Niagara-on-the-Lake – Picton Street
Visitar as Cataratas do Niágara não significa ver apenas as quedas d’água, assim que cheguei percebi que uma cidade bem ao lado – Niagara-on-the-Lake valia a pena visitar. Vi muitas referências boas nos folhetos e promoções aqui, a cidade tem até uma sigla – NOTL – que só descobri depois de algum tempo (rs).
Estou indo para lá hoje.
De Niagara Falls para Niagara-on-the-Lake
Mesmo tendo outra cidade em mente nesta manhã, apreciar Niagara Falls na caminhada até o ponto de ônibus WEGO é um excelente começo de dia.
Estou passando agora na Clifton Hill.
Este é o Oakes Garden Theatre, ver a cidade daqui é uma ótima ideia.
Melhor ainda se virar para o lado do Niagara River.
Ou então para minha esquerda, conferindo novamente hoje a Rainbow Bridge.
Esta paisagem aqui vicia (rs)!
Venci minha vontade de ficar mais um pouco e atravessei a rua, o ponto de ônibus é bem em frente.
Claro, enquanto aguardo, sempre dá para ficar olhando o que há de bom em Niagara Falls.
Fala a verdade, é bem bonito, não é?
Floral Clock
Entrei no ônibus, o caminho é igualmente bom de olhar.
Para chegar até Niagara-on-the-Lake, vou até o Floral Clock usando a linha verde do WEGO, depois tenho que pegar outro ônibus – shuttle – até o destino final. É a linha laranja!
Muito boa esta troca de ônibus, uma ótima oportunidade para ver o Floral Clock.
O desenho formado por mais de 16.000 plantas é trocado duas vezes por ano. Há também aqui sinos que tocam a cada quarto de hora, acabei de ouvir!
Vinicultura em Niagara-on-the-Lake
O shuttle chegou, estamos a caminho.
Estou gostando muito da paisagem, o rapazinho na minha frente não sabe o que está perdendo!
Esta região tem a produção de uvas e vinhos como um de suas atividades principais. As viniculturas aparecem uma atrás da outra.
Deve ser um bom negócio, pelo menos as casas dão a entender!
Mesmo sendo beira de estrada, o capricho é muito grande!
Niagara-on-the-Lake
O shuttle deixa os passageiros no Fort George National Historic Site, daqui um simpático ônibus nos espera para uma viagem de menos de cinco minutos ao centro da cidade.
O motorista, igualmente simpático, vai comentando os pontos principais ao longo do caminho. Detalhe, ele faz esta descrição brincando, todo mundo se diverte muito.
Como é tudo muito novo, registro no celular o local em que o ônibus acabou de parar. Vai que depois eu esqueço, é melhor garantir.
A cidade é um exagero de beleza e tranquilidade. Sossega qualquer coração agitado.
Esta na esquina fica uma farmácia que funcionava em 1869.
Hoje é um museu, mostra como era a medicina na cidade entre os anos de 1820 a 1964.
Não vou entrar, prefiro continuar esta bela caminhada!
O motorista do ônibus, aquele simpático, comentou que vale muito a pena este hotel, Prince of Wales – se você tiver dinheiro para gastar, ele completa!
A beleza desta cidade é sem igual. Até agora só andei por uma rua, a Picton Street e não consigo sair dela. Também, vejam só meus motivos.
Esta lojinha, Cecile’s, dá saudade. Na hora envio mensagem com esta imagem para minha esposa Cecília.
Bem, está na hora de mudar de rua. Entro na King Street.
Muda o estilo, menos comercial e mais … verde!
Verde mesmo é o parque bem em frente à casa da imagem anterior, o Simcoe Park.
Há uma estátua aqui, será que fala quem é o Simcoe, que dá nome ao parque?
É ele mesmo!
John Graves Simcoe foi o primeiro governador-tenente (que será isso?) da província de Upper Canada, parte britânica do Canadá estabelecida em 1791.
Bela aula de história, mas prefiro ver a geografia do lugar.
Esse motorista/guia/brincalhão do ônibus que nos trouxe aqui. Ele sugeriu andar pela King Street até as margens do Niagara River, é uma cênica vista.
Ele tem total razão!
Meu sorriso mostra meu agradecimento!
Os passeios ao longo do rio – vi vários assim também em Niagara Falls – faz qualquer um gostar de caminhada.
Este é o lado do rio que vem das cataratas. Dá para acreditar em tanta calmaria depois daquelas quedas imensas depois de apenas 22 quilômetros?
Bom, vou mais aproveitar estas calmas águas e esta cênica vista.
Apertando a vista, lá no fundo – bem lá no fundo – uma cidade. Será Toronto?
Confiro no Google Maps, fico contente por ter acertado!
Dizem que temos sempre que caminhar para frente, sem jamais olhar para trás. Impossível aqui!
A passarela fica no Queen’s Royal Park, igualmente bonito. Tenho que ver o rio lá de cima!
Vou voltar para a parte mais central da cidade.
Que casas!
Esta, por exemplo, é um hotel.
Alguém regando o jardim na frente perguntou se podia ajudar em algo, perguntei o valor da diária: 1.500 dólares canadenses.
Como alguém pode investir tanto para passar um dia dentro de um hotel – belíssimo hotel, não vou negar – se há tanto o que ver aqui fora?
Não parece casa de conto de fadas?
Vou me aproximar para ver a placa.
Nossa, construída em 1826. Que preservação, hein?!?
Tem mais!
Estou voltando ao centro comercial.
Esta é uma doceria e este provavelmente o doceiro!
Acho que ele anda experimentando muito os produtos que faz (rs).
Olha que inspirada a cafeteria vizinha: Humanity runs on coffee! So come on in and fuel up!
Algo como A humanidade vive de café! Então entre e abasteça – ou entre e complete-se!
Funciona assim, você compra uma xícara e tem à disposição vários tipos. É só experimentar livremente o que quiser e escolher um deles.
Fiquei entre estes três – há vários – e por fim escolhi o primeiro, Victoria’s Coffee Blend.
Se o nome tem a ver com a rainha eu não sei, sei apenas que gostei muito.
Talvez eu tenha escolhido também por causa de minha cachorrinha Victória. A cafeteria não faz por menos, há petiscos gratuitos para quem traz aqui seus bichinhos.
Parece que as pessoas consideram muito os animais, vejam a camiseta na vitrine!
Em Niagara-on-the-Lake acontece anualmente o Shaw Festival, o famoso autor de teatro George Bernard Shaw tem presença em vários pontos da cidade.
Aqui na Picton Street, por exemplo.
Ao lado da estátua na imagem o Shaw Café e bem em frente, atravessando a rua, The Royal George.
Andando pelas ruas próximas, Old Niagara Bookshop.
Vou dar uma olhadinha.
Em frente à livraria, o hotel Angel Inn.
Que charme, hein?!?
Bem, bom gosto é cara da cidade!
Logo no começo do passeio aqui, mostrei um prédio, este:
É a Old Court House.
Funcionam alguns escritório no prédio, um deles é um centro de informações ao visitante. Que bom, nesta parte eu posso entrar.
Muito interessantes as paredes antigas de tijolo.
Agora há pouco fugi um pouco das ruas turísticas, agora vou andar um pouco mais para dentro da cidade.
Um sonho estas casas, a desta imagem anterior tem um belo jardim com fonte.
Bem, estou voltando para a parte mais comercial.
Já que o motorista do ônibus falou bem do Prince of Wales Hotel, vou ver mais perto.
Com uma recepção convidativa assim, tenho mais é que entrar!
Puxa! O motorista tinha total razão!
Em um local interno do hotel, um jardim!
Esta cidade é boa demais, estou gostando demais!
Uma cidade como esta tinha, claro, tinha que ter sua igreja. É a St Vincent de Paul Roman Catholic Church.
A placa informa que esta paróquia é a sucessora direta de muitas e frequentes ininterruptas missões na região de Niagara desde 1626.
Isso sim é que é história.
A igreja está fechada, então vou caminhando até um dos pontos que o Google Maps mostra, o Fort George.
O monumento informa que aqui funcionou, em 1812, um quartel general.
Sim, há mais fatos históricos escritos, provavelmente bem valiosos para os moradores locais. Eu prefiro dar uma olhada de longe no forte.
Minha pressa é porque o ônibus de volta para Niágara sai de hora em hora, são quase 4h da tarde e quero aproveitar.
Bom, dá tempo de andar correndo até o ponto e olhar mais um pouco o local.
Niagara Glen Nature Reserve
No caminho de volta para Niagara Falls, há vários pontos que pretendo conhecer. Um deles é o Niagara Glen Nature Reserve, uma reserva natural perto das corredeiras que vi ontem.
Meu interesse não é exatamente na reserva natural, tenho que ser franco, mas na possibilidade de andar nas trilhas de lá até chegar ao Niagara River e ver mais uma vezes as corredeiras. Deve ser uma emoção e tanto, já que agora é tudo natural, nada de passarelas ou caminhos preparados para turistas.
Desço em frente ao Niagara Parks’ Botanical Gardens, o ponto mais próxima da tal reserva. O Google Maps mostra uma caminhada de uns 10 minutos, é bem perto.
Se estou entendendo bem, tenho que atravessar a estrada aqui.
Local bem conservado é outra coisa, até o meio entre as duas pistas parece um jardim.
Que presente ter vindo para este lado, já estou vendo um pouco do Niagara River e suas verdes águas.
Chega um ponto em que a trilha ao lado do rio termina, então atravesso novamente a estrada. O caminho agora, tão bonito quanto, é bem ao lado do Niagara Parks’ Botanical Gardens.
Que beleza! Que capricho!
Confiro a distância no celular, estou a 450 metros.
São metros de muita beleza, vejam este lago.
Achei que o lado fazia parte do jardim botânico, é na verdade um campo de golfe.
Fica fora do jardim botânico, já que lá há um ingresso para entrar e aqui está tudo aberto.
Pronto, cheguei, estou bem em um páteo de observação, olha lá o Whirlpool Aero Car.
É um carro para 35 pessoas que percorre um quilômetro sobre o rio.
Deve ser muito bom, uma sensação única, mas não terei tempo. Meu trem parte às 17h para Toronto, conseguirei fazer apenas mais um passeio. E começa aqui bem onde estou agora, vou descer até o rio pelas trilhas desta encosta.
Antes, meio que para tomar coragem, vejo uma outra atração para os turistas, Niagara Whirlpool Jet Boats.
Bom, vou começar a descida. Olha só, dá para ver uma barragem lá na frente!
Está ficando fácil, descer morro abaixo usando uma escada simplifica tudo.
A escada é só um começo, quase nada, agora é que começam mesmo as trilhas.
Felizmente peguei um mapa no centro de recepção ao visitante lá em cima, mas confesso que estou meio em dúvida. Já me acostumei ao GPS de celular, mas o Google Maps não indica uma única trilha.
Vamos descer assim mesmo.
Sabem o que é inacreditável? Estou carregando uma mochilha com meu notebook! Sim, daqui pego direto o trem, não teria como voltar na casa em que fiquei hospedado.
Cada uma que a gente inventa!
Ah, mas está valendo a pena, estou vendo bem na minha frente o trabalho das águas nas rochas. É erosão pura!
Vamos descendo, mesmo o caminho parece meio estreito!
Para não dizer que estou sem qualquer orientação, tenho pelo menos o barulho do rio lá embaixo orientando. Parece que facilita a descida, é só seguir o som!
Nossa, puxa, estou chegando!
Tenho que passar por estas últimas rochas. E o medo de escorregar e cair no rio?
Bem, vamos lá!
Cheguei! Cheguei! Cheguei!
Que sensação de conquista! Que bom ver o Niagara River assim tão perto e em um local razoavelmente preservado!
De vez em quando barco que anda pelas corredeiras passa por aqui.
Olha outro aí!
Bom, está tudo muito bom, mas realmente eu preciso voltar.
Acho que não estou seguindo o mesmo caminho da descida, não lembro desta passagem tão estreita.
Não tem jeito, é por aqui mesmo. Vamos embora!
Está dando certo, deste ponto aqui consigo enxergar o casino em Niágara.
Olha só a escada. Gosto bastante de subir escadas, mas nunca encarei com tanta alegria encontrar uma escada assim pela frente.
Eu consegui!
Niagara Parks’ Botanical Gardens
Realizado, estou voltando para o ponto em que passa o WEGO! Agora tenho certeza de que o campo é mesmo de golfe!
Uma placa mostra School of Horticulture, mas olho e olho e não consigo encontrar.
Ah, achei. Aqui mesmo na estrada, ao lado do Botanical Gardens, estão alguns cultivos. Vejam.
Este pessoal sabe mesmo aproveitar a terra que tem.
Não vou visitar o Niagara Parks’ Botanical Gardens, prefiro ir para a estação de trem. Não quero correr riscos. Mas nada impede de olhar rapidamente uma das entradas.
Com uma entrada como essa…
… fico imaginando como devem ser os jardins propriamente dito. E olha que esta imagem anterior mostra o caminho para o estacionamento!
O caminho para o ponto de ônibus passa bem ao lado da entrada principal.
O WEGO costuma é razoavelmente pontual, faltam ainda uns 15 minutos, vou entrar só um pouquinho.
Pronto! Pelo menos posso dizer que passei no jardim botânico!
Ten Thousand Buddhas Sarira Stupa
Cheguei na estação de trem da Via Rail. Conferi horário, está tudo certo, tenho ainda quase uma hora de espera. Prefiro assim, nada de ficar preocupado em perder a viagem.
Mas é muito tempo, preciso aproveitar. Aí lembrei que vi um templo budista quando estive aqui na região outro dia, foi quando fiz o passeio White Water Walk. Foi aquele em que andei por uma passarela ao lado das corredeiras do Niagara River.
O templo budista fica a poucos minutos de caminhada, tenho que aproveitar a oportunidade.
Ao contrário do templo hindu que visitei outro dia, em que as estátuas pareciam reverenciar e agradecer o visitante, aqui a sensação é bem outra!
Apesar da recepção (rs), vou entrando!
Não sei exatamente o que significa tudo isso, o local está completamente vazio e não tenho como perguntar.
Bem ao lado desta imagem anterior, há uma porta com a mensagem “We are open, come in“. Então eu entro!
Que inesperado! Há muita gente aqui dentro, rezando e entoando cantos. Só que ao tentar fotografar, uma pessoa grita para mim que fotos são proibidas.
Tudo bem, faço um passeio rápido e já vou andando. E com a música do templo tocando insistentemente em minha cabeça (rs).
Third Space Cafe
Voltando para a estação, vejo que ainda dá tempo de procurar um lanche rápido. Gosto muito disso, sempre é uma chance para ver novos locais. Olha só, encontrei a prefeitura da cidade.
Pesquisando no Google Maps, vi boas referências ao Third Space Cafe. As opiniões falam em um lugar estiloso e um atendimento encantador. Vou conferir.
Estilo realmente é uma das palavras que define este espaço.
Tem até galeria de arte!
Atenção para uma sutiliza na imagem anterior. O nome do café é Third Space Cafe, este espaço adicional com a galeria chama-se Fourth Corner. Está escrito com giz em uma lousa.
Que criativos!
Pronto, já embarquei no trem e estou no metrô em Toronto, indo para casa. E em boa companhia!
Até o próximo post.