Yarra River, Melbourne skyscrapper
Depois de vários dias em Melbourne indo e voltando de Footscray todos os dias – é aqui que fica a casa em que estou hospedado – ainda não conheço direito a região. Hoje começo o dia perto de casa e só depois irei a outros pontos mais distantes.
Footscray – Maribyrnong River
Claro, era esperado haver arte de rua aqui também.
São dos pontos principais a ver, Footscray Community Arts Centre e Maribyrnong River. Peguei um ônibus e apenas cinco minutos depois já estou no local certo, informa o Google Maps.
Entro no Footscray Community Arts Centre por uma porta lateral, até que é bem simples.
No entanto, andando um pouco mais, encontro esta bela fachada.
E da fachada uma das vistas mais incríveis.
Deu para ver bem lá no fundo os prédios altos do centro de Melbourne?
Vou andando às margens do Maribyrnong River.
Daqui do rio, a casa sede do Footscray Community Arts Centre é ainda mais bonita.
A placa conta a história. Aqui era uma região industrial, essa era uma das casas comuns por volta de 1870. Aí, em 1970, The Footscray Society, sem ajuda do governo, resolveu restaurar esta casa, Henderson’s Piggery.
Muito bom!
Ah, olha só, descobri o segredo dos gramados sempre limpos e bem cortados em Melbourne.
O serviço de manutenção de jardins funciona mesmo.
Olha este outro, que atravesso já no caminho do ponto de ônibus para mais uma visita.
Queen Victoria Market
Uma escultura com engradados de madeira típicos de um mercado anuncia o que vem pela frente.
Olha só, um corredor – na verdade, são vários – só com roupas, lembranças, artigos eletrônicos. Tem de tudo!
O mercado tem uma história meio macabra e bem polêmica. Antes aqui havia dois outros mercados, eles formaram o que vemos hoje. No entanto, ao lado existia um cemitério com mais de 10 mil pessoas enterradas. O cemitério chegou ao fim e o mercado começou a crescer para os lados até ocupar a primeira parte do cemitério, depois a segunda e a terceira.
Pois bem, quando começaram a vender frutas e verduras, alimentos altamente perecíveis, resolveram tirar os restos mortais de muitos deles, mas desistiram, era caro e trabalhoso. Hoje acredita-se que dos 10 mil enterrados, pouco mais de mil foram retirados.
Dizem que o espírito de um soldado vaga pelo estacionamento do mercado, sempre na manhã do dia primeiro de novembro – ou seja, o soldado só é visto no dia das bruxas.
Como há áreas livres entre os corredores, é sempre mais uma chance de admirar de novo cada arranha-céu possível.
Esta é a área de frutas e legumes.
O prédio é de 1878, ocupa dois quarteirões inteiros.
Atravessando a rua, a outra parte do mercado, a mais gostosa: a praça de alimentação.
Há umas seis ou sete lanchonetes, várias nacionalidades, escolho um prato que pareceu bem gostoso.
Acertei no prato e na lanchonete. Estou comendo e vendo o pessoal trabalhar lá na frente. Todos bem humorados, rindo o tempo todo e atendendo muito bem cada cliente.
Comento que sou brasileiro, o chapeiro já vai logo informando que na lanchonete ao lado havia uma garçonete brasileira.
Vou ver, claro. Tento descobrir qual delas é a brasileira e acerto na mosca. Nós temos um jeito só nosso, não me peça para explicar porque não sei dizer. A garçonete é de Americana, SP, está aqui para estudar e trabalhar.
Estou agora na área de carnes.
O corredor de frios.
Por fim, o sonho de muita gente, os corredores de doces, bolos e afins.
Blender Lane
Contornando a quadra do mercado, uma das lanes mais comentadas em Melbourne, a Blender Lane.
Não é a toa que o local é badalado, olha as imagens.
Se não bastassem as paredes da rua super-estreita, o final sem saída também é muito criativo.
Voltando e olhando o outro lado.
Será que esta imagem com sprays de tinta é um retrato do artista? (rs)
Vamos andando!
Este prédio de esquina me lembra a Espanha, lá há muitos neste estilo.
RMIT University
Meu mapa mostra uma prisão antiga, Old Melbourne Gaol, nesta área. Vou procurar.
Quem procura, acha … muita coisa! Essa casa modesta (!) é um balneário público.
Andando pela Swanston St, este prédio estiloso com um jardim em um dos andares chama minha atenção.
Está escrito RMIT, vou chegar perto. Parece bem interessante, será que dá para entrar?
Dou alguns passos e paro na frente de uma rua em obras – futuro metrô – para fotografar estes dois prédios finos e altos.
Aí o pessoal da obra começa a brincar comigo, sinalizam que também querem sair na foto.
Entro na brincadeira, peço para eles fazerem pose e fotografo!
Depois mostro a foto para eles, todo mundo ri. Foi um momento bem engraçado!
RMIT é uma universidade de tecnologia, desenho e negócios. Vários alunos entrando, vou entrar também.
O hall de entrada já antecipa a beleza do espaço.
Olha só um dos auditórios.
Vou tentar ver a tela.
É uma aula sobre desenvolvimento de aplicativos.
Engraçado ver daqui de cima a tela dos notebooks dos alunos. Alguns prestam atenção, mas vários estão fazendo outra coisa.
Vou subindo andar por andar até chegar naquele com o jardim, o que chamou minha atenção e me fez entrar no prédio!
Até chego bem na beirada para ver a região aqui do alto.
Impressionante esta RMIT. Saio daquele prédio modernoso e encontro um bem antigo.
Não acredito, é a mesma RMIT, funcionando em prédios restaurados.
Olha a porta, lembra bem outros prédios antigos que já vi!
Na frente um belo jardim, passagem para outra rua.
Chego em uma praça, 8 Hour Reserve, o Google Maps informa…
… vejo prédios antigos do outro lado da rua …
… e também bem aqui nesta praça em que estou. Vou chegar mais perto!
Inacreditável! É a RMIT novamente!
Tenho que entrar.
Como já aconteceu em outros prédios, a fachada antiga dá lugar a instalações modernas.
Old Melbourne Gaol
A prisão funcionou de 1842 a 1929, aqui ficaram mendigos, doentes mentais e bandidos, inclusive Ned Kelly, um dos mais famosos criminosos da Austrália. Há até um filme com este nome interpretado pelo não menos famoso ator australiano Heath Ledger.
Até deve ser interessante lá dentro, mas optar pelo passeio disponível vai envolver um bom tempo, iria ouvir sobre celas, criminosos, salas de execução, certamente não estou muito disposto.
Prefiro continuar olhando o exterior, como por exemplo este portão de ferro de 1845.
A placa ao lado conta a história.
Em uma escada de acesso a um dos prédios da RMIT – sim, a universidade está mesmo em volta da prisão – dá para ver parte do prédio da Olb Melbourne Gaol à direita e as instalações modernas da escola à esquerda.
Olha o prédio em que funciona a cafeteria.
Aqui é uma mistura de prédios, antigos e novos.
Este à esquerda é o Building 1, também conhecido como Francis Ormond Building.
Neste edifício funcionou a Working Men’s College, sua construção começou em 1885.
Vou passear em volta.
Bem na frente do prédio, do outro lado da rua, um daqueles edifícios modernos que gosto muito de ver.
Vou atravessar a rua para ver de longe o Building 1 da RMIT.
Preciso entrar.
Bem, tentei, mas um simpático estagiário – olhado pela sua chefe ao lado – informa que recentes normas de segurança impedem o acesso do público em geral ao prédio. Puxa, que pena.
Então, vou continuar meu passeio
Prahran Market
Pode até parecer que estou vendo mais um mercado, mas este aqui é bem mais tranquilo do que o Queen Victoria Market em que estive hoje cedo.
Tem de tudo, de frutas e verduras a café e lanchonetes.
Paro em uma lanchonete grega, peço um borek.
Não sei exatamente o que é, sei apenas que li uma indicação para experimentar um destes lá no Queen Victoria Market. Como não comi lá, peço um aqui.
Está muito bom!
Este é um mercado de nível bem mais alto do que o Queen Victoria Market.
E bem grande!
Esta área ao lado do feliz abacaxi tem as bancas de carnes.
Como Melbourne é famosa por seus cafés, paro para experimentar mais um em local com uma infinidade de grãos de café. São tantas as opções que fico até meio perdido, mas consigo escolher um!
O mercado tem uma área mais chique, de estilo mais moderno.
Aqui há uma parte de especiarias e tudo relacionado a arte de cozinhar.
De temperos e azeites…
…passando por livros…
… e até cursos.
Prahran
O Prahran Market fica, claro, em Prahran. Sei que aqui há muita coisa para ver, então vou andar pela região.
Bem em frente ao mercado, sinto que vai valer o passeio.
Bonito demais, não é? Vou olhar com calma a frente deste prédio.
Quem chega na frente, entra.
É um shopping. Apenas os dois primeiros pisos são para o público, os superiores são apartamentos.
Olha uma loja do correio.
Elas são bem interessantes. Completas, parecem mais as nossas livrarias. Tem livros, material escolar e também … guichês para envio de cartas e encomendas.
Vamos para a rua.
Como em todos os bairros, lanes com arte de rua.
Esta é a Chapel St.
É uma rua incrível, com muitos e muitos prédios antigos que viraram lojas.
Veja só este prédio, é extremamente bonito!
Tenho que entrar!
Parece o Royal Exhibition Building que vi outro dia. Claro, em menor escala.
Andando ainda pela Chapel St, o Town Hall da região.
Mais uma lane, só que agora a arte está literalmente na rua.
Os prédios antigos estão alinhados na Chapel St, talvez uma das ruas com mais prédios assim que vi até agora na visita à Melbourne.
Olha este prédio antigo e suas janelas.
Tem até uma torre na esquina no mesmo estilo.
De vez em quando, a rua fica mais … normal (até tive que entortar o celular para mostrar os bancos coloridos dos dois lados da rua).
Mais arte de rua.
The Icon St Kilda
Confiro no Google Maps um ponto a mair para ver por aqui, The Icon St Kilda. São oito minutos de caminhada, estou indo!
Andar sempre traz surpresas.
Cheguei ao The Icon St Kilda, parece um prédio de legos.
Vou atravessar a rua e ver do outro lado.
É de verdade o prédio (rs), ha gente lá dentro!
Bem, o dia está terminando, o sol está se pondo…
Pego um tram rumo à Flinders Station.
Não é por nada não, mas há cada tipo aqui em Melbourne…
Cheguei na Flinders Station, estava para entrar, quando olho para o lado e vejo a St. Paul’s Cathedral e Federation Square ao cair da noite.
Olho para outro lado e vejo a torre do Arts Centre Melbourne.
Quer saber? Não vou entrar na estação ainda, tenho que aproveitar o início da noite, vou passear um pouco mais nas margens do Yarra River.
Foi mesmo uma sábia decisão!
Merece uma panorâmica.
Olha a Rainbow Pedestrian Bridge iluminada. Que bonito!
Aqui é a região sul da cidade.
Estou chegando na Rainbow Pedestrian Bridge, vou atravessar.
Agora estou vendo os prédios do lado oposto do Yarra River, tão bonitos quantos.
Que final de noite! Perfeito!