St Christopher’s Place, travessa da Oxford Street

Tenho aula de inglês toda 2a e 5a, das 12h45 às 16h. Hoje é dia de aula, não conseguirei visitar muitos lugares. Sem problemas, até porque tenho dois grandes objetivos nesta minha visita: conhecer Londres e aperfeiçoar meu inglês.

Quanto a Londres, algo novo e algo que não muda. O novo, um elevador muito grande no metrô. Algumas estações são tão profundas que as pessoas usam os vários elevadores enfileirados.

O que não muda é o bom e velho McDonald’s. Como uma forma de matar saudade de casa, precisava comer algo que me fizesse lembrar de minha esposa. Ela adora comer no Mc, então fui lá comer a mesma coisa que como em São Paulo: o número 1.

O gosto é exatamente o mesmo! Que bom!

Andando pela Oxford Street, passo em frente a uma Carphone Warehouse. Quando lia os jornais de Londres ainda no Brasil, guardei este nome. É de uma loja de artigos eletrônicos e de informática. Eu tinha que pelo menos entrar para conhecer.

Nada que me chamasse tanto a atenção, nem mesmo os muitos iPhone 6 expostos – eu já havia visto na Apple, continuei minha caminhada. Fiquei curioso com uma loja da Disney, entrei.

Também nada muito marcante, a não ser a multidão lá dentro. É inacreditável como tem gente nesta cidade. E aqui na Oxford Street, quase tudo turista!

Estas lojas não estavam agradando, abri o Trip Advisor para ver se havia algo melhor para ver na região. Gostei da descrição do St Christopher’s Place, que ficava a poucos metros. É uma viela quase imperceptível saindo da Oxford Street.

Andando pela passagem estreita, um belo local aparece, com fontes, restaurantes e mesas na calçada. Um paraíso para quem quer descansar da Oxford Street.

Já estava no hora de voltar para casa, a aula de inglês havia consumido boa parte da tarde, daqui a pouco iria escurecer. Por um acaso, lembrei de outro aplicativo de mapas que havia baixado no Brasil, o Citymapper.

Abri e logo de cara gostei de um recurso: eu poderia traçar um caminho para casa escolhendo o tipo desejado de transporte: carro, caminhada, transporte público. Até aí é o mesmo que o Google Maps. No entanto, quando escolho o transporte público, tenho a opção de indicar metrô e ônibus, só ônibus ou até mesmo aquela que me faz … pasmem … tomar menos chuva. É o máximo!

Como queria mais uma vez voltar só de ônibus para casa – e esta é uma opção que NÃO encontrei no Google Maps – o Citymapper estava se mostrando um aplicativo mais adequado.

Ônibus escolhidos, vamos em frente.

Como estava passando ao lado de um parque, e ainda sem saber se podia confiar no Citymapper, procurei no Google Maps o nome do lugar.

Nada mais, nada menos que o Hyde Park.

É, acho que eu estava ainda um pouco desorientado, afinal este é um parque enorme, central e que todos conhecem. Eu deveria ter percebido. Ninguém manda ficar olhando o celular o tempo todo!

Melhor olhar o parque!

Só para conferir, olhei também o Citymapper – o Hyde Park também apareceu. Ainda bem!

Lá em cima no mapa aparece Notting Hill, preciso dar um jeito de ir lá algum outro dia.

Uma nova área verde apareceu no caminho…

… o nome era Shepperds Bush Common.

 

Vejam só esta cena, aqui também há faixa de ônibus separada do tráfego.

Transporte público tem total preferência aqui em Londres, tal como está começando a acontecer em São Paulo. Os ciclistas também compartilham a faixa de ônibus e os motoristas respeitam.

Claro, às vezes há problemas neste compartilhamento ônibus e ciclistas. De vez em quando aparece nos jornais locais notícias de acidentes.

O ônibus continua.

Comecei a ficar cismado, a viagem estava demorando muito tempo. Conferi o Citymapper, aparentemente tudo estava certo. Até vi o nome da linha de ônibus em que eu estava, E3.

Não sei, havia algo errado. Comecei a digitar então o nome da rua em ficava minha casa, 9 Darwin Road. O Citymapper completou com o código W5 4BA. É um tipo de CEP daqui, só que este não era o código de minha casa. Eu não lembrava exatamente o código, mas sabia que começa com DA. Continuei digitando, apareceram duas 9 Darwin Road. Nenhuma era a minha, já que o CEP não começava com DA.

Foi aí que percebi, estava no lugar errado. Eu havia tomado os ônibus errados. Se em São Paulo isso é ruim, imagine em Londres. Conferi no Google Maps, eu estava do outro lado da cidade. A viagem de volta iria demorar 1h30min! Pode isso?

O problema não foi exatamente o Citymapper. É que o Google Maps já sabia o endereço certo, eu havia digitado tudo corretamente já no Brasil. E o aplicativo guarda o endereço, mesmo tendo sido digitado no computador. Como eu poderia imaginar que havia mais de uma Darwin Road em Londres? Se não bastasse uma, havia três!

Não havia alternativa, o negócio agora é voltar. Cansado e resignado (rs), os corredores enormes dos metrôs de Londres me pareciam “mais enormes”, com o perdão da expressão!