Bonde elétrico turístico 35 – City Circle
Hoje é sábado, vou experimentar mais uma vez o café daqui. Há alguns bem famosos, será um grande dia!
Proud Mary
Na lista de pontos que criei para visitar em Melbourne, está Proud Mary, uma cafeteria que aos sábados oferece café para degustação.
Não está chovendo, mas está um belo de um frio. Olha eu esperando o ônibus!
Enquanto espero, passa um bonde – tram – mais antigo, o 35 – City Circle.
É o ônibus gratuito que faz um circuito completo na cidade, uma opção mais do que eficaz para nós, turistas. Ainda não experimentei, espero ter a chance em algum momento.
Meu tram chegou. Não é o de turistas, mas o normalmente usado por quem mora aqui, vou andar alguns pontos até chegar o Proud Mary. Aproveito para apreciar a cidade!
Cheguei! Que lugar movimentado!
Movimentado e clima de descontração total. A garçonete pergunta se quero sentar, reluto um pouco – não sei direito o que pedir – mas aceito e ela traz o cardápio.
Vejo de novo neste menor algo que vi no cardápio escrito em uma espécie de lousa atrás do balcão quando entrei:
- Café: Espresso
- Country: Brazil
É muita coincidência! E é o primeiro da lista, talvez seja o café que mais tomam aqui. Peço esta opção e explico o motivo (rs). O garçom então traz um folheto.
Enquanto aguardo, fico olhando o frenético movimento!
Outro garçom, ou talvez um tipo de gerente, traz meu café dizendo: o verdadeiro café do Brasil para um verdadeiro brasileiro (claro, ele não falou em português … rs). Disse também que fazia questão de saber minha opinião depois.
Tomei, gostei demais. É de Carmo de Minas, bem forte e encorpado. Dei minha opinião ao rapaz, ele ficou muito satisfeito. De verdade, estava explícito no rosto dele. Eu também fiquei!
Pego o mesmo tram de volta, agora em sentido contrário. Vou revendo as ruas, Smith St…
… Gertrude St.
Esta outra eu já havia conhecido outro dia quando estive em Fitzroy.
South Yarra
Embora o dia esteja frio, o sol está brigando com as nuvens e quase sempre levando a melhor. Vou aproveitar e passear nas margens do Yarra River.
Tenho que trocar de tram, exatamente no ponto em que fica a Southern Cross Station. A escadaria principal é um show, The Most Important Step is Your Next (O passo mais importante é seu próximo). Muito bem dito! Ou escrito!
Olha a cobertura da estação, que linhas mais arrojadas.
Na chegada à margem sul do Yarra River, o Crown Casino and Entertainment Complex de um lado…
… e o Melbourne Convention and Exhibition Centre do outro. Tenho que decidir qual dos dois visitar primeiro. Como quero ir na direção em que corre o rio, escolhe o centro de convenções.
Bela escolha!
Vou andar lá fora, na margem do rio. É o chamado Promenade.
É um colírio para os olhos andar aqui.
Este é o Polly Woodside .
Um navio histórico, resgatado e restaurado pelo National Trust, veio de Belfast em 1885. Além de servir como apoio educacional para as crianças, o navio pode ser alugado para festas.
Esta é a Seafarers Bridge.
Se já estava gostando antes na margem do rio, sobre ele então sou só sorrisos.
O lugar panorâmico merece uma foto do mesmo calibre.
Não vou atravessar, só subi para ver o rio daqui de cima. Vou voltar na mesma margem em que estava.
Bem perto uma das entradas do enorme Direct Factory Outlets, o DFO.
O nome já diz tudo, não é? Outlet é lugar para compras mais baratas, se bem que Austrália não se caracteriza por preços baixos.
Vamos entrar para conferir.
Praticamente todas as lojas com anúncios de liquidação.
Bem, para os termos deles pode até ser, mas continuo achando tudo muito caro. Tudo bem, eu não iria fazer compras mesmo.
Vou confessar algo. Estou querendo sair do shopping e não consigo, está difícil achar a saída. Dá para acreditar? É que os corredores são bem longos, é um gigante de lojas mesmo.
Consegui sair!
Nada como este cenário ao redor do Yarra River.
Sempre acho estranho passar embaixo de viadutos.
A placa sugere “Keep walking to discover Yarra’s edge Melbourne’s secrets waterfront sanctuary“. Opa, vamos descobrir os segredos do Yarra.
Os segredos estão neste novo bairro em desenvolvimento, Yarra’s Edge. Olha só este prédio, parece … de papel. Parece não ter profundidade.
Segredo desvendado, é uma superfície curva que provoca esta ilusão.
Que criatividade arquitetônica.
O visual continua magnífico!
Opa, e essa ponte?
Esta é a Webb Bridge. Li um artigo que provoca perguntando “Esta ponte é uma obra de arte ou uma estrutural”? A resposta é muito boa, “esta é uma ponte que você realmente precisa visitar”.
Então vamos.
Olha só o prédio chato novamente, agora sob outra perspectiva (rs).
Esta estrutura tipo gaiola está só no início da ponte, depois ela fica … normal.
A vista no meio da ponte é que é anormal.
Preciso mostrar de novo meu estado de espírito.
Também de novo uma panorâmica vem a calhar.
Docklands
Vou andando e um parque aparece.
Onde estou? Com a ajuda do Google Maps e do Trip Advisor, descubro: Docklands.
Olha o 35 – City Circle novamente. Não é que ele realmente passa pelos pontos turísticos?
Seja por ele ou pelos trams normais…
… é muito fácil andar por esta cidade!
E que cidade!
Estes prédios coloridos são bem diferentes.
Sim, a imagem anterior mostrou, estou chegando nas Docklands.
Bem em frente fica o Etihad Stadium.
Alguns dos eventos mais famosos de Melbourne acontecem aqui.
Se já estava gostando da criatividade dos edifícios antes, aqui então estou ainda mais empolgado. É muita arquitetura inovadora junta!
Este é o Digital Harbour. Olha as linhas tortas na fachada.
Não estão tortas, mas sim perfeitamente alinhadas. A fachada provoca ilusão de ótica! Eu sabia disso, este prédio estava em minha lista de pontos a ver. 🙂
Não canso de olhar as fachadas.
Vou virar à esquerda e andar ao lado da água agora.
Nossa! Mais um lugar em que a criatividade extrapola!
Muito bom ver o Etihad Stadium desta perspectiva.
Vou olhar para a frente de novo!
Duas ou três quadras depois, chego ao Harbour Town.
É mais um shopping center – como tem shoppings nesta cidade – ao ar livre.
Olha só estes brinquedos, dá uma vontade de entrar!
Ao lado do shopping, ou praticamente dentro dele, Melbourne Star.
Nada mais é do que uma roda gigante enorme, tipo a London Eye. O preço também é gigante, 39 dólares australianos.
Para não ficar sem arte de rua hoje, aqui vai uma.
Southern Cross Station
Gosto muito de ver as modernas estações de trem e ônibus de grandes cidades, estou bem próximo à Southern Cross Station, vou lá!
No caminho, outra arte de rua parece ser muito bonita.
Chego perto.
Aqui fica o Upper Wet Side, uma lane inspirada em Nova York, pelo que li há pouco na internet.
Aqui ficava a Melbourne Hydraulic Power Company, o prédio fechado em 1967 foi reformado para lojas, hotel e apartamentos.
Vamos andando até a estação, mesmo que os prédios atrapalhem a caminhada. Eu sempre paro e fico admirando um pouco, neste está escrito no topo Whitehouse.
Pesquiso na internet, o nome completo é Whitehouse Institute of Design. Esta faculdade veio para cá em 2008, o prédio de 6.000 metros quadrados abrigou antes o Royal Mail Exchange Building.
Vamos entrar na estação, aquela com a inscrição sobre o próximo passo na escadaria. Vi esta escada hoje no começo do dia quando troquei de tram aqui em frente!
Dentro da estação mais um shopping no estilo outlet…
… as esperadas entradas para os trens …
… os trens propriamente ditos …
…e outras saídas para os demais pontos da cidade.
Quem sair por aqui já começa bem entusiasmado!
Só agora percebi, foi aqui que desci do Skybus quando cheguei do aeroporto. Nossa, naquele dia era tudo tão novo e confuso, agora estou entendendo muito, muito melhor a cidade. Que sensação boa.
Olhando aqui fora, tenho mais certeza, foi nesta rua que saí.
Vou até conferir no Google Maps minha posição.
Que legal, estou na Bourke St, mas não naquela parte em que a rua é estreita, cheia de lojas e turistas. É uma rua, vamos chamar até de avenida, bem diferente.
Nesta avenida, um prédio majestoso.
Ah, vem chegando um trem, vou registrar. Acho muito futurista o desenho destes trens.
Parecem foguetes. Na lateral está escrito “Feito em Melbourne para Melbourne“.
E o prédio majestoso? Hoje funciona aqui o Grand Hotel.
Neste prédio funcionava antes o RAB – Railway Administrative Building. Construído em 1893 e tendo dois andares adicionados em 1912, conta com uma grande escadaria central, corredores altos e grandes portas.
Tudo isso eu li na internet, até porque nem tentei entrar, já que agora funciona um hotel. Mas consegui ver pelo menos uma parte.
South Bank
Estou voltando para o Yarra River, afinal gostei demais do que vi lá e acho – acho não, tenho certeza – de que há muito mais o que ver ainda.
Logo que atravesso a Kings Bridge, chego ao Crown novamente, o cassino.
Não tenho vontade de entrar, deve ser parecido com o que vi em Sydney. Para quem não joga – como eu – é mais um monte de aparelhos e mesas e tapete vermelho (rs). Prefiro ficar aqui fora vendo o que há para ver.
Como, por exemplo, este prédio um pouco à frente, The Tea House.
Já tentando descobrir o que há, vejo que … nada. O prédio está para alugar! A placa até faz propaganda, “A True Melbourne Icon“.
Se não há o que ver lá, vamos andar na margem do rio, agora em sentido contrário ao que fui pela manhã.
Há um shopping ao lado, já que aqui não é só cassino, mas um grande complexo de entretenimento. Vou olhar só um pouco!
Ah, tudo bem, já que estou aqui, vou entrar rapidamente no cassino.
Não falei, igual ao de Sydney. E com o tapete vermelho (rs).
Já fora do cassino, estou n área de entretenimento – que parece não ter fim.
Tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente prefiro o passeio ao ar livre.
Prédios que provocam a ilusão de serem achatados parecem comum em Melbourne, olha aí outro.
Este é o Eureka SkyDeck Tower, o prédio mais alto da cidade.
Há um deque de acesso, a vista deve ser maravilhosa. Talvez uma das atrações mais caras e visitadas da cidade, até o final de minha viagem quero subir lá!
Alguns prédios são bem bonitos, este parece que brilha com a luz do sol.
Sandridge Bridge
Há um ponto que quero ver mais para frente, Sandridge Bridge. São apenas 2 minutos daqui, só 180 metros, informa o Google Maps.
Olhando só a entrada dela, parece normal.
Uma placa, no entanto, antecipa o valor desta ponte.
Com 178 metros de comprimento, foi aberta em 2006 adaptada de seu uso original com trilhos para uma passagem chique para pedestres e bicicletas.
A ponte apresenta esculturas abstratas, The Travellers, um referência aos refugiados sempre bem-vindos ao país. Para simular a receptividade, nove das esculturas que estão mais no centro da ponte são movidas a cada 15 minutos.
E elas se movem mesmo, estou vendo. Há um sistema de engrenagens e cordas que puxam as esculturas.
Mas, olha só, há inscrições na parede de vidro. Mostram os refugiados por país. Para minha GRANDE SURPRESA, o Brasil está na lista.
As chegadas de brasileiros aconteceram assim:
- De 1970 a 1982: motivos econômicos;
- De 1980 a 1991: motivos humanitários;
- De 1990 até a época em que esta obra foi feita: motivos profissionais.
Foram 4.713 nascidos no Brasil, brasileiros mesmos, que chegaram à Austrália, e 3.763 descendentes.Nossa, não fazia ideia.
Com uma notícia dessa, volto da ponte meio espantado.
O passeio continua.
Em um lugar cheio de turistas, era de se esperar os tradicionais shows de rua.
Pelo menos aqui há um espaço próprio para isso. Ou não, já que o palco vermelho deve ser para eventos autorizados, esta dupla na frente está aproveitando.
Daqui da margem do rio olho novamente a ponte das esculturas, pensando nos refugiados em geral e nos brasileiros em particular.
Aliás, a visão das esculturas daqui é bem boa também!
Continuo andando, à frente a Rainbow Pedestrian Bridge…
…e bem abaixo a Ponyfish Island.
O passeio continua.
Mais um shopping, Southgate.
Quase 16h, só comi um salgado. Vou almoçar/jantar nesta praça de alimentação.
Arts Centre Melbourne
Já me afastando um pouco da margem do rio, mas apenas alguns metros, vejo o Arts Centre Melbourne.
Um espaço enorme com teatro, shows, eventos e muita atividade cultural.
National Gallery of Victoria
Na sequência de locais ligados à arte, National Gallery of Victoria.
Na entrada do museu, uma cascata artificial. Na foto talvez não esteja tão nítido, mas é água de chuva tratada que escorre por uma parede de vidro.
Nem dá para pensar em entrar, passa das 17h, horário de encerramento das atividades no museu. E das minhas também, vou voltar.
Ah, olha só, bem em frente ao museu, açaí!
Atravessando o Yarra River, bem sobre a Princes Bridge, muita gente indo para a Flinders Station.
Uma última olhada no Yarra River.
Olhando o rio, mas sem deixar de prestar atenção aos detalhes da ponte.
Daqui, uma visão diferente da Federation Square.
Em 2012, a companhia de trem aqui em Melbourne lançou a campanha Dumb Ways to Die – Jeitos Estúpidos de Morrer. Foi um sucesso, viralizou. Olha os bonequinho da campanha aqui.
É muito engraçado. Quem quiser, procure na internet o que significa cada um destes bonequinhos. Ou senão baixe um joguinho com o tema, há versão para Android e iOS.
Enquanto espero meu trem, percebo que aquela parte enorme de tijolos da Flinders Station, a que chama atenção na rua, não está aberta ao público.
Ufa, que dia completo!
Ufa!Quanta coisa!
Lindas fotos!!!
bj
Agradeço ao Rio Yarra a oportunidade de ter feito estas belas imagens. 🙂