Legiendamm, um grande corredor arborizado que leva à Michaelkircheplatz e à St. Michael’s Church
Voltando ontem para a casa em que estou, de metrô, tive tempo de olhar o aplicativo Tripomatic, que aponta os pontos de interesse em Berlim. Vi que às sextas-feiras acontece o Mercado Turco, uma feira que transforma a rua Maybachufer, distrito de Kreuzberg. É um lugar frequentado pelos berlinenses para suas compras semanais e por todos – turistas e berlinenses – para uma boa comida turca. É para lá que vou.
Desço do ônibus e vejo este prédio. Parece bonito, será que dá para entrar.
Nada de mais, talvez uma antiga fábrica, agora um local de atividades culturais. Aliás, parece que muitos lugares são assim aqui em Berlim, renovados e transformados em locais de cultura. Outro bom exemplo.
Chego na rua Maybachufer, bem ao lado do Landwehrkanal. Já havia passado por este canal outro dia, agora o ponto é diferente – e MUITO mais bonito!
Já pensou morar em um destes apartamentos?
Embora parte desta feira turca seja parecida com as nossas no Brasil, com barracas vendendo frutas, legumes e peixes, há também muitas barracas de comida. Parece que muitos frequentadores estão aqui para saborear uma boa comida turca.
Já é quase meio-dia – eu começo o dia tarde aqui, não só por causa do frio, mas porque a maior parte dos lugares só abre depois das 10h – vou comer algo. Depois de passar por algumas barracas, fico interessada em uns palitinhos que todo mundo está comprando.
Pelo que consegui entender, o recheio é de queijo branco talhado, depois de uma semana na geladeira – este processo é o tal Feta-Art escrito na placa.
Hmmm, muito saboroso.
Além das frutas e comidas, a feira também tem muita roupa e tecidos para vender. Esta foto abaixo mostra algum tipo de tecido branco na barraca ao fundo.
Depois de ver tanta gente comendo, parece que a fome aumenta. Vou parar nesta outra barraca cheia de gente.
Este salgado turco da foto acima é o Gözleme. É feito de uma massa fina como de panqueca e que fica meio crocante, com vários recheios. O meu é de espinafre, o que as pessoas mais estão pedindo aqui ao lado.
Fim de feira! Vou aproveitar para conhecer Kreuzberg. Tenho lido muito coisa a respeito daqui, o passeio deve valer a pena.
Ruas tranquilas, arborizadas, até que chego em Kottbusser Tor, uma grande estação de metrô que as pessoas chamam carinhosamente de Kotti.
Preciso contar um caso. Do outro lado do Kottbusser Tor, há uma área com bares, lojas e muito movimento. Para entender melhor o lugar, comecei a pesquisar em meu celular quando encontro a página da foto abaixo à direita.
O texto fala que este é um lugar de reputação ruim, ligado à drogas, coisa que não existe no resto do bairro. Eu, hein, vou embora daqui rapidinho.
A região ao redor é interessante. Vibrante em alguns lugares…
… e extremamente tranquilas em outros.
Meu próximo objetivo agora é Kunstquartier Bethanien, a meca da arte alternativa. Não busco exatamente a arte, mas o local em que as exposições acontecem.
Cheguei no parque em que acontecem as exibições, Mariannenplatz.
Já estou me aproximado do local, antes um prédio bem antigo, tenho que chegar perto.
É um lugar que desenvolve trabalhos sociais com jovens. Melhor não entrar, acho que seria invasivo demais.
Cheguei no Kunstquartier Bethanien.
Preciso falar o motivo para procurar este lugar? Vamos entrar, claro!
Este corredor leva a uma das exposições. Veja só o detalhe nas paredes.
Esta exposição é abstrata demais para meu gosto, se bem que fiquei parado em algumas obras que me chamaram mais a atenção.
O local todo é bem artístico.
Está tudo muito bonito aqui, mas é melhor continuar o passeio.
Bem aqui ao lado está a St. Thomas-Kirche, a foto torta é influência das artes abstratas que acabei de ver (rs).
Vamos a outro caso. Na frente da igreja há uma passagem interditada para carros…
…chegou uma van e ficou parada em frente. Fiquei pensando se o motorista não havia percebido que não dava para entrar. Pois então, ele falou com alguém no interfone ao lado (alto da foto) e a estaca central desceu. Pronto, o carro passou. É uma estaca móvel, pela própria foto dá para ver que ela é bem diferente das outras. Estes alemães são bem criativos.
Vamos continuar o passeio por Kreuzberg.
Vi no TripAdvisor que aqui perto há o Markthalle Neun, um mercado gastronômico. Ah, tenho que ver!
Lindo o mercado, com comidas turcas – claro – mexicanas, alemãs, italianas e outras mais. Eu já havia comido na feira turca, mas não resisto e compro uma fogazza. Como sentado nestes bancos da foto acima.
Na saída, mais uma igreja, Evangelische Kirchengemeinde Emmaus-Ölberg. Minha mulher Cecília comentou comigo no FaceTime, como há igrejas em Berlim.
Interessante é que a igreja está fechada, mas o café da igreja está aberto (Das Café ist geöffnet). Lógico, é preciso pagar a manutenção de tudo!
Estou perto do Görlitzer Park, o parque favorito dos moradores da região no verão (li não sei em que lugar … rs). Pela entrada, com bares e pessoas tomando sol, dá para ver que o pessoal vem para cá na primavera também.
A última foto mostra um bar bem movimentado no parque.
Na saída do parque, atrás da Evangelische Kirchengemeinde Emmaus-Ölberg, eu não havia percebido, lá estava ela … a Fernsehturm.
Uma das ruas mais movimentadas aqui é a Oranienstrasse, peço ajuda do Google Maps e chego rapidamente.
Uma rua bem diferente, com muita arte nas paredes e lojas.
Aqui também há muita música, livros e histórias em quadrinhos. Vou entrar em uma livraria.
Há alguns dias vi Hackesche Höfe, várias quadras formando um único conjunto. Agora estou percebendo que Hof é Quadra em alemão, há várias na cidade.
A entrada desta quadra é bem caprichada, no interior há escritórios, consultórios e várias atividades comerciais.
Continuando o passeio na Oranienstrasse …
… chego até meu próximo objetivo, Prinzessinengarten.
Este é um espaço bem interessante, uma grande novidade para nós no Brasil. É uma área comunitária, de fato um dos maiores e mais bem sucedidos projetos de jardinagem urbana na Alemanha.
Aqui você pode ter seu espaço e cultivar seus produtos com fins sociais e ecológicos. Como não poderia deixar de ser, há também bares e lanchonetes com muita coisa feita a partir dos produtos do próprio jardim. Um lugar bem diferente!
Bem em frente, a Design Akademie Berlin.
Enquanto vinha para cá, passeio por uma rua com um largo corredor central. Fiquei curioso, vou voltar para ver o que é.
Pesquiso no Google Maps o tamanho deste corredor, vejo que é bem grande, vai terminar na Michaelkircheplatz, que por sua vez vez abriga mais uma igreja, St. Michael’s Church. Às vezes o Google Maps traz a informação em inglês, às vezes em alemão, vai entender!
Vejo tela do celular que há um grande lago também, vale a pena ver.
Nossa, que bom que resolvi ver, nem estou acreditando. Parece até uma réplica dos Jardins de Versalhes que visitei no ano passado. Incrível! Lindo! Estou no Luisenstädtischer Kanal.
Já pensou morar em um destes prédios? E olha só o lago, vem todo mundo tomar sol aqui.
Estamos aqui na fronteira entre dois distritos de Berlim, Kreuzberg e Mitte. Para entender estes distritos, pesquiso e vejo que há 12 distritos na cidade. Neste momento estou naquele bem no meio da figura abaixo.
Quero ver se até o final de minha estadia aqui passo por todos eles.
A St. Michael’s Church também impressiona. Bem no topo o Anjo Gabriel.
A igreja está fechada, abre às 18h, faltam alguns minutos. Vou esperar. Enquanto isso, leio em um blog (http://blog.fit2014.org/2014/03/cafe-am-engelbecken/) algo muito, muito interessante. Se sentarmos em uma mesa no café que fica bem aqui na ponta do lago e olharmos os prédios, teremos uma ótima noção do que era a antiga divisão de Berlim. Sim, porque aqui passa exatamente a linha divisória.
Os prédios à esquerda do lago olhando daqui do café são anteriores à guerra e sobreviveram em Berlim Ocidental.
Os apartamentos pré-fabricados têm o estilo que se espalhou em Berlim Oriental. Então, completa o blog, mesmo que o muro não esteja mais aqui, é possível sentir que Berlim era de fato duas cidades. Que aula prática de história!
Para voltar ao momento presente, olha o que me espreita ao longe … mesmo aqui em outro lugar da cidade!
A Fernsehturm é mesmo a grande irmã.
A igreja abriu, mas o interior é bem simples. Claro, a parte externa mostra uma igreja que deve ter sido muito destruída na guerra. Provavelmente foi possível restaurar o exterior e ter uma igreja bem menor onde hoje acontecem as missas.
Por hoje chega, vou fazer algo que gosto muito: voltar para casa de ônibus. Olha só como aqui tudo é muito sofisticado, funcional e eficaz. Os ônibus têm telas que mostram a parada atual, as próximas, e o motorista – no caso deste ônibus em que estou é uma motorista – tem um monitor para acompanhar os passageiros. Coisas de primeiro mundo.
Temos no Brasil muito chão pela frente. Vamos trabalhar! Até amanhã!
Amei esta feirinha turca!!!! Além de batatas posso comer o palitinho de queijo…rsrsrs..
Tudo muito lindo, os jardins, as ruas, os prédios, o rio , tudo !
A foto abstrata ficou legal….rsrsrsrs…
Bom passeio e curta bem este frio maravilhoso, porque aqui , estamos no inferno!!!
Beijossssssss
Fiquei admirando a foto abstrata muito tempo, gostei bastante dela. Já o frio…ah, esse bem que podia ir embora! Bjs
Mais um dia, lugares lindos. Adorei os jardins! Vou continuar viajando. rsrsrs
Os jardins aqui são de fato muito, muito bonitos.