Cathédrale Notre-Dame vista a partir do Musée d’Orsay
Conhecer Paris é em grande parte visitar museus. Após o Louvre, um museu inesquecível, hoje vou conhecer o famoso Musée d’Orsay.
Estou um pouco cético, acho difícil – quase impossível – algum museu bater o Louvre. Mas o Musée d’Orsay é também muito conhecido e comentado, a entrada principal já aguça os sentidos.
O café no piso superior não deixa por menos.
Bem lá no fundo do café, uma janela mostra um pouco de Paris, uma vista de tirar o chapéu – a Cathédrale Notre-Dame.
Conforme a janela, dá ver também a La Défense.
Aliás, da janela é possível ver também vários pontos do próprio Musée d’Orsay.
Bom, mas estamos aqui para ver os quadros, esculturas e demais obras.
Um que chama minha atenção foi feito por Paul Cézanne.
Confesso que nem foi o quadro que me despertou, mas o nome Paul Cézanne, um pintor dos mais famosos.
Depois vem algumas obras do Monet. Vou acabar virando especialista no artista (rs), já é o quarto museu em que encontro suas obras. Já vou esnobar…o quadro abaixo, Le Bassin aux nymphéas, harmonie rose, foi pintado em sua fase final usando os jardins da casa do pintor em Giverny. É, eu estive lá (rs).
Estes três abaixo são de uma fase anterior de Monet, e mostrar algo que o pintor gostava muito de fazer, experiências e estudos com diferentes tons de cores.
O próximo, ainda de Monet, mostra a torre do Parlamento em Londres, um lugar em que estive no ano passado.
Que coisa boa ver um quadro de um lugar que já visitei. Está certo, é de outra época, mas tive a chance de conhecer o Parlamento por fora e por dentro. 🙂
Vamos continuar vendo outros quadros.
Ah, mas este quadro eu preciso contar um caso. Um caso que muito me orgulha :-). Estava eu andando pelo Musée d’Orsay quando vi esta bela pintura do Renoir. Mas eu seria capaz de jurar que já havia visto o mesmo quadro em outro museu. Não tive dúvidas, perguntei para um consultor do Orsay que passava por ali se havia cópia do quadro em outro lugar. Olha só a resposta:
– Você tem razão, existe um outro quadro do Renoir muito parecido com este. Ele fez duas obras bem semelhantes, a outra está no Musée de l’Orangerie.
Nossa, como fiquei contente. Nunca havia dado palpite sobra obras famosas, até porque não entendo de pinturas. O melhor é que lembrei tudo de cabeça, até porque não tirei fotos do quadro no l’Orangerie. Sei disso agora, fui procurá-lo para colocar no blog e comparar e não achei.
Então, procurei na internet para colocar aqui, eu preciso compará-los. O primeiro é o do l’Orangerie; o segundo, Orsay.
Que coisa, como são parecidos! Que coisa, como são diferentes! Olha só a mão da menina que está em pé, completamente diferente. É, que orgulho de mim mesmo (rs)!
O Orsay tem também esculturas…
… e outras obras.
De fato, este banco acima é sim uma obra de arte, mas uma obra utilizável (rs). Olha o garoto aí abaixo.
E não é porque é um garoto, há um aviso dizendo que os bancos estão lá para serem usados.
Continuando as obras, tanto quadros quanto esculturas…
Achei o máximo esta escultura mostrada nas duas fotos acima, é de Degas. Eu achava que ele era só pintor.
Por mais interessante que sejam as obras, não resisto a olhar a janela. Até porque dá para ver até a Cathédrale Notre-Dame.
Preciso contar outro caso que me deixou orgulhoso. Pronto, lá vem mais história… É, mas é boa, é sobre esta pintora aí abaixo que está tentando reproduzir um quadro do Monet.
Fico curioso, chego perto quando ela para de pintar para conversar com um casal de americanos. Eu a ouço dizendo:
– Olho o quadro, acho que está tudo igual, mas há algo que não combina. Só que não sei o que é!
Confesso que não tenho olhos para cores, mas – sou engenheiro – tenho facilidade para perspectivas. Havia um canto da casa que estava completamente diferente do original do Monet. Eu peço licença, até me desculpo e falo sobre esta diferença. Nossa, ela abre um sorriso enorme! Era isso que faltava.
Quando o casal vai embora, ela diz:
– Sabe, quando comecei a reproduzir o quadro, eu não tinha a pretensão de que ficasse igual. Mas aí o tempo foi passando e fui fazendo questão da pintura a mais fiel possível. Agora sim consigo melhorar.
Ela já pega o pincel e começa os retoques. Incrível a habilidade, uns poucos toques aqui e ali e a perspectiva está corrigida. Todos ficamos contentes!
Vamos continuar passeando pelo museu…
Eu até nem iria colocar todas as fotos aqui no blog, mas cada uma tem um motivo. Esta próxima mostra um Monet pintando pessoas de forma bem expressiva, até agora só havia vistos quadros dele retratando paisagens e lugares.
Esta outra é de Manet, não de Monet.
Já a próxima é uma mais “normal” de Degas. E por normal quero dizer mais fácil para eu entender (rs).
A próxima é outro Monet, agora retratando a Gare Saint-Lazare. Eu estive lá outro dia :-).
Aqui também o Monet retrata um lugar em que estive, a rue Montorgueil. Foi o lugar em que jantei há alguns dias (rs). Continua tão movimentada hoje quanto nos tempos do Monet.
Este quadro então já é o Renoir mostrando outro lugar em que estive, Pont des Arts, aquela dos cadeados amarrados na grade.
Aí vejo um quadro do Renoir pintando Monet. Este é demais, tenho que mostrar aqui.
Por fim, mais um Degas fugindo da pintura para a escultura. E que bela escultura!
Bom, vou ter que fazer com o Orsay o que fiz com o Louvre, quebrar o post em mais de um – provavelmente três. Ainda há muito o que contar.
Então, para encerrar este post, mostro mais um pouco das janelas do Orsay e só mais uma do Monet.
Os dois quadros formando uma só obra é demais, não é?
Bom, no próximo post tem mais Orsay. Até lá!
Muito lindo!!!!!!!
Como falamos no domingo, pinturas e esculturas são maravilhosas….elas falam conosco, nos emocionam….faltam palavras e sobram sentimentos…
Bjs
Ci, pode até faltar as palavras de vez em quando, mas sua frase agora, “faltam palavras e sobram sentimentos”, foi extremamente bonita. Que bom, gostei muito. Está de acordo com as belas pinturas (rs).