Maio, 31 (15/30) – Black Creek Pioneer Village, Scarborough Bluffs e até patinação no gelo

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Scarborough Bluffs

Hoje o passeio será mais … campestre. Primeiro, vou visitar a Black Creek Pioneer Village, uma vila criada para contar a história dos pioneiros daqui. Em seguida, mesmo que seja em outro extremo da cidade, verei as famosas Scarborough BluffsBluffs são falésias na tradução do Google Maps quando indica o local, embora eu pudesse dizer também escarpas ou algo parecido.

Sem problemas, acho que assim que ver as tais bluffs vou saber exatamente do que se trata.

Black Creek Pioneer Village

Antes de sair de casa, envio WhatsApp para minha mulher mostrando algumas lembrancinhas que comprei para ela.

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Nem explico, digo que contarei depois quando conversarmos. Maldade, não?!?

Embora eu esteja mais uma vez na Spadina Station, a sensação é de um local novo. A estação é bem grande, um entroncamento de linhas, não havia ainda passado por este corredor enorme.

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São pouco mais de 11h da manhã, este carro da linha 1 está extremamente vazio!

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Que bom!

Depois de um tempo quebrando a cabeça, o Google Maps indicou um caminho que estava interditado, consegui chegar.

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Black Creek Pioneer Village é uma vila country replicando a vida dos pioneiros do estado de Ontário em 1860. São mais de 40 casas restauradas, armazéns, locais públicos e até capela.

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Muito bonito, muito interessante, mas talvez mais destinado para aulas de histórias para as crianças daqui. Mas, já estou aqui mesmo, vou mais é aproveitar a vila.

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Tem até roda d’água!

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Esta é a capela.

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Que interessante? Estão vendo este cano no teto? Quando olho no outro extremo…

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… vejo que está ligado a uma espécie de caldeira. Deve ser usado para o aquecimento nos dias absurdamente frios do inverno daqui.

Vejam o cuidado na restauração de alguns interiores.

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Aqui um armazém.

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No balcão, uma balança dos tempos antigos.

A vila tinha também ovelhas. Ou seriam carneiros?

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Um detalhe interessante é esta mãe e este filho mostrado na imagem anterior, estão vestidos como na época. Li que há moradores daqui, ou talvez funcionários, vestidos a caráter e prontos para contar aos visitantes como era a vida na época.

Foi bom este início de dia, uma visita inesperada.

Canlan Ice Sports

Falando em inesperados, no caminho de volta ao metrô, passo em frente ao Canlan Ice Sports, que eu nem sabia que existia. Entrei porque vi muitas famílias chegando, as crianças vestidas para patinar no gelo.

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Viagem ao Canadá sem ver patinação no gelo não vale. Que bom, descobri este local por acaso.

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A criançada está em uma competição de hockey.

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Preciso confessar algo, está muito gelado aqui dentro, não sei como estas pessoas aguentam. Algumas estão até com bermudas, vai entender. Claro, são alguns pais vestidos assim, porque as crianças jogando estão com todo o uniforme e equipamento de segurança. Li em alguma parede aqui que é mandatório!

Embora quisesse ver um pouco mais o jogo, o frio me expulsou do ginásio. Aqui fora vejo que estas instalações são enormes, há muitos e muitos ginásios neste complexo.

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Muito bom ver pessoas esquiando no gelo.

Em um local que junta uma vila de pioneiros e um complexo de patinação e hockey, além da York University – que nem mostrei aqui – era de se esperar uma estação de metrô à altura.

Pioneer Village Station é um show à parte! Desde a estação de ônibus integrada…

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…até a estação de metrô propriamente dita, as linhas curvas dos prédios mostram a modernidade do lugar.

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Engraçado, estive aqui quando cheguei, mas só agora na volta é que presto mais atenção a esta bela arquitetura.

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Mesmo na parte inferior, local de espera do carro do metrô, há inovações. A placa DWA significa Designated Waiting Area.

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O site da TTC, empresa que opera o transporte público aqui até informa que todas as plataformas tem um sinal desses indicando uma área segura em que os passageiros aguardam os trens. Até acredito na existência da área, não teria como não haver uma assim, mas a placa DWA eu nunca havia visto.

Scarborough Bluffs

O próximo ponto a visitar aproveitando o dia de sol, mesmo que um sol tímido, é Scarborough Bluffs. Vejo no Google Maps que preciso pegar uma linha de metrô, depois outra, na sequência um ônibus e por fim uns 25 minutos de caminhada.

Nossa, perto de duas horas de deslocamento. Mas li que o local é imperdível, tenho mais é que ir hoje, um dia de sol é perfeito para um passeio assim.

Que bom ter tomado esta decisão, vejam o que tenho pela frente depois da caminhada.

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Este lago faz parte do Bluffer’s Park Marina, um conjunto magnífico de parque, lazer e barcos, tudo à beira do Lake Ontario.

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Vou andando, seguindo um pouco o fluxo das pessoas, ainda sem entender direito o que ver por aqui.

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Passo em frente a um sistema de balanceamento de fluxo para tempestades de água.

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A placa informa ser um sistema que evita sujeiras vindas do derretimento de neve dos morros ao redor. Muito eficaz a ideia!

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Vejam a etiqueta no ganso, é tudo muito bem cuidado!

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Continuo andando e começo a entender um pouco mais a região.

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Nem vi ainda os tais bluffs, por enquanto estou no Bluffer’s Park Marina. E, justiça seja feito, um dos mais bonitos que já vi até agora em Toronto.

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A vista é deslumbrante!

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Só então começam a aparecer os primeiros bluffs.

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Bluffs são escarpas, falésias, nem sei dizer exatamente qual é a tradução, mas é o que a imagem mostra. São 14 quilômetros de formações erosivas em rochas expondo evidências de cinco períodos glaciais.

É bonito demais, vejam uma panorâmica do ponto em que estou agora.

 

 

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Acho que dá para imaginar que estou bem contente com esta visita.

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Ando mais um pouco, a beleza continua, ou é até maior. Vejam uma ampla imagem.

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Sei que há uma forma de ver os bluffs do alto, vou tentar descobrir. O bom é que preciso voltar ao parque, vou ver o Lake Ontario sob outro ângulo.

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Fala a verdade, dá para acreditar que estou à beira de um lago? Parece um oceano!

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A água é límpida, o solo parece ter as mesmas rochas dos bluffs.

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Peço ajuda de minha inseparável bússola, o Google Maps, estou subindo pelo caminho indicado. Este casal aí na frente perguntou para mim se estavam na direção certa, eu disse quera era por aí a indicação em meu celular. Eles foram andando mais rapidamente!

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Nossa! Puxa! Que vista!

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Eu teria ficado contente só por esta visão, o Google Maps felizmente continua me levando em frente!

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Depois de 10 minutos andando sozinho por trilhas no meio do mato, chego em um grande parque, Crescent Park.

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Uma placa na entrada concorda com meu celular!

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A indicação é continuar andando em frente, até o limite do parque.

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No limite, uma frustração, placas proibindo chegar perto dos bluffs.

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Algumas não só proíbem, como também lembram da multa de de até 5.000 dólares canadenses para os transgressores.

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Eu já estava pronto para ir embora, quando vejo pessoas pulando a cerca. E agora, o que eu faço? Olho para um lado, para o outro, nenhuma fiscalização.

Entrando para o time dos transgressores passíveis de multa, chego mais perto da beirada – uma distância segura, não vou me arriscar à toa.

Algumas pequenas transgressões na vida fazem sentido! Vejam.

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Fico muito, muito satisfeito!

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A satisfação aumenta demais quando vejo exatamente esta cena.

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É nesta pequena trilha batida sobre um bluff que muita gente já tirou fotos. É fato que já houve algumas mortes, por isso a proibição. Mas só de ver esta tradicional imagem de Toronto eu fico muito realizado.

Para defender meu ponto, vou mostrar o que a pessoas faziam exatamente neste bluff quando o acesso era permitido.

Bluffs

Mesmo que fosse permitido, eu jamais faria o mesmo. Não tenho coragem.

Vou continuar a apreciando a bela vista que a transgressão está oferecendo.

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A visão ampla aqui do alto é magnífica!

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Perfeito este final de dia, gostei DEMAIS. Vou então andar os 15 minutos – agora é menos tempo, o Google Maps indica um caminho melhor – até o ponto de ônibus.

Aproveito para apreciar as casas do bairro, Cliffside.

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É um verdadeiro paraíso!

Que dia!

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