Abril, 28 (13/28) – Neues Museum, Alte National-Galerie e Pergamonmuseu

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Corredor do Neues Museum

Meu amigo Braga insiste que a Nerfetiti é imperdível, ela está no Neues Museum. É para lá que vou hoje.

Acabei de sair do ônibus, estou esperando o trem e aproveitando para fotografar. Aqui, além da eterna companhia da Fernsehturm, registro um daqueles prédios bonitos de Berlim e confiro no totem se estou no ponto certo.

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Como o seguro morreu de velho – esta expressão me fez lembrar do Caê – confiro mais uma vez no Google Maps..

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O ônibus chega.

Fico impressionado com a qualidade do transporte público aqui, há muitas linhas disponíveis para todos os lugares. E com muita frequência. Olha só que conforto este trem, estou sentado e praticamente sozinho.

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Neues Museum fica na MuseuminselIlha dos Museus. O nome tem explicação, estou agora em uma ilha bem no meio da cidade, às margens do Rio Spree e em um braço chamado Kupfergraben. Há  cinco museus aqui. Para quem gosta, é um paraíso (rs).

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Isso aqui não é uma ilha, é um paraíso de beleza.

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Que sensação caminhar por este corredor até chegar ao caixa.

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Na hora comprar o ingresso, um dilema…que virou uma oportunidade. Para entrar em cada um dos cinco museus da ilha, o valor é de 12 euros. Ou há um ingresso único para todos os museus, valor de 18 euros. Olhando mais para baixo na lista de opções no caixa, por 24 euros você pode visitar em três dias consecutivos a grande parte dos museus de Berlim. Eu não sou tão fã de museus, mas vou aproveitar a oportunidade, vou comprar o Museumspass Berlin.

Nestes próximos três dias, o blog só falará de museus (rs). A expectativa para entrar agora no Neues Museum é grande.

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E a entrada não deixa a desejar.

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Como ainda não há muita gente, vou primeiro ver a Nefertiti, afinal é por causa dela que estou aqui.

Já vi, não é possível fotografar. Só de pirraça, peguei várias imagens na internet para que este post não deixe a desejar (rs).

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Alguns dizem que Nefertiti foi uma das mulheres mais belas que existiu. O busto está aí para provar.

Agora que o principal foi visto, vamos ver o museu com calma. Vejo algo que pode parecer meio mórbido, um esqueleto. Mesmo sem gostar muito de museus, fico impressionado com a capacidade dos estudiosos montarem algo com tanta precisão quanto vemos na foto abaixo à direita.

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Já as esculturas são muito mais bonitas. A descrição ao pé desta abaixo diz Colossal statue of a goddessEstátua colossal de uma deusa.

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Como gosto muito de observar os detalhes dos prédios de museus, sempre olho pela janela.

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Olha só esta porta exposta aqui, a inscrição diz Gates of Paradise, Baptistery, Florence.

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Impressionante o nível de detalhe.

E por falar em detalhe, estou indo agora em um salão em que prestar atenção aos detalhes nas paredes laterais é essencial.

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Claro, sem deixar de olhar pela janela o que já conheço…

Na entrada do museu há folheto mostrando os vários andares e obras expostas. Uma delas no terceiro andar está destacada em vermelho, Golden Hats of the Bronze Age. Se está destacado, merece uma visita com mais cuidado.

Vamos subir!

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Parece o chapéu pensador de Hogwarts. Falando sério, deixe eu entender.

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Este é o Berlin Gold Hat, há outros três mais. A descrição diz que há poucos artefatos que contêm uma quantidade tão detalhada de conhecimentos quanto este chapéu. O texto continua dizendo que a ornamentação do chapéu é particularmente fascinante, com um complicado sistema numérico cifrado, permitindo cálculos para determinação de 19 ciclos anuais do Sol e da Lua.

Nossa! Que incrível!

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Embora quase tudo exposto aqui sejam peças adquiridas pelo museu por suas importâncias históricas, chama muito minha atenção o que existe no próprio museu. Acredito que estas pinturas que vejo agora são restaurações originais deste prédio.

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Vou agora para ala dos antigos egípcios.

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Neues Museum é mesmo impressionante. É, não tenho como negar, o que mais gosto nestes grandes museus é ver seu interior.

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Termino meu passeio, vou almoçar aqui perto. À tarde tenho mais museus para ver.

Na volta do almoço, mais uma chuva em que os pingos caem congelados.

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Confesso que não gosto nenhum um pouco do frio que está aqui, mas adorando esta oportunidade de ver novamente as gotas de chuvas congeladas :-).

Antes de entrar em mais um museu na Museuminsel, algumas fotos da região. E uma minha!

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O museu agora será o Alte Nationalgalerie. Em um primeiro momento, quando estive no Neues Museum, logo lembrei do Louvre, que é imensamente maior. No entanto, se considerarmos os cinco museus aqui na Museuminsel, tenho minhas dúvidas sobre tamanho e diversificação.

Explicando um pouco esta Ilha dos Museus, os prédios estão assim localizados:

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Este mapa está no site oficial da ilha, www.museumsinsel-berlin.de. Cada museu tem sua especialidade:

  • Neues Museum. Aquele em que estive de manhã, foi aberto em 1856 como Museu Real Prussiano. Foi destruído na guerra e aberto novamente agora em 2009. Aqui você encontra PréHistória, História Antiga e Egito Antigo.  É o mais procurado, já que a rainha egípcia Nefertiti está aqui – mas não pode fotografar, hein?!?
  • Alte Nationalgalerie. É neste que vou agora, foi construído entre 1867 e 1876. O prédio tem grandes colunas e escadarias, lembra muito Atenas, e suas coleções incluem Impressionismo, Romantismo, Neoclassicismo, Biedermeier e início do Modernismo;
  • Pergamonmuseum. Se tudo correr como espero, este vou daqui a pouco. O mais novo da ilha, foi construído entre 1910 e 1930. Entre suas coleções, é possível ver o Altar de Pérgamo em tamanho real – com escadarias, colunas e esculturas e inúmeras outras de RomaBabilônia Jordânia;
  • Altes Museum. Este devo ir somente amanhã, hoje será muito corrido. Construído entre 1823 e 1830, foi o primeiro museu da ilha. Você vai encontrar aqui antiguidades da Grécia e Roma;
  • Bode-Museum. Aberto em 1904, recebeu este nome em 1956 em homenagem a seu idealizador, Wilhelm von Bode. Sua restauração durou 6 anos para finalmente ser reaberto em 2006. Embora eu vá visitá-lo só amanhã, já li que encontrarei uma coleção de esculturas, Arte Bizantina e uma grande coleção de moedas.

Bem, depois desta pausa informativa (rs), vamos ao encontro do Alte Nationalgalerie.

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Do alto das escadarias, não resisto a uma foto.

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Só subo as escadarias para a foto mesmo, porque a entrada é no térreo. E aí sim, encontro escadarias – absolutamente lindas – dentro do castelo, ops, museu.

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Mais uma escadaria. Veja o nível de detalhe nesta faixa na parede.

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Viu só quem está representado? Nada mais do que MozartBeethovenHaydn

Mesmo fascinado com o que vejo aque dentro, não resisto a uma janela.

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Esta escultura que encontro agora, Young Faun and Bachhus as a child, é de um beleza singular. Principalmente pelas expressões.

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Este cachorrão tem a ver com César, imperador romano. A inscrição aparece assim, Ave Caesar, morituri te salutant, ou Salve César, os que vão morrer te saúdam. São as palavras dirigidas pelos gladiadores ao imperador antes de entrarem em luta. Só não entendi a relação, mas anotei certo. Pesquisei agora na internet e está lá o quadro, pintado por Wilhelm Trübner.

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Não me canso de olha o museu, além das obras propriamente ditas.

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Outra escultura que me faz parar. O nome, Hexe, é bruxa em alemão. Esta palavra eu consegui traduzir sem ajuda, havia uma quase bruxa nas minhas aulas do idioma, ela se chamava Hex.

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Como é que alguém pode ter a habilidade de chegar a este nível de detalhe – olha as escamas da cobra – em uma escultura? Eu não consigo nem em papel…

Ah, uma pintura para eu lembrar de minha visita à Paris no ano passado, Monet. O quadro se chama Houses at Argenteuil, de 1873.

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Outra lembrança de Paris, agora O Pensador, de Rodin. Aqui em tamanho menor do que vi lá!

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O passeio pelos corredores e andares do museu continua.

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Assim como os quadros, esculturas e seus detalhes.

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É ou não é de uma beleza ímpar?

Agora entramos em uma parte dedicada a August Kopisch, poeta, pintor, inventor, descobridor. Aliás, esta parte da exposição está divulgada em toda a Berlim. Não é para menos, o homem era muito bom. Veja o quadro a seguir.

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Pois é, este quadro se chama Die Blaue Grotte auf Capri, A Grotta Azul em CapriGrotta é uma caverna em Capri na Itália que caiu nas graças do Kopisch para suas obras. Ele chamou tanto a atenção para o lugar que muitos, muitos mesmo, pintores foram para lá pintar quadros semelhantes. Vários estão aqui, a beleza está em todos os quadros.

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Um dia quero conhecer esta Grotta em Capri.

Os quadros nesta ala são pródigos em beleza. Este chama-se Deep in the Florest by Moonlight, de Caspar David Friedrich.

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Fico um tempão olhando.

Este próximo, também excelente, é o Oak Tree in the Snow, do mesmo Caspar David Friedrich.

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Lindo, fenomenal, brilhante…não encontro palavras.

Este pintor, Caspar David Friedrich, tem dois quadros extremamente famosos – eu não sabia – ele fez os dois quadros mais reconhecidos do Romantismo AlemãoMonk by the Sea

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… Abbey in the Oakwood.

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O texto aqui na sala fala maravilhas. Um dos trechos me impressionou, …Com um radicalismo singular de composição e técnica, o artista aponta relacionamento entre conhecimento e crença, este mundo e o próximo, vida e morte… E por aí vai o texto. Precisa dizer mais alguma coisa? 

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Vamos continuar andando. Eu havia passado por um quadro e não fotografei, resolvi voltar e registrá-lo.

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Ele é bem grande, vou exibi-lo em partes para mostrar porque fiquei impressionado.

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Então, é uma pintura, mas olhando de perto, parece uma escultura. Tenho uma sensação de três dimensões, é impressionante!

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Olha mais um quadro do August KopischMont Vesuvius Spouting Fire in the Moonlight.

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Mais uma do KopischThe Pontine Marshes at Sunset, de 1848.

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Para não ficar só em pinturas, aqui está a escultura Amor Riding the Wild Panther, de Ernst Rietschel. Por que fotografei esta, em meio a várias outras? Olha só as expressões!

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E  esta outra aqui, só aparece o nome em alemão, Kranzwerfende Viktoria, aus dem Berliner Stadtschloss, de Christian Daniel Rauch.

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Ufa, que banho de boa arte. E olha que não entendo de arte, sei apenas que gosto de olhar o que é belo!

Hora de sair da Alte Nationalgalerie, fotografar o ambiente externo também!

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Nossa, este post está ficando grande. E ainda vou entrar agora no Pergamonmuseum. Vamos lá, parece interessante.

O museu se destaca por coleções relacionadas à  BabilôniaJordânia e Roma, dá para sentir logo na entrada.

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Este é um dos famosos portões da Babilônia. Chamado de Porta de Ishtar, Ishtar era a deusa da fertilidade. Tem 14 metros de altura e 30 metros de largura, é decorada em alto relevo com os animais sagrados da Babilônia como o Leão de Ishtar, o Touro de Adad e o Dragão de Marduk.

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O trabalho de montagem desta porta é de tirar o fôlego. Foi feita a partir dos incontáveis tijolos de vidros coloridos encontrados nas escavações arqueológicas onde ficava a  Babilônia.

O museu está trabalhando em mais um trecho agora.

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Na sequência, vejo o Portão do Mercado de Mileto.

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É uma construção romana do Século 2, a monumental fachada reproduzida aqui no museu tem 17 metros de altura e 29 metros de largura. Era a porta de entrada para o mercado da antiga cidade de Mileto, hoje atualmente Turquia.

Logo a frente uma reprodução milimétrica – que perfeição – de um trecho de um terraço romano. A inscrição indica o local, Temple of Dionysus on the Theatre Terrace.

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Vamos andando. Estou agora na Via Processional. 

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Enquanto a Porta de Ishtar, que vimos há pouco, era um dos oito portões na muralha que cercava a Babilônia e que dava acesso à cidade, a Via Processional era o caminho que levava até a porta. Esta via, de extrema beleza e paredes muito bem decoradas, era usada em ocasiões festivas como por exemplo uma procissão dos deuses.

Vamos chegar mais perto.

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Para entender bem tudo isso, felizmente há explicações detalhadas e até uma maquete. Ajuda muito!

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Vamos para uma nova ala aproveitando a bela escadaria do museu.

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Uma visão aqui do alto da Via Processional.

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Estas duas próximas fotos podem dar a impressão de que a obra exposta era de uma igreja, mas de fato estava em uma casa em Damasco na época da ocupação pelos samaritanos. Tudo isso está explicado aqui ao lado, estou lendo (rs).

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Esta abaixo era uma sala de banquetes em uma casa no distrito cristão Aleppo. Algumas inscrições encontradas indicam 1601 a 1603 como data da construção.

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Hora de encerrar este dia extenso de visitas a museus. Um dia proveitoso! Para relaxar, uma foto do jardim à frente à Alte National-Galerie, bem ao lado do Pergamonmuseum e …

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… algo que já havia visto em outras viagens, mas não aqui: fotos de casamento em pontos turísticos.

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Próximo destino, Altes Museum.

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Mas só amanhã, hoje tenho certeza de que meu cansaço não deixaria aproveitar o museu.

Em termos de quantidades de pontos visitados, o mapa de encerramento hoje está humilde. Mas pensando na riqueza de cada ponto, o dia foi extremamente produtivo.

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4 pensou em “Abril, 28 (13/28) – Neues Museum, Alte National-Galerie e Pergamonmuseu

  1. Realmente estou sem adjetivos para falar do seu passeio de hoje.
    Amo museus!!!!!!
    Fantástico, tudo !!!
    Bjsssss

  2. Que bom você ter entrado em cada um desses Museus. Meu Deus, o que dizer de tudo isso? Maravilhosooooo! Amei O relógio marca 00:41 e eu vou continuar vendo, não dá vontade de parar. Obrigada!

    1. Bia, que legal seu comentário. É muito bom saber que você está gostando do post sobre a visita aos museus.

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