Restaurante Sobrino de Botín, desde 1725, talvez o mais antigo do mundo
Hoje o dia vai começar majestoso, vou logo cedo ao Palacio Real e à Catedral de Almudena. E depois? Vamos ver o que encontrarei no caminho!
Palacio Real
Aliás, não estou sozinho nesta ideia. Olha só a quantidade de turistas chegando.
O palácio fica ao lado da Catedral de Almudena, outro lugar a visitar hoje.
Paguei o ingresso de 11 euros e entrei.
Um comentário para quem vier aqui, pessoas de nacionalidade ibero-americano têm entrada grátis de 2a a 5a, das 18h às 20h, basta trazer o passaporte. Eu até que tentei entrar ontem, mas o palácio estava fechado depois das 15h para evento oficial, então resolvi não arriscar hoje. Afinal, o que são 11 euros?
Daqui deste pátio externo ao palácio é possível ver mais uma vez a posição da Catedral de Almudena, bem em frente.
Dá também para ter uma dimensão melhor do palácio. Veja uma foto mostrando a frente dele…
… a lateral esquerda de quem sai do palácio …
… e a direita.
Chegar cada vez mais perto do castelo é uma sensação incrível…
…entrar nele é uma sensação maior ainda.
Esta escultura é de Charles III e está em frente à escadaria principal, que vamos subir agora.
Adivinha quem projetou esta escada? Francesco Sabatini, que fez e aconteceu em Madrid, tanto que já falei dele várias vezes aqui no blog.
Há dois destes leões no final da escadaria, ambos de mármore e de uma beleza enorme.
Vamos olhar um pouco para cima.
Já no primeiro nível, consigo olhar para aquela estátua que aparecia enquanto estava subindo a escadaria.
Confesso que estou muito impressionado. É tanta beleza que nem sei mais o que fotografar. Bom, sei sim vou registrar até os detalhes.
Bom, acabou a festa de fotos. Daqui para frente os funcionários do castelo avisam insistentemente “no foto, no foto”.
Mas houve um momento em que uma funcionário ficou respondendo mensagem no celular e eu aproveitei para umas fotos rápidas.
É ou não é uma beleza? Beleza real!
Confesso que em um primeiro momento achei antipático não poder fotografar, mas depois achei sensato. Lembro no Castelo de Versalhes o acúmulo de pessoas tentando fotografar tudo no castelo, nem era possível ver direito as salas, pinturas e móveis. Aqui tudo foi muito tranquilo!
Entre uma sala e outra do castelo, passamos pelos corredores que contornam um pátio interno. Aqui fotos são permitidas!
Muitas estátuas nestes corredores, mas a que mais gostei foi do … Fernando, ou para os não íntimos, Fernando El Catolico.
Andando pelos corredor, estou em frente a uma capela. É linda! Como não é permitida fotos, fotografo do lado de fora.
E daqui dá para ter uma boa noção do tal pátio interno que falei há pouco.
Aliás, é muito mais fácil fotografar o pátio interno no térreo, agora que saí do palácio.
No pátio externo, em uma das laterais, há a sala de armas. Muito bonita, às vezes me lembra uma caverna, pena que não posso fotografar. Ou posso, é só contar com uma distração da zelosa funcionária.
Fim da visita. E aqui do lado de fora, vejo os Jardines del Campo del Moro.
Há um túnel embaixo dele ligando o castelo à Casa de Campo, o primeiro lugar que visitei em Madrid. Foi encomendado pelo rei Jose I ao arquiteto Juan de Villanueva para o caso de uma eventual fuga do castelo em caso de invasão.
Dá para imaginar um túnel aqui? Bem, em algum lugar li que há um projeto para reabertura do túnel. Seria muito bom! Enquanto isso, o máximo que consigo ver são as torres do teleférico, aquele ponto azul bem distante no centro da foto.
Catedral de Santa Maria a Real de Almudena
Já que estamos aqui, vamos à Catedral.
Embora a parte que fica em frente ao castelo seja bem impressionante, a entrada liberada aos turistas e fieis é um pouco mais modesta.
A não ser pela porta principal, de uma beleza e riqueza de detalhes de cair o queixo. Fiquei um tempão olhando … e fotografando.
Chega de ver a porta, vamos entrar. E muito bem, a primeira vista já alegra.
Uau! Foi o que pensei quando olhei para frente!
Bem no centro da igreja há uma plataforma redonda com vista para os quatro grandes corredores da igreja.
Li um comentário no TripAdvisor de um turista, ele achou a igreja de um mau gosto muito grande. Disse ele que é uma mistura de estilos sem sentido e que Madrid não precisava de uma igreja assim.
Está certo, pode até haver misturas de estilo…
… mas o fato é que gostei demais daqui. Recomendo totalmente a visita.
Estou em frente a uma das capelas laterais, mostra San Josemaria e fala sobre a fundação da Opus Dei.
Vamos continuar o passeio pela igreja, grande e bela.
Vejo no TripAdvisor que aqui embaixo está a cripta da igreja, praticamente do mesmo tamanho. Preciso ir lá ver, terei que sair e contornar o prédio.
No trajeto, praticamente em frente à catedral, uma praça em homenagem à João Paulo II.
Puxa, a cripta também é impressionante.
Para manter o clima, há uma música suave de cantos gregorianos ao fundo. Até esqueço que estou em uma cripta, lugar de pessoas sepultadas. Acabei de pisar em cima de uma!
Eu, hein!?! É uma sensação estranha. E o sentimento fica maior ainda no fundo da cripta, em que uma sala escura guarda ainda mais sepulturas.
Bom, uma última olhada na cripta bem do fundo.
Muralla Islamica de Madrid
E uma surpresa! Bem em frente encontro os escombros de um muro, a Muralla Islamica de Madrid. Este era um costume de tempos antigos, pesquiso agora na internet e vejo que há muitas delas na cidade. E uma está bem aqui ao lado da Catedral de Almudena.
Não quero ser simplório, mas até viadutos estão despertando minha atenção. Bem aqui na Calle de Bailén, como informa o Google Maps…
…vejo um que vale as fotos.
Iglesia de San Andrés
Estou agora caminhando para o próximo objetivo, sempre fotografando o que encontro de interessante. Preciso até me censurar, senão fotografo demais. Mas algumas fotos são irresistíveis.
Esta pequena passagem aqui, não dá para evitar.
É a Calle del Toro.
Ou este restaurante.
Estava caminhando para meu próximo objetivo quando me vejo na Plaza de los Carros.
Parei, o local merece um tempo maior. Além de parecer uma praça bem tranquila…
… aqui ao lado está a Iglesia de San Andrés.
Por fora uma igreja simples, mas por dentro uma maravilha.
Quem diria, entrei na igreja sem muita expectativa e saí perplexo!
Está na hora de comer algo, procurar um local para comer sempre é uma oportunidade para ver mais lugares bonitos e interessantes.
Encontrei um local convidativo bem ao lado do Mercado de la Cebada. O mercado seria meu local de primeira escolha, mas agora são 15h e o mercado está fechado naquele horário em que muitos não trabalham aqui, das 14h às 17h.
Já que é assim, vou neste pequeno restaurante mesmo e – surpresa das surpresas – vejo que tem paella. É a minha primeira paella da viagem!
Está muito boa, valeu o pedido!
Real Basílica de San Francisco el Grande
Para continuar na linha das surpresas, vejo outra igreja ao lado, muito maior do que aquela que acabei de ver. Eu nem iria nesta direção, mas vou lá dar uma olhadinha.
Nossa, nada mais é do que a Real Basílica de San Francisco el Grande. O nome impressiona e estava na minha lista de pontos a visitar.
Para variar, mais um local fechado. Na verdade, parece até que a igreja nem funciona, não há qualquer movimento e o portão parece não ser usado há tempos.
Há uma pequena praça ao lado, aproveito para descansar um pouco…
… fotografar uma pequena estátua …
… e tentar entender a igreja.
E aí então mais uma surpresa, a igreja está aberta. Só que uma placa na porta diz que agora só é permitida a entrada de um tour guiado no valor de 3 euros.
Ah, eu não vou perder essa, até porque o tour está começando neste momento.
Que é isso? Esta igreja é linda demais! Olha, acho que até mais bonita do que a Catedral de Almudena em que estive há algumas horas.
O guia já nos leva para um espaço ao lado do altar. Aliás, esta é a vantagem de conhecer um local como este com um guia, neste caso funcionário da própria igreja.
Estes móveis são incrivelmente detalhados. E há muitos deles.
E o teto então, é de chorar de bonito!
O guia, muito ativo e com bastante vontade de explicar tudo, pede para olharmos a combinação entre a cor da parede e a cor das cadeiras – tudo feito de propósito.
Mais uma sala para doer o pescoço, de tanto olhar para o alto.
Essa mesa mostrada a seguir foi feita para celebrar um casamento de alguém importante na época e depois doado para a igreja.
E vamos olhando tudo.
Já estamos novamente em frente ao altar central.
E olhando para cima…
Parece que alguma fotos mostradas estão de lado, mas é difícil dizer qual a orientação certa porque estão no teto.
E por falar em teto, vamos continuar olhando para cima.
Não resisto, hora de uma selfie.
O passeio continua, agora estamos vendo as capelas que se espalham na parte principal da igreja.
A próxima sequência de fotos tem um caso interessante. Trata-se de um quadro pintado por Goya antes de seu sucesso, era ainda um pintor desconhecido.
Um ótimo quadro, na minha modesta opinião.
Mas vamos chegar mais perto…
… e mais perto ainda…
…para ver o próprio Goya. Pois é, os artistas tinha o hábito de aparecer de algum jeito em suas obras. O Goya é esse de camisa amarela atrás de alguém com blusa rosa.
A visão desta igreja é tão linda, tão intensa, que às vezes dá até vontade de chorar.
Vamos às últimas fotos na igreja.
Pronto, depois deste banho de beleza, preciso dar uma volta nas ruas.
Acabei chegando em frente ao Restaurante Sobrino de Botín, considerado o restaurante mais antigo do mundo. Fundado pelo francês Jean Botín, existe desde 1725. Pode isso?
Ainda na linha das surpresas, fico curioso com esta passagem que eu não esperava.
É uma passagem seguida de escadaria. Vou subir.
Ah, um detalhe antes. Sabe o Sobrino de Botín que mostrei há pouco? Dentre os vários motivos para ser famoso, um deles era ter Ernest Hemingway como assíduo frequentador. Este restaurante bem ao lado desta passagem brinca com isso, na porta está escrito Hemingway neve ate here. Muito inspirado!
Bom, vamos subir.
Acabou a surpresa! Eu não havia me dado conta, este é um dos vários vários arcos de entrada para a Plaza Mayor. Eu não percebi que estava ao lado!
Vou aproveitar e dar mais uma volta, no dia em que estive aqui quase não prestei atenção.
A placa homenageia Felipe II e faz uma menção à Don Jose Maria Soler Y Diaz Guijarro, que morreu em 1963 em pleno exercício de recuperação da praça iniciada dois anos antes.
Bem, depois de visitas várias igrejas e terminar na Plaza Mayor, mereço um descanso. Até o próximo!
Linda a Igreja San Andres!
O restaurante Botin tem um forno que não se apaga há mais de 300 e tantos anos.Servem deliciosos cochinilos(não sei se é assim que se escreve).
Esta sua Madri é uma surpresa para mim.
Abraço
Puxa, prima, eu não sabia do forno que não se apaga há mais de 300 e tantos anos. Viu só, estamos viajando juntos mesmo, um dando informação para o outro. Que bom!
Uau!!!!
Realmente a igreja ou basílica de San Francisco é maravilhosa!!!!
Tudo muito ao meu gosto no passeio de hoje, até a paella…
Besos
Maravilhoso! Dá para ficar uma eternidade olhando para cima nessas igrejas. Claro com um relaxante muscular para dormir no final do dia.
Tem horas que eu realmente precisava ficar um tempo sentado para me recuperar. Um dia, não neste, eu até quase deitei em um banco para ver melhor a cúpula. E com a permissão do guia da igreja.