Mai, 10 (26/29) – Bois de Vincennes, Promenade Plantée, Comédie-Française e as luzes da cidade-luz!

128Pirâmide do Louvre à noite

Estou chegando à reta final deste passeio em Paris, é o momento de organizar mais ainda os passeios. Quero visitar pontos “imperdíveis”! Mesmo que “imperdível” seja algo muito subjetivo (rs).

Neste espírito, vou ver hoje um dos grandes parques daqui, tido por alguns como uma visita obrigatória, Bois de Vincennes. Como o parque é grande, aproveito para fazer algo que estou com vontade desde que cheguei: usar uma das bicicletas do sistema público de Paris.

Havia lido alguns comentários desfavoráveis ao sistema de bicicletas daqui. O problema é que você precisa autorizar um lançamento de um valor alto – talvez 200 euros, não lembro mais – em seu cartão de crédito. É uma forma de forçar as pessoas a realmente devolverem a bicicleta. Se você devolver, o lançamento é devolvido em alguns dias. Dá um certo receio, mas fui em frente, eu precisava experimentar uma bicicleta pública aqui.

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Há muito espaço verde aqui, muita gente aproveitando para lazer, há até um lago e uma ilha, ile de Bercy.

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O fato, porém, é que não vi algo que chamasse tanto assim a atenção. É um grande parque, mas é só um parque. Vou embora, antes preciso entregar a bicicleta.

Acho o máximo a tecnologia. Baixei um aplicativo específico para o sistema de bicicletas daqui, o Velib. Ele localiza as estações mais próximas, vou então para estação 34. Não é mesmo tudo muito simples?

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Velib ainda deu uma dica, mostrou que estou ao lado do Musée de l’histoire de l’immigration. Não sou exatamente fã de museus, mas gosto de ver os prédios em que estão instalados. Vou dar uma passadinha em frente.

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Valeu a pena!

Próximo daqui há um ponto não muito visitado ou falado, mas que fiquei com vontade de conhecer porque parece uma espécie de High Line de Nova York. É o Promenade Plantée, um jardim suspenso de 4,5 km que – tal como em Nova York – aproveitou uma antiga passagem ferroviária.

Cheguei ao ponto em que imagino ser o início do jardim e começo a andar. É lindo!

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Tudo muito bonito, realmente, mas há algo estranho aqui. Eu pensava que o Promenade Plantée fosse uma passagens entre edifícios, não um caminho em um lugar com muitas árvores.

Confiro no Google Maps, estou no sentido errado, daqui a pouco chego de novo no Bois de Vincennes. Errei, o jeito é dar meia volta! Que bom, vou rever algumas coisas que gostei bastante!

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Pronto, estou de volta ao ponto de partida.

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Vou agora no sentido contrário. O início é promissor!

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 Como caminhamos em um local elevado, é fácil ver a cidade. De um lado…

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… e de outro.

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Embora quase sempre o que vale mesmo a pena é olhar para a frente…

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Que bonito! Guardada as devidas proporções, as duas fotos acima lembram a grande perspectiva do Palácio de Versalhes.

O passeio continua…

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Daqui de cima, é possível prestar atenção em detalhes que talvez ficassem despercebidos lá embaixo. Olha só a lateral deste prédio!

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Mais uma vez, fico dividido: não sei se olho para frente ou para os lados. Melhor olhar para tudo quanto é lado (rs).

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Se não bastasse tudo isso para olhar, gosto muito de olhar um mapa para saber exatamente em que ponto estou. Ainda bem que o Google Maps ajuda.

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Estou chegando ao final do passeio, nem parece que andei muito. Passou rápido, preciso de mais uma última foto dos arredores vistos aqui de cima.

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Por aqui existia antigamente uma estação ferroviárias, os trens chegavam através de um viaduto que foi preservado até hoje, Viaduc des Arts.

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Os arcos do viaduto foram fechados e abrigam hoje joalheiros, fabricantes de objetos de couro, de botões, de tapeçarias e outros mais. Que criatividade, que jeito de preservar a história e dar vida ao local. Estes franceses estão de parabéns!

Embora eu esteja sempre conferindo no Google Maps a posição em que estou, não havia percebido que vim parar quase na praça da Bastilha.

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Este tipo de surpresa assim é bom de vez em quando (rs). O melhor é já estive aqui, então sei exatamente em que ponto está o metrô, preciso pegá-lo para chegar rapidamente à próxima parada do dia: Comédie-Française.

Desta vez nem é para ver o teatro em si, mas uma peça mesmo. Comprei um ingresso ontem para ver hoje Lucrécia Bórgia, de Victor Hugo. Estou entusiasmadíssimo! E também preocupado, será que vou entender os atores falando francês? Vamos ver.

As pessoas vão aos poucos ocupando seus lugares.

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Enquanto a peça não começa, aproveito para apreciar o teatro, um dos mais famosos de Paris.

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É, não importa se é a Opéra ou a Comédie-Française, tudo é mesmo muito pomposo, tudo lembra a realeza que construiu estas salas.

Está quase na hora de começar, os lugares estão praticamente todos ocupados.

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Aproveito para dar uma última olhada nos detalhes da sala. Olha só este balcão.

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A peça começa!

Confesso que tive dificuldade para entender muita coisa. Como o francês não é minha língua natal, como não tenho – ainda 🙂 – a fluência adequada, preciso prestar atenção em cada palavra dita, não posso ter um segundo de distração.

O problema é que distrações não faltam: as pessoas ao meu lado chamam minha atenção, algo que acontece no palco longe da cena principal me distrai, meus pensamentos me distraem. Resultado, é um pouco difícil de entender tudo o que está acontecendo na peça.

Felizmente fiz minha lição de casa, sei do que se trata a peça da Lucrécia Bórgia. Juntando este conhecimento prévio do espetáculo e um pouco de meu francês, acredito que entendi uns 70% de tudo o que aconteceu. É um resultado excelente.

Por falar em resultado, todo mundo gostou muito da peça. Os atores já estão voltando pela quarta vez ao palco para agradecer as palmas.

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Emocionante!

Fim da peça, todos estão indo embora. Eu fico mais um pouco, aproveito para fotografar o palco agora de uma posição mais central.

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Aproveito também para passear nas demais dependências do teatro.

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Foi uma boa escolha a peça! Do lado de fora, um show de artistas independentes. Ontem foi uma banda de jazz, hoje é um conjunto mais tradicional. Tradicional e muito bom!

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Esta região em que estou é de uma beleza incrível. Se não bastasse os edifícios, até os jatos riscam o céu!

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O dia hoje está muito bonito, eu preciso aproveitar. Vou pegar andar de bicicleta novamente.

Preciso antes contar como o serviço público aqui é eficiente. Como aluguei uma bicicleta hoje de manhã, tive que pagar a taxa diária, tenho direito agora a novos passeios sem qualquer outra taxa – desde que cada um deles não passe de meia-hora. O problema é que eu precisava ter impresso o número de meu cupom diário, eu não sabia e não imprimi.

Pois então, aí é que está a eficiência. Liguei para o atendimento ao cliente e eles encontraram meu cupom, bastou eu dar o número do cartão de crédito que usei. Melhor ainda, a moça que me atendeu foi de uma simpatia impressionante. Viva Paris!

Fui a vários lugares com a bicicleta, mas veja só que lugar escolhi para tirar mais uma foto :-).

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Eu iria continuar aproveitando a bicicleta mais um pouco, mas meu celular está tocando. É o Loïc, o dono da casa em que estou hospedado. Ele sugere que eu vá me despedir da Pérel.

Esta é uma outra história que preciso contar aqui. Na casa do Loïc estavam também a Christelle e sua filha Pérel. A menininha foi com minha cara (rs), eu chegava em casa e ela já pulava em meus braços. É muito bom estar longe de casa, do Brasil, e ser recebido assim por uma criança na França.

Crhistelle e a Pérel estavam indo embora, eu precisava me despedir. Devolvi a bicicleta e fui correndo para a casa do Loïc.

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Para aproveitar nossa última noite, o Loïc convida para jantar em um restaurante francês. Que bom, aceito na hora!

Olha aí a Cristelle, de novo a Pérel

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… e a sobremesa (rs). 

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Como se tudo isso não bastasse, vamos ver agora a Torre Eiffel iluminada!

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Enquanto apreciamos o espetáculo de luzes, ouço um som conhecido. Vamos ver.

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Inacreditável, é forró. A foto acima mostra um grupo de brasileiros dançando nosso legítimo forró.

Cheguei perto de uma pessoa que parecia o líder do grupo, ou o professor. Pernambucano, ele me explicou que está há alguns anos em Paris e um de seus objetivos é fazer todo mundo aprender a dançar como ele. Tomara!

Para encerrar a noite, mais um ponto iluminado, a Pirâmide do Louvre.

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Que noite!

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