidade amigável aos ciclistas. De fato, há muitas ciclovias por aqui.
Este é o College of Surgeons.
Pronto, sem querer acabei chegando a um excelente lugar, Carlton’s Gardens.
Na verdade, é mais do Carlton’s Gardens, aqui também fica o Royal Exhibition Building. Estes são os jardins do prédio, está escrito!
Embora a vista da região seja bonita a partir daqui…
… quero mesmo ver os jardins.
Aquela placa que vi há pouco diz que os jardins foram inspirados no Palácio de Versalhes, uma grande perspectiva até a chegada ao palácio aqui. Lindo corredor de árvores, veja!
Não quero ser desagradável, mas Melbourne tem uma característica bem ruim, a pobreza. Há muitos mendigos aqui.
É uma situação triste. Não vi mendigos em Sydney, embora tenha visto bastante também em Perth.
Continuando rumo ao palácio, a sensação que também tive no Palácio de Versalhes é a mesma aqui. Vou chegando e o palácio fica cada vez mais presente. A fonte na frente também.
A fonte fica cada vez mais perto.
Daqui da fonte, olhar para trás e ver o caminho percorrido também é uma ótima ideia.
Outra boa ideia é ver a fonte e o palácio ao mesmo tempo.
Pronto, estou no palácio. Claro que não esperava entrar, pelo que li ele só é aberto em ocasiões especiais.
Bom, então vamos ver a fonte deste ponto, de costas para o palácio.
Que vista!
Mesmo fechado, o palácio é bastante admirável.
Para dar uma ideia de distância real, mostro a fonte sem zoom no celular.
Fotografo mais uma placa para mostrar a multidão nos jardins do palácio na época de sua inauguração.
Se não bastasse uma frente bonita, a lateral também é!
É beleza para tudo quanto é lado.
Fitzroy
Bem ao lado do palácio está Fitzroy, um bairro para lá de badalado em Melbourne. Vou caminhar por aqui calmamente e ver o que encontro.
Li que há muitas casas no estilo vitoriano.
É o bairro mais velho de Melbourne, começou lá pelos idos de 1839.
Já lojas e também lanes com arte de rua, claro!
Vamos ver os grafite, ou melhor, arte de rua.
Ah, bonito, hein?!?
As latas de lixo são bem criativas.
Seria esta casa também de estilo vitoriano?
Me atrevo a pensar que sim!
Vejo vários estudantes entrando em um prédio, vou entrar também.
Que ambiente relaxado para ler e estudar.
Aqui é a ACU Melbourne Library, biblioteca da Australian Catholic University. Em algumas salas o ambiente é ainda mais relaxado.
Para não ficar só em salas de relaxamento, há também outras com jeito de biblioteca, uma que tem … livros.
Nesta próxima os computadores prevalecem.
Se tem estudante, tem também restaurante. E com um movimento enorme!
Olha aí o nome da biblioteca, Raheen Library.
Sem sair na rua, já entro em outro prédio, agora da universidade. Não resisto e subo alguns andares para ver salas de aula e corredores.
Para não esquecer o endereço…
… e nem o prédio!
Olha só, uma estação do sistema público de bicicletas.
Fácil usar. Das opções existentes, para mim o aluguel diário seria a melhor. É só pagar três dólares australianos e usar a bicicleta o dia todo, nunca mais de 30 minutos contínuos.
Quem sabe eu ainda use estas bicicletas algum destes próximos dias.
Na lista de pontos que preparei para visitar aqui, um bem curioso é a Third Drawer Down. Estou chegando…
É uma loja com produtos criativos, bem diferentes.
Olha o que aconteceu com os tradicionais potinhos de sal e pimenta.
Não dá para negar a criatividade.
Talvez esta loja traduza bem o espírito do bairro, formado principalmente por gente descolada – segundo um texto que li.
Não só nas lojas está o motivo de uma visita ao bairro, as casas são também imperdíveis.
Olha aí outro prédio da Australian Catholic University.
Pronto, já andei bastante por aqui. Vamos mudar de rumo.
Chinatown
Confiro o City Walks Melbourne e vejo a sugestão de uma visita à Chinatown. Gostei, é para lá que vou, são apenas 13 minutos de caminhada.
O bom de caminhar é ver os imóveis dignos de notas da cidade.
E as igrejas.
Esta é a The Cathedral Church and Minor Basilica of Saint Patrick (ufa), mais conhecida como St Patrick’s Cathedral. Em algum destes dias quero visitá-la.
Hora do almoço, vejo um restaurante com bom movimento, é nele que vou.
Pode não parecer pela imagem, mas o hambúrguer é enorme. Estou na metade e já satisfeito.
Depois de almoçar, nada melhor do que andar. Já nas proximidades de Chinatown, um restaurante orienta divulga seu cardápio. A primeira linha diz Dim Sum!
Fiquei muito contente, agora eu seu o que é dim sum, a Swee lá em Perth me ensinou. Até enviei WhatsApp para ela comentando. E ela respondeu.
Ela é mesmo o máximo!
Os arranha-céu de Melbourne são bem imponentes.
Mas o que me surpreende é o prédio antigo ao lado na foto anterior, Her Majesty’s Theatre. Lá em Perth era His Majesty’s Theathe. Pois é!
Vou olhar novamente, agora com mais atenção só para o teatro.
Parece uma região de teatros, do outro lado da rua o Comedy Theatre.
Ah, não tem como errar, estou chegando em Chinatown.
Logo no início, já presto atenção neste prédio, The Paramount Retail Centre.
Vou entrar.
É uma beleza e tanto aqui dentro.
Do outro lado da rua, mais uma certeza de que estou em Chinatown.
Na sequência, Shanghai Village.
Na minha lista de pontos a visitar, há uma referência à Shanghai Village. Um texto que encontrei afirma que só podemos dizer que conhecemos a culinária de Melbourne depois de experimentar a comida daqui.
Tudo bem, posso até concordar, mas eu já almocei. Não vai dar para entrar!
Em uma das lanes aqui fica o Berlin Bar, também em minha lista.
É um bar diferente, você só entra depois de tocar a campainha para abrir a porta. E depois de entrar, diz o texto que encontrei, parece que somos transportados para a guerra fria na Alemanha. O bar é dividido em leste e oeste, com contraste bem grande entre os dois.
Curioso! Interessante! Criativo! Mas … o bar só funciona à noite, estou no meio da tarde. Puxa, outro lugar que não vou entrar. Tudo bem, Melbourne tem atrações de sobra, vou em frente aqui em Chinatown.
Metropolis Bookshop
Outro ponto de minha lista é uma livraria diferente, uma em que você encontra livros especiais sobre, por exemplo, o ocultismo no rock-n-roll. Nossa, quero ver!
Em meu mapa há uma indicação para entrar em uma lane estreita aqui perto! Então, tudo bem, vou entrar.
O local é um pouco … assustador!
Depois de tentar encontrar a tal livraria, resolvo buscar o endereço mais exato na internet.
Achei, é aqui! Estranho, é uma portinha bem estreita e escura.
Tudo bem, vou entrar.
É tudo meio escuro, meio silencioso, um ambiente meio … de suspense.
Mas aí, no terceiro andar … tudo fica claro, parece até que entrei em outro prédio!
A livraria é ampla, iluminada, repleta de livros.
Embora tenha livros … normais, alguns fazem mesmo justiça à fama do lugar.
Pronto, conheci mais um ponto diferente aqui em Melbourne.
Na descida pela escada, para não perder o costume, arrisco um olhar pela janela.
Aqui embaixo, agora que já conheço o lugar, olho o prédio. Até que é bem normal!
Lojas e lanes de Melbourne
Está em minha lista o Emporium Melbourne, são várias grandes lojas interligadas. As passarelas estão bem aqui na minha frente.
Sei que para alguns isso pode ser uma heresia, mas não vou ter paciência para passear na David Jones e Myer procurando produtos Calvin Klein, Lacoste e afins (rs). Prefiro ir em frente
Assim, consigo ver cenas como esta do Bank of China.
Que máximo, um banco chinês com um cenário totalmente típico. Que respeito ao cliente!
Falando em orientais, esta é a Daiso, uma espécie de 1,99 daqui. Claro, os preços são um pouco (pouco?) maiores.
Vale a pena conferir a loja.
Estou entrando agora no Bourke Street Mall.
Este sim é o paraíso das compras.
Vários prédios antigos foram reformados, reformulados e readaptados para acomodar o comércio.
Aqui tem muitas, muitas lanes. Esta é a Union Lane…
Para uma ideia melhor de uma lane, olho para trás e vejo novamente a Bourke St.
Outra lane, agora mais chique, Causeway Lane.
Voltando à Bourke St, a região é mesmo um show, há prédios bem antigos, como este de 1869.
Aqui está uma arcada, uma das mais famosas, Royal Arcade.
É linda!
Há umas escadas de vez em quando para o subsolo, levam a lojas e casas com nomes bem sugestivos.
Assim é uma das entradas da Royal Arcade.
Os prédios antigos se destacam, como este Public Benefit Bootery.
Havia aqui um antigo posto geral de correio, General Post Office…
… que foi restaurado para ser uma loja, H&M. Essa eu preciso entrar!
O interior da loja dispara o coração.
Escadas restauradas, bem restauradas, são extremamente bonitas.
Vou subir!
Nossa, aqui em cima o visual é ainda melhor.
Seja dentro dos prédios, seja fora, motivo para olhar e apreciar não falta.
Vou entrar em mais uma arcada famosa, The Block Arcade.
Fala, não é bonito demais?
Daqui de dentro, há saídas para as lanes.
Mas vou continuar aqui, ainda há muito o que ver.
Em uma das saídas, Hopetaun Tea Rooms, famosa casa de chá, bolos e doces vários.
Há fila de entrada na porta.
Não quero perder tempo em fila, mas fiquei com uma vontade enorme de tomar café. Melbourne é conhecida por seus cafés, todo mundo aqui anda com um copo de café na mão. Vejo no guia impresso da cidade uma boa referência ao Degraves Espresso Bar, vou procurar.
O Google Maps é uma ferramenta e tanto, mas confesso que mesmo assim fico meio perdido. Muitas vezes não sei se vou para a direita ou para a esquerda, aí sempre pego o celular para ajudar.
Achei a entrada para a Degraves St, é nesta arcada, Centre Way.
Da arcada, vou para a Centre Place.
O nome do lugar é sugestivo…
Cheguei na Degraves St.
É uma rua cheia de mesas … na rua, não na calçada. Li textos falando que é uma das mais movimentadas aqui.
Achei o Degraves Espresso Bar, só que ele mais um restaurante do que um bar. Um conjunto daquelas mesas da calçada é dele, parece que você precisa sentar e pedir o café para o garçom.
Aqui há uma opção chamada take away, levar embora, vários locais têm uma janela menor para quem quer comprar e levar. Não achei algo parecido, então vou procurar um local assim.
Achei na Centre Place, rua em que passei há pouco. O rapaz que me atendeu puxou assunto, começou a falar logo em futebol quando soube que eu sou do Brasil. Conhece o Falcão.
Conversa vai, conversa vem, meu primeiro café em Melbourne ficou pronto.
Não sei se é porque eu estava com muita vontade, ou se o café é mesmo tão bom assim, sei apenas que gostei demais. 🙂
The Basement Discs
Próxima parada, The Basement Discs. Li uma boa referência ao local, com muita variedade e às vezes shows ao vivo. Vamos lá ver.
Foi fácil achar, até porque estive aqui há pouco. Fica em uma saída da Block Arcade, a Block Place.
É sempre uma sensação estranha descer estas pequenas escadas, parece sempre que estou entrando em um … muquifo.
Puro preconceito meu! O local vale mesmo a visita!
Tem até CD do Brasil.
Pronto, o dia está acabando, vou indo em direção à estação de trem mais próxima, Flinders Station.
O cruzamento com a Elizabeth Street é bem uma cena típica da cidade.
Dá para ver tudo nesta foto: prédios antigos, prédio novo, trem de superfície – o bonde – e gente, muita gente!
Estou na lateral da Flinders Stations…
…mas sei que pela Degraves St há uma entrada mais interessante para ver, Campbell’s Arcade. Será um caminho ligeiramente mais longo, mas vou por lá!
Nossa, que beleza, valeu a pena vir.
Há muitas lojas lá embaixo, esta placa informa.
Há de tudo aqui embaixo, de uma simples loja de conserto de roupas até uma editora autônoma de livros.
É, valeu vir aqui, mas no final das contas é apenas uma galeria. Com lojas interessantes, mas uma galeria.
Na verdade, um cartaz aqui dentro chama minha atenção.
Fala sobre pessoas que vivem conferindo a previsão do tempo, talvez elas possam sofrer de meteoransiedade. Há um site – entrei nele – propondo terapias para este problema cada vez mais sério. Entra até realidade virtual, pelo que entendi, mas não remédios. É um tratamento em fase experimental.
Interessante.
Aí vejo outro cartaz, há um abaixo assinado contra a demolição desta galeria. Como assim, uma passagem tão prática para acessar a estação de trem? Acessei a página.
Vão fazer obras do metrô aqui, a galeria será sacrificada. Parte da população é contra, há um abaixo assinado.
Essas são cenas da vida em Melbourne.
Assim como esta próxima, a multidão esperando o trem. É aqui que estou!
Já percebi que – tal como em São Paulo – escolher o primeiro ou o último carro do trem é sempre mais confortável. Vim sentado, já estou na estação Middle Footscray, a quatro quadras do local em que estou.
A noite cai, o cenário é lindo!
Há refletores aqui perto, o que será?
O Google Maps responde, Whitten Oval.
É um estádio da Victoria University.
No fechar das cortinas do dia, conheci – pelo menos de longe – o último ponto de hoje!