Posição do antigo Muro de Berlin nas proximidades do Reichstag
Nestes últimos dias deste passeio em Berlim confiro no Google Maps os pontos que ainda quero visitar e pinto e azul. Assim, facilita meu caminho para hoje. O primeiro ponto será o Sowjetisches Ehrendenkmal, o terceiro memorial soviético que vou visitar na cidade.
Para chegar lá, o ponto é a Hauptbahnhof, a estação central de Berlim. Estive aqui outro dia, mas voltar sempre dá a chance de ver novos ângulos. Por exemplo, não havia me dado conta de que aqui consigo ver vários pontos notáveis da cidade. A foto acima mostra o Sony Center, a próxima abaixo a cúpula do Reichstag…
… e mais uma com o ponto que não poderia faltar, a Fernsehturm.
Ah, olhando para trás, a Hauptbahnhof.
Quando estive visitando o Reichstag, fiquei com muita vontade de conhecer um dos outros prédios que formam o Bundestag, como por exemplo o Paul-Löbe-Haus – que está agora em minha frente.
Será que é possível? Vou chegar perto.
Sim, é permitida a visita, só que é necessário agendar antes. Ou entrando em uma enorme fila aqui perto ou via internet, mas para datas geralmente duas semanas depois. Não dará tempo, então vou contornar o prédio e de algum jeito ver se consigo enxergar o interior aqui de fora mesmo.
Que bom, o prédio é todo envidraçado, achei um ponto em que consegui ter uma bela visão do quão monumental é lá dentro. E até foi suficiente, uma visita agendada certamente iria mostrar o funcionamento deste prédio e não estou exatamente curioso quanto a isso.
Continuo andando pelo Tiergarten até chegar ao memorial soviético. A entrada não deixa dúvidas, cheguei.
Aqui ao lado um painel mostra duas fotos históricas da região. A primeira, uma visão de como ficou devastada na guerra a Platz der Republik, o Reichstag ao fundo.
A segunda mostra o próprio Reichstag ao lado deste memorial soviético em que estou agora. Eles não estão um ao lado do outro, mas o ângulo da foto dá esta impressão.
Guerras são mesmo absurdas, a devastação é enorme.
Dos três memoriais soviéticos que visitei em Berlim – até onde sei existem apenas estes tês mesmo – este é o mais simples. Vale a foto e as muitas informações exibidas no painel, como por exemplo o ano de construção, 1945.
Estou bem próximo ao Portão de Brandemburgo, vou passar por lá de novo.
Foi uma boa decisão, consigo ver um detalhe que li em um artigo outro dia. A disposição das árvores em frente ao Portão é reflexo do Muro de Berlim que passava por aqui.
Para reforçar mais ainda a posição do Muro, a rua tem marcada seu traçado.
Para uma ideia mais global deste traçado da última foto, ele passa exatamente atrás do Reichstag, onde há um carro de polícia parado.
Como já vimos em outros posts, muitos lugares têm cruzes lembrando as pessoas que morreram nestes pontos.
Eu não iria fotografar o Portão de Brandemburgo novamente, afinal já fiz um post do dia em que o visitei. Mas não resisti…
Aproveite e virei a câmera e fotografei a Unter den Linden e a Fernsehturm bem lá atrás.
Próxima visita, Memorial aos judeus assassinados na Europa. Fica aqui ao lado!
É impressionante. Está escrito aqui que a proposta do local é ser bem visível, para que estes crimes nunca mais sejam cometidos.
Há uma galeria subterrânea com um grande acervo sobre os crimes: cartas de quem foi assassinado, nomes, registros históricos. Acabei não fotografando porque as pessoas lá dentro estavam realmente concentradas no que estavam vendo, seria indelicado de minha parte.
Preciso pegar o metrô para visitar outro ponto. Eu poderia ir pela famosa Unter den Linden, que já conheço, então optei por uma rua paralela só para ver outros lugares.
Foi uma boa decisão!
Um das salsichas mais famosas de Berlim é o Curry 36, na Mehringdamm 36. Estou exatamente neste lugar – e com fome!
Não quero ser chato, mas aquela que comi ontem no Konnopke’s Imbiss é muuuuuito melhor! Além dos atendentes serem bem mais simpáticos, a salsicha também ganha de longe. Só que justamente hoje em que estou em um lugar famoso, pedi duas salsichas em vez de uma. Tudo bem, o prato está bom, mas é que o de ontem estava mesmo incomparavelmente melhor.
Antes de chegar aqui, havia visto uma igreja, vou lá ver. O Google Maps informa que é a Pfarrei St. Bonifatius.
Que beleza! Ainda bem que entrei!
No caminho para a próxima visita, passo por uma loja de lembrancinhas. Resolvi entrar por curiosidade, veja um dos souvenirs.
Pergunto para a atendente o motivo, ela diz que é coisa do dono da loja. Então tá!
Poucos passos para frente, um lugar lotado. Ah, é uma sorveteria, tenho que ir lá!
Há um enorme grupo de crianças na minha frente, estou esperando.
Pronto, comprei um de café. Gostoso, mas não é igual a alguns que temos no Brasil. Mesmo assim vale a experiência, ainda mais em uma tarde ensolarada como a de hoje.
Por falar em refrescar, chego no Viktoria Park. Fica na esquina da Großbeerenstraße e Kreuzbergstraße.
Lindo, lindo. O parque merece várias fotos.
Estamos em Kreuzberg, que pode ser traduzido como morro da cruz. Li em alguns sites que esta é a explicação para o nome daqui. Não sei se é fato!
Uma história que deve ser verdadeira – encontrei no site oficial VisitBerlin – diz que a cachoeira é artificial, construída em 1821. A cruz é um monumento que comemora as batalhas da Guerra da Libertação. A cachoeira, continua o VisitBerlin, é uma réplica em menor escala de outra na Polônia, Wodospad Podgórnej. E a água é bombeada para o alto, são 13.000 litros por minuto.
Simplesmente incrível, esta cachoeira foi construída pela mão humana. Que admirável! Vamos ver mais um pouco.
Bom, vou ao alto da cachoeira, quero ver a torre!
A visão que temos da cidade deste ponto justifica a subida.
Simpático (rs)! Mas vamos ver só a paisagem. Primeiro, Fernsehturm…
…. depois International Trade Center, este prédio mais ao fundo branco com uma lateral preta…
… as duas torres na Gendarmenmarkt, uma é a Deutscher Dom e a outra a Französischer Dom…
… e por último o Sony Center.
Não falei que a vista aqui era boa? Dá para enxergar longe…
… e também o próprio parque bem do alto.
Bom, hora de descer.
Gostei tanto do Viktoria Park que vou contar só mais um detalhe. Além de toda esta beleza, há no parque também a produção do vinho Kreuz-Neroberger. Tudo começou em 1968, quando as uvas usadas para o vinho branco foram doadas ao distrito de Kreuzberg. Desde então, o vinho vem sendo feito aqui, perto de 200 garrafas por ano. Como oficialmente o vinho não pode ser vendido em lojas, é usado pelo distrito como presente ou em ocasiões excepcionais. Apreciadores de vinho também podem adquirir uma garrafa, basta uma doação de 10 euros.
Vamos andando. A região tem prédios bem alternativos.
Há muitos lugares aqui aproveitados como parques e áreas de lazer, até mesmo ao lado da linha de trem.
Algumas destas áreas são especialmente desenvolvidas para as crianças.
Estou indo para meu próximo ponto de visita, já várias quadras longe das fotos mostradas acima, mesmo assim estou em outro parque.
Apenas por curiosidade, fiquei com vontade de conhecer o Gasômetro, o distrito aqui é Schöneberg.
Fechado em 1995, foi muito usado para fornecimento de energia para iluminação pública e aquecimento das casas no distrito. Depois de muitas discussões sobre sua utilidade, seus 80 metros de altura são usados hoje para eventos.
Como estou em Schöneberg, vou andar um pouco mais pelo bairro.
Não me canso de impressionar com o trabalho que é feito aqui para que ninguém nunca mais se esqueça das barbaridades do nazismo. A placa acima diz Locais de terror, nunca devemos esquecer. Pois é!
Bem ao lado, uma galeria. Se há lugares que sempre gosto de entrar, uma galeria é uma delas.
É por isso que gosto de entrar em galerias, quase nunca me arrependo :-).
Também tem dado muito certo minhas visitas às igrejas, então vou entrar agora na Ev. Apostel-Paulus-Kirchengemeinde, que está bem à minha frente.
Algumas fotos nem pedem palavras para descrevê-las, é só ficar apreciando. Que igreja esta, hein?!? Além de sua beleza, achei muito interessante estes banquinhos bem na frente do altar. Será que é para crianças? Não entendo muito, mas acredito que sim!
Algo que também não canso nunca de ver são os imensos espaços verdes que existem em Berlim…
… ou as praças e suas fontes bem cuidadas. São lindas!
Pelo jeito, nem o menino da estátua aqui na fonte se cansa de admirar a beleza (rs).
Isso é que dá fotografar tudo. Vejo agora na foto aí acima um prédio bem atrás da fonte, parece bem tradicional.
Vejo no Google Maps e descubro tratar-se de uma escola de música, Volkshochschule Tempelhof-Schöneberg. Escola é comigo mesmo, adoro visitar todas as que posso. Vou entrar.
Como sempre, valeu a entrada. Achei divertida a palavra, neugierig. Significa … curioso! É, parece que estavam falando comigo, depois desta só encerrando o passeio hoje.
Claro, antes dá tempo de mais uma última foto da região.
Pontos visitados nesta mesma região desde o início da viagem