Jardines de Sabatini
Outro dia andando pela região, vi uma espécie de templo no Parque del Oeste. Pareceu um bom local para visitar, afinal não é todo dia que encontramos um templo egípcio por aí.
Templo de Debod
Hoje é o dia da visita, a entrada no Parque del Oeste já chama a atenção. Este é um monumento a soldados caídos em guerra.
O templo também impressiona, tanto que até vale uma selfie.
A espera é meio complicada, já estou na fila há 40 minutos, mas finalmente vou entrar. Enquanto isso, fotografo o templo mais de perto.
Confesso que em um primeiro momento fico frustrado, afinal dentro só havia pedras remontadas tentando ao máximo preservar o que os pesquisadores achavam que era o templo original situado 15 quilômetros ao sul de Assuão no Egito.
Um brasileiro – sim, há muitos por aqui – mais afoito entrou, acabou de falar para a mulher, “prá mim já deu”. Ele não gostou!
No entanto, comecei a prestar atenção aos desenhos esculpidos nas pedras (não é possível fotografar no interior do templo). Puxa, é impressionante ver a riqueza dos detalhes. Construído no século IV a.C. pelo rei cuchita Adijalamani, informa a Wikipedia, o objetivo era reverenciar o Deus Amun.
O mais impressionante é saber que este templo “viajou” bastante. Sim, porque em 1961 suas pedras foram desmontadas e depositadas na ilha Elefantina por conta da construção de uma represa em Assuão. Em 1968, o templo foi doado a Espanha em agradecimento pela ajuda prestada ao salvamento dos templos de Abu Simbel.
E, imagine só, o templo foi transferido a Espanha pedra por pedra e aqui aconteceu um complicado trabalho de reconstrução e restauração. Estes trabalhos incluíram a instalação no seu interior de ar condicionado quente para criar uma atmosfera seca que se aproximasse do clima de Núbia.
Para representar o rio que teve o templo nas suas proximidades, construiu-se um tanque de pouca profundidade que se estende ao longo dos três portais de acesso ao templo. Os trabalhos de reconstrução do monumento tardaram dois anos. O templo foi inaugurado a 20 de julho de 1972.
Como não admirar um trabalho deste?
Faro de Moncloa
Como a previsão do tempo não é muito favorável para os próximos dias, e como hoje está um belo de um sol, nada melhor do que visitar o Faro de Moncloa, um dos mais famosos mirantes de Madrid.
Dá até para ir a pé, uns 20 a 30 minutos de caminhada apreciando um pouco mais da cidade.
Quase lá, passo em frente ao Cuartel General del Ejército del Aire.
Que quartel majestoso. E olha só como fica bem perto do farol.
Bem do outro lado da rua há um prédio igualmente suntuoso.
Está ligado à prefeitura de Madrid, há até outra entrada mais moderna para o local.
Em frente há uma espécie de plataforma para observarmos a beleza da região. E mais uma vez lembro Paris, olha só!
Peço ajuda do TripAdvisor.
É o Arco de la Victoria, quase um Arco do Triunfo em menor escala. Nossa, nunca soube nada disso. O arco foi construído nos anos 50, como mostra a captura de tela do TripAdvisor.
Desta plataforma em que estou, é ótima a visão do Cuartel General del Ejército del Aire…
…e também dos artistas de rua iguais aos que temos no Brasil.
No site do metrô de Madrid há uma referência à estações que merecem uma visita. E a estação Moncloa é uma delas.
Que lindo. E mais parece um shopping do que uma estação.
No caminho para o farol, uma cena que não imaginava ver um país europeu. Olha só os pedestres andando na ciclovia.
E depois dizem que europeu é mais civilizado do que brasileiro. Eu, hein!?!
A emoção começa a aumentar, estou chegando no farol.
A subida de elevador é linda, a vista em cima é ainda melhor!
Olha só o Puertal de Europa e as Cuatro Torres que visitei ontem. Que sensação boa ver tudo de novo aqui do alto.
Vou reconhecendo os locais: Torre Picasso e Torre Europa…
…Torres Colón…
…Edifício de la Union y el Fénix…
… Torrespaña “El Piruli”, aquela torre de transmissão que ontem não sabia o que era.
Não é que minha memória seja tão boa assim, e nem que minha capacidade de localização visual seja tão avançada. Eu consigo avaliar os locais conhecidos com a ajuda do painel que está aqui na sala de observações (rs).
Claro, algumas eu consigo reconhecer por conta própria, como o Cuartel General del Ejército del Aire…
…e o Arco de la Victoria.
Vamos continuar olhando com a ajuda do painel.
Aqui está o Palacio de la Moncloa, sede central da presidência do governo da Espanha e a residência oficial do primeiro-ministro e da sua família…
…prédios da Universidad Complutense de Madrid…
…lago da Casa de Campo bem no meio da foto (um pouco difícil de identificar)…
…Palacio Real…
…Palacio de Vistalegre, local em que antigamente havia touradas…
…um prédio que não fotografei o painel e agora não consigo me lembrar o nome enquanto escrevo o blog; só lembro que sua forma lembra as pétalas de alguma flor…
… um prédio muito, muito bonito que não estava identificado no painel (lembro que procurei e não achei)…
…e finalmente o Museo de America (a foto saiu meio desajeitada, o museu fica bem no pé do farol).
Na descida do elevador não resisti a mais uma selfie.
A claridade atrapalhou, mas achei legar deixar a foto mesmo assim.
Agora que estou aqui embaixo, vale uma foto do belíssimo Museo de Europa.
Parece que ninguém valoriza o Arco de la Victoria, está completamente vazio. Que diferença do Arco do Triunfo em Paris. Por que será? Não sei, sei apenas que vou lá fotografar.
Gostei muito, até o farol fica mais bonito daqui.
Aqui perto fica o Mercado de Moncloa, é mais um mercado na lista.
Hmmmm, não gostei. Nem parece um mercado, mas sim uma praça de alimentação mais chique. Vou embora.
Bem ao lado, uma simpática pastelaria. É, mais pastelaria aqui é ondem vendem bolos e outras coisas. Vou entrar.
Pronto, comi um panini, estou pronto para a próxima visita.
Jardines de Sabatini
São jardins construídos por Sabatini para o Palacio Real. Em um texto que li, parece que houve a intenção de seguir as linhas dos jardins do Palácio de Versalhes. Nossa, preciso ver.
No caminho, não resisto a mais uma foto do Edificio España em Plaza de España. Já estive aqui e fotografei, mas vale mais uma.
Aliás, os prédios aqui são lindos.
Cheguei aos Jardines de Sabatini. Promete!
Puxa, a sensação é mesmo dos jardins de Versalhes. Em menor escala, mas lembra bastante. Preciso fazer mais uma selfie.
Até as estátuas ao redor dos jardins lembram Versalhes.
Há uma espécie de jardim superior, vou ver.
Se minha noção de espaço não estiver errada, lá no fundo é o Edificio España. Vou andar até o final do jardim para ver.
É sim o Edificio España, que sensação boa entender cada vez melhor a cidade :-).
Há uma entrada lateral para os jardins, com uma escada bem alta. Vou lá fotografar de cima.
De volta aos jardins, agora no fundo do Palacio Real.
Não é para me gabar não, mas estas duas fotos seguintes ficaram excelentes!
Entusiasmado com a qualidade das fotos, vou dar uma última olhada nos jardins.
Plaza de Oriente
Foi um banho de jardim, agora vamos continuar o passeio em volta do Palácio Real rumo à Plaza de Oriente, o próximo ponto.
A caminhada acontece ao longo do enorme Palacio Real, uma boa oportunidade para ver os detalhes da fachada lateral.
A Plaza de Oriente faz divisão com a Plaza de Ote, lugar em que estão posicionadas várias estátuas.
Na Plaza de Oriente propriamente dita, o destaque vai para uma única estátua, é de Felipe IV, obra do século XVII. É considerada a primeira estátua equestre do mundo com um cavalo apoiado apenas sobre as patas traseiras.
De fato, a estátua impressiona!
O monumento merece mesmo uma atenção maior, vamos dar uma volta ao redor.
A beleza da estátua, por conseguinte da praça, combina com a região. Prédios muito, muito bonitos …
… e o Teatro Real.
Bem, hora de ir para outro ponto.
Plaza de la Ópera
Parece que nesta região tudo está ligado à realeza, até Cinema Real existe por aqui.
Os prédios não ficam nada a dever.
Bem, cheguei no local que queria agora, a Opera Madrid.
A praça aqui chama-se oficialmente Plaza de Isabel II, mas é popularmente conhecida como Plaza de la Ópera.
É em lugares assim que não me canso de olhar a região.
Ah, esta foto anterior tem um detalhe muito significativo. Mostra a harmoniosa convivência entre a preservação do passado e as necessidades presentes. Posso estar viajando ou filosofando demais, mas repare o logo do McDonald’s nas janelas. Pois é, neste lindo prédio preservado encontramos a lanchonete dos arcos amarelos.
Na lista de estações de metrô que valem uma visita, o Metro Ópera aparece.
É realmente diferente aqui embaixo.
Tem até um museu, Museo de los Caños del Peral.
Esta praça antigamente se chama Plaza de los Caños del Peral, aqui havia uma fonte com sete pias – acho que é esta a tradução de pila – que as pessoas usavam não só para beber água, mas também para lavar roupa. O museu então conserva partes da antiga fonte. Puxa, que cuidado na preservação história de patrimônio.
Vou entrar.
Quer dizer, achava que ia entrar, a porta está fechada. Tive que me contentar a ver pelo vidro.
Procurei na internet, o museu não abre às 4as. feiras, justamente hoje.
Aqui vai um protesto, a falta de informações de horários. Eu planejava hoje visitar o palácio, o horário de visitas seria até 20h, mas foi fechado as 15h por conta de uma cerimônia oficial. Depois eu planejava visitar o Monasterio de las Descalzas Reales, a visita estava liberada a partir das 17h, cheguei às 17h10 e já não havia mais ingressos. Agora queria entrar no museu, mas só se for amanhã.
Puxa, custava haver um site com os horários dos principais pontos turísticos atualizados diariamente? Resolveria muito a vida dos turistas.
Calle del Arenal
Para desanuviar, vim parar na Calle del Arenal, uma rua assim chamada porque aqui antigamente eram estocadas areia para a construção. Hoje o estoque é de … lembrancinhas, presentes, produtos vários, um paraíso de compras. E cheio de turistas.
Bem aqui ao lado está havendo uma exposição do Escher, mas nem fico tentado a entrar. Essa eu já vi com minha amiga Naisa em São Paulo.
O TripAdvisor me dá mais informações sobre o local, é o Palacio de Gaviria.
Mesmo não tendo precisando ver novamente a exposição, não vou resistir a pelo menos dar uma olhadinha no tal palácio.
Parece bonito, mas eu estava com fome e a beleza do lugar parece ter aumentado ainda mais meu apetite.
Um local aqui parece agradável.
Entro e escolho algo que estou com vontade de experimentar desde que cheguei. Bem, para manter o suspense, primeiro veio a entrada…
…e aí sim o prato que queria, patatas bravas.
O bravas significa molho picante levemente doce. Comi com gosto, estava muito bom!
Continuando o passeio, mais um momento Brasilsilsil… Olha a loja que aparece.
Estou me sentindo em casa (rs)
El Oso y el Madroño
Andando devagar e sempre, cheguei na Puerta del Sol, talvez um dos lugares mais movimentados de Madrid – hoje, ontem e certamente amanhã!
Eu já havia passado aqui outras vezes, mas hoje descobri algo que gostei muito. E tudo porque vi várias pessoas tirando fotos ao lado de uma estátua. Pesquisei no Google Maps…
… e vi que se trata da estátua El Oso y el Madroño.
E por quê um urso? Este era um animal que existia em abundância na região. Bem, mas as figuras que representam Madrid são um urso e uma árvore, exatamente como na estátua acima. E por que uma árvore?
O árvore, o tal madroño – que vi traduzido em um site como madronheiro (nunca ouvi falar) – é explicada por um acordo de separação de terras entre a cidade e a igreja em 1222: a igreja ficou com os pastos e a cidade com os bosques.
Deixando a aula de história de lado, vamos voltar aos dias atuais. Aqui na Puerta do Sol encontramos uma variedade muito grande de coisas a ver e fazer. Só para dar dois exemplos, há uma loja da Apple …
… e muito show de rua.
Tem até freira vendo!
Com show e tudo, é hora de dar o dia por encerrado. Até o próximo post!
Hoje você arrasou no passeio, lindo!!! Também lembrei de Paris, muito bonito mesmo, pena você não ter conseguido ver aqueles lugares.
Aproveite que já, já você vai embora….
Besos…
Mais um dia muito interessante, bonito nem precisa comentar, né!
Bia, tem horas que faltam palavas, é melhor mesmo ficar com as imagens e as 1000 palavras que valem cada uma (rs).