Outubro, 26 (2/10) – Centro Histórico, Praça Benedito Leite, Igreja da Sé, Palácio dos Leões, Mercado Municipal, Espigão Costeiro da Ponta d’Areia

Igreja da Sé e Praça da Mãe d’Água

Hoje é sábado, vou passar o dia todo no Centro Histórico de São Luís. E talvez outros locais mais, quem sabe? 🙂

Cais da Praia Grande

Mal desço do ônibus e já sou saudado pela cidade :).

Para quem lembra de uma das últimas imagens do post de ontem, esta a seguir parece a mesma.

Não é! Ontem eu estava às margens do Rio Anil, hoje está a minha frente o Rio Bacanga. É a visão que tenho a partir do Cais da Praia Grande, local em que estava há pouco.

Nesta imagem anterior o Rio Bacanga encontra o Rio Anil na Baía de São Marcos. Tudo vira depois o Oceano Atlântico, como mostra a seguir o Google Maps.

Do outro lado, uma casa grande enorme chama atenção. É a Casa do Maranhão!

Vou atravessar a rua para ver mais de perto.

Que bom, daqui tenho uma outra visão do Cais da Praia Grande.

E do Rio Bacanga!

Centro histórico

Algo me diz que vou gostar muito do que vou ver!

Estou na Rua Portugal, algumas casas restauradas aqui são de tirar o fôlego.

Nem sei para que lado vou, tudo parece que vale a pena ver. Olha só estas escadarias nas ruas laterais!

Vou resistir, vou em frente!

Aqui a Rua Portugal fica um pouco mais larga!

No final da Rua Portugal, a Rua da Estrela.

Por aqui a Galeria Reviver, o Cantinho do Reviver, achei até que este espaço se chamasse Reviver. Mas pelas minhas pesquisas Reviver é o nome do projeto de restauração do centro histórico de São Luís.

Então tá!

Neste espaço fica a Defensoria Pública do Estado, um prédio enorme, bonito e restaurado!

Um pouco mais à frente, Praça Nauro Machado e o Teatro João do Vale.

Ao lado do teatro, nada como olhar para trás para rever o Reviver sob outro ponto de vista.

Esta é a Câmara Municipal de São Luís.

Andar por aqui é voltar na história, felizmente tudo sendo restaurado!

Se continuasse por estas ruas, iria me afastar desta região mais comercial. Vou dar meia volta.

Nesta região funciona, por exemplo, a Casa das Tulhas. Ou funcionava, já que no momento está fechada por conta de um trabalho de restauração.

Sem problemas, há muitas lojas funcionando!

Estou andando meio em círculo, é fácil ficar perdido por aqui. Sem problemas, são novas chances de ver ou rever casas.

Algumas bem originais, sem qualquer restauração…

… outras já totalmente reformadas.

Quanta coisa para restaurar por aqui. Algumas casas apresentam grande riqueza de detalhes.

Dei uma volta na quadra e vim parar na Praça Valdelino Cécio.

Lá no fundo dela parece haver algum tipo de passagem, vou ver!

Que legal. São as escadarias que vi há pouco na Praça Nauro Machado, só que agora estou no alto!

Deu para ver de novo a Câmara Municipal no canto esquerdo da imagem anterior.

Não vou descer as escadas, prefiro olhar para trás e ver novamente a Praça Valdelino Cécio.

Na saída da praça, um guia mostra as janelas de uma casa e explica: quanto mais janelas, mais rica era a família.

Para continuar ouvindo o guia, fico no meio da Rua 28 de Julho para o registro de minha alegria.

Dois coelhos e uma cajadada: aula de história e imagens históricas. Tanto que vai mais uma!

Andando um pouco mais pela Rua 28 de Julho, uma pousada muito diferente!

Irresistível, preciso entrar!

Olha só o conforto das salas de estar.

E os quartos? Combinam parte antiga – vejam a parede de pedras – e o conforto dos tempos modernos.

Muito bom ter entrado nesta pousada. Quem sabe em uma próxima vez eu me hospede aqui?

Bem, vou continuar andando pela Rua 28 de Julho.

Esta é a Praça da Faustina, também conhecida como Praça da Seresta – li em algum lugar isso!

A Rua 28 de Julho tem algumas casas bem, bem velhas!

Tem também uma bela de uma escadaria.

Depois de subir tudo – haja fôlego – nada como comemorar olhando de volta!

No lado esquerdo da imagem anterior, o restaurante do Senac. Li que é muito bom, mas está fechado para reformas.

No lado direito, um outro nome para a Rua 28 de Julho, a placa mostra Rua do Giz.

Pesquisei o nome, descobri que aqui antigamente esta rua era coberta por uma argila branca!

A Rua 28 de Julho continua depois de passar pela Rua Nazareth, mas é preciso transpor mais uma escada. Eu comemoro, cheguei em um ponto ainda mais alto, melhor para ver novamente a Rua do Giz.

Praça Benedito Leite

Subi todas aquelas escadas e vim parar em um dos locais mais conhecidos do Centro Histórico, a Praça Benedito Leite.

Daqui da praça é um bom local para ver novamente o prédio do restaurante do Senac

… e um dos locais que quero mais visitar, a Igreja da Sé.

É uma praça atrás da outra. Bem ao lado da Praça Benedito Leite e em frente à Igreja da Sé, a Praça da Mãe d’Água

Daqui desta praça consigo ver a Av. Dom Pedro II, que vai dar no Palácio dos Leões, aquele em cujo jardim vi ontem o por do sol.

Como era de se esperar, a região aqui é cercada por prédios históricos e – felizmente – restaurados.

Bem ao lado da Praça da Mãe d’Água a Casa do Empreendedor – SEBRAE.

Já nesta vemos o Palácio do Comércio.

A região é irresistível, merece um tempo maior!

Igreja da Sé

Pronto, acabei de entrar na Catedral Metropolitana de São Luís!

Só de olhar para cima dá para entender o motivo de minha ansiedade para entrar aqui!

Um dos prédios mais antigos do Maranhão, tem o nome de Igreja de Nossa Senhora da Vitória em homenagem a Nossa Senhora, protetora dos portugueses na Batalha de Guaxenduba.

A Igreja da Sé já passou por uma série de reformas desde seu surgimento . Entre 1993 e 1996 a Terceira Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou obras de restauração que recuperaram o seu ouro primitivo.

Não sei como era ante desta restauração, sei apenas que o resultado é imperdível!

Como tenho visto muitas vezes em igrejas, há túmulos de pessoas. Sempre fico impressionando com isso!

Museu de Arte Sacra

É fácil ter aulas de história nesta parte da cidade. Ao lado da Igreja da Sé, exatamente ao lado, o Museu de Arte Sacra.

A escadaria na entrada é de fazer o coração bater mais forte!

Sempre que subo uma escada assim, gosto de olhar para trás depois para comemorar!

Que beleza!

O museu é lindo, a monitora que está conduzindo o passeio guiado é de uma simpatia total. A visita é muito interessante, recomendo!

Assim como recomendo aproveitar as janelas para olhar um pouco mais a região, só que do alto das janelas.

Pronto, passeio encerrado!

Do lado de fora, faço questão de olhar mais os prédios!

Palácio dos Leões

Saindo da igreja e caminhando pela Av. Dom Pedro II vou rumo a minha próxima visita esperada com ansiedade, o Palácio dos Leões.

O caminho sempre é rico de boas surpresas, como por exemplo o Tribunal de Justiça do Maranhão.

E também o Palácio de La Ravardière.

Este palácio é sede da prefeitura de São Luís do Maranhão. Construído no século XVII, foi declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO.

Sem nem mesmo perceber, chego rapidamente ao Palácio dos Leões.

Ainda bem que a imagem mostra a beleza do lugar, eu não teria palavras para descrevê-lo!

Sede do governo estadual, o prédio faz parte do Forte de São Luís, construído durante a invasão francesa no topo de uma colina à beira-mar. A construção inicial é de 1612, mas dela nada restou: o palácio foi reconstruído, ampliado e reformado muitas vezes.

Já subi muitas escadas hoje, mas esta aqui ganha em beleza. Ganha de longe!

Para minha alegria, há visitas guiadas, vai começar uma daqui a pouco. Mal posso esperar.

Estamos andando por uma das alas do palácio, apreciando móveis, quadros, esculturas, porcelanas e pratarias do acervo. E, muito mais importante, a arquitetura do local.

Cadeiras e mesas com aplicações de ouro e estilo do século XVI.

Os lustres? Cristal Baccarat!

Vejam só a beleza desta tapeçaria!

Não me canso de apreciar a habilidade que algumas pessoas têm para fazer trabalhos como os deste quadro que mostrei!

Quanto mais ando aqui dentro, mais me dou conto que este conjunto arquitetônico de 3.000 metros quadrados de área construída está bem à altura de vários palácios famosos na Europa.

Gostei muito daqueles vasos azuis, preciso vê-los mais de perto!

Quadro O Naufrágio, século XIX. É uma obra do pintor, escultor e restaurador carioca Eduardo de Sá, retrata a morte do escritor maranhense Gonçalves Dias .

Para encerrar, uma sala de reuniões e conferências.

Mercado Municipal

Depois de uma bela visita como esta, vou a uma mais tradicional. Alguém uma vez disse que para conhecer realmente uma cidade, você precisa visitar seu mercado municipal.

Pois então, é para o Mercado Municipal de São Luís que estou indo agora. Para minha alegria, as ruas até lá dão um show!

Cheguei ao Mercado.

Há muitos locais para almoçar por aqui. Ainda não seria uma boa hora para mim, mas tenho que aproveitar a oportunidade. Preciso experimentar a comida local.

Sentei em um dos balcões!

Meu pedido? Um cozidão típico!

Carne de boi, cebola, tomate, alho, coentro, batata-doce, macaxeira, abóbora, quiabo, jiló e vinagreira, uma planta típica. Ah, há o acompanhamento: arroz, feijão, farinha. E a cozinheira ainda perguntou se eu queria macarrão! Ufa!

Não gosto de quiabo, não gosto de jiló, mas adorei o prato. Comi tudo, com muito gosto!

Ceprama

Estômago cheio, próximo destino é um tipo de feira de artesanato maranhense.

O caminho sugerido pelo Google Maps me faz passar pela Praça do Trabalhador, aqui sim estou vendo São Luís de quem mora e trabalha na cidade.

Cheguei ao CepramaCentro de Produção de Artesanato do Maranhão.

Aqui funcionava a Companhia de Fiação e Tecelagem de Cânhamo. O prédio com 3 mil m² foi reformado e abriga quiosques que vendem esculturas, vasos, rendas, lembranças, artigos de casa e de vestuário, todos feitos pelos artesãos locais.

Achei o prédio lindo! Inspirado! É tudo muito bem montado! Mas não há clientes, a sensação que tenho é estarmos só eu e os feirantes. E olha que hoje é sábado!

É uma pena, o espaço é realmente lindo.

O local também é palco de festas famosas, como o Carnaval maranhense e o Bumba Meu Boi.

Olha só que inspirado o cenário!

Não consigo resistir! 🙂

Capela de São Pedro

Praticamente ao lado do Ceprama fica a Capela de São Pedro.

Nem estava em meus planos esta visita, mas a cobertura diferente da igreja chamou minha atenção e tive que vir aqui para ver melhor.

Vendo tudo muito deserto, nem dá para imaginar que o local é ponto de encontro de grupos de bumba meu boi. São mais de 100 grupos, milhares de pessoas entre fiéis e brincantes, que passam por aqui para pedir bençãos e agradecer ao santo padroeiro dos pescadores.

Daqui dá para ver também o Rio Bacanga.

De novo o Centro Histórico

Fiquei com a sensação de que ainda havia muito o que ver no Centro Histórico, então forcei minha caminhada para o próximo ponto a passar aqui novamente.

Eu estava certo, vejam esta viela. Eu não havia visto antes, estou gostando da experiência.

Outra coisa que não havia visto. Já comentei que o Mercado das Tulhas estava em reforma, eu só não havia me dado conta de que havia um mercado temporário.

Mais uma novidade neste retorno ao Centro Histórico, um pouco de arte de rua.

Ah, este aqui em frente é um ponto turístico conhecido, o Teatro Arthur Azevedo.

O teatro eu encontrei porque fazia parte de minha lista de pontos a visitar. Só que acabei encontrando um ponto inesperado, a Fonte do Ribeirão.

Para minha surpresa, a Wikipedia fala que este é um dos pontos turísticos mais conhecidos de São Luís. Construída em 1796, foi tombada em 1950. O local é ponto de encontro tradicional, recebe alguns espetáculos culturais de dança e apresentações musicais e – se não bastasse – tem algumas lendas curiosas.

A primeira fala de uma enorme serpente adormecida que cresce aos poucos no subsolo, sua cabeça fica na fonte do Ribeirão e sua cauda abaixo da igreja de São Pantaleão. Segundo a lenda, no dia em que a cabeça da criatura encontrar a cauda, o animal acordará e destruirá São Luís. Eu, hein?!?

Uma lenda mais plausível, ou talvez até história mesmo, afirma que os túneis abaixo da fonte teriam sido construídos para que os padres se locomovessem em segredo entre as igrejas da cidade. Além disso, tinham função estratégica de permitir a fuga no caso de uma invasão estrangeira ou revolta popular.

Uma simples fonte, muita história!

Ponte Governador José Sarney

Desde que cheguei em São Luís, tenho usado ônibus urbano. Da janela, vejo vários locais que parecem merecer uma visita. Vou então andar a pé por um dos trechos que vi hoje cedo.

Ainda não cheguei em um local que tenho em mente, mas estou gostando muito de conhecer as ruas desertas e antigas da região.

Pronto, cheguei na Ponto Governador José Sarney.

A ponte cruza o Rio Anil, eu gosto muito de passar por locais assim!

Olha só a ponta com o Palácio dos Leões.

Do outro lado, o Rio Anil desembocando na Baía de São Marcos e mais um trecho do litoral de São Luís.

Lagoa da Jansen

Depois de uma longa caminhada – 4 km a partir do Centro Histórico – chego a um local que sempre chamou minha atenção quando passava aqui de ônibus, a Lagoa da Jansen.

Ao contrário do que eu podia imaginar, esta não é uma lagoa natural. Foi construída artificialmente a partir de um mangue que aqui existia.

Estou achando bem bonito o local, vale uma panorâmica.

No entorno da lagoa, espremido entre o mar e a área urbana, há quadras poliesportivas, ciclovias e pistas para caminhada e corrida.

Preciso confessar, há um certo mau cheiro. Vejo na Wikipedia que a causa não está só nos esgotos – que existem e estão passando agora por tratamento – mas também pela matéria orgânica proveniente dos manguezais mortos.

Tomara que o problema seja resolvido, porque o local é bem bonito mesmo!

Forte Santo Antônio da Barra

Ufa, estou chegando no último ponto planejado para hoje, um forte!

A Wikipedia informa que o início desta fortificação é atribuída aos franceses durante os combates em 1614. O Forte de Santo Antônio da Barra foi tombado pelo IPHAN e hoje abriga o Museu de Embarcações Maranhenses.

Aqui também a visitas guiadas, um estudante está mostrando as obras expostas. Vejam que impressionante esta chamada Largo do Carmo, de Edson Mondego.  

Lembra algum pintor famoso? Pois é, eu lembrei do Van Gogh. O monitor disse que este pintor é conhecido como o Van Gogh maranhense.

Há outras obras igualmente admiráveis, faço questão de registrar.

Após mostrar todo o interior do forte, o monitor – muito atencioso – pergunta se quero dar uma volta na parte externa. Claro que sim, então ele me apresenta os canhões usados na época.

A visita termina, agradeço bastante a aula de história e simpatia.

Depois, aproveito para olhar a região a partir do Forte.

Vejam lá no fundo, bem distante, a Igreja da Sé.

Claro, sempre é bom olhar o Forte sob um outro ângulo.

Ponta do Espigão da Ponta d’Areia

Comentei há pouco que o Forte seria o último ponto programado para hoje. Para minha alegria, ainda resta um. E bem aqui ao lado! Vejam como promete ser uma ótima visita!

Esta estrutura é o Espigão Costeiro da Ponta d’Areia, feita para proteger a costa da ação das ondas do mar. Com 572 metros de comprimento e 8 metros de altura, este muro de contenção procura evitar o assoreamento da orla da praia da Ponta d’Areia.

A obra acabou virando também um ponto turístico, em minha opinião um dos pontos imperdíveis em São Luís. Além da vista maravilhosa e da sensação de entrar no mar caminhando, aqui há uma ótima infraestrutura de lazer. O Espigão recebe shows e faz parte das festas de São João e Carnaval.

O letreiro na entrada do Espigão mostra a vocação turística do local.

Estou entrando, sempre aproveitando para apreciar a paisagem ao redor.

Parece mesmo que estamos entrando no mar, caminhando!

Aqui no ponto mais extremo do Espigão, a sensação é única. De fato, estou mesmo dentro do mar!

Muito bom, gostei DEMAIS. Mas é hora de voltar!

Para encerrar bem o dia, nada como ter a chance de apreciar o poder da natureza. O Espigão foi feito para conter a areia, mas ela continua insistindo em passar por cima.

Vai conseguir? O futuro dirá!

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