Às vezes locais a visitar em uma cidade nova podem estar bem mais perto do que imaginamos. Estou indo a pé – 15 minutos de caminhada – ver o terceiro maior shopping do Canadá, Metropolis at Metrotown, chamado simplesmente de Metropolis ou Metrotown.
Metropolis at Metrotown
É bom não pegar trem ou metrô no início do dia, andar parece que aumenta a energia.
Chego ao shopping, confesso que estou achando a entrada meio modesta para um shopping que deveria ser enorme.
Ah, aqui dentro é outra coisa!
Além da cobertura impressionante, os corredores são largos. Estou em um ponto que não sei se vou para a direita ou para a esquerda.
Para dar uma ideia do tamanho, preciso contar meu sufoco. Vim aqui para colocar mais dados em meu plano de celular, estou usando muito e vai acabar. Não conseguindo achar a loja que procurava, mesmo tendo consultado o diretório do shopping várias vezes, pedi há pouco ajuda a uma senhora simpática e sua filha.
Pois então, elas são frequentadores habituais e também tiveram dificuldade muito grande. Fiquei mais tranquilo, o problema não era eu, mas o shopping :).
No piso superior o gigantismo fica ainda mais evidente.
Resolvo seguir as placas para a praça de alimentação, Food Court.
Mais do que antecipado, sabia que também seria tão grande quanto o shopping.
Não comi um único poutine em Toronto, vou comer um agora para não correr o mesmo risco em Vancouver.
Estava gostoso, mas o que comi no La Banquise em Montreal era muito, muito melhor!
Ah, descobri outra entrada para o shopping, vou lá fora ver.
Essa sim é digna de um shopping deste tamanho, não aquela humilde por onde entrei!
Vou entrar novamente!
Falando em tamanho, olha o supermercado.
Preciso confessar, gostei mesmo da cobertura do shopping.
Os prédios ao lado combinam em tamanho com o shopping.
Trout Lake Farmer’s Market
Também relativamente próximo da casa em que estou – no leste de Vancouver – mas não a ponto de abrir mão de um ônibus, chego ao Trout Lake Park.
Não vim exatamente pelo parque, que por si só já justificaria a visita, mas pela feira que acontece aqui aos sábados. É a Trout Lake Farmer’s Market.
Feiras assim não se limitam a frutas e verduras – que também marcam presença – mas doces, roupas, artesanato. Tem muita coisa.
Esta barraca de chocolate é tentadora!
Andei duas vezes para lá e para cá, escolhi um sanduíche – pasmem – alemão para comer, agora estou aproveitando para ver o parque com mais calma.
Li uma crítica comentando que é preciso ter muito cuidado, há muito cachorro andando sem coleira no Trout Lake Park.
Bem, eu estou gostando demais. Acabou de chegar um simpaticão a meu lado!
O lago é uma das grandes atrações.
Até os cachorros gostam, literalmente!
Mount Pleasant
Além de muitas lojas e restaurantes, o bairro de Mount Pleasant é conhecido por suas street-arts.
Dentre os prédios famosos, um é o Lee Building. Pelo que aponta o Google Maps, estou bem em frente!
Construído em 1912, na época era o prédio mais alto ao sul de False Creek. Esta informação veio do app GPSMYCITY.
As street-arts aqui falam inclusive do próprio bairro.
Alguns são extremamente coloridos e vivos!
Este é famoso, é de Kashink – que não sei exatamente quem é (rs).
Tantas street-arts assim têm um motivo, foram feitas no Vancouver Mural Festival, evento que acontece anualmente em agosto.
Tal festival, eu li, é uma grande oportunidade para artistas trabalharem em espaços públicos, aumentando ao mesmo tempo um sentimento de identidade com o bairro.
Pelo jeito, a identidade de Mount Pleasant aparece nos desenhos de rua e certamente nos prédios marcantes.
Vou olhar um pouco mais de longe.
Xi, errei!
Este é o Lee Building, não aquele outro que mostrei há pouco. Mas olhando novamente, são muito parecidos, a diferença é que este em minha frente parece ser mais antigo. Bem mais antigo!
Sem me dar conta, dou a volta em uma quadra e dou de cara com aquela street-art do Kashink.
Aqui sim consigo ver melhor os detalhes.
O bom de planejar um roteiro de visitas é encontrar pontos não planejados (rs). Igrejas e prédios estilosos vão surgindo um a um.
Em muitos pontos da cidade, as montanhas ao norte sempre formam uma bela paisagem.
Vejam o cuidado com as casas e prédios históricos.
A placa Heritage Building comenta sobre a referência que foram na época estas janelas envidraçadas.
O bom de um aplicativo como o GPSMYCITY é ver marcado em um mapa, com GPS, qualquer ponto de interesse no caminho. Como esta fachada do Clydemont Centre.
Estou andando e parando. Sim, parando quando vejo uma rua como esta, parece que as árvores formam um túnel totalmente verde.
City Hall
Um dos lugares que queria visitar, listado em meu planejamento aqui para Mount Pleasant, é a prefeitura municipal. Acabo de chegar à City Hall.
Há um jardim bem tranquilo em frente!
Hoje é sábado, deve ser por isso que estou praticamente sozinho por aqui.
Ah, subindo até a entrada, vejo porque o nome da cidade é Vancouver.
Em 1792 aportou por aqui, sob autoridade de sua majestade Rei George III, rei da Inglaterra, o intrépido e celebrado marinheiro – são palavras escritas na placa, não minhas – Capitão George Vancouver.
City Hall fica em um ponto um pouco mais alto, subir é uma chance de ver o centro da cidade e as montanhas ao norte.
Que bela vista!
Prefeitura visitada, vou andar um pouco no jardim em frente.
Que curioso, vejam a disposição dos bancos – um a um alinhados com a calçada!
O jardim é comunitário, a placa informa!
Está um pouco judiado, a comunidade precisa se esforçar mais!
Que esculturas serão essas logo depois daqueles bancos?
Ah, são as Walking Figures. Obra de Magdalena Abakanowicz, uma das escultoras mais influentes do século XXI – de novo, não é minha opinião, está escrito!
Sempre é bom parar para adoçar – ainda mais – a vida.
Este é um dos melhores sorvetes de chocolate que experimentei no Canadá. Sem contar a vendedora, simpatia em pessoa.
Simpatia puxa simpatia, olha o Brasil no caminho de novo!
False Creek
Embora não esteja exatamente perto de False Creek e Granville Island, meu próximo ponto a visitar é para aqueles lados. Pego um ônibus e já estou caminhando ao lado da água.
Quer dizer, não ao lado da água, mas de um parque às margens de False Creek.
Acho um pouco estranho o caminho sugerido pelo Google Maps, parece que só eu estou por aqui.
Ah, que estranho nada, tem até criança passeando também!
Está sendo muito bom andar aqui, é tudo muito bonito. Natureza como deve ser a natureza!
E uma bela visão do centro de Vancouver.
Nossa, há coiotes no parque.
O aviso fala sobre como conviver com coiotes. Dentre outras coisas, informa que se eles ficarem confortáveis com a presença de seres humanos, podem ficar agressivos. Neste caso, devemos ficar bem eretos, mão para cima e gritando: “Go away coiote“!
É engraçado imaginar a cena.
Vamos andando, tomara que não encontre os tais animais agressivos!
Coiote não encontrei, mas patos e gansos há bastante!
A vista daqui é excelente, merece um tempo maior!
Sou todo sorriso!
Já andei bastante, este banco – e esta paisagem – faz um convite irrecusável.
Sentei!
Olha lá no fundo a Granville Bridge e Burrard Bridge.
Que passarela canina esta que está em minha frente! Não pode ciclista, patim, skate, mas há água para cachorros.
Estou falando bastante das casas que tenho visto nas cidades do Canadá, mas estas à beira de False Creek são verdadeiramente privilegiadas.
Alguns prédios se destacam pela forma, outros pelo tamanho, este é pela cor.
Destaque mesmo, toda hora que olha naquela direção é este o primeiro prédio que vejo.
Olha o Ron Basford Park que visitei – e me apaixonei – ontem na Granville Island. Li em algum lugar que o cenário é tão bonito que cenas de casamentos são comuns lá. Parece que está acontecendo uma festa neste exato momento
Vou andando e o cenário de casas vai mudando, o que permanece constante é o bom gosto e beleza delas.
A beleza da arquitetura e engenharia humana se unem à ao visual da natureza e estão formando um belo cenário. Tudo isso junto com o evento na ilha, que continua rolando!
Difícil é não ter um belo cenário quando vemos False Creek.
Não são só as casas que mostram o incrível bom gosto, até rotatórias esbanjam beleza.
E o evento na ilha? É casamento mesmo, olha lá a noiva caminhando rumo aos convidados. Um deles deve ser o noivo :).
Vou apertar a vista para ver melhor!
Noiva e noivo felizes. Eu também!
O planejamento desta cidade é mesmo incrível. Uma placa aqui informa que este cenário é protegido, não é possível construir prédios altos nesta linha de visão até as montanhas do norte, a visão tem que continuar sempre limpa assim.
A placa mostra inclusive uma foto mais antiga, quando o cenário era ainda mais limpo. Ainda bem que regulamentaram as construções em algum momento do tempo.
Quem passa por aqui tem mais é que aplaudir o bom governo local.
Claro, o cenário merece tanto aplauso quanto!
No exato momento em que escrevo este post, por uma incrível coincidência, meu irmão envia um WhatsApp reclamando que em Salvador, Bahia, não há este tipo de mentalidade.
Nem há o que falar. A beleza natural de Salvador tão desperdiçada assim.
O jeito é continuar apreciando – e elogiando – Vancouver. Olha o capricho da passarela.
Se não bastasse o governo com boas políticas de preservação, vejo que a cidade também colabora. Estou em um jardim, False Creek Community Garden, que provavelmente é mantido pela comunidade.
Enquanto ando, fico pensando. O tempo todo nesta caminhada que estou fazendo ao lado da Granville Island, não vi água separando a cidade da ilha.
Preciso consultar o Google Maps.
Ah, é isso. Granville Island não é exatamente um ilha por definição, cercada de água por todos os lados, uma parte é ligada à cidade.
Nenhum problema, claro, Vou continuar andando e apreciando, a agora volto minha atenção para mais casas.
Já notaram que o estilo destas casas muda bastante? Todas excepcionais, cada um com suas formas e cores.
Até aves querem viver aqui!
Esta é a paisagem que os moradores destas casas apreciam diariamente.
Há uma loja em Granville Island que se chama Bridges. Acho que talvez seja pelas duas famosas pontes que de alguma forma cercam a ilha, a Burrard Bridge à minha esquerda …
… e a Granville Bridge à direita.
Nada como uma bela visão panorâmica para ver tudo junto!
Tenho até um certo afeto pela Granville Bridge, praticamente foi um dos primeiros lugar que conheci – e admirei – em Vancouver.
Fico dividido, a Burrard Bridge também é extremamente imponente.
Bom, melhor continuar andando à beira de False Creek e aproveitar não só a beleza do local, mas também o capricho das vias e praças públicas.
As tradições indígenas estão sempre muito presentes na cidade.
Não me dei conta disso quando cheguei, mas é por isso que vi totens no Aeroporto Internacional de Vancouver.
Não quero ser repetitivo, mas é outro ângulo agora da Gradville Bridge.
Assim como este é um outro jeito de ver a Burrard Bridge.
Andando, fico pensando, será que False Creek está ligado diretamente ao Oceano Pacífico?
Sim, responde o Google Maps.
Reduzi bastante a imagem, entre o Pacífico e False Creek há a English Bay e mais à frente Burrard Inlet.
As águas vão passando, as montanhas do norte acompanhando, bem mais à frente há o encontro com o mar. Poético, não?!?
Vanier Park
E assim vou chegando ao último ponto de hoje, Vanier Park.
Que local sensacional para ver Vancouver de longe! Demais o visual aqui!
Neste parque acontece o Bard on the Beach Shakespeare Festival, será de junho a setembro.
É um festival que comemora, explora e celebra os trabalhos de William Shakespeare. Deu para ver as tendas brancas e bandeiras vermelhas, o espaço está sendo preparado.
Vizinho ao parque, H.R. MacMillan Space Centre.
Um local com planetário, galerias e teatro voltados ao sistema solar e assuntos afins. É um dos poucos lugares do planeta em que há uma pedra lunar de verdade, informa um texto que copiei no roteiro de visitas que preparei.
Vou entrar rapidamente para olhar o espaço.
Uau!
A parte externa também é muito chamativa, só que não prestei atenção direito. Vou lá fora ver com calma.
Pronto, por hoje já andei bastante.
Mas nada impede de olhar e admirar novas casas …
…. e prédios que aparecem.
Já pensou, morar neste desta imagem que passou…
… com este belo espaço verde na frente?
Vancouver não cansa de surpreender. Já peguei um ônibus e acabei de sair para entrar no metrô, aí dou de cara com este espaço verde, bem cuidado e até com pequenas cascatas.
E isso tudo em pleno centro comercial! Que cidade!
Falando em surpresa, a última do dia. O que será que este pessoal vestido a caráter estava fazendo aqui perto?
Não sei, fica apenas registrada a cena desta cidade vibrante!