Antiga Faixa da Morte no Muro de Berlim, hoje Alameda das Cerejeiras

Está em meus planos ir a alguns parques hoje. Por coincidência, vejo duas notícias sobre o Britzer Garten. Primeiro, é no início da primavera que acontece por lá o festival das tulipas. Nossa, deve ser um beleza. Segundo, há uma série de eventos em Berlim agora em maio chamada Tanzen in Mai, hoje no mesmo Britzer Garten está programado danças a partir das 11 horas. Agora que não tenho dúvida alguma, é para lá que vou.

Li em algum lugar que o Britzer Garten é um local ideal para crianças e terceira idade. Pois bem, desci no ônibus e pela primeira vez em Berlim não usei o GPS, olha só a multidão de pessoas acima de 60. Eu vou é atrás deles! Certamente eles devem ter bom gosto, certamente eles vão para o parque.

Bem em frente a uma das entradas do parque – há várias – vejo que fiz uma boa escolha.

Há uma fila para entrar – é preciso pagar ingresso de 3 euros – mas está todo mundo sorrindo e conversando bastante.

Nem bem entrei, quero fotografar.

Há um mapa na porta mostrando os vários pontos do parque. É muito grande. Como cada pessoa aqui vai para um lado, vejo o ponto do festival de tulipas, marco em meu GPS – o parque é enorme, acho que não conseguiria encontrar o lugar sem ajuda – e vou caminhando.

Que paisagem!

Depois do parque há um restaurante/lanchonete.

Ouço som de música, resolvo mudar o caminho. As tulipas não vão sair do lugar, a música pode terminar.

Achei o Tanzen in Mai.

Que graças estas menininhas. Fiquei encantado!

Depois de um tempo, retomo a caminhada. De brinde, vejo um grupo ensaiando sua participação daqui a pouco.

Sabe o lago que vimos há pouco? Este sim está para peixe.

Andar pelo parque alegra o coração e alivia a alma.

Este é um dos poucos lugares em Berlim – estou bem ao sul da cidade – em que vejo subidas e descida. Quase toda a cidade é bem plana, por isso o número enorme de bicicletas. Estou agora no topo de um morro, a visão do parque é muito bonita.

Chego perto de um local mais movimentado.

A foto acima mostra um relógio do sol, acho que li em algum lugar que este é o maior relógio deste tipo no mundo. A sombra marca agora XI, 11 horas. Aqui é horário de verão, são 12 horas oficialmente agora.

Na foto abaixo, há uma barraca branca, um músico está tocando … adivinhe … Brasileirinho! Como é bom ouvir!

Na outra foto (acima), há uma barraquinho com algumas pessoas comprando … wurst, salsicha ou linguiça, claro … vou comprar uma também, enquanto aprecio a beleza do lugar.

Aproveito para uma selfie.

Que expressão séria, não? Olha a testa franzida!

Há uma plataforma aqui ao lado para ver tudo do alto. Gosto muito, vou subir.

Daqui de cima, vejo finalmente as tulipas. Vou correndo lá ver!

Que beleza. Nem vou falar (escrever) agora, as imagens valem muito mais do que qualquer palavra.

Para tomar um fôlego, há umas cadeiras. Não para sentar, mas para poesias ligadas a tudo o que estamos vendo.

Tentando traduzir livremente, a letra fala sobre a tulipa, que da base fechada (gepackt) e curiosa (Neugier) – deve ser a parte da raiz – passando pela longa haste (Langen Hals) e chegando ao alto…

Ufa, que tradução difícil. Pode até ser que não seja nada disso, mas talvez seja por aí mesmo.

Aqui há até uma praça de alimentação.

Está vendo este senhor de azul em pé na primeira foto acima? Pois então, ele para na frente de cada cadeira com poesias e canta cada uma delas. Uma voz grave e muito bonita, além de uma expressão de alegria no rosto. Eu acompanho disfarçadamente – com igual expressão de alegria em meu rosto.

Nem só de tulipas vive o Britzer Garten.

Não é mesmo de cair o queixo?

Vamos continuar andando.

As duas fotos acima mostram desenhos feitos com pedras coloridas. O da direita é um brasão aqui do distrito em que estamos, Neukölln.

Quanto mais eu caminho, mais árvores pedem fotos.

O lago combina muito com as árvores belas.

A sinalização do parque é excelente. Além de setas indicativas em tudo quanto é canto, há estes discos indicando o que existe nas proximidades.

E esta foto acima à direita, o que significa? Pois é, estas pequenas flores foi o que acabei de ver agora quando … acordei. É, não resisti, tirei um cochilo junto com muita gente deitada na grama. Tenho feito isso em todas as viagens, é meio que uma tradição.

Britzer Park conta ainda com animais, riachos e enormes gramados.

Como o espaço aqui é enorme, há até um trenzinho para quem quiser poupar as pernas. Ele passa lotado!

Eu que vou a pé, preciso da ajuda do Google Maps de vez em quando, de tão grande o parque. Veja na foto abaixo, estou bem no meio dele.

 

Pelo menos indo a pé, tenho a oportunidade de fotografar belas árvores como esta acima.

Chego em mais um trecho em que a vista do lago é muito bonita. Aproveito para sentar, ver a paisagem, a calma no lago e faço mais uma selfie.

Pelo que consultei nos guias aqui, e em meu celular, ainda há um jardim de rosas no parque que vale a visita. Vou ver!

Ainda bem que estou aqui. Até a fonte em frente ao jardim merece fotos.

Depois deste banho de beleza, é hora de ir embora.

Doce engano, encontro mais tulipas pela frente. Irresistíveis, pedem mais fotos.

É o Jardim do Éden (rs).

Ah, mais uma foto, agora com a criançada brincando. Há umas atividades bem diferentes.

Agora sim, é hora de ir embora. Muita gente saindo comigo, mas também muitos chegando – mesmo às 4 da tarde. Pelo jeito o movimento aqui no parque vai até tarde.

Pego um ônibus para a última atração do dia, a Alameda das Cerejeiras. Sempre que posso, prefiro o ônibus para conhecer Berlim rua a rua.

Hora do caso, é sobre este casal aí na foto acima. É meio estranho, mas é a terceira vez que vejo isso no transporte público. Algumas famílias têm o hábito de ficar em bancos diferentes. Outro dia um filho falou alguma coisa para o pai e a mãe, lá do outro lado, retrucou.

No caso destes dois, um vivia conversando com o outro. A foto até mostra a mulher inclinada para frente falando algo. Ora, por que não sentar juntos? Não tiver a resposta ainda. Cada país com seus costumes!

Se o Britzer Garten já ficava bem ao sul de Berlim, a Alameda das cerejeiras fica ainda mais afastada. Bom, estou vendo uma cidade calma, tranquila, parece mesmo um clima de interior.

 

Estou chegando na Alameda. Confiro no Trip Advisor e vejo que estou chegando também nos limites de Berlim. Incrível, vim parar tão longe que saí da cidade!

Mas valeu a pena!

Que beleza!

Aqui na Alameda das Cerejeiras estava antes o Muro de Berlim, dá para acreditar? Para comemorar a queda do Muro, a reunificação da Alemanha e a amizade entre o país e o Japão, a televisão japonesa TV Asahi Group fez uma bela campanha. Japoneses doaram dinheiro para a plantação de aproximadamente dez mil cerejeiras em Berlim e Brandemburgo, Estado vizinho de Berlim em que estou agora.

No local antes conhecido como Faixa da morte, hoje temos 2 quilômetros de cerejeiras que – quando floridas – são um espetáculo. As flores não aparecem o ano todo não, só na primavera – a estação em que estamos aqui em Berlim. Que sorte, hein?!?

Peguei um desenho no blog Simplesmente Berlim – que é o máximo, tem me ajudado bastante – mostra muito bem a área.

  

Há muita gente andando aqui.

É até de arrepiar. Uma antiga área de guerra agora é um parque com pessoas aproveitando a vida. E cachorros também!

Fico pensando em quem mora aqui do lado. E não fico só no pensamento, vou lá ver uma destas casas – que parecem muito boas.

Quem é que não iria querer morar em uma casa assim, em uma região como esta?

A Alameda das Cerejeiras realmente está com uma proposta de parque, tem até brinquedo para as crianças.

Pronto, andei de ponta a ponta a alameda. Fiz questão de sentir as cerejeiras por completo.

Três quadras depois, um outro aplicativo – o Ulmon Berlin – mostra um canal, é a separação de Berlim e Brandemburgo. É o Teltowkanal, vou lá dar uma olhadinha.

É por isso que não resisto a uma água, as fotos sempre ficam muito bonitas. A região aqui perto do canal também é bem … bucólica.

Depois de um dia bem ativo, hora de encerrar.

Vejo no Citymapper, aplicativo de deslocamentos, que há um jeito de voltar para casa fazendo parte do trajeto de ônibus. Deve ser uma maravilha andar de ônibus por aqui, vamos lá.

Enquanto o ônibus não chega, aproveito para olhar a vizinhança. Há alguns edifícios aqui bem … coloridos.

O ônibus é daqueles de dois andares, a foto à esquerda acima mostra o piso superior: só estou eu! Que conforto!

Vamos aproveitar a viagem!

Vou fazer um mudança nos mapas de encerramento de cada post. Em vez de somar os pontos visitados, vou mostrar primeiro um mapa só com os pontos do dia. E depois um com a soma de todos os pontos da viagem, assim consigo passar melhor as atividades de cada dia.

Este mapa é o do dia, são apenas aqueles dois pontos mais abaixo – bem ao sul de Berlim. Mantive um bem no meio, Alexanderplatz, para termos uma ideia de localização no mapa. E também para esta mesma ideia o ponto azul bem acima é a casa em que estou hospedado. Uma viagem e tanto pela cidade.

E este é o mapa com todos os pontos. Está um tanto quanto congestionado por conta dos pontos extremos, bem distantes, obrigando um zoom bem amplo da cidade.