Ham House and Garden
Tenho falado bastante dos aplicativos que uso, mas é por boa causa: eles realmente ajudam!
Veja hoje. Acordei e já abri o TimeOut London para ver o que aconteceria de especial na cidade. Afinal, hoje é sábado. Que bom, um evento muito legal, Tre Great River Race. Leio que é uma maratona anual em Londres em que os competidores lutam para serem os UK’s Traditional Boat Champions.
Toco na aba Details…
… e vejo em que local a corrida começará.
Toco então no mapa para ampliá-lo e por fim em Get Directions para ver o caminho completo de minha casa até o local.
Aparece automaticamente o Google Maps – está tudo integrado – com a rota traçada.
Não é exatamente perto, são 47 min entre trem e DLR. Sem problemas, quanto mais longe, mais lugares para conhecer. Vamos lá!
Ah, DLR é um tipo de metrô de superfície, o caminho é mais ou menos paralelo ao Rio Tâmisa.
No trem, consulto novamente o TimeOut London para ver que outras atividades estão programadas para o dia. Haverá um evento da NFL, ligado ao futebol americano, na Regent Street. Não é exatamente minha praia, mas se der tempo irei lá também.
Para ter mais informações, procurei algum aplicativo relacionado, encontrei o Regent Street, da própria rua. Pois é, aqui as grandes ruas comerciais têm até aplicativos!
Enquanto isso, o trem avançava. Para tentar entender melhor Londres, os lugares por onde passava e também para ver se não peguei o trem errado (rs), eu olhava vez por outra o Google Maps.
A bolinha azul sou eu andando ao longo da rota traçada. Dá uma segurança enorme saber que você está indo no caminho certo.
Vez por outra eu tocava na parte inferior da tela, onde está escrito o horário e duração daquele trecho da viagem, para conferir os nomes das várias paradas de trem. É mais uma forma de descobrir por onde eu estava passando.
Duas cenas interessantes no trem. A primeira, um cachorro com sua dona.
Aqui animais pequenos são permitidos em trens e metrô.
– É o máximo, hein, Ci?!?
Outra, um molequinho com uns 8 ou 9 anos, mergulhado em jornal diário londrino, um daqueles entregues no metrô.
Ele lê com muita atenção, de vez em quando comenta com a mãe algo sobre o que leu. Este garoto vai longe!
O trem chegou em Canary Wharf. O local reúne alguns dos maiores grupos financeiros da Inglaterra, como por exemplo o One Canada Square, 8 Canada Square e Citigroup Centre.
São, nesta ordem, os três maiores edifícios do Reino Unido.
Até a estação de metrô é chique!
Olha só as praças e edifícios.
Vale um registro especial para os edifícios do HSBC e do Citigroup.
A região fica ao lado do Tâmisa, então há muita água por aqui.
Na verdade, ainda não estou vendo o rio propriamente dito, mas braços de água.
Melhor caminhar em direção ao Tâmisa. A sede do banco Credit Suisse está no caminho.
Deste ponto em que estou, revejo aqueles edifícios altos, gigantes, que eu já havia visto outro dia na parte mais central de Londres. Tê-los como ponto de referência ajuda muito a entender a cidade.
Como nada é perfeito, eu estava no lugar errado.
O Google Maps me levou para um local ligeiramente diferente do ponto de partida da corrida. Sem problemas, se eu estivesse certo e mais ou menos orientado, os competidores passariam por aqui.
Ufa, acertei, porque 10 minutos depois…
Meio sem graça ver a corrida assim. Consultei novamente o TimeOut London e procurei o ponto de chegada, local em que certamente haveria muita movimentação. Descobri, fui ao Google Maps conferir o caminho.
Teria que pegar um trem e um ônibus, 55 minutos de viagem. Hoje é sábado, estou em Londres, vamos à viagem!
No caminho, lembrei novamente de minha prima Adriana, que trabalha em uma imobiliária de imóveis especiais, a Axpe. Olha só o jeitão dos apartamentos em Canary Wharf. Olha também o valor do aluguel, 710 libras por semana, quase R$ 2.800,00 na cotação de hoje.
Cheguei à estação de trem. Trem não, DLR, aquele trem de superfície. Nem preciso dizer que era muito bonita.
Cheguei em Richmond, mais um borough para a lista dos visitados.
Dá para sentir a tranquilidade das ruas? Parece que estou em uma cidade do interior!
Há muito espaço verde na região, quis saber o nome do local.
O Google Maps responde: Ham & Petersham – Rifle & Pistol Club. Um local para treinos com armas!
Aqui também o pessoal joga “pelada” no final de semana.
Um pouco à frente, levei um susto: será que aqui também tem flanelinha?
Não, são fiscais orientando os londrinos que chegam em grande quantidade para ver o final da corrida. Vamos até o local!
No caminho, uma grata surpresa: Ham House and Garden.
Não há palavras para comentar tamanha beleza. Mas não entrei na casa, eu queria mesmo era sentir o clima de festa típico de um evento esportivo em Londres.
Muita gente comendo, sorrindo, falando alto, tomando cerveja. Dava para sentir no ar a expectativa para a chega dos competidores. Vamos explorar a região.
Aqui há um detalhe muito, muito interessante. Este rio pequeno aí é o Tâmisa.
É que viajei no sentido contrário ao que o rio corre, então aqui ele está mais estreito, bem mais estreito. E olha que nem estou tão longe assim do centro de Londres.
É uma sensação incrível, parece que estou mais perto da nascente do rio, que mais de 340 km de comprimento!
Tudo isso dá fome, comprei um enrolado de linguiça que parecia muito bom.
Muito bom!
O local está bem organizado. Há uma praça de alimentação …
… e também a barraca das autoridades. Está aqui um prefeito, não o de Londres, mas o do borough de Richmond, lugar que estou agora.
Todo mundo na expectativa, há inclusive um canhão de verdade que será usado quando o vencedor passar pela linha de chegada..
Estava curioso, queria saber se este é um tipo popular de esporte por aqui. Cheguei perto de um inglês, perguntei se ele conhecia os competidores ou se estava aqui só pela diversão. Ele conhecia, e começou a falar sobre cada um deles com muita animação.
Bom, eu não sabia quem eram eles, achei melhor ir embora, até porque queria ver também o outro evento na Regent Street. Ainda mais que a chegada foi um tanto quanto desorganizada, já que escutei um tiro de canhão e em seguida o locutor pedindo algo como “esperem o corredor passar primeiro para depois atirar”. Eu, hein, daqui a pouco acertam um competidor com bala de canhão.
O Google Maps indicava uma viagem um pouco maior para Regent Street, 1hora e 14 minutos.
Eu poderia voltar pelo caminho que vim ou por outro ao longo do rio. Que chance, andar nas margens do Tâmisa. É claro que fui por ali.
Parece até que estou em uma fazenda.
Voltar ao longo das margens do Tâmisa foi um grande ganho. Além de conhecer o rio, ainda consegui ver os competidores chegando.
Uma gritaria só, todo mundo acenando. Divertido e emocionante!
Cheguei ao ponto de ônibus, que por sua vez passou razoavelmente no horário marcado. Vamos embora!
Eu estava em um local bastante calmo e cinco minutos depois, de ônibus, as aglomerações já começam. Eu estava passando por ruas mais comerciais de Richmond.
Eles têm bom gosto para nomes de restaurantes.
As casas sempre surpreendem!
Um fato interessante neste ponto. O ônibus estava se aproximando do London Museum of Water & Steam e a meu lado viajava um pai com duas crianças, uma de uns 3 anos e outra de uns 7. A maiorzinha ia lendo em voz alta tudo o que encontrava. Foi muito gostoso ouvi-la ler o nome do museu com um típico sotaque de lorde londrino. Deu vontade de abraçar a menininha (rs).
Percebi também que passava por mais um borough para colocar em minha lista, Hounslow.
A rua movimentada chamou minha atenção, onde será que eu estava?
O Google Maps responde, Ealing Broadway.
Gostei do lugar, preciso voltar aqui algum dia com mais calma.
Cheguei na estação de metrô, percebi que estava em outro borough, Ealing.
Peguei o metrô para a Oxford Street Station. Na saída, um susto com o movimento, nem em dia de semana havia visto tanta gente assim. Quem tem claustrofobia iria sofrer aqui!
Não é para menos, estava chegando na Oxford Circle, um dos lugares mais cheios de gente. E hoje ainda estava acontecendo a festa da NFL, aquela que vim ver.
A Regent Street estava fechada para o tráfego, aproveitei para olhar com calma a Apple em que havia estado outro dia, só que agora mais de longe, já que eu estava no meio da rua.
Foi bom, porque não havia percebido antes o quão bonito era o imóvel. Tem até nome, Regent House.
A festa já havia oficialmente terminado, mas ainda havia muita agitação por aqui.
Hora de ir embora para casa. No caminho para a estação Charing Cross, a Trafalgar Square novamente, só que agora com um evento japonês.
Dei uma olhadinha em tudo e fui para a estação. No trem, uma surpresa agradável chega em meu celular. Minha amiga Angela Braido, ex-Mercedes-Benz, achou uma rua em Andradas-MG, com meu nome. Ela enviou a foto via WhatsApp.
Que coincidência, que mundo pequeno. E viva a tecnologia, eu em Londres conversando com a Angela em Minas.
Gostei deste passeio também.
Sei que Londres é bonita, mas não imaginava tudo isto…
Aproveite bastante!
Bjs
Esqueci de falar do cachorrinho no metrô, gente esclarecida é outra coisa mesmo.
A Victoria ficaria muito bem no metrô e eu poderia aprender a andar no mesmo.
Como ela não pode andar, eu ando de táxi especial….
Bjs
Já pensou que legar ir a Pinheiros de metrô com a Victória?