Gendarmenmarkt vista do alto das escadarias que levam à Konzerthaus Berlin
Está na hora, vamos ao passeio diário! Engraçado eu andar pela cidade inteira em busca de pontos turísticos e não olhar a meu redor. Quando comentei com a Gabi sobre o jardim que vi ontem, Prinzessinengarten, ela disse que há um a duas quadras da casa em que estou.
Vou ver, aproveito e fotografo a Feste Burg Berlin, Gemeinde Gottes KdöR, uma igreja evangélica bem no caminho.
Hoje meu plano é olhar com calma a Unter den Linden, uma das ruas mais famosas de Berlim . Começa na Schlossbrücke, ponte que passa por um braço do Rio Spree, e termina no Portão de Brandemburgo. Já passei pela rua outro dia, mas foi sem querer, quero agora entender melhor o local.
O Google Maps confirma que este é o local certo. Em cima da ponte, os camelôs tentam tirar dinheiro de turistas com seus jogos de adivinhação.
A ponte em si já é uma atração…
… tanto na estrutura lateral…
… quanto nas estátuas em seus postes.
Como este é dos lugares mais procurados pelos turistas, era de se esperar um movimento enorme por aqui.
Nem dei destaque para estas duas fotos acima da Catedral de Berlim, terei um dia especial para visitá-la em breve.
A prioridade hoje é a Unter den Linden, vou em direção ao Portão de Brandemburgo. À minha esquerda, algo que já justifica minha decisão.
É o Kronprinzenpalais, Palácio do Príncipe herdeiro. Totalmente destruído na Segunda Guerra, foi reconstruído em 1968 e hoje abriga exposições e eventos culturais. De fato, até agora vemos os sinais de obras.
Aliás, por falar em obras, o cuidado com o turista aqui é impressionante. Até os tapumes contam a história do lugar e o que são exatamente estes trabalhos de reconstrução.
Do outro lado da rua, um prédio ainda mais impressionante. Peço ajuda do TripAdvisor, é o Museu Histórico Alemão.
Preciso chegar perto. De fato, preciso entrar neste lugar, vou atravessar a rua.
Este prédio, Zeughaus, é o mais antigo da Unter den Linden, foi construído entre 1695 e 1706 para ser usado como arsenal. Belo arsenal!
O interior é ainda mais belo, como eu esperava :-).
Já do lado de fora, ver a lateral do prédio dá uma dimensão ainda melhor de seu tamanho.
Unter den Linden significa embaixo das tílias. Procurei em vários sites e todos traduzem lindem como tílias, eu nunca ouvi falar destas árvores. De qualquer forma, há uma praça aqui ao lado que mostra uma série de árvores, pelas imagens que vi na internet talvez estas sejam as tais tílias.
Ainda desde mesmo lado da rua, à direita de quem vai para o Portão de Brandemburgo, encontro a Neue Wache (Nova Casa da Guarda), um prédio menor ao lado do Zeughaus. Construído entre 1816 e 1818, funcionava como casa dos guardas reais. A partir de 1931 passou a ser um memorial em homenagem às vítimas da guerra.
Vi na internet que é um belo exemplo da arquitetura neoclássica, além de ser também considerada por muitos uma obra-prima de Karl Friedrich Schinkel, o arquiteto que a desenhou.
Vamos entrar para ver.
A placa informa que aqui é o Memorial Central da República Federal da Alemanha para as Vítimas da Guerra e da Tirania. No interior, uma única escultura de uma mãe com seu filho morto no colo e no chão há a frase Às vítimas da guerra e da tirania.
Esta rua é cheia de surpresas. Andei alguns metros e já estou na Universidade Humboldt.
Mais antiga das universidades de Berlim, foi fundada em 1810 pelo cientista Wilhelm von Humboldt e funciona hoje no antigo palácio do príncipe Heinrich da Prússia.
Palácio é pouco, isso aqui é um castelo. Em minha frente um corredor com alunos ilustres.
Estiveram por aqui também Karl Marx, Friedrich Engels e Otto von Birsmarck. Ao todo, os alunos ganharam 29 prêmios Nobel. Uau!
Uma última olhada, agora um belo pátio interno.
Atravessando a rua mais uma vez – é muita coisa para ver, é um tal de ir para lá e para cá o tempo todo – chego na Bebelplatz.
Antigamente Praça da Ópera, já que também estou ao lado da casa de ópera, é uma praça de tristes memórias. Aqui, em 1933, os nazistas e seus simpatizantes queimaram livros de autores considerados como não-alemães, entre eles Sigmund Freud e Karl Marx. Tanto que há uma placa de vidro, abaixo dela uma sala subterrânea com estantes de livros vazias.
Li em algum lugar que anualmente os estudantes da Humboldt promovem uma grande feira de livros aqui, sempre no dia em que houve a queima. É para relembrar a data, uma forma de nunca mais repetir a tragédia.
Ainda na praça, lado oposto à Unter den Linden, aparece um hotel bem suntuoso, Hotel de Rome.
À esquerda do hotel, não há como não ver a Igreja de Santa Hedwig e sua enorme cúpula. Esta foi a primeira igreja católica construída na Prússia após a Reforma Protestante.
Voltando à Bebelplatz, estou agora em frente à Alte Bibliothek, Biblioteca Antiga, hoje abrigando a Faculdade de Direito da Universidade Humboldt.
Por último, ainda nesta mesma praça, bem em frente à Universidade Humboldt, a Staatsoper Unter den Linden ou Ópera de Berlim. É a casa de ópera mais antiga de Berlim, mas … está em reforma. Felizmente o tapume é bem informativo, dá uma aula do que está sendo feito.
Contornando a Universidade Humboldt e voltando à Under den Linden, vejo que há uma porta lateral para esta antiga biblioteca que hoje é a universidade. Vou entrar só para sentir o prédio.
Valeu ou não ter entrado? Gostei MUITO!
Volto para a rua e dou de cara com a estátua em homenagem ao rei prussiano Friedrich O Grande (Friedrich II).
Neste ponto a Unter den Linden fica mais larga, com duas pistas e um belo canteiro central repleto de Linden, eu acho, que são as tais Tílias no Brasil. E que eu nunca ouvi falar…até agora!
De uma certa forma, terminamos aqui de ver os prédios que merecem descrições mais específicas na rua. Isso não quer dizer que terminou a beleza, muito pelo contrário.
Estou agora nas ruas ao redor, a beleza continua.
Acabo chegando na Gendarmenmarkt, um exagero de lugar bonito.
Esta praça foi construída no final do século XVII, muitos a consideram uma das mais belas praças de Berlim. Li em algum site, lembra as famosas piazzas italianas.
É muita coisa para ver aqui, vou começar com a Catedral Francesa.
Ela tem uma enorme cúpula, vou ver se dá para subir.
Dá sim, é só pagar uma módica quantia de 3 euros. Bem, considerando o valor do euro, nem é tão módica assim, mas parece valer a pena. Vamos lá!
Já valeu, nunca havia visto de perto o sino de uma igreja.
Além disso, a visão aqui do alto, tanto do interior da igreja…
…quanto do exterior, valem a escadaria toda.
Para para comentário modesto. Esta foto acima ficou muito, muito bonita.
Da janela, eu e as estátuas no alto da igreja observamos a praça.
Valeu, hora de descer.
Bem no maio da praça uma manifestação, em uma das faixas eu leio Global march against geoengineering and chemtrails.
Procuro na internet e vejo tratar-se de um movimento contra a intervenção deliberada e em grande escala no sistema climático da Terra. O site oficial do movimento tem uma figura bem forte.
Nossa, assunto para eu ler depois com mais calma. Para quem quiser, clique aqui para acessar o site.
Antes de continuar, preciso espairecer um pouco. Vou descer na estação de metrô aqui ao lado, Hausvogteiplatz.
Nem a estação de metrô escapou da beleza da região, foi a mais bonita que vi até agora.
Vamos voltar à Gendarmenmarkt, vamos ver agora o prédio central, Konzerthaus Berlin, Conservatório de Berlim.
No alto da escadaria, que acabei de subir, consigo ver…
…a igreja que visitei, à esquerda…
… e à minha direita, o que parece ser outra igreja, que visitarei em seguida.
Vamos então visitar o prédio à direita. Antes, mais uma foto da Konzerthaus Berlin e de uma das estátuas no topo.
Logo na entrada, os detalhes já impressionam.
Aqui não é uma igreja, como eu pensava, mas um local de exposições patrocinado pelo governo alemão. Apesar do nome, Deutscher Dom, me levar a pensar que é mesmo uma igreja.
Se a entrada já me deixa contente, a próxima informação é ainda melhor: a entrada é gratuita. Nem é pelo dinheiro, mas achei um roubo cobrarem 3 euros só para subir na escadaria da igreja do outro lado. Nem havia qualquer funcionário para alguma orientação ou alguma facilidade para o turista. Fiquei jogado lá , eu e os outros turistas.
Aqui não, parece que há muita gente para orientar. E todos muito sorridentes. Vamos subir!
Que maravilha de espaço!
Aqui também há estátuas olhando lá fora, além de passagens estreitas, tal como no outro prédio.
Por falar na semelhança entre os dois prédios das laterais da Gendarmenmarkt, muitos os chamam de torres gêmeas.
Mais uma última olhada na praça…
… para em seguida chegar a uma loja de chocolates, Fassbender & Rausch.
O prédio é bonito, faço minha selfie diária e entro.
Um paraíso para os chocólatras.
Virando a próxima esquina, encontro a Galeries Lafayette, a grande loja de Paris que tem a KaDeWe como concorrente aqui em Berlim.
De fato, esta quadra está cheia de prédios brilhantes e com ares modernos. Esta próxima está na do outro lado da esquina.
Para termos uma ideia do tamanho da Galeries Lafayette, melhor uma foto mais distante.
Preciso entrar na loja, ver se é igual à que vi quando estive na França.
Igualzinha à loja mãe em Paris. Cá entre nós, muito mais bonita que a KaDeWe, mas – dou o braço a torcer – muito menor. Só que de charme ganha de longe. A escada rolante relembrando uma entrada de metrô na capital francesa, Metropolitain, é curiosa. Vou descer.
Este é o andar de produtos alimentícios, também de restaurantes da loja. Igual à de Paris, igual à KaDeWe. Só que na KaDeWe este espaço fica no último andar, com vista para Berlim.
Vejo que no fundo da loja tem uma porta que dá para um belo de um corredor, preciso ver o que é.
Como diz a Sirlei, “que lindo, Nando”!
Estou saindo da Galeries Lafayette, nem vi a loja ainda. Tudo bem, daqui a pouco eu volto. Preciso ver onde vai dar este corredor.
Que lugar extremamente bonito! Terminei em outro prédio de lojas de alto padrão.
Além disso, este extremo do corredor que estou é saída para a Charlottenstrasse. Devo estar exatamente abaixo daquele prédio bonito que fotografei há pouco ao lado da Galeries Lafayette.
Bom, melhor voltar.
Olha só, vejo algo que não havia percebido na vinda, uma loja de chá que vende com sabor caipirinha.
O anúncio diz que o chá tem o sabor dos famosos coquetéis brasileiros. Brasil-sil-sil!
Esta outra quadra que vi há pouco tem nome, Quartier 206. Que é o nome de mais uma grande loja de departamentos. Estas confortáveis cadeiras nem são só para clientes, qualquer pessoa exausta (rs) pode aproveitá-las. Até porque há alguém tocando um piano aqui… Bom, eu não sentarei, vou andar mais.
Voltei à Galeries Lafayette. Dá para acreditar que até supermercado tem a loja?
Também há uma ampla variedade de vinhos.
E muito brilho.
Até o elevador é brilhante!
Uma das características da loja em Paris, e que se repete aqui, é uma espécie de funil envidraçado no centro da loja, é possível ver todos os andares. As fotos acima mostraram isso. Pois então, há um espaço para crianças com miniatura da loja.
Bom, vamos caminhando, hora de sair e ir para casa. Foram quase 8 horas de passeio hoje.
Os prédios no caminho continuam impressionando…
Olha só que criativo o tapume de uma obra do metrô.
Vejo mais um dos Höf de Berlim. Não resisto, entro!
Olha só a parede do corredor de entrada.
E o desenho mostra que o Höf vai de uma rua à outra.
Fazia tempo que estava com vontade de tomar sorvete, mesmo fazendo muito frio. Além disso, tenho sempre experimentado um em minhas viagens.
Para terminar, duas curiosidades e duas alegrias. As curiosidades, as ruas aqui não são tão limpas como pensamos…
… e encontrei mexerica no supermercado. Só que aqui o nome é Clementine.
As duas alegrias. A primeira, chego em casa e falo com a Cecília pelo FaceTime; a segunda, ela mostra a Victória. Um momento para matar a saudade – mesmo que superficialmente – de casa.
Até amanhã!
Ah, estou fazendo uma mudança no mapa de encerramento de cada dia de visita. Em vez de uma visão mais ampla, com pontos encavalados, estou optando por uma visão mais focada apenas na região que visito no dia – e arredores. Assim é possível ter uma ideia mais precisa de locais.
Belo passeio!!!!
Os prédios de Berlim são maravilhosos!!!! Tudo muuuito lindo!!!
Já começam a faltar palavras…
Belo sorvete…
Bom passeio e continue se divertindo!
Bjsssssssssss
Parece até estranho sorvete no frio, mas eu estava com uma vontade… O sabor? Café!
Esqueci de falar da universidade, que coisa mais linda!!!!
Bjsssss
Lembrei de uma cidade de Santa Catarina que chama Treze Tílias, passei por ela uma vez, há muito tempo.
Ah! infelizmente, tem gente porquinha no mundo inteiro; menos mau pois achei que era coisa de brasileiro. kkkkk
Minha Tia Elisa entrou no WhatsApp outro dia só para me dizer que ela já havia viajado para Treze Tílias. E agora você também fala da cidade. Eu nunca havia ouvido falar – nem da cidade e nem do nome “tílias”. Vivendo e aprendendo.
A Berlim real, aquela longe dos turistas, não é mesmo muito limpa não. Pelo menos os bairros mais populosos, porque já conheci outros afastados que são extremamente limpos.