Martin Place

A viagem agora é na Austrália, o outro lado do mundo. Embora cansativa – foram quase cinco horas de voo entre São Paulo e Santiago no Chile e mais 19 horas até a chegada a Sydney (com escala de 2 horas em Auckland) – já estou quase que recuperado do brutal jet lag.

Cordilheira dos Andes

Pode parecer que foi uma viagem de sacrifícios – e foi mesmo – mas também teve seus méritos. Foi a primeira vez que vi a impressionante Cordilheira dos Andes.

Aparentemente uma cordilheira inacessível, a agricultura é cultivada até no sopé das montanhas.

Belmore

Tal como em viagens anteriores, em Sydney também usarei os serviços do Airbnb – ficarei hospedado em casa de família. Mais exatamente em Belmore, aproximadamente uns 40 minutos de transporte público do centro da cidade.

Chego umas 9h da manhã no aeroporto, compro um chip para meu celular – 25 dólares australianos para 18 GB de dados, compro um Opal Card para o transporte público e já estou pronto para ir até o local em que ficarei hospedado.

A caminhada até a casa mostra o que Sydney reserva para mim nesta jornada.

Aliás, a casa também.

O quarto, simples, tem a cama que preciso para descansar e a mesa que vou usar para fazer este blog.

Precisa mais do que isso?

Desfaço rapidamente a mala, é meio-dia agora, quero mais é voltar e aproveitar o dia. O bairro em que estou hospedado é de uma tranquilidade incrível.

O trem de Belmore até o centro é extremamente silencioso e confortável, em nada lembra aqueles que temos em São Paulo.

Bem, para não ficar espantado demais, parece que estes trens estão sendo trocados agora. Dei sorte, porque no sentido contrário estão passando uns trens bem velhinhos.

CDB (Central Business District)

O primeiro ponto a visitar tem que ser mesmo o centro comercial, chamado aqui popularmente de CDB – Central Business District. Com quase três quilômetros de extensão, tem muitas lojas, turistas, além de inegável valor histórico – aqui foi o local em que se estabeleceram os primeiros europeus que aqui vieram.

Desço na Town Hall Station, um verdadeiro shopping center.

Por mais placas indicativas com todas as saídas possíveis daqui, desnecessário dizer: não faço a menor ideia do que fazer. Acabo saindo por qualquer uma, dei na Pitt St.

Eu sabia que iria dar certo – aliás, qualquer saída daria – veja só os prédios antigos.

Falando em curiosidade, olha só o Hungry Jack‘s.

Lanchonete nova? Que nada, este é o Burger King na Austrália. Quando aqui chegou, o Burger King descobriu que uma lanchonete local tinha os direitos sobre o nome, tiveram que escolher outro. Nascia assim o Hungry Jack’s, com o mesmo cardápio das outras partes do mundo.

Caminhando um pouco, um dos grandes cartões postais da cidade – Sidney Tower Eye – com vistas impressionantes da cidade.

Lembra muito a Berliner Fernsehturm, torre de televisão em Berlim. Certamente este será um ponto em que irei, mas quando estiver no final do passeio. Acho mais interessante identificar lá de cima os pontos que conheço – e por enquanto tudo para mim é desconhecido por aqui.

Vou continuar caminhando pelas ruas comerciais e prédios históricos.

Há uma passarela unindo dois prédios comerciais, preciso subir lá para uma visão mais abrangente da rua.

Perfeito!

Bom, vamos continuar o passeio no nível da rua, olhando para cima. Bem para cima!

Achei um ponto semelhante a Berlim há pouco, agora começa a parecer Londres. Aqui também há arcadas, tal como lá!

E tal como nestas cidades, o contraste entre o velho e o novo é marcante!

E também a riqueza de detalhes nos prédios históricos.

Lloyd Rees Fountain

Esta fonte icônica de Sydney, cujo autor é desconhecido, é um dos pontos nobres do centro, principalmente depois que foi cena no filme Matrix.

Ela está no centro financeiro histórico da cidade, mais exatamente na Martin Place.

Falando em centro financeiro e histórico, era de se esperar prédios imponentes.

MLC Center

Aqui na Martin Place, outro destaque é o MLC Centre, um arranha-céu com 228 metros. Concluído em 1977 com 60 andares, está entre os mais altos do mundo.

Bem ao lado da entrada principal, uma escultura abstrata de aço, um “S” formado por quatro componentes cônicos que podem ser dispostos em mais de 30 combinações.

Em frente, a MLC Plaza, ponto em que podemos observar mais um pouco dos prédios deste centro financeiro…

… prédios bem ao lado…

… e as tão presentes praças de alimentação.

Esta fica bem abaixo da MLC Plaza.

Bom, melhor continuar andando.

O prédio imponente a seguir é o The Trust Building.

Na sequência, o Sofitel Sydney Wentworth, uma das maiores estruturas de tijolos no hemisfério sul quando construído em 1966.

Sydney Eye Hospital 

Como também já aconteceu comigo em outras cidades, locais em que estão instalados grandes hospitais públicos valem muito a visita – como é o caso da foto a seguir mostrando o Sydney Eye Hospital.

Sydney Mint

Popularmente chamado de Hospital do Rum, foi financiado com 45.000 galões de rum e abrigava 200 leitos em 1816, quando foi finalizado. Hoje é um centro histórico, com café e espaço de eventos.

Vários prédios históricos aqui na região estão em pleno funcionamento, como por exemplo o NSW Land Registry Services das duas fotos a seguir.

Algo muito interessante nesta região é a ótima visão, inteira, que temos da Sydney Tower Eye.

Para encerrar em algo mais moderno, vou andar algumas quadras para conhecer o Dobell Memorial Sculpture.

Em 1976, a Sir William Dobell Art Foundation propôs a instalação de uma escultura na Martin Place. Polêmica, a obra não foi instalada até 1979.

Segundo seu idealizador, a escultura com seus espelhos refletem tanto o observador quanto o ambiente que o cerca. Foi depois transferida para a confluência da Spring St e  Pitt St, local desta foto.

Descobri tudo isso usando o aplicativo Sydney Culture Walks. Nada como visitar uma cidade com a ajuda de um aplicativo.