Out, 03 (15/27) – Greenwich, túnel sob o Tâmisa, Fazenda e Canary Wharf

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O dia amanheceu ensolarado, acredito que um bom passeio então seria finalmente ver o Observatório de Greenwich. Peguei o ônibus e fui direto para lá!

O observatório fica no Greenwich Park, desci em um lado do parque que iria exigir alguma caminhada. O que é muito bom, gosto bastante de andar em parques – ainda mais em dias de sol forte como hoje.

As primeiras imagens prometem. Já na chegada, percebo um campus enorme incluindo Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance (confesso que nunca havia ouvido falar), Old Royal Naval CollegeUniversity of Greenwich.

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Tal como quase todos os lugares até agora, é de tirar o fôlego. Coloco também mais um borough na lista dos vistos, Greenwich.

A entrada do Greenwich Park está logo à frente.

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Ci, olha os cachorros brincando no parque. Já pensou a Victória andando aqui?

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Depois de caminhar um pouco – ou muito, o parque é grande – já percebo em que direção tenho que ir, o observatório aparece lá no alto da colina.

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A subida vale a pena, a vista é linda! Dá para ver o maior edifício da Europa – este em forma de cone à esquerda – e aquele outro diferente, The Gherkin, que parece um pepino, bem à direita na foto.

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E também o campus.

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A visita começa com um relógio diferente.

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Não há ponteiro de minutos, é um relógio de 24 horas. À meia-noite o ponteiro está embaixo e ao meio-dia em cima. Eu tirei a foto às 10h49!

A próxima atração é esta bola vermelha, a Time Ball, um dos primeiros instrumentos públicos do mundo que sinalizou o horário certo.

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Todo dia, às 12h55, a bola do tempo sobe até metade do mastro. Às 12h58 ela chega até o fim e precisamente as 13h cai, mostrando a todos a hora certa. Claro, se a pessoa não estiver olhando para a bola naquele momento, terá que esperar até o dia seguinte para ver a hora certa novamente.

Antigamente apenas os ricos tinham relógios e cada um dava sua hora certa. Havia  muita discordância de qual era a hora exata. Assim, a Time Ball foi uma forma encontrada para haver uma hora que todos concordassem.

Andando pelo observatório, a bela vista de Londres continua. À esquerda a O2 Arena

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… e à direita o maior edifício da Europa.

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A bola do tempo está sobre a Flamsteed House, observatório original em Greenwich. A parte superior da casa é chamada The Octagon Room, teoricamente usada para uma melhor observação em todas as direções. A informação no local diz que na verdade o espaço não era usado pelos astrônomos propriamente ditos, mas pelos leigos que frequentavam grandes festas na casa. 

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Algo que chama muito a atenção é o Meridian Line, uma linha desenhada no chão marcando a posição exata do Meridiano de Greenwich. A fila é enorme para tirar fotos sobre a tal linha, nem me arrisquei.

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Também, dá para entender, sobre a linha – e eu fiquei sobre ela (rs) – você está bem no centro do mundo. De um lado o Hemisfério Oeste e do outro o Hemisfério Leste. É uma sensação muito boa!

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Um aviso chamou minha atenção. Em uma tradução livre, “o GPS do meu celular não funciona?”

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Os smartphones têm um sistema de orientação por satélite, por ele conseguimos saber exatamente onde está o norte e o sul do globo terrestre. Perto do Meridiano de Greenwich meu celular mostrava exatamente a linha norte-sul…

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… mas quando eu ficava bem alinhado ao meridiano o celular mostrava uma diferença muito significativa. Em meu caso, 20 graus de “erro”.

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Isso acontece porque o planeta Terra não é exatamente um globo, na verdade é bem irregular. O sistema de medição por satélites é extremamente mais preciso do que o estabelecido pelos círculos concêntricos imaginados a partir do Meridiano de Greenwich. Como já falei em outro post, viva a tecnologia.

A visita continua. Uma escada …

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… leva ao antigo telescópio usado antigamente.

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Bem em minha frente o Altazimuth Pavilion

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… hoje uma galeria de exposições, que inclui entre outras coisas o objeto mais velho já tocado pelo homem.

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É o fragmento de um meteoro supostamente caído na Terra há 4,5 bilhões de anos.

Aqui também há um planetário, Peter Harrison Planetarium 

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…  com seu famoso cone feito em bronze, uma das maiores do mundo neste material. Formado por várias placas soldadas e pintadas de forma a parecer uma peça única, seu formato está vinculado à posição das estrelas e à posição do Observatório de Greenwich.

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Fim do passeio ao observatório, hora de ir embora caminhando novamente pelo Greenwich Park.

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Chego no National Maritime Museum, localizado naquele campus enorme visto lá do observatório.  Está acontecendo uma exposição Ships, Clocks & Stars: The Quest for Longitude.

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A caravela engarrafada bem na frente do museu chama a atenção, mas há muito o que fazer por aqui. Prefiro não entrar, o que gosto mesmo de ver são os prédios de verdade, e não exposições. Por exemplo, o campus abriga a Queens’s House, é para lá que eu vou.

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A entrada é majestosa, digna de uma rainha (rs). A Queen’s House é um palácio desenhado e iniciado entre 1614 e 1617 para a Rainha Ana da Dinamarca, a esposa do Rei Jaime I. O palácio foi depois alterado e completado em mais ou menos 1635 para a Rainha Henriqueta Maria de França, esposa do Rei Carlos I.

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A Queen’s House é um dos mais importantes edifícios da história da arquitetura britânica.

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Terminada a visita, mais uma oportunidade de ver o campus em que está, entre outras instituições, a Greenwich University.

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No caminho, a entrada principal do National Maritime Museum.

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Hora de relaxar, conhecer outro lugar bem frequentado na região: o Greenwich Market.

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– Ci, olha as tortinhas que você certamente iria comer se estivesse aqui.

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Enquanto isso, eu iria ver estes amplificadores de som para celular feitos em bambu. Criativos, mas o cidadão perdeu o juízo: está pedindo de 20 a 30 libras por cada um. Nem pensar!

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Além das barracas, há também lojas de alvenaria, um paraíso para as mulheres.

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E também as ruas laterais, bastante charmosas e com muitos cafés.

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O cuidado com o turista é sempre muito grande. Na entrada próxima ao Tâmisa, há um prédio chamado Discover Greenwich, que mostra em detalhes tudo o que pode ser feito na região.

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Descobri este local na hora errada, mas felizmente havia visto tudo o que estava indicado. Viva meus guias portáteis, os aplicativos do celular.

Bem próximo, encontro o Cutty Sark. É um veleiro britânico usado antigamente para transportar chá. Este aqui é um dos últimos existentes, preservado como símbolo de uma era.

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No entanto, o que chamou mesmo minha atenção foi este local bem em frente ao veleiro. De fato, vim aqui só porque já sabia o que era – o Trip Advisor havia indicado a atração. É um túnel da era vitoriana inaugurado em 1902 para que os trabalhadores das docas, do outro lado do rio, não precisassem mais depender do serviço de barcas.

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Tem até elevador para descer.

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O túnel é grande, levei 11 minutos para atravessar.

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Além da travessia em si ter valido muito a pena – gosto muito de conhecer lugares assim – a vista às margens do Tâmisa na saída do túnel também compensa.

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Fiquei pensando, já que estou aqui do outro lado, como posso aproveitar a região? Abri o Trip Advisor, o mapa mostrava algo inacreditável: Mudchute Park & Farm.

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Havia uma fazenda ali ao lado, em plena Londres. Nem acreditei, fui lá ver.

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Até brinquei com os bichinhos, que parecem ter gostado..

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Como eu esperava, o local tem ótima infraestrutura: lanchonete, banheiros e um espaço totalmente dedicado às crianças.

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A calma e tranquilidade é tão grande que a saída choca: o estacionamento de um supermercado. De volta à vida agitada da cidade.

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Estou em Canary Wharf, um centro econômico e financeiro de Londres.

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Já havia estado aqui naquele dia em que houve uma corrida de barcos. Mais ou menos por aqui foi o ponto de partida.

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O centro econômico em destaque acontece porque aqui estão as Docklands, as docas. Fica à leste da Grande Londres e pertence a três boroughs aos mesmo tempo: SouthwarkTower HamletsGreenwich. Este último é o borough em que estou agora.

O nome London Docklands foi usado pela primeira vez em 1971 e o local faz parte parte do Porto de Londres, o maior porto do mundo!

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A região também inclui uma ampla área residencial.

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Hora de volta para casa, estou exausto. Como estou em um local diferente, mais do que nunca o Google Maps se faz necessário. Pesquisa feita, caminho traçado, 53 minutos entre trem de superfície (DLR), ônibus, trem e trecho a pé. Ufa, vamos lá!

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Na estação, fiquei impressionado, não há catracas. As pessoas entram e – espontaneamente – passam seu cartão ou ticket no validador.

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Fiquei impressionado! No entanto, enquanto esperava o trem, li com mais calma a placa azul na foto acima. Fala em multa de 80 libras ou processo para aqueles que forem pegos sem esta validação. Ah, bom, quer dizer que o negócio não é tão honesto assim.

Aqui em Londres há um amplo sistema de monitoramento por câmeras de circuito fechado nas ruas, tudo é visto e gravado. Um eventual fraudador pode certamente ser apanhado em flagrante. Aliás, a Inglaterra é um dos países que mais têm este tipo de câmeras instalados.

Hoje me senti mais independente do Google Maps. A indicação era sair do trem uma determinada estação, mas eu estava achando estranho. Eu já havia estado no local, havia uma estação melhor. Resolvi ir em frente.

Deu certo, a estação em que saí era conhecida, Lewishan. Consultando o Google Maps novamente, o caminho indicado sugeria dois ônibus até chegar na casa em que estava. Novamente questionei, eu conhecia um ônibus melhor, a linha 89. Fui ao ponto de ônibus verificar, de fato havia esta linha ali, o ônibus me levaria a uma quadra de casa.

Dentro do ônibus, conferi o caminho, finalmente o Google Maps concordou comigo. Eu estava a 40 minutos de casa, havia saída há uns 10 minutos do ponto inicial.

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De fato, o caminho original traçado pelo aplicativo indicava um tempo muito parecido com este, talvez fosse uma boa alternativa também. Mas era preciso três baldeações, neste meu mudei uma vez só. Para melhorar, estava passando por mais um boroughBlackheath.

Já que estava descobrindo coisas novas no caminho tradicional, resolvi descer dois pontos adiante. Que boa surpresa, ao lado de minha casa havia muitas e muitas opções de restaurantes, lanchonetes, supermercados e lojas. Bom saber!

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6 pensou em “Out, 03 (15/27) – Greenwich, túnel sob o Tâmisa, Fazenda e Canary Wharf

  1. Olha, de fazenda em Londres a duvidar do google maps…. essa viagem já ficou marcada! Belos lugares! Estou gostando da sua confiança! abs

    1. Fábio, depois de duas semanas, a segurança começar a aparecer mais ainda. Estava na hora, não é? Grande abraço!

  2. Lindos lugares…
    Muito verde,animais,feirinhas,museus,castelos…e torta de maçã !!!!!
    Este país é o máximo!
    Tem Sherlock Holmes,Beatles,chá das cinco, Freud morou aí …e eles falam como o Harry Potter!!!!!!
    Delicioso demais!
    Bjs

    1. Ci, esta cidade é uma verdadeira Torre de Babel. Tem de tudo aqui, nas ruas escuto todos os idiomas possíveis e imagináveis. Até inglês, de vez em quando!

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