Tubarões no Ripley’s Aquarium of Canada.
Meu passeio em Toronto está terminando, estou no penúltimo dia. Tenho vários pontos para ver ainda, começo pela Casa Loma. É um quase castelo e – que bom – fica a 20 minutos a pé da casa em que estou hospedado.
Vamos lá!
Casa Loma
“Casa na Colina” é a tradução de Casa Loma, uma expressão espanhola. É mesmo uma subida, senti quando caminhei até aqui.
Mas valeu, e muito, vejam só, parece um castelo europeu.
A princípio eu só iria ver pelo lado de fora, mas parece que vale muito entrar. Pensando no dia todo e nos vários ingressos que terei que comprar, opto agora pelo Toronto City Pass, que dá direito à entrada em cinco locais diferentes. Um deles, Casa Loma.
Espetáculo!
Segundo a Wikipedia, este castelo neo-romântico foi a antiga residência do financista Sir Henry Mill Pellatt, construído entre 1911 e 1914.
Explicação dada, vou passear pela casa … castelo.
Os corredores são extremamente extensos. Típico mesmo de um castelo!
Na minha frente, o jardim de inverno.
Muitos que acompanham este blog gostam de portas, então vai aqui uma. E uma das boas!
A área externa também é um show!
Vou lá fora antes de subir aos outros andares da casa.
Muito bom!
Quando entrei em um dos aposentos, vi que havia uma pequena entrada com escada – tipo uma passagem secreta (essa descrição não é minha, está no folheto entregue aos visitantes) para o andar superior.
Embora haja uma escadaria principal – e imponente – para o piso acima, preciso experimentar a passagem secreta.
Os corredores deste segundo andar – como eu esperava – são igualmente extensos.
Não é exatamente algo a mostrar em um blog de viagens, mas alguns banheiros valem a pena. Como este!
E o banheiro é conjugado a um quarto, uma suíte digna de um castelo em estilo europeu!
Fora da suíte, todas as salas são surpreendentes.
Daqui de cima, a noção exata do tamanho e amplitude da Casa Loma.
Esta é parte da escadaria que comentei há pouco!
Algumas salas, usadas para reuniões, dão um espetáculo a parte!
Sem falar nos corredores, que continuam brilhando!
No último piso há uma entrada lateral no imenso corredor, são escadas. Vou ver onde levam!
É uma passagem para as torres do castelo!
Depois daquela primeira escada, uma muito estreita em caracol. Certamente vou subir!
Puxa, que bom ter subido! Vista incrível da cidade!
A eterna CN Tower também aparece aqui – claro!
Vejam só o detalhe na torre em frente!
A região da Casa Loma parece ter sido um local de pequenos castelos, olha o vizinho!
Vou descer.
Andando pelo corredor, novamente outra entrada, outra torre.
Será igual? Não sei, só há um jeito de saber! Subindo!
Nesta torre o último nível não é aberto, tem apenas algumas pequenas janelas.
Torre esta tão boa quanto a anterior. Vamos voltar à casa principal.
Todas as oportunidades são aproveitadas pelos responsáveis por estas casas históricas. No nível inferior, um café/restaurante!
O pessoal gosta!
Que legal! Casa Loma já foi cenário para muitos e muitos filmes, o corredor ao lado do restaurante é uma galeria relembrando.
Tem mais passagem secreta. Esta é subterrânea, leva à estrebaria.
Escuto uma brasileira que vinha atrás de minha falar para a outra, “eu não vou entrar aqui, fico sufocada”.
Elas foram embora! Eu continuo!
Ué, já houve um hotel aqui?
A aula de história continua, agora a informação está bem em frente.
O proprietário da Casa Loma passou por grandes dificuldades financeiras e obrigado a sair de sua amada casa. O local foi então transformado em hotel, ano 1927. De nova os problemas econômicos e dois anos depois o hotel fechou.
Que desperdício.
Hoje o espaço é usado para eventos e exposições. A vez agora é de carros antigos.
Não podemos esquecer que aquele longo corredor que atravessei levava à estrebaria. É aqui esta exposição de carros, outros espaços ao lado reforçam que estou mesmo na estrebaria.
Esta moça aí à direita na imagem está gostando tando que resolveu dançar. Estou falando sério, há uma valsa de fundo tocando e a tentação para dançar é grande!
Sir Heny Pellatt, o proprietário inicial da Casa Loma, era apaixonado por jardinagem.
É por isso que neste porão, vamos assim dizer, há também uma estufa.
A estufa tem uma porta para o exterior, bem no nível inferior do morro em que está o castelo.
Porão visitado, vou voltar pelo longo corredor, subir escadas, retornar ao saguão de entrada e ver mais uma vez o jardim externo. Gostei de lá!
Um novo jeito de ver o castelo! Um jeito excepcional!
O jardim compõe muito bem o visual!
Ainda bem que entrei na Casa Loma!
Baldwin Steps
Comentei em outro post que gosto de escadas, marquei uma escadaria famosa para ver em Toronto, Baldwin Steps. É bom planejar antes um passeio, sei que este ponto famoso fica exatamente ao lado da Casa Loma. É sair de um e ir para outro.
Estou no caminho para chegar lá!
Por algum motivo, tenho uma sensação de acolhimento, este corredor margeado por árvores parece que saúda minha chegada (acho que estou inspirado…).
Que bonito!
É isso que gosto de fazer em passeios, visitar lugares assim. Tanto que agora olho para trás, quero curtir a descida.
Burwash Dining Hall
Quando visitei outro dia a University of Toronto, passei pelo Burwash Dining Hall. É um salão enorme que oferece refeições aos estudantes – café da manhã, almoço e jantar. Melhor, é aberto a quem não é estudante.
Naquele dia, ainda faltava mais de uma hora para o jantar, achei melhor voltar. Então, voltei! E para o almoço!
É um salão enorme, parece que estou no Castelo de Hogwarts do Harry Potter.
Apesar da imponência do salão, a comida é simples.
Tenho que ser franco, preciso falar desta comida. Apesar de haver uma pista de pratos quentes, outra de saladas, mais uma de massas e pizzas, além de outra de frutas e doces, a qualidade não é lá estas coisas.
Valeu por almoçar em um lugar diferente, mas jamais indicaria pela comida.
Royal Ontario Museum
Muito próximo ao Burwash Dining Hall fica o inovador prédio do Royal Ontario Museum. A fachada que parece um cristal é cartão postal da cidade.
Inovadora ao extremo!
Dentro o museu parece mais tradicional. Este dinossauro é referência entre as exposições.
Ser mais tradicional não é um problema, muito pelo contrário. O amplo salão justifica esta minha opinião.
Em viagens a outras cidades, já comentei em posts que não sou muito apaixonado por museus. Acho sim tudo muito importante, mas para quem mora na cidade. Não tenho interesse, sou obrigado a confessar, a saber mais sobre a história dos índios do Canadá ou de assuntos orientais.
Mesmo que algumas instalações sejam muito bonitas…
… prefiro dedicar meu tempo conhecendo o prédio do museu. Essa escadaria com totens, por exemplo, é um bom exemplo do que gosto de ver.
Embora totalmente ligado às crenças indígenas do país, algo que não chama minha atenção, o aproveitamento do vão livre entre os andares para exibição das obras mostra como um prédio pode ser usado inteligentemente. Aí sim acho muito interessante!
E o prédio é de uma beleza incrível, justifica a visita.
Já que estou confessando algumas coisas, lá vai outra. Normalmente eu não entraria em um museu assim, já que não gosto muito. Mas a visita faz parte do Toronto City Pass que comprei para entrar na Casa Loma, então tenho mais é que aproveitar.
Vou olhar algumas das obras expostas.
Estou em uma parte ligada à preservação animal, uma das especialidades do museu.
Até neste tipo de exposição aparece a torcida pelos Raptors.
Ripley’s Aquarium of Canada
Dentre os pontos que o Toronto City Pass dá direito, outro é o Ripley’s Aquarium of Canada. Não sei se aprovo ver peixes trancados em aquários, mas li que lugares como este que pretendo ir tratam muito bem os bichos (dá para chamar peixe de bicho?), contribuindo inclusive para sua não extinção.
Acreditando nisso, estou indo para lá usando o PATH, já que chove lá fora. É quase 18h, o pessoal está saindo do trabalho.
Nossa, parece pior que em São Paulo, embora eu achasse isso impossível.
O PATH passa pelo Skywalk, uma passagem de 500 metros ligando a Union Station ao aquário, Rogers Centre e CN Tower. Segundo a Wikipedia, trata-se de uma estrutura pós-moderna de metal e vidro.
Incrível, já passei aqui outras vezes e só agora me dou conta da beleza de tudo.
Chego ao Ripley’s Aquarium of Canada. Como este é outro local incluso no Toronto City Pass, não preciso ficar na fila para comprar ingressos, já vou entrando direto.
O lugar é realmente bonito!
Fico sabendo que há muitas e muitas espécimes de peixes aqui. Dá para ver, inclusive percebo o verdadeiro significado da palavra cardume!
Este não é um aquário comum, não olhamos apenas os peixes à nossa frente, mas peixes que passam sobre nossas cabeças. É como se estivéssemos dentro d’água!
Tem tubarão aos montes, uma das atrações que mais agrada!
Tem até arraia!
Parece mesmo que estou dentro do aquário!
Há um aquário falando sobre espécimes sul-americanas, esta arraia preta faz parte.
Nunca soube deste tipo de arraia em nossos lados brasileiros, sei apenas que ela é bem bonita.
O aquário sabe mesmo mostrar que faz um bom trabalho, estou passando no centro de tratamento de água.
Olha que legal, um tanque em que podemos tocar quem está dentro.
Este que agarrou minha mão é um Scarlet Cleaner Shrimp, a placa diz que ele entra na boca de mergulhadores e limpa seus dentes.
Fantástico!
Claro que aqui também há torcida para os Raptors.
Estou em um tanque que compõe com o teto um belo cenário. Vejam a imagem, a parte superior é um aquário de verdade, a superior é uma bela pintura simulando uma ilha e um céu com algumas nuvens.
Uma perfeição!
Acabo de ler que acontecerá um show de mergulho às 19h, falta pouco, estou eu e muita gente aguardando o início.
Show de americano! Embora eu esteja no Canadá, parece aqueles shows de americano que nunca acho graça. É apenas um mergulhador que entra no tanque para alimentar os peixes, do lado de fora um funcionário com microfone fazendo piadinhas sem graça.
Tudo bem, está valendo porque é legal ver os peixes formarem uma nuvem ao redor do mergulhador. Parece uma cena de ataque de filme de piranhas (rs).
Já dei duas voltas completas no aquário, estou satisfeito. Valeu muito a visita!
We the North
Já que todo mundo torce aqui para os Raptors, e como hoje haverá jogo da final de basquete, estou indo para uma área de fãs. Um telão transmitirá o jogo ao vivo.
É uma área fechada, está difícil achar o ponto de entrada. E não sou só eu, muita gente perguntando como entrar. Estou passando agora por dentro do estádio, Scotiabank Arena, tentando descobrir o caminho.
Consegui!
Por que We the North, a frase que todos usam para torcer? Pelo que li, houve um momento em que os jogadores do time de Toronto eram considerados estrangeiros, todos do norte e nenhum da região da própria cidade. Uma agência foi contratada e lançou a campanha Somos Norte. Foi um sucesso imediato, os torcedores adotaram o lema com toda sua força!
Tudo é muito bem planejado. Antes do início do jogo, uma cantora sobe ao palco – aqui no espaço de fãs – e canta ao vivo o hino nacional. Ao mesmo tempo em que a cerimônia acontece também no ginásio, em outra cidade, onde a partida será disputada.
Muito bem pensado!
Fiquei só uns 15 minutos, deu para sentir o clima ao vivo. Eu pensava que os torcedores iriam vibrar mais, mas são apenas alguns gritos de apoio. Senti emoções ligeiramente mais fortes apenas quando as cestas eram mais bonitas.
No caminho para casa, saio do metrô e paro na Dundas Square, a pretensa Times Square de Toronto. Quero ver as luzes da noite.
Nada muito chamativo. Aliás, apenas algumas pessoas vendo o jogo em telão – bem menor do que aquele onde eu estava há pouco!
Já havia visitado outro dia a Dundas Square à tarde, esta visita noturna encerra meu dia hoje.