British Insurance Marketplace

Por enquanto, tenho andado por Londres de forma meio aleatória, sem muito planejamento. Só que o tempo passa, amanhã completo metade do passeio. É hora de organizar melhor os pontos obrigatórios, aqueles que preciso ver de qualquer jeito.

A maior parte destas atrações é paga, algumas bem pagas, então uma boa alternativa é usar facilidades como o London Pass. Este passe não só oferece descontos nos ingressos, como principalmente nos faz evitar as filas quilométricas que existem em alguns lugares. De quebra, ainda inclui um aplicativo para organizar os pontos de interesse.

Ainda não comprei o London Pass, mas o aplicativo é gratuito, pode ser baixado a qualquer momento. Eu havia feito isso no Brasil mesmo, hoje comecei a definir os pontos. Para facilitar, o aplicativo  organiza tudo por assunto, eu escolhi o terceiro da lista na primeira, Ideas for days out.

Como gosto de passeios ao ar livre, na segunda tela escolhi The Great Outdoors.

Na terceira, resolvi ver do que se tratava Bushy Park.

É tudo muito fácil e acessível na tela de um smartphone. Li as informações com cuidado, gostei e selecionei o botão Add to Favourites na parte inferior da tela.

Assim, vou criando minha lista de favoritos.

Para que eu não perca tempo com deslocamentos, posso ver todos os pontos em um mapa. Posso aproveitar e ver de uma vez só tudo o que está em uma determinada região.

Não é hoje que pretendo terminar este planejamento, preciso agora é sair e continuar conhecendo Londres. O problema é a chuva! Agora não está chovendo, já choveu e há previsão de chuvas fortes na próxima semana. Meu tênis não é impermeável, preciso comprar um novo. Assim, o único plano do dia é achar um tênis.

Entrei no Google, busquei loja de tênis, gostei de uma no centro da cidade, lá fui eu pegar o trem até a London Bridge.

Olha aí novamente minha decepção com a tal falada educação dos ingleses, tão em falta ultimamente. Vejam um desses ingleses “educados” sentado no trem.

Quando pesquisei o caminho até a loja de tênis via Google Maps, o itinerário sugeria sair do trem na London Bridge e pegar um metrô.

Mas vi na tela do celular que a distância à pé era de uns 25 minutos, resolvi aproveitar e fui caminhar nas redondezas, às margens do Rio Tâmisa.

Andar ao lado do Tâmisa é mesmo gratificante demais. É um ponto famoso atrás do outro, como por exemplo a Tower Bridge.

Depois que comprar o London Pass em breve, certamente visitarei o local.

Olha que interessante lá no meio do Tâmisa: uma bandeira do Brasil.

Pena que está do outro lado do rio, senão eu iria lá ver do que se tratava. Quem sabe um outro dia.

É gostoso andar assim sem rumo, mas eu tinha um objetivo, comprar um tênis. Sei que é meio sem graça, mas eu precisava. Achei uma solução, abrir o aplicativo City Walks London e ver se havia alguma sugestão que combinasse mais ou menos o caminho que eu teria que fazer até a loja.

Havia, o nome era sugestivo: Architectural Landmarks. Eram 8 pontos com alguns dos marcos mais representativos de Londres, quase todos com séculos de tradição.

Vamos lá, o primeira era a Tower of London.

Este foi um dos primeiros lugares que fotografei quando cheguei, aquele com as flores de porcelana.

Mas sempre há algo novo para ver, não me lembro de ver visto estes leões naquele dia :).

 

Assim que comprar o London Pass, farei uma visita mais detalhada aqui. Por enquanto, vale a pena olhar o lado externo.

O lado externo é extremamente imponente!

Este portão, por exemplo, é considerado o maior do local.

Construído pelo rei Edward I (1272-1307), foi depois usado por traidores para invasão do castelo. É então chamada de ponte dos traidores. Está tudo escrito na placa ao lado.

Vamos continuar andando pelo lado de fora.

Foi aqui que estive no primeiro dia de meu passeio. Hora então de continuar minha caminhada pelos demais marcos arquitetônicos de Londres. O segundo era 30 St Mary Axe.

Mas eu estava com fome, já era quase 2h da tarde. Encontrei um abokado, restaurante que existe em tudo quanto é canto por aqui. Resolvi experimentar.

A opção que escolhi basicamente incluía macarrão e frango. O visual era bonito, felizmente o gosto também. Bem, não vou negar que estava apimentado, bastante apimentado. O pessoal aqui gosta de comida com tempero forte.

Durante o almoço, aproveitei para pesquisar outros pontos de interesse na região. Percebi que estava bem na frente da All Hallows by the Tower, a igreja mais antiga de Londres.

Certamente eu teria que ir lá depois do almoço.

Embora Londres seja uma eterna surpresa, algumas coisas têm sido constantes: a coexistência do antigo …

… e do novo.

Também fico admirado com o aproveitamento das igrejas mais visitadas pelos turistas.

Quase sempre há uma cafeteria integrada.

O que impressiona muito nas igrejas mais antigas aqui é a cripta, a parte subterrânea.

Tudo muito interessante, uma calma e uma sensação enorme de paz. Encontrei duas peculiaridades: primeiro, uma maquete mostrando Londres na época em que só havia a igreja no centro da cidade.

Depois, uma amostra do pavimento romano que havia exatamente ali. Era do século 2.

Bela visita! Vou ver um pouco mais lá fora!

Apenas para situar melhor, All Hallows by the Tower fica ao lado da Tower of Bridge, que aparece lá atrás.

É esta proximidade que explica o nome da igreja.

Rumo ao próximo marco arquitetônico, Lloyd’s of London. O caminho mostra que estou ao lado daqueles enormes edifícios que sempre olho para facilitar minha localização na cidade.

Estou na City of London, chego rapidamente ao Lloyds of London. Muitas pessoas pensam que aqui há uma companhia de seguros, mas o fato é que estou na  Lime Street frente a seis torres enormes que formam o British Insurance Marketplace. São vários membros que viabilizam, dão crédito e confiança ao mercado de seguros em Londres.

E pensar que tudo começou em 1668 em um pequeno café, como muita coisa começa aqui em Londres.

Algo também muito frequente na cidade são as vielas, existem em todos os cantos. Para quem não está acostumado – como eu – dá uma sensação estranha, talvez de medo e perigo. Mas não, todo mundo entra e sai com a maior tranquilidade. Faz parte da vida da cidade.

Fiquei com vontade de entrar nesta aqui, a Ball Court, travessa da Cornhill.

Meio espremida no começo…

meio escura às vezes…

mas terminando em uma área maior …

… mais exatamente em um conjunto de lojas comerciais.

O difícil aqui é manter o foco. Meu objetivo era ver o último marco arquitetônico da lista, porém já havia desviado um pouco ao entrar neste beco . Agora aparece este belo edifício à frente, Royal Exchange.

Fundado no século 16 para ser um centro de comércio, já foi destruído e reerguido duas vezes.

Aqui funcionou durante 150 o British Insurance Marketplace que vimos há pouco.

Não iria perder esta oportunidade, entrei!

Preciso dizer alguma coisa? Simplesmente lindo!

O último marco arquitetônico do dia foi a St. Paul’s Cathedral.

Este talvez tenha sido o lugar MAIS BONITO QUE JÁ VI até agora em Londres. Pensando bem, talvez tenha sido o mais bonito que já vi na vida. Amplo, grandioso, monumental, colorido, imponente e com um órgão cuja música preenche cada espaço possível.

Tive sorte em ouvir o órgão, cheguei justamente quando começava uma Evensong, cerimônia religiosa com música ao cair da tarde. Preces com músicas é uma forma que a igreja encontrou de reunir em um só evento os membros da igreja e os leigos.

Então, entrei ao som daquele órgão que dominava tudo, ao mesmo tempo deslumbrado com a beleza da igreja. Não me segurei, as lágrimas correram!

Pena que não dá para fotografar lá dentro. Mas eu precisava mostrar um pouco do que vi, então encontrei algumas fotos na internet.

  

Fotos bonitas, de fato, mas preciso eu mesmo fotografar alguma coisa. Então, discretamente, notei algo bem diferente das nossas igrejas: não há bancos tradicionais, aqueles com lugares para ajoelhar. O amplo salão da igreja só tem cadeiras.

Já que não era possível fotografar o interior, vamos lá fora!

Ah, sabe o tênis que eu queria comprar? Pois é, comprei! A loja ficava ao lado da igreja!