Interior da Corte dos Magistrados, Amtsgericht Mitte

Ontem estive bem ao lado do famoso Checkpoint Charlie, um dos pontos turísticos mais comentados de Berlim. Só que eu já estava cansado depois de quase 8 horas de caminhada, preferi descansar primeiro para ver o local com a calma merecida.

Aqui estou eu hoje.

Esta placa é uma réplica da existente na época do Muro, o Checkpoint Charlie era o local em que algumas pessoas autorizadas podiam passar pelo Muro.

O local é muito bem cuidado hoje, há várias explicações, fotos e referências históricas sobre este ponto. Uma das fotos mostra o Checkpoint Charlie na época do Muro.

Entendo, respeito e reforço a importância história do Checkpoint Charlie, mas confesso que fiquei um pouco frustrado: é só isso que há para ver? É, só isso. Pouco, fisicamente; muito, historicamente.

Fico muito mais entusiasmado vendo prédios mais interessantes, como este em que está o Museu do Muro.

Está quase na hora da única atividade com horário marcado que tenho para hoje. Vi na internet que a St. Matthäus-Kirche oferece orações ao som de órgão às 12h30. Já ouvi falar muito bem dos sons dos órgãos das igrejas de Berlim, então este é o programa com hora marcada. Vou pegar um ônibus para chegar até lá, são apenas 20 minutos.

Já estive aqui antes, foi no dia em que pela primeira vez o local em que a Berliner Philharmonie faz seus concertos. A igreja estava fechada, hoje consegui entrar.

Bonita por fora, despojada por dentro. Perguntei, em inglês, para a pessoa responsável se haveria mesmo um concerto daqui a pouco. Ela não só confirmou, como disse ser a pregadora e deu boas vindas.

Foi interessante e acolhedor. Na hora da cerimônia ela agradeceu a presença de todos – em alemão – e, olhando diretamente para mim, a minha – em inglês. Em mais uma prova de acolhimento e hospitalidade, ao final ela se aproximou, perguntou se eu gostei – eu disse que havia gostado muito – e desejou uma ótima estadia em Berlim.

A igreja fica ao lado do Kulturforum, que abriga uma série de exposições e atividades. Não vou às exposições, quero apenas conhecer o prédio.

Gigantesco!

Daqui é possível uma boa visão da Berliner Philharmonie e do Sony Center mais atrás, situado ao lado da Postdamer Platz.

Estou com fome, vou almoçar no Shopping Arkaden, fica bem aqui ao lado.

Entro, está lotado. Filas várias e nenhum lugara para sentar. Já que tenho outros planos perto da Alexanderplatz, vou almoçar por lá. O Shopping Alexxa tem um restaurante chinês que gosto muito, não quero comer salsicha ou linguiça hoje (rs).

Morrendo de fome, já nos arredores da Alexanderplatz, não consigo evitar as fotos interessantes.

Este último prédio parece bonito demais, peço ajuda ao Google Maps: Amtsgericht Mitte. É a corte dos magistrados. Será que é possível visitar?

É, desde que eu não suba as escadas, informa o funcionário no balcão de informações. Então, vamos lá!

Nossa! E eu vou lá querer subir as escadas? Quero mais é aproveitar a vista daqui.

Agora sim, posso almoçar satisfeito.

Depois do belo almoço, passeando na região, encontro mais um grupo de brasileiros. Claro, aproveito para pedir mais uma foto. E esta o brasileiro caprichou no enquadramento!

Minha amiga Angela comentou outro dia no Facebook ter comprado um livro na Nikolaiviertel. Eu não lembrava de um local de livros antigos lá, voltei hoje para procurar.

Não encontrei, o que mais se aproxima de um possível lugar de venda de livros antigos é o Museum Kmoblauchhaus. Apenas fotografo, não entro, nem tenho certeza se foi aqui que ela encontrou o livro.

Vou andar um pouco pela região.

Ao atravessar a rua para pegar um ônibus até o próximo local, um prédio chama minha atenção. Preciso ver mais de perto, depois pego o ônibus!

Para uma ideia do tamanho deste prédio, olha a foto abaixo. Bem lá no fundo há um carro, minúsculo em relação a esta construção.

É o Altes Stadthaus. Foi construído entre 1902 e 1911 como uma extensão à Prefeitura, que estava ficando pequena. Perguntei a um policial na rua se eu poderia entrar no prédio, ele foi taxativo: “Nein!”

De repente, uma moça (senhora?) sorridente chega perto de mim, sorrindo como se me conhecesse, abre um mapa e pergunta – em inglês – como ela faria para chegar na  Bernauer Strasse. É a rua em que todos vão, é lá que fica um ótimo memorial do Muro, eu fui há alguns dias.

Difícil explicar como ir, então abri meu Google Maps, escrevi o nome da rua e mostrei a linha de metrô mais adequada. Ela agradeceu e eu perguntei de onde ela era. Com um forte sotaque, ela respondeu:

– Purrrtugal!

Pronto, comecei a rir. E já fui logo falando português com ela. E nós dois tentando gastar nosso inglês. Mundo pequeno este, não?

Bom, foi só a Maria João – claro que eu perguntei o nome dela – ir embora para eu me dar conta que estava bem ao lado da livraria em que a Angela comprou um livro antigo na Nikolai Viertel.

A livraria fica bem perto do Altes Stadthaus, que vi há pouco. Tanto que ele até aparece na vitrine da livraria.

Não consigo chegar no ponto de ônibus, sempre há algo a fotografar.

Olha só o que encontrei? Alguns dias atrás fui a uma loja Ampelmann, aquela dos bonequinhos verdes e vermelhos dos sinais de trânsito. Eles não existem em todos os lugares, mas hoje finalmente encontrei.

Na maioria dos cruzamentos, os bonequinhos são homenzinhos simples, mais estilizados, e não estes Ampelmann.

Mais um prédio a fotografar …

… finalmente pego o ônibus e chego a meu próximo destino, Brasil!

Pois é, este é o Café do Brasil. Fica na Dudenstraße 2, em frente Platz der Luftbrücke e ao antigo aeroporto de Tempelhofer, que se não me engano virou um parque enorme. Outro dia vou visitar, hoje já está tarde e ameaçando chover forte.

O brasileiro aqui está com tudo, olha a divulgação de brunch com comidas brasileiras todo primeiro domingo de cada mês.

Este é o distrito de Kreuzberg, vou dar um passeio rápido.

Bem ao lado do Café do Brasil, um prédio imponente.

Uma placa na frente informa que este imóvel está ligado ao departamento de águas da cidade.

À frente, a Platz der Luftbrücke.

Este monumento é uma cascata, pena que está sem água hoje.

Bom, vamos embora para casa, acho que vai chover.

A estação do metrô aqui também é bonita. Estou na linha U6, que me leva em 20 minutos para a casa em que estou. Até amanhã!

Ah, hoje o mapa de encerramento do post está mais limpo porque o Café do Brasil me levou para uma parte de Berlim que eu ainda não havia visitado muito. Pretendo voltar mais na região.