Maio, 13 (28/28) – Wedding, mais uma Charité, The Westin Grand Berlin Hotel, YAAM e até uma casa na árvore

051Do alto da Schillingbrücke, Rio Spree, torre de TV e Ostbahnhof

A dona da casa em que estou falou outro dia que devo conhecer a cidade mais do que ela, o que talvez seja verdade. Quase nunca conhecemos o lugar que moramos tão bem quanto um turista, eu certamente não conheço São Paulo com tantos detalhes quantos vivi aqui.

E é por isso mesmo que hoje pretendo conhecer um dos poucos lugares que ainda não investi meu tempo: o bairro em que estou! Seria inadmissível ter visitado tantos pontos em Berlim e quase nada da região. Vamos então passear por Wedding.

Nossa, já estou gostando. Como é bonito aqui…

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Estou gostando tanto que até placa de farmácia dá vontade de fotografar.

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O país é diferente, mas os remédios são os mesmos: Pantoprazol, Voltaren…

Um edifício enorme se destaca, o Google Maps aponta o nome, Paul Gerhardt.

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Tudo bem, o nome eu já sei, falta agora saber o que é feito lá dentro. Vamos entrar.

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Nossa, do lado de fora não fazia ideia de algo tão grande assim. Vários prédios e uma enorme área interna. Tem até mapa, é nele que mato minha curiosidade. Aqui tem de tudo: café, igreja e muitos órgãos assistenciais do governo, inclusive os famosos centros de ajuda aos refugiados, uma ação em que coloca a Alemanha à frente de outros países.

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Ainda bem que resolvi andar por aqui hoje, a arquitetura local justifica – e muito – o passeio.

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No post de ontem falei sobre minha surpresa, alegria até, ao visitar a Charité, a Santa Casa de Berlim. Pois não é que há outra Charité aqui, tão bonita quanto e muito, muito mais nova e moderna. É a Charité Campus Virchow-Klinikum, ou CVK.

O local aqui, tal qual o outro de ontem, é enorme.

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Este mapa acima dá uma ótima ideia do quão grande é o local. É impressionante! Mais uma mostra da qualidade do sistema de saúde alemão.

Claro que aqui no hospital também tem urso (rs).

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Não resisto, pode até nem ser um lugar que normalmente não é visitado, mas preciso entrar em um destes prédios.

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Saindo deste prédio, olha só outro que aparece. É incrivelmente belo. E moderno!

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Apesar de querer ficar um pouco mais aqui, preciso ir embora. Ainda há muito programado para hoje, vou tirar apenas mais as últimas fotos.

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Bom, vou pegar o metrô para a próxima visita. Aqui também as professoras levam as crianças para passear, Bia Elisa.

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Quando visitei o Portão de Brandemburgo à noite, passei em frente ao The Westin Grand Berlin Hotel, mas não entrei – embora tenha ficado bem curioso. Depois li em algum lugar que este é um dos hotéis mais charmosos de Berlim, a escadaria na recepção é imperdível. O local, inclusive, foi usado como cenário em vários filmes, um deles A supremacia Bourne. Ah, eu preciso ver! Vou voltar lá – e desta vez entrar!

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Nem tenho palavras! Que bom poder vir aqui novamente e ver o hotel por dentro.

Aliás, andar em Berlim tem sido muito fácil, principalmente porque comprei um passe válido durante toda minha estadia. Mais ainda – e extremamente importante – escolhi uma opção válida apenas depois das 10h da manhã. Para um turista, que não precisa acordar cedo :-), é uma excelente alternativa, principalmente porque aqui as melhores atrações abrem apenas depois deste horário.

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Já que posso andar para lá e para cá sem preocupação com o transporte, voltei a uma igreja que já havia visitado, St-Thomas-Kirche.

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No entanto, cheguei aqui pelo lado oposto ao da primeira vez. E tudo porque queria conhecer a casa na árvore. Sim, uma casa na árvore, a história é bem interessante.

Alemanha Oriental, dentro do possível, tentou fazer o Muro de Berlim em linhas retas, era uma forma de economia. Só que em Kreuzberg um pequeno triângulo de terra pertencente a Berlim Oriental ficou na parte ocidental, fora do Muro. Em 1982, Osmar Kalin, um imigrante turco não teve dúvida, criou uma horta no terreno abandonado. As autoridades de Berlim Ocidental não podiam retirá-lo, o terreno era de Berlim Oriental, que por sua vez ignorou o fato.

Assim Osmar foi ficando e em 1989 criou uma casinha na árvore usando materiais jogados fora. Até os colchões foram trazidos do lixo. E lá ele fez a sua vida e criou uma família. Após a queda do Muro quiseram construir uma rua e tirar o Osmar de lá. Mas o terreno agora pertencia à igreja, que gostava do Osmar e família e não autorizou a demolição da casa. Um ato louvável da igreja cristã defendendo uma família muçulmana. Hoje em dia, Osmar continua vivendo lá e recebe seus netos nos finais de semana. O local virou uma atração. Nem tanto para os turistas, mas para os alemães que sempre gostam de relembrar essa história.

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Olha o Osmar sentado em sua cadeira…

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…ou, olhando de frente, ele até acena para mim. É uma simpatia

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Bom, estou perto então de mais um ponto importante do antigo Muro de Berlim. Antes de sair de casa, eu havia pesquisado a região e sei que aqui perto, bem nas margens do Rio Spree, há um trecho de 18 metros do muro interno que foi declarado como área histórica e por isso mesmo protegida. Preciso ver.

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Bem no alto da Schillingbrücke, a ponte sobre o Spree, vejo a sempre presente torre de TV e bem lá no fundo a Ostbahnhof – a estação de trem, metrô e ônibus principal da cidade – e também a área preservada do Muro.

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Vou chegar mais perto.

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Quanto mais perto chego, maior a surpresa. Aqui funciona o YAAM, Young African Art Market, um espaço em que jovens artistas africanos mostram seus trabalhos: pintura, artesanato, música e comida. Muita comida! Um paraíso para turistas ávidos por novidades!

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Andando bem na beirada do Spree

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…além de ver algumas obras diferentes…

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… chego a uma área com muitas mesas. É uma espécie de praça de alimentação do YAAM.

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Não fazia a mínima ideia de que iria encontrar algo assim aqui. Tem até área de shows…

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Bom, hoje é o último dia deste passeio em Berlim. Passou rápido!  Foi intenso! E se algo esteve presente o tempo todo, praticamente todos os dias, foi a Torre de TV. Sempre ao longe, apareceu em muitas e muitas fotos. Para encerrar com chave de ouro, quero fazer uma foto bem ao lado dela. É mais do que merecido :-).

Chego então na Alexanderplatz para a foto. Aqui há hoje uma enorme arena montada, com muita agitação e muita gente.

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Faço uma pesquisa rápida, será agora em BerlimEuroleague Final Four, um campeonato de basquete muito popular por aqui. Para entrar no clima, os jogadores passam por aqui para cumprimentar os fãs. São muitas atividades programadas.

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O fato é que estou na Alexanderplatz para a última foto desta viagem, é muito bom vê-la de perto mais uma vez. E rever também outros pontos famosos do local, como a St-Marienkirche.

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Mas melhor que fotografar apenas a Torre é uma selfie, bem ao lado dela. Só que não consigo decidir o melhor lado, então … coloco os dois (rs)!

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É isso, hora de volta para casa e arrumar a mala. No caminho, uma foto mostrando como a vida do menino aqui em Berlim é difícil, olha só o tamanho da mochila. Ah, ao lado a foto de alguns aplicativos que me ajudaram muito na viagem.

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Tal como em todos os outros dias da viagem, hoje também foi muito bom. E produtivo! Para ver os pontos que havia planejado, tive que atravessar a cidade de um lado a outro, como mostra o mapa dos lugares visitados.

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Como este é o último post desta viagem, quero encerrar com um mapa mostrando tudo que visitei.

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Puxa, é muita coisa, não dá para ver direito. Vou então mostrar este mapa por partes, começando pela região central. Aqui aparecem os pontos mais conhecidos de Berlim, como o TiergartenAlexanderplatzMuseumsinsel.

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Do centro, vamos para a região norte. Aqui estão o KulturBrauerei, a antiga fábrica de cerveja transformada em polo cultural, até o Schloss Schönhausen, um dos castelos que visitei.

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Esta ampliação do mapa não foi suficiente para mostrar um ponto mais ao norte ainda, Märkisches Viertel.  Este foi um dos primeiros lugares que visitei, aqui conferi a capacidade do governo alemão de incentivar a ocupação de uma área distante oferecendo boa infraestrutura.

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Aí vamos ver o lado oeste de Berlim, que inclui o Palácio de Charlottenburg, a plataforma 17 da estação Grunewald, em que os judeus eram enviados para os campos de concentração – triste memória – até Domäne Dahlem, a região que mais parecia um campo, com locais que pareciam fazendas.

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Em seguida a região sul, com o Tempelhofer Feld – o antigo aeroporto transformado em parque – o distrito de Schöneberg – em que até um gasômetro eu visitei – terminando no Britzer Garten – o parque com aqueles jardins inesquecíveis e suas tulipas.

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A ampliação do mapa acima ainda não foi suficiente para mostrar um local ainda mais ao sul do que o Britzer Garten, a Alameda das Cerejeiras. Neste dia sim fui bem longe!

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Para terminar esta série de mapas, falta apenas a região leste. Aqui estão desde a escultura que aparece em muitos cartões postais de Berlim, o Molecule Men, passando pela não menos famosa East Side Gallery, além da imperdível feira turca na Maybachufer Strasse.

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Que viagem! Inesquecível! Ainda bem que tenho este blog para viajar novamente sempre que sentir saudades! Agradeço sua companhia e nos vemos na próxima aventura!

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