Optus Stadium e Matagarup Bridge
O dia começa bem. A Swee, dona da casa em que estou hospedado, preparou mais um de seus quitutes. Olha o que ela fez:
Estou engordando aqui…
Canning Vale
Hoje é domingo, amanheceu chovendo, felizmente não o tempo todo. A previsão é de sol com nuvens à tarde. Dá então para visitar feiras, adoro ver como elas são na cidade que visito.
Li que uma das maiores fica em Canning Vale, com mais de 1.000 barracas oferecendo produtos de segunda-mão, roupas, acessórios, livros, discos e brinquedos. Claro, há também barracas de comida.
Não fica perto, é preciso pegar o transporte subterrâneo. Que bom, uma alternativa que ainda não usei aqui. Vamos em frente!
No caminho até a estação, já encontro uma feirinha.
São produtos associados a mel.
Cheguei na estação.
A primeira diferença já salta aos olhos, estamos no subterrâneo e não ao ar-livre como ontem, quando fui à Fremantle de trem.
Outra diferença é o próprio trem, aqui não há portas separando os carros.
Embora seja chamado de subterrâneo, logo o trem já vai para cima.
Que bom, assim posso aproveitar a paisagem.
Vejo no Google Maps que estamos quase atravessando o Swan River, o que dá um brilho todo especial à viagem.
Pronto, cheguei na estação e já estou em um ônibus. Para não me perder, acompanho o trajeto do ônibus ponto a ponto até chegar a meu destino.
Embora seja um tipo de feira livre, a entrada é diferente. O ingresso é cobrado, mas bem barato: AUD 1.00 (um dólar australiano).
Muita gente vem aqui.
De fato, é muito, muito grande.
Pronto, já olhei o que queria.
O galpão em que acontece esta feira no primeiro domingo de cada mês faz parte de um local maior, em que lojas funcionam diariamente.
Bem, Canning Vale Sunday Markets conhecido. Vamos para a próxima feira.
Perth Home Grown
A próxima feira fica bem perto de casa, então volto no mesmo trem.
A feira acontece no Murray Street Mall, só que é bem, mas bem menor.
É uma feira diferente, de produtos sustentáveis e feitos em casa. Frutas, verduras, pães frescos, azeite, mel e produtos manufaturados.
Bom ter conhecido, embora a visita não tenha durado mais do que 10 minutos. Já estou andando na região e encontro o melhor exemplo de integração velho e novo que vi até hoje.
Que solução, o pórtico de entrada de um antigo imóvel de 1879 foi mantido!
Que criativo!
Criatividade parece ser o forte aqui. Até em uma escola, Mercedes College, flores metálicas marcam presença.
The Perth Mint
Um dos pontos mais visitados na cidade é The Perth Mint. Estou aqui!
The Perth Mint fabrica e distribui moedas de platina, prata e ouro para colecionadores e consumidores do mundo inteiro. E também presta serviços de investimento.
A visita vale não só pelo prédio, mas para conhecermos o processo de cunhagem de moedas.
Quem administra aqui o espaço sabe mesmo tratar os turistas. Estou em uma sala em que de um lado aparece este local de cunhagem de moedas…
…e bem na frente um auditório.
Perfeito!
Aliás, tudo é preparado para despertar o interesse dos turistas.
Aqui, por exemplo, vemos uma barra verdadeira de ouro.
A ideia é que o turista ponha a mão nesta abertura e tente puxar a barra. É impossível, eu tentei, é muito pesada. E de imediato uma gravação alerta, “tira a mão daí”.
Vamos continuar o passeio.
Olha aí, uma moeda – acho que é mesmo real – a maior do mundo.
Vou olhar do outro lado, quem vê cara tem que ver coroa.
O outro lado também é dourado, por algum motivo de iluminação a cor não parece a original. Coisas de fotografia.
The Perth Mint, uma última foto!
Na porta de saída, prédios diferentes e criativos roubam a atenção.
CAT Buses
Perth tem um sistema de ônibus gratuitos passando pelos principais pontos, são os ônibus CAT (Central Area Transport). Seus três circuitos – azul, amarelo e vermelho – mostram aos turistas o que há de importante na região central da cidade.
Ah, os moradores também aproveitam estes ônibus. Além disso, há também outro serviço, FTZ (Free Transit Zone), em que todos os ônibus são gratuitos. A área de trânsito livre cobre mais ou menos o mesmo espaço que as três linhas CAT, só que com vários ônibus atendendo nos mais variados itinerários.
Isso é que é transporte público.
Acabei de fazer o circuito inteiro no Red CAT e estou agora no Yellow CAT.
Dá para ver pontos que ainda não visitei e rever outros já vistos, como por exemplo a Perth Arena, exato ponto onde estou agora.
Ou a Yagan Square, a praça inaugurada neste ano de 2018 e a poucas quadras da casa em que estou hospedado.
Nossa, acabei de passar por um jardim bonito demais. Vou descer aqui, olhar o lugar e depois pego o ônibus mais tarde.
Queens Gardens
Antes, porém, uma paradinha neste prédio que não consigo saber o que é, mas com dois bonecos que valem o registro. Pelos bonecos e pelo prédio!
Chego ao Queens Gardens, um dos jardins mais bonitos que já vi na vida!
O cuidado com as plantas é tão grande que tudo é muito bem identificado.
Até pelicanos há por aqui.
Não consigo parar de fotografar.
Aqui já foi de tudo: parque, antes local de corrida de cavalos e até mina de argila. Também há uma réplica da estátua de Peter Pan tal como outra no Kensigton Gardens em Londres.
Olha a riqueza de detalhes.
Tem até ratinhos!
Vamos continuar o passeio neste outro lado do parque. Lá vem mais fotos, muitas fotos.
Para não ficar só mostrando o parque…
Fiquei apaixonado pelo parque desde que o vi passeando no Yellow CAT. Pelo jeito, não sou só eu, olha aí um casamento.
Vou sentar neste banco e comer um lanchinho…
… e vendo o coreto.
Tem até escola de música aqui dentro.
Com uma paisagem destas, não falta inspiração para tocar.
Daqui do Queens Park, um estádio que aparece em muitas fotos, Optus Stadium.
Vou passear ao lado.
Optus Stadium
Andando e conferindo o caminho.
Uma surpresa, um cemitério.
Acho que era um cemitério simples, pequeno, mas pesquiso na internet e vi que aqui eram enterradas desde 1829 todas as pessoas de Perth, das mais simples às mais abastadas.
Ao longo dos anos, mais de 90% das tumbas foram destruídas, mas felizmente foi feito um trabalho nas 800 remanescentes. Hoje quem lê as lápides tem uma verdadeira aula de história com episódios de bravura, incidentes, doenças e tragédias.
Uau! Merece mais uma foto!
Continuando, a vista é mesmo fantástica.
Em algum lugar li que o Optus Stadium parece um ninho de aves futurista.
Tudo a ver. Ao lado do estádio, um grande campo de futebol, acho que é uma área de lazer.
Parece que estão construindo algo grande ali na frente.
Daqui a pouco devo chegar lá para ver.
Enquanto isso, fico admirado com a quantidade de áreas verdes existentes aqui.
E calçadas para atletas ou simplesmente para quem gosta de caminhar.
Preciso ver em que ponto estou!
Parece ser um parque, Gloucester Park.
Por mais que eu ande, o Optus Stadium sempre acompanha. O bom é que a vista fica cada vez melhor.
Olha o bebedouro, bem mais acessível do que aquele em Fremantle. Esse é gratuito, bebe água quem tem sede.
Nossa, se estava gostando daqui, agora os elogios vão disparar: uma estação de conserto de bicicleta.
Além da bomba para encher o pneu que mostrei, ainda tem ferramentas.
Incrível. Eu, um ciclista de todas as horas, sei o quanto ter tudo isso disponível ajuda. Viva Perth.
E as casas desta região? Já pensou, que lugar para morar, hein?!?
Ainda vou descobrir que estrutura é essa. Parece uma ponte, mas talvez seja só de pedestres.
Por enquanto, sei apenas que fica ao lado do Optus Stadium.
Já que estou na região, confiro em meu Google Maps e vejo que marquei alguns trabalhos artísticos para ver. Estou ao lado de um.
A placa explica, é algo sobre uma lenda aborígene.
Há um respeito muito grande aqui pelos primeiros ocupantes desta terra. De minha parte, confessor que não vou conseguir ler o texto todo, sei apenas que gostei do desenho.
O local em que está esta obra de arte é também um mirante.
A placa no chão explica, nascer do sol em 12 de agosto.
Pelo que consigo entender, olhar nesta direção neste dia permite ver o sol nascendo. Será isso?
Bom, sendo isso ou não, preciso registrar o local.
Umas mocinhas pediram para eu tirar fotos delas, eu pedi para retribuir e tirar minha.
Vale uma panorâmica o local, não vale?
As boas casas estão aqui, forte e firme.
Victoria Gardens
Se não bastasse todo o verde que já vimos, vejo que marquei o Victoria Gardens para visitar. É bem aqui ao lado, certamente mais árvores e gramados bem cuidados pela frente.
O caminho já começa bem, esta pequena ponte charmosa promete.
De cima da ponte, um ferry de cruzeiros…
… e os apartamentos na beira da água. Que paraíso!
Não falei que a vista do Optus Stadium fica cada vez melhor?
Dá até para observar uma revoada de pássaros.
Por falar em observar, só agora estou vendo outra obra de arte que está em minha lista. Ela está lá daquele lado em que estava há pouco, mas não consegui encontrar. Aqui do outro lado da margem eu consegui achar.
Ah, mas fazer fotos assim com zoom não vale. Se der, ainda volto lá para, assim posso ver melhor a história da obra.
Talvez eu esteja exagerando nas fotos, mas é que a região justifica.
Aqui a provável passarela – dá para chamar assim? – fica cada vez mais nítida. Não aguento, vou procurar o que é isso na internet.
Achei! Esta é a Matagarup, uma nova ponte para acesso exclusivo a pedestres e ciclistas. Quando estiver pronta, ficará muito bonita.
Sei não, parece que há alguma tentativa de fazer daqui uma nova Harbour Bridge de Sydney. A baía será outra, a baía do Swan River.
Mardalup Park
Não dá para perceber andando aqui, só mesmo com a ajuda do Google Maps para saber que agora mudei de parque, estou no Mardalup Park.
Este parece ser mesmo o último parque mais urbanizado, a calçada está terminando.
O irônico é que a escultura que me trouxe até aqui – estava em minha lista de pontos a visitar – está completamente abandonada.
Representa sentimentos do artista quando vivia aqui enquanto criança, pescando nas margens do Swan.
Então tá!
Já voltando, um apartamento extremamente luxuoso. À venda!
Fotografei o endereço para entrar no site, ainda não tentei!
Está anoitecendo, fotos do Swan River e skyline de Perth são sempre ainda mais bonitas nestes momentos.
Pronto, já atravessei a pequena ponte de volta e estou ao lado daquela obra que havia visto do outro lado.
A explicação fala que o painel traça a evolução desta área, vai desde suas origens com o povo Bibbullmun até a chegada dos europeus, crescimento industrial e da agricultura, fase de dominância e finalmente a renovação como um local de comunhão e harmonia para o espírito humano.
Vamos ver.
Nossa! De verdade, gostei muito das pinturas!
Sir James Mitchell Park
Para encerrar o dia, tenho vontade de fazer uma foto bem tradicional de Perh. É um do sklyne da cidade quando a noite cai. Li um texto que a foto é feito no Sir James Mitchell Park. Não é exatamente perto, mas acho que dá tempo. Vou tentar.
Para ter certeza de que estou no ponto certo de ônibus, consulto tanto o Google Maps quanto o Transperth, aplicativo da empresa de transportes daqui.
Chegou o ônibus. No horário certo! Já entrei e estou aproveitando a paisagem, já que deste lado da cidade a noite ainda não chegou.
Cheguei ao Sir James Mitchell Park, estou tentando reproduzir a foto famosa.
Que pena, já passou da hora. A foto está escura.
Talvez com zoom melhore!
Não melhorou!
Já que estou aqui, vou fotografar também outra parte da cidade, um lado um pouco menos escuro.
O problema foi voltar. Esperar o ônibus sozinho em um ponto escuro é meio estranho!
Acredito que Perth seja um cidade tranquila, então até que fiquei tranquilo. O ônibus passou e vim parar em uma estação de trem/ônibus/ferry que ainda não conhecia, Elizabeth Quay.
Valeu pela experiência e por mais esta estação. Que aliás é gigantesca, inclui até um centro de eventos que estou vendo agora.
Hora de encerrar o dia.
Uau! Se despedindo de Perth com chave de ouro.
Ainda falta um dia, mas este foi um belo passeio. Bjssss