Casa Terrades (Casa de les Punxes)
Vou começar o dia hoje no bairro Example, região que – segundo o Passaporte BCN – concentra a maior coleção de arquitetura modernista do mundo. Aqui há obras dos artistas mais destacados do movimento, incluindo três casas de Antoni Gaudí, quatro de Josep Puig i Cadafalch e outras quatro de Lluís Domènech i Montaner.
Palau Macaya
Começo no Passeig de Sant Joan, rua em que daqui a pouco verei uma destas primeiras casas modernistas.
Para não ficar muito preso a roteiros prontos, vou prestando atenção em prédios absolutamente incríveis ao longo do caminho.
Só isso já valeu a vinda aqui. Mesmo assim, estou chegando na Casa Macaya, o primeiro ponto do roteiro que tenho em mãos – ou no celular (rs).
A Casa Macaya, também conhecida como Palau Macaya pelas suas características de palácio urbano, é projeto do arquiteto modernista Puig i Cadafalch. Construída entre 1899 e 1901, quando o arquiteto trabalhava também em outro ponto muito visitado em Barcelona, a Casa Amatller.
A parede da fachada está decorada com uma técnica chamada esgrafito, que consiste na elaboração de desenhos, utilizando argamassa com cores diferentes da base na qual é aplicada.
Vou entrar na Casa Macaya.
No interior, somente o hall de entrada e o pátio interior foram conservados e podem ser visitados, surpreendendo com seus tetos e paredes ricamente decorados com esgrafitos, com um ar de palácio medieval de Barcelona.
Bonito, mas acho que gostei mais da fachada externa.
Ah, o Passaporte BCN destaca um item bem na porta de entrada.
Deu para ver alguém andando de bicicleta?
Vou chegar mais perto.
A bicicleta aqui é uma homenagem de Eusebi Arnau a Puig i Cadafalch, que na época utilizava uma bicicleta para fazer o percurso entre as obras da Casa Macaya e da Casa Amatller.
Ainda bem que tenho um roteiro que descreve até estes mínimos detalhes. Mesmo assim, é sempre bom fugir mais uma vez do roteiro e olhar outros prédios…
… monumentos…
… e até igrejas.
Iglesia de Sant Francesc de Sale
Quando fico em dúvida se visito ou não algo, dou uma olhada no TripAdvisor para ver os comentários.
A Iglesia de Sant Francesc de Sales tem quatro pontos no total de cinco na classificação do aplicativo, então tenho mais é que chegar perto…
… e entrar!
Ainda bem que olhei o TripAdvisor, senão eu teria perdido esta bela visita.
Desviei do roteiro para ver a igreja, estou voltando agora para o próximo item do roteiro. É incrível, cada mudança de ângulo mostra coisas novas. Mostrei há pouco o monumento na esquina da Avinguda Diagonal com o Passeig de Sant Joan, só que não havia percebido uma coruja olhando…
Deu para ver? Está bem à minha direita.
O que significa? Não consegui descobrir! Sei apenas que gostei!
Casa Terrades (Casa de les Punxes)
O próximo destino é a casa das pontas, uma das obras mais grandiosas do modernismo de Barcelona, assinatura de Puig i Cadafalch.
Eu não tenho palavras para descrever, só fotografar!
Felizmente o Passaporte BCN tem palavras, está escrito no site que esta casa foi encomendada pelas irmãs Terrades, foi uma a reforma de três imóveis que ocupavam essa área.
É simplesmente lindo!
Terminada em 1905, a inspiração medieval característica de Puig i Cadafalch é muito evidente. As quatro torres redondas fazem com que o prédio pareça um castelo. No alto das torres e em pontos do telhado é possível notar as “punxes”.
Vou ver dentro.
A casa ocupa toda um quarteirão, vou dar a volta e olhar o outro lado.
A decoração, realizada em estilo gótico, lembra elementos de outras obras do arquiteto, como a Casa Amatller, a Casa Serra ou – esta acabamos de ver – a Casa Macaya.
Os painéis nas fachadas mostram cores que dão um alegre muito especial à casa.
O painel mais conhecido é o que representa Sant Jordi (São Jorge), está escrito Sant Patró de Catalunya, torneu-nos la llibertat (santo padroeiro da Catalunha, nos devolva a liberdade. Um texto bastante controverso, conseguiu sobreviver à ditadura franquista.
Que show! Por mais tentador que seja ficar por aqui olhando e fotografando, melhor ir para o próximo ponto.
Palau Baró de Quadras
Entre 1902 e 1903, o arquiteto modernista Puig i Cadafalch – olha ele aí outra vez – trabalhou na reforma de um bloco de apartamentos na rua Rosselló, a solicitação foi do Baró de Quadras.
O arquiteto transformou completamente o prédio, acrescentando uma característica muito singular: fachadas voltadas para duas ruas diferentes.
Uma das fachadas, voltada para a Avinguda Diagonal, é um autêntico palácio neogótico. Mostra esculturas de personagens medievais, muitos motivos vegetais e heráldicos.
Claro, tinha que haver gárgulas!
Casa Comalat
O passeio hoje está rico em casas fantásticas. Cheguei no número 442 da Avinguda Diagonal, aqui fica a Casa Comalat.
A Casa Comalat, do arquiteto Salvador Valeri i Popurull, é uma surpreendente casa modernista, dotada de duas fachadas e com claras influências de Antoni Gaudí. O distrito aqui é o Eixample.
Foi construída entre 1909 e 1911, pouco mais tarde que outros exemplos maravilhosos do modernismo catalão. Por sua localização, a casa pôde ser concebida para ter duas fachadas, que compartilham de uma curva gaudiniana como elemento comum.
Vimos até aqui a fachada principal na Avinguda Diagonal, com sua torre revestida de cerâmica vitrificada verde e formato de chapéu de arlequim.
A fachada posterior está no Carrer Còrsega e é menos formal e simétrica que a fachada principal. Nessa outra face do edifício, as formas irregulares e as cores são predominantes. Para mim, é muito mais bonita que a outra.
Os arcos das portas mostram uma forte influência das obras de Gaudí.
A fachada está ricamente decorada com cerâmica policromada, uma obra do artista Lluís Bru i Salelles, que também foi responsável por parte da decoração do interior do edifício.
Outro detalhe que chama a atenção, segue sempre informando o Passaporte BCN, está nestes curiosos terraços de madeira, decorados com janelas de vitral, que acompanham o movimento ondulado dessa fachada. Todas as janelas de vitral contam ainda com persianas externas de madeira.
La Pedrera ou Casa Milà
Agora a emoção dá um salto, cheguei em uma das grandes obras de Gaudí, a Casa Milà, também conhecida como La Pedrera.
É uma das obras mais importantes de Gaudí. Feita entre 1906 e 1912, seu planejamento foi feito quando Gaudí estava no auge de sua carreira, aos 54 anos de idade. Também foi sua última casa residencial antes de dedicar os últimos anos da sua vida ao projeto e construção da Sagrada Família.
A Casa Milà tem três fachadas, uma delas situada no Passeig de Gràcia, outra voltada para a Carrer Provença e a última, em forma de chanfro, na esquina entre estas duas fachadas. O projeto de Gaudí faz as três parecerem uma só, com suas formas onduladas lembrando uma rocha banhada energicamente pelas ondas do mar.
As fachadas estão cobertas com pedra calcária, com 33 balcões decorados em ferro forjado com formas que se assemelham a algas marinhas.
O Passaporte BCN sugere olhar as fachadas em diferentes horários do dia, é possível notar como a luz pode mudar muito a aparência e cor da casa.
Pronto, comprei meu ingresso e vou entrar. Aliás, o folheto que peguei agora relembra algumas frases já ditas sobre esta obra:
- Uma grande onde de pedra
- Um conjunto de formas orgânicas interligadas
- Um poema de pedra
- Uma escultura gigante, única e sem igual
Pois é, faço minhas estas frases todas!
La Pedrera foi feita para Pere Milà, um jovem endinheirado casado com uma rica viúva, ele queria uma casa que deixasse Barcelona de queixo caído e que ofuscasse as famosas vizinhas do Passeig de Gràcia, a Casa Amatller, a Casa Batlló e a Casa Lleó Morera.
A ideia de Milà e sua esposa era morar em parte do prédio e alugar os demais apartamentos.
O andar térreo tem dois acessos com halls de entrada separados e conectados com dois pátios. Estou agora em um dos pátios, um espetáculo de cores e formas.
A escadaria central contém cenas com referências mitológicas e detalhes policromáticos.
As portas de entrada combinam ferro forjado e vidro, com representações em formas orgânicas.
Gosto de ver lugares altos, então quero logo ir ao terraço. Há uma fila enorme na frente do elevador, felizmente uma simpática funcionária pergunta se alguém quer subir usando as escadas laterais.
Lá vou eu!
O poeta catalão Pere Gimferrer descreveu o terraço da Casa Milà como o jardim dos guerreiros, ele tem total razão. As chaminés de ventilação concebidas por Gaudì parecem guerreiros com capacetes em suas cabeças.
É um autêntico jardim de esculturas, suas diferentes partes são conectadas por escadas e passadiços que acompanham o desnível do teto.
Gaudì utilizou diferentes soluções para as 30 chaminés, as duas torres de ventilação e as 6 saídas das escadas que existem no terraço.
Como eu esperava, o Sr. Milà tinha uma bela vista daqui de cima.
Ah, mas tem uma vista que o Sr. Milà não aproveito na época…
O áudio guia que recebi informa que duas destas chaminés estão situadas em uma linha diametralmente opostas, cada uma delas permite enquadrar pontos sagrados de Barcelona. De uma delas é possível ver o Templo Expiatorio del Sagrado Corazón de Jesús na montanha de Tibidabo…
…e do outro a Sagrada Família.
Eu até tentei fotografar sem turistas, só que é algo completamente impossível. Sempre tem alguém!
Pronto, terraço visitado, vou agora para um piso abaixo.
Estou no sótão da casa, lugar em que ficavam os tanques e espaço para lavar roupa. Hoje é um local de exposição, Espai Gaudí, mantém seu aspecto original com abóbadas feitas com tijolos aparentes. São 270 arcos!
Além das maquetes que ajudam a entender a casa…
… vejo agora uma explicação muito interessante sobre a técnica de Gaudí nestes correntes.
Como ele gostava muito de conciliar seus projetos com as forças naturais do planeta, uma alternativa era pendurar correntes que faziam curvas (hipérboles) e as virar ao contrário para definir a forma de suas construções.
Isso explica as curvaturas que vejo em suas obras.
A exposição é bem completa, vejo até móveis que Gaudí também projetava.
Chegou o momento de visitar os apartamentos, eles estão distribuídos ao redor dos dois pátios internos que garantem a iluminação e a ventilação.
Gaudí desenhou os apartamentos de um jeito que os proprietários poderiam distribuir como quisessem. As paredes não têm uma função de sustentação estrutural do prédio e por isso podem ser realocadas. Não há dois apartamentos iguais.
Para facilitar a visita, um dos apartamentos foi decorado com móveis da época. Estou entrando em um e vendo sua sacada…
… dormitório…
… corredor…
… cozinha …
…e banheiro.
Aqui preciso fazer um comentário, é quanto ao espaço na casa. É incrível, as fotos nem conseguem mostrar esta sensação, mas a noção que tenho de espaço aqui dentro é muito grande. Este banheiro da foto anterior é enorme, mesmo em uma casa toda curva e cheia de aposentos. Este Gaudí era um gênio, admiro cada vez mais as obras dele.
Continuando a visita, vale olhar teto…
… outro dormitório, agora de casal …
… e a enorme sala de estar com dois ambientes …
… e suas sacadas com uma bela visão de Barcelona.
Mais um corredor extremamente espaçoso…
… que permite o acesso ao banheiro do casal.
Conclusão, o dormitório do casal é uma suíte.
Das janelas internas, uma ótima visão da casa.
Há também, claro, as janelas externas.
Pronto, vou descer passando por um grande espaço..
… e voltando a um dos pátios internos.
Quando penso que a visita está acabando, vejo que ainda posso ver um piso mais inferior ainda.
É um espaço que pode ser aproveitado para exposições e que – vazio como está agora – me permite observar na prática os grandes vãos livres que os moradores poderiam arrumar como quisessem.
Ufa, foi um banho de Gaudí. Um que me fez admirá-lo demais, daqui para frente vou prestar muito mais atenção em tudo ligado a seus trabalhos.
Casa Thomas
Nem precisava olhar outras coisas hoje, esta visita à La Pedrera justificou o dia inteiro. Mas Barcelona não permite esta folga, então vou aproveitar o dia.
Bem em frente, há um prédio que merece uma foto.
Ou este outro aqui, ainda mais merecedor de um registro fotográfico.
Mesmo prestando atenção no que aparece pela frente, tenho um objetivo em mente conforme o roteiro que sigo, a Casa Thomas.
No número 293 do Carrer de Mallorca, é mais uma obra do de Lluís Domènech i Montaner, autor também do Palau de la Música Catalana e que já citei várias vezes aqui no blog.
A casa foi construída entre 1895 e 1898. Na fachada neogótica podem ser vistos elementos característicos de outras obras do arquiteto, com um vestíbulo decorado com motivos florais. Em 1912 a casa foi ampliada, respeitando o estilo original.
Embora não esteja aberta à visitação, dá para entrar no vestíbulo.
Conservatori Municipal de Música
O roteiro que sigo chama a atenção para o cruzamento do Carrer del Bruc com o Carrer de València, aqui está o Conservatori Municipal de Música.
O roteiro, é do Passaporte BCN, não entra em detalhes e nem sugere uma visita. Só que este é o tipo de lugar que gosto de entrar. Lá vou eu!
Puxa, que bom eu ter entrado. Isso aqui é lindo! Veja só um dos corredores…
… e o incrível patio interno a seu lado!
É bonito demais! Vou tentar fazer uma foto que transmita a sensação de espaço que tenho aqui!
Vou subir mais um andar!
Daqui dá para admirar mais ainda aquele belo pátio, principalmente os vitrais que eu não havia notado!
Mercat de la Concepció
Ainda no Carrer de València, depois do Conservartório, chego ao Mercat de la Concepció.
É um dos mercados centenários da cidade, inaugurado em 1888. Além das bancas de alimentos, funciona aqui o mercado de flores da cidade, aberto 24 horas por dia.
A construção aproveitou as novas possibilidades arquitetônicas oferecidas pelo ferro, o resultado é uma grande e espetacular estrutura.
Este é um mercado real, não aqueles feitos para turistas. É aqui que os moradores da cidade vêm fazer suas compras.
Església de la Concepció
Atravesso o mercado de uma ponta a outra, chego no Carrer de Aragó, viro à direita e chego na Església de la Concepció.
A história desta igreja é mais do que interessante, veja. Na segunda metade do século XIX, com a crescente expansão de Barcelona, o então mosteiro e claustro de Santa Maria de Jonqueres, situados ao lado da muralha romana, seriam derrubados. Ambos, construídos entre os séculos XIII ao XV, formavam um belo conjunto de igreja e claustro em estilo gótico, não poderiam virar um monte de pedras.
Então, ela foi desmontada e remontada pedra por pedra aqui no Eixample, um bairro novo na época que não contava com uma igreja desse porte. Fascinante!
Sabendo disso, minha vontade de entrar é ainda maior!
Em 2009, o papa Bento XVI conferiu o título honorífico de Basílica Menor a essa igreja.
O claustro é um espetáculo à parte!
Outros patrimônios históricos no Eixample
Continuando a caminhada aqui no Eixample, estou agora no cruzamento do Carrer de Roger de Llúria e Carrer de Valência. Em um dos lados aparece a Casa Josefa Villanueva.
Seu elemento mais espetacular é uma bela tribuna, esbelta e cheia de curvas, coroada por uma agulha. No passado havia outra tribuna igual do lado esquerdo da fachada, que já não existe mais.
No lado esquerdo do cruzamento vejo a histórica mercearia Queviures Múrria.
Inaugurada em 1898, tem uma bela fachada modernista com cartazes em vidro.
Andando agora até o Passeig de Gràcia, mais exatamente na faixa central bem em frente ao Hotel Majestic, encontro mais um marco da arquitetura.
Este é um dos 31 postes combinados com bancos desenhados por Pere Falqués especialmente para esse passeio. Seus elementos modernistas contribuíram para dar maior suntuosidade ao passeio mais nobre de Barcelona.
Atravesso o Passeig de Gràcia e entro no Carrer de València até o número 241. No lado direito está a Casa Domènech i Estapà.
Construída para ser residência desse arquiteto modernista entre 1908 e 1909, sua fachada de tijolos à vista é algo pouco comum nos prédios do Eixample.
Estou perto das Ramblas, mais exatamente da Rambla de Catalunya. É o local em que acabei de chegar para ver mais um dos pontos do roteiro, a Farmàcia Bolós.
Construída em 1902, sua decoração modernista original foi preservada tanto no exterior …
como no interior, juntamente com alguns objetos antigos.
Saindo da Rambla e entrando na Carrer de Aragó está a inconfundível fachada da Fundació Antoni Tapiès, um museu dedicado à obra do artista catalão Antoni Tàpies (1923-2012).
O prédio foi construído pelo arquiteto modernista Lluís Domènech i Montaner entre 1880 e 1882 e foi sede da editora Montaner i Simón.
No roteiro do Passaporte BCN que estou seguindo, leio que esta fachada mostra influência do estilo mudéjar, estilo artístico e arquitetônico que aparece nas obras cristãs realizadas pelos muçulmanos que permaneceram na Espanha após 1492. Vale destacar o uso de tijolos vermelhos, ferro e aço.
Com o crescimento do bairro, o prédio ficou encaixotado entre as paredes dos prédios vizinhos. Em 1984, ao ser convertido na Fundação Tapiès, o artista Antoni Tàpies criou a escultura Núvol i cadira (nuvem e cadeira).
Instalada na cobertura, a obra não só elevou a altura do prédio, como também marcou sua nova identidade.
Na linguagem abstrata do artista, representa uma cadeira que se destaca sobre uma nuvem. A cadeira, que sugere uma atitude de meditação, reflexão e contemplação estética, é um símbolo recorrente na obra de Tàpies.
Manzana de la Discordia
Voltando ao o Passeig de Gràcia, chego a um dos pontos mais intrigantes do passeio de hoje, a Manzana de la Discordia.
Manzana em espanhol significa tanto maçã quanto quarteirão, pois aqui é o quarteirão em que a maçã da discórdia foi mordida. Estou na frente agora de três casas modernistas em que os arquitetos mais importantes do modernismo catalão competiram pelo título da casa mais bela:
Casa Batló, de Antoni Gaudí
Casa Amatller, de Puig i Cadafalch
Casa Lleó Morera, de Domènech i Montaner
Vale a pena olhar cada uma delas com muita calma.
A Casa Batlló, informa o Passaporte BCN, é uma das obras mais importantes e impressionantes de Gaudí, reflete o período de plenitude criativa do artista.
A casa também é conhecida popularmente como a casa de las máscaras ou a casa de los huesos (ossos) pela semelhança de alguns elementos decorativos da fachada com máscaras e ossos.
Que casa!
Bem, vamos agora entender a história da Casa Amatller. Em 1898, Antoni Amatller, industrial do chocolate, comprou a casa para morar. Como o prédio não tinha nada de especial, Amatller encomendou ao arquiteto modernista Puig i Cadafalch a reforma integral. A casa foi então transformada em um palácio gótico urbano, bem no estilo do arquiteto, que era bastante diferente de outros arquitetos modernistas.
A rica fachada, que já foi descrita como a “apoteose das artes decorativas”, tem influências da arquitetura de palácios do norte da Europa e está coroada por um espetacular frontão flamengo, decorado com azulejos vitrificados.
As figuras que aparecem na fachada recriam criaturas fantásticas típicas de construções góticas.
A Casa Amatller abriu as portas à visitação em 2015, depois de uma detalhada restauração. Vou entrar!
Para terminar o passeio pela discórdia, a Casa Lleó Morera.
Em 1902, a família Lleó Morera contratou o arquiteto modernista Domènech i Montaner para a obra de reforma desa casa construída em 1864. A família Lleó Morera tinha comprado o imóvel e, como tantas outras famílias endinheiradas da burguesia catalã, queria um lugar muito especial para morar.
Não dá para escolher uma casa vencedora, vou então encerrar o post com menos discórdia. Primeiro, aqui estão Casa Batló e Casa Amatller juntas…
…depois uma visão mais tranquila, com casas não competitivas, na mesma quadra.
Até o próximo!