Maio, 10 (21/29) – Zona olímpica, Catedral, Casa de l’Ardiaca, las Ramblas e até uma paella

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Pla de l’Os, obra de Miró nas Ramblas

O passeio hoje é bem intenso, desde as proximidades da casa em que estou e as reformas feitas por conta das olimpíadas, chegando até as famosas Ramblas.

Parc de las Cascades

É até uma ironia, a casa em que estou fica ao lado de uma área toda remodelada por conta das olimpíadas de Barcelona e eu praticamente não andei por ela.

Então, a caminho de um primeiro ponto para ver hoje, vou passeando por esta região. Aqui foram feitos vários edifícios que serviram de alojamento para os atletas. E, claro, a região toda dá um banho de arquitetura criativa e bom gosto.

Chego lá pela Carrer de la Marina, a avenida que termina nas Torres Gémeas.

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Estes dois edifícios têm alturas semelhantes e foram colocados em oposição um ao outro no Passeig de la Barceloneta. São os edifícios mais altos de Barcelona e estão em sétimo lugar entre os mais altos de Espanha. Podemos vê-los em praticamente todo mirante da cidade.

De um lado é a Torre MAPFRE, com o mais alto heliporto de Espanha

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… e do outro o Hotel Arts, com 483 quartos.

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Há um parque aqui, o Trip Advisor dá o nome, Parc de les Cascades.

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Opa, aquele monumento lá atrás da fonte parece familiar. Sim, vi a foto nesta tela do Trip Advisor que acabei de mostrar. Vou atrás deles.

Primeiro, um que está bem atrás.

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Pesquisei e não consegui encontrar o significado. Mas a próxima é famosa, esta eu tenho as informações.

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Chama-se David i Goliat. Feita em 1992 para as olimpíadas, simboliza o contraste entre o bairro degradado que era aqui e a nova Vila Olímpica.

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Os textos que li dizem que foi um desafio fazer esta estrutura resistir ao vento comum a uma região à beira do mar.

Barcelona tem muitas chaminés, já mostrei algumas em outros posts, aqui vejo uma também.

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Vou continuar andando, esta avenida – Av. del Litoral – é linda!

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Há edifícios aqui com visual bem arrojado…

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… assim como monumentos bem criativos.

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Outro dia andando a pé perto daqui este prédio à frente chamou minha atenção.

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Eu até falei sobre ele em um post, disse que parecia meio velho. Não combinava. Hoje chego perto para conferir.

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O visual perto é mais interessante, o Trip Advisor indica que estou no  Parc de Recerca Biomédica de Barcelona. De fato, aqui é a Universitat Pompeu Fabra | Campus del Mar, confiro no Google Maps.

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Vou entrar!

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Comecei a andar um pouco, gostando do que vi, mas resolvi parar quando cheguei neste corredor.

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É uma ligação direta com o Hospital del Mar. Faz todo o sentido ligar a universidade médica com um hospital.

Continuo andando apreciando o contraste entre o novo…

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…e o antigo.

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Olha só o prédio em frente, este é um que já abordei em outros posts. De longe eu vi nos outros, mas achei inusitado o suficiente para comentar. Hoje tenho a satisfação de ver de perto.

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Catedral de Barcelona

Todo este caminho é um preparar de espírito para a grande visita do dia, a Catedral de Barcelona. Outro dia passei na frente, mas estava cansado, achei que deveria entrar apenas quando estivesse em plena forma.

É hoje!

Impressionante, parece que estou uma rua muito movimentada em dia de liquidação de lojas.

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Cá entre nós, que igreja maravilhosa.

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Li em algum lugar que a visita vai até 12h45, mas que o claustro fecha 15 minutos antes. Então vou para lá primeiro e depois volto.

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O claustro, do século XIV, está ornamentado com palmeiras e uma fonte com uma estátua de Sant Jordi bem na entrada.

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As pessoas fazem questão de pegar um pouco.

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Nossa, quanta aqui no claustro merece foto! Até portas!

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Esta última é a entrada para o Museo Sala Capitular, fechado neste momento.

Continuando o passeio no claustro.

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Alguns corredores aqui fora levam a capelas.

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O Passaporte BCN conta que a construção da catedral gótica foi um processo lento e gradual. Teve início em 1298 sobre os restos de um antigo templo cristão e só foi finalizada seis séculos mais tarde. A presença de uma mistura de estilos arquitetônicos, como gótico, barroco, neogótico e modernista, representam o desenrolar da história religiosa da Espanha.

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Cada capela mais bonita que a outra. Esta mostra Sant Josep.

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Na capela, além das esculturas, há também pinturas. Esta a seguir está identificada como Esposoris de la Verge.

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Falando em esculturas, as paredes estão repletas.

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Tenho notado em Barcelona gansos em muitos lugares. Até no claustro da Catedral.

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Há exatos 13 gansos, supostamente representam a idade que tinha Santa Eulália quando morreu martirizada.

O claustro oferece uma ótima visão de uma das torres da Catedral.

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E as tão presentes gárgulas? Lógico, aqui também!

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Que bem pensado! Na saída do claustro de volta ao interior da igreja, é possível patrocinar uma pedra para as reformas da igreja.

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Pronto, de volta ao interior da igreja, o indescritível  interior da igreja!

O interior da catedral, está no site Passaporte BCN,  segue a linha das grandes catedrais góticas. Divide-se em três naves da mesma altura, das quais unicamente a imensa nave central, que tem o dobro de largura das laterais, acaba em uma abside. Uma série de esbeltos pilares separam as naves. Várias capelas secundárias estão distribuídas pelas naves laterais.

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A luz que entra pelos vitrais ilumina delicadamente o interior do templo.

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É por isso que chamei o interior de indescritível. Vou continuar quieto, só mostrar o que vejo!

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Há momentos em que fico perdido, não sei se fotografo de frente …

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…ou de lado!

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Estas duas fotos foram do interior do coro. Esta próxima estou ao lado, mas pelo lado de fora.

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Cada capela, cada corredor, até mesmo o teto valem o registro.

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Ah, a grade atrapalhou um pouco. Vou colocar o celular entre as barras e fazer uma foto mais limpa.

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Limpa e bela.

Ouço vozes, parecem pessoas rezando. E estão, em um nível mais baixo, talvez a cripta da Catedral. Não sei se os turistas podem ir até lá ou se é só para os fiéis rezarem

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Olha o órgão, grande e bonito como esta Catedral merece. Gostaria de ouvir o som!

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Estou na frente de uma sala que dá acesso à torre após o pagamento de uma módica quantia. Está certo, é preciso dinheiro para manter a igreja. E eu quero muito subir, vou lá!

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Que bom, consigo ver melhor a torre da igreja.

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A visão aqui é tão boa que consigo ver de uma vez só o Museu Naciona d’Art à esquerda até o Parc Montjuïc à direita, com as Torres Gêmeas no centro bem lá no fundo.

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Do outro lado o Parque Tibidabo, um dos pontos mais altos da cidade.

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O destaque no Tibidado é o Templo del Sagrado Corazón, uma igreja que sempre aparece em filmes e séries rodados em Barcelona.

As paisagens continuam, agora com um zoom maior. Primeiro, o Museu Naciona d’Art

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… depois em direção à praia a Torre San Sebastiàn e o World Trade Center

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… as Torres Gêmeas e o prédio da Universidade em que passei hoje cedo ao lado…

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… a sempre presente Torre Agbar

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… e, não podia ficar de fora, a Sagrada Família.

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Como definitivamente tomei gosto por aparecer um pouco, só um pouquinho, estas cenas também ficam boas no fundo … quando o primeiro plano é de bom nível (rs).

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Chega de olhar longe, vou aproveitar a subida e olhar um pouco esta cobertura da Catedral.

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Agora sim estou pronto para descer e continuar boquiaberto com o interior.

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Até agora não havia visto como estas igrejas, museus e demais prédios são mantidos.

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Mesmo o teto aqui sendo muito alto, bem alto mesmo, ainda há espaço para salas acima dele, ainda dentro da igreja.

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Impressionante!

Outra coisa que gosto muito de fotografar – e de ver – são os vitrais.

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O que não quer dizer que não gosto de registrar outros lugares. Gosto muito!

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A solução para lidar com fluxo constante de turistas e ainda manter as funções de uma igreja, como uma missa, é fazer os cultos em capelas menores.

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Menor é modo de dizer, porque mesmo uma menor como esta ainda é bem grande.

Toda capela aqui dá gosto! Esta a seguir é a de San Marcos.

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Vamos andando…

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Sei que estou fotografando demais, não consigo evitar. E quando aparece um belo vitral, aí é que não resisto mesmo! Como este …

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… ou este, que vou mostrar aos poucos, para criar o clima certo!

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Na minha frente está a cripta, o sepulcro de Santa Eulalia.

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Ah, estou vendo um texto no Passaporte BCN que explica muito a cripta. O nome completo da Catedral é Catedral de la Santa Creu i Santa Eulàlia. É uma das construções mais importantes do Bairro Gótico, tanto que até o início do século XX aqui era o Bairro da Catedral.

Bom, está na hora de olhar mais uma vez para cima…

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…e depois sair.

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Do lado de fora a Catedral também é um show. Eu já havia feito fotos aqui de fora, mas agora a sensação é outra.

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Ainda aproveitando o texto do Passaporte BCN, a rica fachada da catedral é, na verdade, seu elemento mais moderno. A fachada principal e a torre são do final do século XIX e já pertencem ao estilo neogótico, embora acompanhem o desenho original de 1408.

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Como é próprio de um estilo que se inspira no gótico, a fachada está decorada com inúmeras imagens de anjos e santos.

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Ah, aqui também há gárgulas.

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O zimbório (a parte mais alta e exterior da cúpula) foi terminado em 1913.

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Casa de l’Ardiaca

Termino uma visita, não há tempo a perder, começo outra. Até porque é ao lado, vou para a Casa de l’Ardiaca. O edifício histórico merece uma foto de um lado…

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…de outro…

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… e de frente.

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Aqui era a casa do arcediago, um vigário-geral encarregado da administração de uma parte da diocese. A construção mistura muitos estilos artísticos, resultado das inúmeras reformas e modificações sofridas durante sua história.

Atualmente a casa abriga a sede do Arquivo Histórico da Cidade de Barcelona.

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Na há algo muito curioso, informa o Passaporte BCN. Em 1902, o Colegio de Abogados (um equivalente a OAB no Brasil) encomendou ao arquiteto modernista Domènech i Montaner o desenho de uma caixa de correio. O resultado foi bastante simbólico: as andorinhas representam a rapidez que as partes envolvidas desejariam da justiça, as folhas de hera simbolizam os entraves burocráticos e a tartaruga representa a lentidão da justiça. O brazão é do Colegio de Abogados.

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A porta principal dá acesso a um pequeno e bonito claustro.

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Dentro do prédio, há todo um registro de sua história…

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…além de  partes preservadas da casa.

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Puxa, dá para acreditar? Durante a Guerra Civil, mais exatamente em 19/07/1938, um bombardeio destruiu grande parte da casa. A foto no museu mostra o estrago.

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Felizmente o diretor da casa na época foi precavido e havia tirado todos os documentos histórico daqui antes.

Vou subir!

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Daqui de cima dá para ver uma parte da Catedral.

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E a palmeira nesta foto? Foi só para criar um efeito? Que nada, olha a placa ao lado dela.

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Ela nasceu em 1873. Incrível! Viveu muito da história daqui.

Barri Gòtic

Vamos passear pelo Barri Gòtic, local da Catedral e da Casa de l’Ardiaca. A sensação é indescritível!

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O contraste entre velho e novo sempre presente. Quase na frente da Catedral está o Col·legi d’Arquitectes de Catalunya. Há uma loja com livros e lembrancinhas. É um espaço com um visual bastante arrojado, bem coerente com um local de arquitetos.

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Chego na Font de Santa Anna, o Trip Advisor informa.

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Eu não precisava do Trip Advisor para descobrir o nome da fonte, está escrito aqui ao lado. Mas no aplicativo encontrei toda sua história. Resumindo, é a fonte mais antiga de Barcelona, construída em 1356. É uma referência histórica. Sua construção em uma época de decadência foi um alívio para a população, que não tinha água corrente e precisava de poços e fontes.

Não sei exatamente o motivo, mas todas estas casas e prédios antigos estão me fazendo gostar de portas. Já falei isso em outro post e repito com mais fotos delas.

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El Corte Inglès e uma paella

Vou andando e percebendo uma mudança no estilo das casas e prédios.

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Estou chegando perto da Plaça de Catalunya, na praça está El Corte Inglès.

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Leticia, dona da casa em que estou hospedado, falou de um belo terraço na loja e uma ótima vista. Já que estou aqui, vou subir.

Só que o terraço fica na região de um grande restaurante, com uma grande variedades de pratos. Não resisti.

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O melhor é que estou agora sentado, apreciando a ótima paella, aproveitando a vista do terraço.

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Sagrada Família

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Tibidabo

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Plaça de Catalunya com loja da Apple no canto esquerdo

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Linda visão da Plaça de Catalunya, com loja da Fnac, depois Museu d’Art Nacional ao fundo e Castelo de Montjuïc bem mais ao fundo

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Castelo de Montjuïc e Museu d’Art Nacional em outro ângulo ao fundo e Plaça de Catalunya em primeiro plano

Depois destes momentos que enchem os olhos no último andar do El Corte Inglès, desço pelas escadas rolantes para pelo menos ver um pouco da loja aqui em Barcelona.

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Eu já havia entrado em uma em Madrid, aqui é exatamente igual. Confesso que os vários andares não me atraem, vou para a rua conhecer agora um dos pontos mais famosos de Barcelona.

Las Ramblas

Falar de Barcelona é quase o mesmo que falar de Las Ramblas, um dos pontos mais visitados da cidade. A grande avenida vai da Plaça de Catalunya até o Port Vell, antigo porto de Barcelona, quase um quilômetro de puro entretenimento, lojas, bares, cafés, restaurantes, teatros, prédios histórico e turistas – muitos turistas.! 329

Alguns chamam a avenida de La Rambla, outros Las Ramblas. Embora seja apenas uma, cada trecho tem um nome diferente, por isso a referência no singular ou no plural.

Mais uma vez, tomo as sugestões do Passaporte BCN como ponto de partida para meu passeio. A primeira Rambla sugerida é a Rambla de Canaletes.

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Mais especificamente, a sugestão é ver a Font de Canaletes. Por quê, se esta é apenas mais uma de 16 fontes idênticas desenhadas em 1889 pelo arquiteto modernista Pere Falqués?

Bem, a Font de Canaletes é a mais famosa de todas por dois motivos, segundo o Passaporte BCN. Primeiro, reza a lenda que quem bebe da fonte voltará um dia para Barcelona. Um pouco difícil fazer o teste, a qualidade da água em Barcelona não é das melhores…

Segundo motivo, a fonte é ponto de encontro dos torcedores do FC Barcelona sempre que o time conquista algum troféu, algo bastante frequente. Em 1930 havia aqui a redação de um jornal esportivo, ao final do dia era afixada na porta uma tabela informando os resultados esportivos do momento.

Estou tentando fotografar a fonte, mas um casal não deixa.

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Estou esperando eles entrarem em acordo, está difícil. E estão discutindo em … português! Pois é, um casal brasileiro. Quase chego perto para dar um palpite conciliador.

Pronto, saíram, vou fotografar!

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Infelizmente, houve muito vandalismo aqui nas comemorações mais recentes. Que desperdício!

Andando um pouco já estou em outra parte da avenida, Rambla del Estudis.

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Nesta área, século XV, estava a primeira universidade de Barcelona. Embora derrubada no século XIX, ficou o nome de Rambla del Estudis.

Alguns também chamam este trecho de Rambla dels Ocells (catalão) ou Rambla de los Pájaros (espanhol). Até 2009 havia por aqui 11 bancas de venda de pássaros, hoje extintas em cumprimento à legislação de proteção de animais. Sábia decisão!

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Na altura do número 115 está a Reial Acadèmia de Ciències, prédio construído pelo arquiteto modernista Josep Domènech i Estapà sobre as ruínas de um antigo colégio dos jesuítas. Foi um edifício pionero, mostrando por primeira vez ornamentos que se tornariam característicos do estilo modernista.

O ponto mais destacado na fachada do prédio é seu relógio, considerado por muitos como a hora oficial de Barcelona.

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Granja Viader

Passaporte BCN sugere dar uma escapada das Ramblas e conhecer a Granja Viader aqui próximo.

Granja aqui tem um sentido bem diferente do que conhecemos no Brasil, é uma espécie de confeitaria especializada em produtos derivados do leite.

A Granja Viader foi fundada em 1870 e é a mais antiga de Barcelona. Fica na parte mais estreita do Carrer de Xuclà, números 4-6.

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Só esqueci de prestar atenção em um alerta do Passaporte BCN, à tarde a granja abre só depois das 17 horas. Agora está fechada.

Sem problemas, só ver a fachada antiga já satisfaz. Aproveito também para olhar o interior das lojas na região, são impressionantemente compridas.

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El Indio

Bem próximo daqui, no número 24 do Carrer del Carme, outro ponto que vale a visita, El Indio. Tradicional loja de tecidos fundada em 1870, seu nome pode estar associado ao fato do dono ser um indiano, jeito de chamar alguém que foi fazer fortuna nas Américas e depois voltou para a Espanha.

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Se o granja estava fechada por conta do extenso horário de almoço na Espanha, o El Indio fechou as portas no começo de 2015. Sem problemas de novo, vale observar a fachada e os prédios com sacadas, floreiras e as tradicionais bandeiras.

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Observar os prédios da região é sempre uma grande satisfação…

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…já que imperam portas muito bem trabalhadas…

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…uma seguida a outra…

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…além de muita criatividade.

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Palau de la Virreina

Eu estava no El Raval, o bairro vizinho, vou voltar à Las Ramblas, mais exatamente no Palau de la Virreina.

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O palácio hoje é um centro cultural. O prédio, estilo barroco urbano, foi construído entre 1772 e 1777 pelo vice-rei do Peru. É um exemplar das típicas casas de ricos construída nas Ramblas durante os século XVIII.

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Vou entrar.

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Um palácio e tanto!

Há um monumento aqui que vale a foto.

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Não entendi exatamente o motivo, mesmo lendo a placa ao lado.

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Mercat de la Boqueria

Logo após o Palau de la Virreina, vejo a entrada do Mercat de la Boqueria. Fundado em 1840, este mercado municipal é mais antigo de Barcelona, também o mais famoso e visitado.

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La Boqueria tem com mais de 300 bancas com produtos que abastecem a população local e os muitos turistas. De fato, alguns acham que o local perdeu a característica real de mercado para a população, tendo se tornado um grande centro de visitação para quem vem conhecer a cidade.

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Na parte mais próxima da Rambla estão as bancas com produtos destinados aos turistas, incluindo frutas exóticas, frutos secos, jamón e embutidos, chocolates e doces.

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As bancas que estão nas laterais da entrada ao mercado, vindo de Las Ramblas, são ainda mais turísticas e com preços equivalentes aos praticados nos aeroportos.

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As bancas mais próximas da entrada vendem saladas de frutas, picolés de sabores refrescantes e sucos!

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Esta parte que vimos é a mais descaracterizada do mercado. As bancas onde compram os moradores de Barcelona estão mais ao fundo do mercado, com produtos como peixes e carnes.

Estou justamente na parte atrás do mercado, aqui já é outro bairro, El Raval.

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Aqui é mais um lugar para ver o contraste entre o tradicional do mercado…

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… as construções atuais…

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…as ruas estreitas que terminam de repente…

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…e ruas como a Jerusalém.

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Os consumidores locais sabem que boa parte das melhores bancas do mercado estão em lojas próximas, como as desa rua bem atrás do mercado.

Entrando novamente no mercado, vemos sua cobertura metálica. Datada de 1914, é a parte mais marcante da arquitetura, divide o espaço em cinco naves idênticas.

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Os preços aqui são bem salgados, veja o abacaxi: 3 euros cada um.

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Difícil descascar este abacaxi!

Resisti às frutas em copinhos na entrada, na saída eu não vou aguentar.

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Grande parte da fama do Mercat de la Boqueria é estar bem ao lado das Ramblas, garantia para a multidão de turistas. O acesso principal é feito justamente no local em que estou agora, na própria Rambla.

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A placa mostra o nome oficial do mercado, Mercat de Sant Josep.

Pastelaria Escribà

No número 83 das Ramblas, praticamente ao lado do La Boqueria, vejo a Casa Figueras, espaço hoje da famosa Pastelería Escribà.

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A fachada da loja é todo um espetáculo, exibe várias artes decorativas e tipos de materiais. Dois exemplos são o mosaico policromado usado na fachada, os vitrais e o trabalho em ferro forjado.

Na esquina do prédio há uma escultura representando uma mulher colhendo trigo

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A Escribà foi fundada em 1906, hoje é conduzida pelo Christian Escribà, já da quarta geração da familia pastelera. Escribà tem hoje dois endereços muitos centrais em Barcelona, um é este e o outro está na Gran Via de les Corts Catalanes.

Fazendo o momento Brasil…sil…sil… de hoje, Christian Escribà é casado com a brasileira Patricia Schmidt.

Uma pastelaria aqui não vende pastel (rs), mas bolos e doces, além de café.

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Algumas das criações dos Escribà parecem mais joias do que doces.

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A placa no piso em frente à entrada mostra o reconhecimento da Prefeitura em 1993. E também exibe o ano da inauguração, 1902. Muito antiga!

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Já estamos na Rambla de Sant Josep.

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Casa Bruno Cuadros

Na esquina do número 82 encontra-se a Casa Bruno Cuadros, uma casa modernista com influência japonesa.

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Em 1883, segundo o Passaporte BCN, o arquiteto Josep Vilaseca reformou um edifício já existente para a instalação de uma loja de guarda-chuvas no andar térreo. Seu trabalho reflete a tendência de influências orientais, que se espalha pela Europa, a partir de Paris, no final do século XIX.

Aqui o modernismo está mesclado com decorações orientais, cujo resultado final ficou conhecido como a “Casa de los Paraguas” (a casa dos guarda-chuvas).

Não é difícil entender o motivo do apelido.

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Pla de l’Os de Joan Miró

Bem aqui na frente, no centro do calçadão das Ramblas,  um grande mosaico em formato circular projetado por Joan Miró, o título é Pla de l’Os.

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Miró quis com esta obra, que simboliza o cosmos, dar boas-vindas a todos que chegam a Barcelona. Por coincidência, aqui é bem perto da rua em que ele nasceu.

O irônico é que a maioria passa pelo mosaico e nem se dá conta.

Camiseria Bonet

Estou agora em frente ao número 72, local da Camiseria Bonet.

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Fundada em 1890, teve uma longa vida sob direção da família Bonet. Em 2002, muda de mãos e também de atividade, convertendo-se em uma loja de lembranças para turistas.

A parte mais interessante da loja é a externa, com seu revestimento de madeira de mogno e seus rótulos modernistas.

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Foi só mostrar interesse na loja para acontecer algo que eu não esperava. Um simpático vendedor faz sinal perguntando se eu quero ver a parte ao lado, aquela em que a Camiseria está mais preservada para efeito histórico.

Claro que quero entrar!

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Café de l’Òpera

Agradeço o rapaz solícito que parou seu trabalho para chegar agora ao número 74, local do modernista Café de l’Òpera.

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Segundo o Passaporte BCN, o café nasceu como um hotel barato no final do século XVIII. Durante mais de 50 anos era o ponto de encontro das carruagens que chegavam em Barcelona ou partiam para outros lugares.

A partir da metade do século XIX, Barcelona se tornava muito mais elegante e a burguesia da cidade passa a frequentar Las Ramblas, com a inauguração do Gran Teatre del Liceu bem em frente. O Café de l’Òpera então se transformou em uma chocolateria de estilo vienense. Os espelhos vistos até hoje aqui são daquela época.

Vou entrar para ver.

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O Café de l’Òpera como está agora foi reinaugurado em 1929 nas mão de um novo proprietário.

Mesmo com alguns frequentadores me olhando de um jeito estranho, ainda estou dentro do café e vou tirar mais uma foto.

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Os painéis pintados mostram mulheres carregando cestas e flores, além de vários vasos com flores. A mais recente restauração foi feita pelo arquiteto Antoni Moragas e, sem cessar atividade desde 1929, transformou-se em patrimônio histórico de Barcelona. A estética das imagens nos espelhos é mais próxima do estilo modernista.

Gran Teatre del Liceu

Já que falei do  Gran Teatre del Liceu há pouco, vou para lá.

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O Liceu é o templo da lírica de Barcelona, representando todo um símbolo cultural para a cidade. Recebe produções de ópera, música clássica e balé.

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Construído em 1847, abrigava um conservatório de música e era o local de óperas para a burguesia catalã. Destruído por um incêndio em 1994, foi recuperado em 1999 de acordo com seu projeto inicial, mas incorporando mais modernas tecnologias em palcos e acústica.

Nomes como Montserrat Caballé e José Carreras fizeram sua carreira no Liceu.

Está fechado neste momento, mas assim mesmo consigo apreciar seu interior.

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Hotel Oriente

Muitos lugares que visito e até mesmo parte das informações que digito aqui foram retiradas da internet e de roteiros prontos para um bom passeio em Barcelona. No entanto, várias vezes saio do script e vejo locais não previstos.

Como agora, estou na frente do Hotel Oriente, me parece um prédio que vale uma visita.

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Vou dar uma olhada lá dentro.

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Em muitos lugares aqui em Barcelona aparece esta representação dos prédios mais significativos da cidade. Gosto muito, dá para identificar a Torre Agbar, a Sagrada Família e muitos outros pontos que já estive.

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Palau Güell

Estou em outra Rambla agora, La Rambla dels Caputxins.

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Em uma primeira visita, é meio difícil entender uma região, mas aos poucos fica mais fácil a localização. Estou bem ao lado da Plaça Reial, aquela em que estive outro dia com brasileiros fazendo malabarismos.

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Enquanto a Plaça Reial está de um lado da Rambla, do outro, mais exatamente na Carrer Nou de la Rambla, encontro o Palau Güell.

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Mais uma vez estamos no El Raval, local em que o empresário e grande mecenas da cultura catalã Eusebi Güell escolheu para construir uma casa para sua família. E adivinhe que foi o arquiteto? Pois é, Antoni Gaudí que aos 34 anos de idade ainda não tinha atingido a fama. Eram os anos entre 1886 e 1888.

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Gaudí teve liberdade orçamentária para criar um palácio capaz de receber reuniões políticas, culturais e artísticas. O resultado desse trabalho foi um dos primeiros prédios modernistas do mundo.

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A fachada foi revestida de pedra e adornada com um maravilhoso trabalho feito em ferro.

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Acho que não consigo identificar o trabalho de Gaudí olhando fachadas de ferro, mas os tetos sim. Leio que neste terraço há 20 chaminés coloridas, todas com diferentes formas parecendo sinalizar uma festa.

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As chaminés assemelham-se a árvores e nelas Gaudí usou pela primera vez o trencadís, fragmentos de cerâmica esmaltada com funções decorativas, que se transformaria em uma de suas marcas registradas.

Para mim, elas lembram as chaminés em La Pedrera, casa que pretendo visitar em outro dia e que Gaudi projetou muitos anos depois.

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As chaminés foram restauradas entre 1988 e 1992. O Palau passou por uma grande obra de restauração entre 2004 e 2011, quando finalmente reabriu suas portas.

Mirador de Colón

Andando um pouco, chego na Rambla de Santa Mônica, já bem próximo do mar. Este é o pedaço mais turístico da avenida, com muitos restaurantes caça-turistas segundo o Passaporte BCN.

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Aqui está o Mirador de Colón,  um dos ícones de Barcelona. A estátua feita em bronze tem sete metros de altura.

 

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O monumento em homenagem ao navegador fez parte da grande reforma da orla de Barcelona por conta da Exposição Universal de 1888.

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É uma região muito bonita, fico perdido querendo fotografar tudo.

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Ah, este próximo é o Museu Maritim de Barcelona, vou entrar.

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Além de ser em frente ao mar, o Mirador de Colón tem o Castelo de Montjuïc relativamente ao lado.

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Um edifício majestoso e imponente chama tanto minha atenção que desvio um pouco o caminho para fotografá-lo.

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Aqui é a Duana de Barcelona, simplesmente deslumbrante.

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Vou voltar ao Mirador de Colón e apreciar os detalhes do monumento.

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Toda a parte inferior do monumento pode ser visitada, há inclusive loja de lembrancinhas aqui (claro).

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O bom de entrar aqui é ver bem de perto as pedras usadas na construção.

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Acho muito, muito bonito!

Na base da coluna há oito estátuas de leões e oito relevos reproduzindo momentos históricos protagonizados por Colombo.

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No alto de uma grande coluna de 60 metros de altura, o navegador Cristóvão Colombo aponta seu dedo em direção às Américas, segundo uns, e para a saída de Barcelona pelo mar, segundo outros.

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Interessante o comentário feito no Passaporte BCN: Se seu senso de direção for bom, logo perceberá que na verdade Colombo está apontando na direção quase oposta às Américas. Mas já imaginou como teria ficado esquisita a estátua apontando para Las Ramblas?

Eu não falei que a região é repleta de prédios bonitos e majestosos?

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Rambla del Mar

Las Ramblas antigamente terminavam no Mirador de Colón, mas em 1992 foi construída La Rambla de Mar.

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A parte nova das Ramblas é uma passarela de madeira que cruza uma parte do Port Vell, o porto antigo.

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A Rambla de Mar termina no Centro Comercial Maremagnum.

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O centro, como esperado, é muito amplo…

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…e tem muitas áreas ao ar livre para apreciarmos a vista.

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O complexo aqui inclui o Aquàrium de Barcelona e o IMAX Port Vell.

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Tem bastante gente chegando aqui para ir ao cinema. E eu vou para casa, hora de descansar depois de um dia incrível!

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