Domingo é dia de feira. No Brasil e aqui em Melbourne. Tenho que aproveitar o único domingo em que passarei aqui, vou a pelo menos duas feiras.
Feiras de domingo
A primeira fica nas Docklands, exatamente um dos locais que estive ontem. Só que hoje vou direto da casa em que estou, o Google Maps sugere um caminho por trem que estou estranhando.
Estou praticamente sozinho, caminhando ao lado de um paredão enorme que separa a rua da linha do trem. E ainda tenho que passar debaixo de um viaduto lá na frente.
Olho para o lado e vejo a roda gigante, Melbourne Star, que também vi ontem.
É ali que preciso chegar, mas entendo a sugestão do Google Maps, a linha do trem atrapalha.
Já que não tem jeito, vamos em frente.
O bom é que a Melbourne Star também serve de guia, está sempre a meu lado!
Ah, a região está melhorando.
Cheguei na Melbourne Docklands Sunday, mas…
… que feira pequena. Uma meia dúzia de barracas e só!
Bom, pelo menos tem garapa!
Bem, vamos para a próxima feira, esta promete ser melhor.
Para minha felicidade, dentre as três opções indicadas pelo Google Maps para chegar ao outro local é o 35 – City Circle. Aquele tram com estilo antigo que mostrei no post de ontem.
Não tenho dúvida, esta é a minha escolha!
Que legal, o interior é bem antigão mesmo!
Como é transporte para turista, há muitos folhetos aqui.
E o melhor, um serviço de som vai descrevendo os principais pontos por onde passamos. Que belo tratamento o turista recebe aqui!
Até a porta de acesso ao maquinista – será esse o nome? – é de madeira antiga!
Chega um ponto da linha que o maquinista para, abre a porta e avisa, “5 minutos de intervalo para descanso“.
Olho no Google Maps e chego no local da feira em 10 minutos a pé. Por mais que esteja gostando do tram, não quero ficar esperando aqui parado. Vou andando.
O bom é que passo por lugares que já passei, mas ainda assim descobrindo coisas novas. Como esta escada de acesso ao Tianjin Gardens.
Ir a pé também me deu a oportunidade de passar pelo belíssimo Carlton Gardens, aquele feito com base nos Jardins de Versalhes. O que mais gostei no Palácio de Versalhes foi ver seus jardins, bom poder “revê-los” aqui!
Olha aí outra surpresa. Quando estive aqui outro dia, não havia percebido que o Carlton Gardens tinha belos lagos!
Cheguei na Big Vegan Market. E sabe em que local está sendo realizada? No Royal Exhibition Building, aquele palácio que estava com portas fechadas quando estive aqui. Que bom!
Nossa, o que é isto?
É uma sensação muito boa, o lugar é bonito demais.
Não sei se olho as barracas da feira e o movimento …
… ou se continuo olhando o palácio. Claro, vim aqui em primeiro lugar para ver o prédio, vamos a ele.
Olha o vão central!
Até as colunas têm pinturas!
Até dou uma olhadinha na feira…
… mas logo volto a ver o palácio.
Veja só o nível de detalhe lá em cima!
Já que estou aqui, vou aproveitar a feira.
Ando, ando e ando e não encontro algo que me agrade. Nem mesmo na parte de comida, as barracas estão muito cheias. Vou procurar um lugar mais tranquilo, já que fiz o que queria, ver o palácio!
Saio bem satisfeito com a visita, pego mais um tram já pensando no próximo ponto a visitar. São dois trams, terei que fazer baldeação. Nesta troca, vou aproveitar e procurar um lugar para comer algo.
Já sei, até agora não experimentei o Hungry Jack’s, o Burger King na Austrália. Há um bem na minha frente, é hoje que mato a curiosidade.
Pedi um combo que acho que não tem no Brasil: hambúrguer, nuggets, batata frita, Coca e uma casquinha de sorvete.
Eu estava com muita fome, devorei (rs)!
Queen Victoria Gardens
A previsão do tempo para o domingo era de templo nublado, mas o sol abriu. E muito! Mudo meus planos, acho melhor conhecer locais abertos, estou indo ao Queen Victoria Gardens.
Dá para ir a pé desde o Hungry Jack’s em que estava, estou passando agora justamente sobre o Yarra River.
Que belo rio!
Fico curioso com o estádio que aparece lá no fundo, qual será? O Google Maps informa, Melbourne Cricket Ground.
Antes de chegar ao Queen Victoria Gardens, passo primeiro no Alexandra Gardens, um parque encostado.
De fato, o Alexandra Gardens faz parte do Domain Parklands, um grupo de parques na parte sudeste da cidade composto por:
- The Royal Botanic Gardens;
- Kings Domain;
- Queen Victoria Gardens;
- Alexandra Gardens.
Embora grande para nossos padrões no Brasil, o Alexandra Gardens é simples, só um monumento aqui ou uma estátua ali. Andei um pouco até a margem do Yarra River …
… e já fui para o parque seguinte.
Queen Victoria Gardens
O primeiro ponto de interesse aqui é um grande monumento da Queen Victoria,
Pela torre que aparece ao fundo, dá para ver que parque fica bem ao lado do Melbourne Arts Centre, aquele que visitei ontem.
Vou contornar a estátua para ver só a torre primeiro…
… e depois a Queen Victoria pela frente.
Sei não, esta Queen Victoria parece meio estranha…
… os olhos parecem esbugalhados.
Pelo jeito, é característica do artista fazer estátuas assim, as outras estátuas no pé da rainha também têm olhos que parecem sair de órbita.
O parque é bonito, a vista da cidade a partir daqui também!
Algumas obras de arte são realmente muito criativas, estes meninos tomando água parecem mesmo de verdade.
Desde 1966, há no parque um relógio de sol com 7.000 flores.
No caminho, um memorial a King George V, em cuja honra o parque foi chamado de Kings Domain.
Agora, algo inacreditável, Sidney Myer Music Bown.
Uma arena impressionante, enorme. Leio que foi inaugurada em 1959 e é local de grandes eventos abertos em Melbourne.
Daqui de cima, vejo um estádio ao lado do parque, está escrito Rod Laver Arena.
Vou pesquisar.
Ah, é o estádio olímpico.
Abri em meu celular um guia com os pontos a visitar no parque, a indicação agora é a Pioneer Women’s Memorial Garden.
Tal como havia visto em Perth, este é um monumento que também reconhece o pioneirismo das mulheres. Só que aqui o reconhecimento é pelo papel feminino na fundação do Victoria State.
O parque tem forme de cruz e uma pequena estátua de bronze.
Um menino está entrando aqui agora com a família, olha a água e fala: “cool, a swimming pool“.
O pai corrige, não é uma piscina (rs)!
A área verde do parque é simplesmente enorme.
Estou passando ao lado do The Gazebo, um local usado para festas e celebrações, diz o guia que baixei em meu celular.
A indicação agora é The Grotto.
Apesar do guia e do Google Maps, demorei um pouco para achar. Eu estava procurando um local que lembrasse uma gruta, mas a placa fala em Fern Gully, algo como cova das samambaias.
Foi só descer alguns degraus…
para perceber que estava mesmo no lugar certo, a gruta.
O lugar, pequeno e com barulho de água correndo, é lindo. Olha a pequena ponte de pedra.
O guia no celular informa que daqui saíram as pedras para os calçamentos do jardim botânico que fica encostado ao parque.
Tem até uma pequena cachoeira.
Parece grande, mas o local todo não tem mais do que 100 metros de comprimento e uns 50 metros de largura.
Ufa, que beleza!
Sento em um banco para tomar uma água, apreciando as belas flores que enfeitam o caminho.
Cheguei na entrada do Royal Botanic Gardens e do observatório bem em frente.
Por último, La Trobe’s Cottage.
Achei uma graça. E pensar que aqui foi a sede do primeiro governo do Victoria State, 1839 a 1854.
Não é mais a casa original feita com material pré-fabricado trazido da Inglaterra, é uma restauração feita da forma mais fiel possível. Mesmo sabendo que é uma réplica, continuo achando uma graça.
É uma tranquilidade sem fim esta casa. Hoje, não sei como era na época em que aqui funcionava um governo.
Shrine of Remebrance
Acabei a visita ao Kings Domain, que fica bem ao lado do Shrine of Remebrance, meu próximo destino.
Esta foi a entrada traseira, local em que entram os grupos de estudantes para um centro de estudos aqui existente. Vou contornar para achar a entrada certa.
Achei!
Achei uma frase no site oficial de Melbourne que define muito bem o Shrine of Remembrance: é um prédio com uma alma.
Aberto em 1934, é um memorial do Victoria State aos australianos que serviram em guerras globais em toda a história da Austrália.
Inspirado na arquitetura clássica, o Shrine foi projetado e construído por veteranos da Primeira Guerra Mundial.
O local lembra aquelas igrejas e palácio que visitei em Melbourne. Veja a riqueza dos detalhes.
Há um balcão externo na parte superior, vou subir!
Nossa! Que vista!
Tenho que ficar contente!
Muito contente!
Merece uma panorâmica!
De qualquer lado que olho, a vista é muito bonita!
Estas flores em forma de cruz forma The Legacy Garden of Appreciation.
Nesta mesma imagem, mais atrás, o Royal Botanic Gardens, minha próxima visita hoje.
Bom, vou descer. O serviço de som já avisa que daqui a pouco o espaço encerra suas atividades de hoje.
A fachada principal é bem imponente!
Vou afastar um pouco, para uma perspectiva mais distante.
Deste ponto, tudo vale a pena olhar. À minha direita …
… à minha esquerda …
… e à minha frente!
Só há um jeito de registrar tudo, ou quase tudo, ao mesmo tempo: uma panorâmica!
Ficou linda esta imagem, hein!?!
Bem na frente do Shrine of Remembrance, um grande corredor que chega até a St. Kilda Road lá longe.
Tenho até que conferir no Google Maps para ver se é isso mesmo!
Acertei :-)!
Olhando para o lado oposto, o Shrine of Remembrance vai ficando distante…
… cada vez mais distante!
Royal Botanic Gardens
Como é tudo nesta região, hora da visita ao Royal Botanic Gardens.
Este é um dos maiores jardins botânicos do mundo, as primeiras imagens prometem.
Andando um pouco, uma casa toda envidraçada.
É a Tropical Glasshouse. É uma casa que simula ambiente de florestas tropicais, como as nossas no Brasil.
Nossa! Entrei e tive que tirar na hora os óculos, embaçou tudo. Muito rico o trabalho aqui dentro, plantas dos mais variados lugares tropicais do mundo.
Vou andando em busca do próximo ponto, Guilfoyle’s Volcano. Pela foto que vi, parece um lugar que merece muito uma vista.
O caminho em alguns pontos é bem fechado por árvores…
… em outros pontos, lindos lagos.
Cheguei ao Guilfoyle’s Volcano.
Há uma rampa caracol, vou subir.
Este é o jardim que contorna o Guilfoyle’s Volcano.
Só que o Guilfoyle’s Volcano propriamente dito não está exatamente igual à foto que vi…
… mas certamente dá para imaginar.
A placa até conta a história do projeto do jardim…
… mas ainda assim preciso de imaginação para ver o que há aqui igual à foto que vi antes.
Na verdade, o que mais chama minha atenção agora é o sol se pondo, as imagens estão ficando tremendamente bonitas.
Vou descer e caminhar, apreciando o entardecer lindo!
O Royal Botanic Gardens tem uma grande área de lagos.
Pronto, fim da visita, hora de ir para casa. Com a ajuda do Google Maps.
Que notícia boa, tenho que atravessar o Yarra River. Passar pelo rio com a noite caindo deve render ótimas imagens. Estou ansioso!
Antes, olho mais uma vez o Google Maps para entender o que estou vendo. É o Olympic Park.
Bem ao lado, com os refletores acesos, o estádio de cricket.
Agora sim, vou passar sobre o Yarra River. Olho para um lado…
… e para o outro!
Pronto, vamos para o tram.
Última foto do dia, uma curiosidade. Aqui as pessoas usam lenços – parecem cachecóis – de seus times.
Hoje deve ter sido dia de jogo, há muita gente na cidade com os mais variados lenços. E aqui no tram uns estão contando vantagens – o time deve ter vencido – e outros estão ouvindo, a expressão é de grande derrota! (rs)
Boa noite,Fernando
Dia bem aproveitado ,lindos parques, lindos jardins .Estou encantada!
Bj
Que bom, prima. Estamos encantados juntos. O Jardim Botânico, os parques, o monumento e o Palácio fizeram meu – nosso – domingo especial!