Elizabeth Quay Bridge
O dia amanheceu chuvoso, felizmente há previsão de sol para a tarde. Enquanto isso, aproveito para ir – a pé, é tudo perto em Perth (sem trocadilho) – à St Mary’s Cathedral. Fica na Victoria Sq, parte leste da cidade.
St Mary’s Cathedral
Seguindo um caminho traçado no Google Maps, acabo chegando na parte de trás da igreja.
Vou contornando até encontrar uma porta lateral.
Entrar na igreja desperta um sentimento diferente: é ampla, clara, moderna.
Mesmo as paredes laterais parecem tão especiais quanto este altar central que mostrei.
Veja este outro vitral.
E esta capela ao lado do altar central.
Há um órgão pequeno (pequeno?) na lateral do altar…
… e outro enorme na entrada da igreja – aqui estou olhando a entrada atrás do altar.
Dizem os que já escutaram que o som é excelente, sensação ainda melhor por conta da ótima acústica aqui.
A sensação de espaço aumenta ainda mais com as amplas janelas de vidro, algo que nunca vi em igrejas. Normalmente o interior de igrejas é mais fechado, até mais escuro. Aqui é o contrário!
Esta é uma parede lateral esquerda atrás do altar…
… e a lateral direita
St Mary’s Cathedral foi construída em três etapas, a primeira em 1865. Em 1920 foi decidido substituir a antiga catedral por uma maior e de estilo gótico, mas o projeto foi interrompido já no início da Grande Depressão, ficando inacabada. Depois de 70 anos, em 1990, as obras foram retomadas com fundos obtidos através de doações.
Ah, houve nova reforma de 2006 a 2009, quando a igreja permaneceu fechada. Ainda bem que hoje está aberta, assim pude apreciar esta beleza. Até o registro do prédio antigo está aqui.
Vamos às fotos saideiras.
Já que entrei pela lateral, agora quero ver a frente da igreja.
Murray St
A igreja olha para uma das ruas mais famosas de Perth, a Murray St. Vamos ver o motivo desta fama.
De fato, as casas são bem bonitas.
Um pouco mais à frente, o prédio preservado do hospital, ainda em pleno funcionamento.
Não entendi o objetivos destas cadeiras-gaiolas, apenas achei … diferentes.
Já andei um pouco na rua, a St Mary’s Cathedral vai ficando lá atrás.
Passo agora na frente do museu do corpo de bombeiros…
…da Curtin Law School…
… The Salvation Army, que provavelmente é o Exército da Salvação…
… a Curtin Graduante School of Business…
…e o prédio da companhia de gás e eletricidade.
Neste ponto, a Murray St vira calçadão, sem acesso a carros.
Agora a rua fica mais agitada, o comércio toma conta. Uma das características marcantes são as inúmeras galerias – chamadas de arcadas – ligando a Murray St às paralelas.
Há também pontes ligado prédios de um lado ao outro. Subi em uma delas para apreciar melhor a rua.
Esta é a Water Labyrinth, fica na Forres Place. É uma fonte famosa construída em 2012. São jatos de água disparados no ar que formam nove compartimentos e desaparecem tão rapidamente quanto surgem.
Com tantas arcadas assim, preciso entrar em uma. Vou escolher esta, The Piccadilly Arcade.
Que diferente!
Não acredito! Se não bastasse essa galeria enorme, no término dela há outra galeria que leva a outra rua.
Vou entrar na outra.
Praças de alimentação não faltam por aqui. Aproveito para comer um lanche que a Swee preparou para mim. A dona da casa em que estou é um encanto de pessoa.
Volto para a rua e vejo a outra entrada da The Piccadilly Arcade.
Arcadas e galerias realmente existem aos montes, incluindo algumas com estilo mais moderno.
Perth Town Hall
Ponto obrigatório de uma viagem como essa é conhecer a prefeitura da cidade, Town Hall Perth.
O prédio foi construído em 1868 e a cidade cresceu ao redor. Vou entrar para ver.
Claro, apenas algumas poucas salas são abertas ao público.
Não esperava um auditório tão grande assim em um prédio antigo.
Mesmo antigo, até projetor tem – claro!
Do lado, uma sala – uma super sala.
Esta é uma escada de fundo, usada atualmente como saída de emergência se preciso for.
Pronto, prefeitura visitada! E admirada!
London Court
Essa eu descobri sem querer. Embora estivesse em minha lista de pontos a visitar, não percebi que estava bem ao lado da London Court.
Só me dei conta por várias pessoas estavam observando o show de bonecos bem acima do relógio na entrada da arcada.
O show acontece a cada meia-hora, quando o sino da torre também toca.
London Court é uma arcada que reproduz o clima das galerias londrinas.
Até no teto da entrada da galeria há referências à chegada dos britânicos aqui.
Vamos conhecer.
Lá está o final da galeria.
Enquanto ando, há várias portas de acesso aos andares superiores.
Subo para ver, são apenas portas de pequenos comerciantes, em geral pessoas que trabalham com jóias. Melhor voltar para baixo.
Portas de acesso ao piso superior não faltam.
Fico dividido entre subir e andar pela arcada. Ah, vou continuar aqui embaixo, em cima só há portas.
Ah, essa é uma porta diferente. Preciso entrar.
Resultado completamente diferente, é a porta de acesso a um prédio comercial ao lado.
Pronto, depois desta vamos para a rua.
State Buildings
Vou agora para um concerto na St George’s Cathedral, fiquei sabendo sobre o evento enquanto estive lá ontem. No caminho, o City Council, que também vi ontem quando estava ao lado da igreja. Só que agora o ângulo é outro, completamente diferente.
Mais uma vez, sem querer, paro na frente de um prédio que havia planejado visitar, State Buildings. Pelo que li, outro prédio antigo e restaurado para uso por restaurantes, lojas e empresas.
Claro, tenho mais é que subir aqui.
Uau!
Valeu a visita! Tanto que do lado de fora, já ao lado da St George’s Cathedral, vejo o State Buildings de outro ângulo para reforçar o quanto gostei!
St George’s Cathedral – Concerts at One
Hoje a St George’s Cathedral tem algo diferente em relação a ontem, um piano bem no meio.
Vai acontecer agora a uma da tarde um concerto de estudantes da Yoon Sen Lee Music School. Em todas as cidades que tenho visitado, sempre tenho dado um jeito de ver algo assim. Pronto, em Perth também.
O concerto é bem organizado, já estou com o programa em mãos.
O concerto começa e meu queixo cai. Estou sem palavras, não acredito no que vejo e ouço.
Este moleque de apenas 13 anos, Kai Ning Wang, está tocando maravilhosamente bem, sem olhar partitura, as mão correndo livre e fluentemente pelo piano. É uma virtuose! Estou emocionado e com lágrimas nos olhos.
Se não bastasse, entra agora Shuan Hern Lee e seus 15 anos de idade. Mais uma vez, um espetáculo arrepiante!
Que show!
Antes de vir para cá, ainda na Murray St, passei por uma entrada para um nível abaixo da rua, estava escrito Food Court, praça de alimentação. Embaixo da rua? Fiquei curioso, mas precisava vir para o concerto, tinha horário para começar. Agora, com tempo, volto lá!
É um mundo embaixo da terra
Central Park
Continuo andando, estou agora – surpreso – no Central Park. Surpreso porque é um parque minúsculo, nada comparado ao de Nova York.
Estou entendendo agora. Marquei este ponto para visitar não por conta do parque, mas do prédio que aqui está, Central Park. O texto que li sobre o assunto diz que é o prédio mais alto da cidade. Vou olhar para cima então.
Um dos cartões postais da cidade, o Central Park sempre aparece nas fotos de Perth. São 205 metros de altura.
Vou ver o saguão.
Na verdade, um prédio ao lado – é outro que aparece no cartão postal de Perth – é um pouco mais alto, 214 metros. É o 108 St Georges Terrace (nome meio estranho), vou olhar para cima novamente.
Também vou entrar.
O 108 St Georges Terrace pode ser mais alto do que o Central Park, mas o saguão nem se compara.
Resolvo conferir na internet o campeão de altura, nem um e nem outro ganhou o prêmio. O primeiro da lista é o Brookfield Place, com 234 metros. De fato, o Brookfield Place é o segundo prédio mais alto em toda a Austrália, informa a Wikipedia.
Tudo bem, tamanho às vezes é documento, mas gosto também de ver os baixinhos que aparecem ao longo do caminho.
His Majesty’s Theatre
Sempre andando a pé, chego em frente a outro ponto de interesse, His Majesty’s Theatre.
Entro no saguão do prédio e a Maigrit se aproxima oferecendo um tour, são apenas $2. Ah, não resisto à simpatia – uma senhora sueca de uns 70 a 75 anos – e ao valor. Vamos ao passeio pelo teatro.
Esta é cúpula, redonda. Redonda não, corrige a Maigrit, é plana, mas o tipo de pintura foi feito para dar a sensação de curva. A Maigrit sabe das coisas.
O passeio no teatro continua.
Maigrit, muito atenciosa, pergunta se quero conhecer a parte superior. Claro que sim!
Ela comenta que uma parte do prédio já foi um hotel, hoje tudo faz parte do teatro. O que correspondia ao hotel é atualmente usado para recepções e eventos.
Neste piso superior a vista é ainda melhor.
Maigrit viu que fiquei interessado na cúpula que parecia redonda e não era, perguntou então se eu queria subir ainda mais um piso. Claro!
Ah, aqui a cúpula parece plana.
A visão do palco é bem … de cima.
Passamos agora por um corredor que mostra nitidamente o hotel existente aqui antes.
Para encerrar a visita, Maigrit pergunta se quero conhecer os banheiros. Uma pergunta que pode parecer estranha, mas cujo objetivo fica claro ao chegarmos lá!
Esta é a ante-sala do banheiro dos homens. Nossa, nem parece banheiro masculino. Mas é!
Olha só a ante-sala do banheiro das mulheres.
Maigrit completa: este é um banheiro público, qualquer um pode entrar ao longo do dia e usar. Que chique, hein?!?
Um dos aplicativos que uso em viagens, City Walks, tem uma versão para Perth, uma de suas indicações é visitar a King St, bem ao lado da teatro. A recomendação é por conta das inúmeras lojas de grife.
Sei não, olho a rua e o movimento é bem fraco para uma rua de comércio. Só olho rapidamente.
Dando meia volta para ir embora, a quadra no outro sentido da King St parece mais bonita, mesmo assim ainda com pouco movimento.
Trinity Uniting Church
O City Walks Perth indica na região a Trinity Uniting Church, a beleza da igreja justifica. Lembro que passei há pouco por uma arcada com a indicação To Trinity Church. Será uma boa alternativa ir à igreja por ela, mesmo com o Google Maps indicando ser este um caminho um pouco mais longo. Nem sempre temos que seguir os aplicativos, nada como a decisão humana :-).
Vamos à arcada, que fica bem em frente àquela entrada para a praça de alimentação subterrânea em que estive há pouco.
Cheguei à igreja, mas … são quase 17h, o horário é até 16h. Puxa, tentarei voltar outro dia. Mas pelo menos vou atravessar a rua e fazer uma foto da igreja inteira.
Howard Lane
Em Perth tudo fica a poucos passos de distância. Meu mapa no Google Maps indica arte de rua aqui perto, é a Howard Lane.
No caminho, sempre há tempo para prestar atenção nos prédios novos e velhos lado a lado.
Estou chegando na Howard Lane!
Para mim, leigo, são apenas desenhos criativos e interessantes. Mas as obras foram feitas por artistas reconhecidos pelo governo local.
Aí sim, hein?!?
Até na decoração a Howard Lane é criativa.
Elizabeth Quay
Descendo um pouco mais a rua, chego em um dos cartões postais da cidade, Elizabeth Quay.
A primeira imagem já explica o motivo da fama.
E este arco, o que significa?
O nome é Spanda, representa ondulações e liga o Swan River, a terra e o céu.
Falando em céu e terra, a combinação dos dois vista daqui é fantástica!
A Elizabeth Quay Bridge leva pedestres ao Elizabeth Quay Jetty, uma balsa de empresa particular, passando sobre o Swan River. Pode não parecer, mas aqui não é mar, apenas um rio.
Antes desta ponte, uma pequena ilha, Isle of Voyage.
Vou chegar mais perto!
Por mais que eu olhe tudo por aqui, mais aparece o que ver. Esta estátua à esquerda na foto é de Bessie Mabel Rischbieth, uma defensora do Kings Park e do Swan River. Tudo a ver uma estátua dela na margem do rio.
A outra estátua à esquerda é um cisne, swan em inglês. Nem precisa dizer o motivo dela também à margem do rio.
Quando mais entro no porto, melhor fica a vista da cidade.
Vou subir na Elizabeth Quay Bridge.
Bonito demais, merece um destaque pessoal.
A vista aqui é tão bonita, o Swan River é tão imenso, que merece uma panorâmica.
Ou duas, já que não consegui escolher a melhor entre elas.
Dá para enxergar longe daqui. Mais exatamente, a parte sul de Perth.
As obras de arte são várias, esta próxima está bem no cais da balsa.
Esta outra, bem ao lado do Water Park – que aparece no fundo da foto – é inspirada no povo Noongar, que aqui viveram e ainda vivem.
Um pouco mais à frente, um dos pontos mais visitados pelos turistas, The Bell Tower.
Nesta torre ficam os históricos Swan Bells, são 18 no total. Destes, 12 vieram da St Martin-in-the-Fields Church em Trafalgar Square, Londres. Que legal, eu já estive nesta igreja em minha viagem à Inglaterra :-).
Pronto, acho melhor ir para outro ponto de interesse, senão vou ficar aqui o resto da viagem.
Supreme Court Gardens
Inaugurado em 1845 como um jardim botânico, estou agora no Supreme Court Gardens.
Nada mais coerente do que ter no Supreme Court Gardens a … Suprema Corte.
Stirling Gardens
O Supreme Court Gardens fica junto ao Stirling Gardens, difícil ver a separação dos dois. O fato é que o Stirling Gardens fica um pouco mais afastado do Swan River e bem ao lado da St George’s Cathedral. Olha ela aí na foto.
O que motivou minha vinda a este jardim foi uma obra de arte representando uma família e cangurus.
Falando em esculturas – essa parece ser a cidade das esculturas – esta ao lado dos cangurus é a Ore Obelisk. São várias pedras empilhadas simbolizando a expansão da mineração no sudoeste da Austrália.
Globe Lane
Pronto, está na hora de voltar para casa. No caminho, mais uma foto de um dos cartões postais de Perth, o mesmo que mostrei no Elizabeth Quay há pouco, mas agora do outro lado.
Outro lado, mesma beleza.
Meu Google Maps avisa, estou ao lado de mais uma arte de rua.
Esta sim está bem caprichada, acho que a mais me agradou até agora.
Estou na Globe Lane.
Yagan Square
Para encerrar o dia, uma visita à Yagan Square. Já estive lá ontem, mas sem olhar tudo com calma. Hoje vou visitá-la com mais tempo, já que fica no caminho para a casa em que estou.
Antes, uma imagem intrigante, parece fogo!
É só o por do sol australiano. Dizer que é lindo é pouco!
Estou na Yagan Square.
A proposta da praça, de linhas bastante arrojadas, é ser um centro de encontro e entretenimento para a população de Perth. Criatividade é que não falta!
Aqui está a torre digital que mostrei no post de ontem.
Como há uma plataforma na praça, a vista aqui do alto é bem boa.
Descendo da plataforma, duas foto do cartão postal de Perth de mais um ângulo diferente daqueles mostrados no post de hoje.
Para encerrar o dia com chave de ouro, chego na casa da Swee, onde estou hospedado, e ela me oferece arroz e frango ao molho curry.
Quer melhor do que isso? É um paraíso.
Nossa quanta coisa neste passeio!
Que não tem gente nas ruas, que sossego…
Gostei… Bjssss