Templo del Sagrado Corazón de Jesús
Grande parte das imagens de Barcelona mostram um morro alto com uma igreja em seu cume, é a montanha Tibidabo. Com 512 metros, é o ponto mais alto da Serra de Collserola e proporciona – pelo que li – belíssimas vistas da cidade e do litoral.
Montanha Tibidabo
Segundo a Wikipedia, o nome originário do latim vem dos versos da Vulgata na Bíblia: “…et dixit illi haec tibi omnia dabo si cadens adoraveris me”, em português — “…e disse a ele, todas essas coisas eu lhe darei, se você se ajoelhar e me adorar“. tibi dabi, “eu lhe darei”, foi dita a Jesus pelo diabo quando os dois olhavam de cima de uma altíssima montanha dominando sobre todos os reinos do mundo. Tibidabo na tradição popular daqui seria a mais alta montanha do mundo..
Irresistível, é para lá que vou hoje. É relativamente longe, felizmente apps como Citymapper e o excelente sistema de transporte público da cidade ajudam muito.
Além de mostrar visualmente cada percurso e duração…
… o Citymapper indica parada por parada. Impossível se perder assim, o que me deixa bem tranquilo.
Com esta tranquilidade e podendo conferir os lugares em que passo…
… da para identificar monumentos famosos que já visitei como El Cap de Barcelona…
… Cristóvão Colombo apontando o mar …
… e La Rambla.
O caminho até o Morro do Tibidabo não é exatamente perto, o Citymapper mostra que ainda terei que pegar um trem …
… e – acho que este será bem emocionante – um funicular até o topo do morro.
Funicular Tibidabo
Cheguei no pé do morro, o funicular é um trem pequeno cuja única função é subir o morro. Estou – e os demais aqui comigo – na maior expectativa.
O funicular está chegando…
…a viagem vai começar.
Para agilizar o transporte, já que há apenas uma única via para subida e descida. bem no meio do caminho existe um inteligente sistema que concilia o trem que desce – olha ele aí na foto – e este em que estou subindo.
A subida é mesmo emocionante, vale o passeio. E nem é a última parte da viagem, ainda resta um pequeno trecho de ônibus. Ufa! Felizmente o Citymapper continua ajudando.
O ônibus está lotado de turistas e também de pessoas que moram em Barcelona, já que uma das atrações por aqui é o Parque do Tibidabo, um paraíso para a criançada.
Cheguei! Finalmente!
Mesmo no final da viagem, ainda conto com a orientação do Citymapper, que mostra o nome da linda igreja que vejo agora em minha frente.
Templo del Sagrado Corazón de Jesús
Algo me diz que vou gostar muito da igreja. Então, vou entrar!
Pequena! Simples! Linda! Talvez mais bonita que muitas das igrejas maiores que já vi até agora. Vou continuar!
As pinturas são impressionantes!
Estou tentando me conter nas fotos, já que neste momento acontece uma missa aqui.
Mesmo assim, discretamente, dá para continuar fotografando alguns pontos.
Talvez eu esteja exagerando nas fotos da igreja … ou talvez a igreja seja um exagero. Enquanto não chego a uma conclusão, vou continuar fotografando.
Eu não disse que a beleza aqui é igual ou até mesmo maior do que em outras igrejas da cidade?
Preciso tomar coragem e sair da igreja, embora esteja difícil. Está bem, vou me propor uma última sessão de fotos e aí continuar o passeio lá fora.
Agora vou sair.
Como estou no alto da Montanha Tibidabo, aqui é um ótimo local para observar Barcelona. Vou subir as escadarias laterais para ver melhor …
… já me surpreendendo novamente, já que até a lateral da igreja justifica o registro fotográfico.
Algo intrigante aqui é que sobre a igreja em que estava há outra igreja.
E bem lá no alto um Cristo de braços abertos que lembram muito o Rio de Janeiro.
Perguntei para uma pessoa que trabalha aqui o motivo de uma igreja sobre a outra, ele respondeu – de forma bem humorada – que é para ficarmos mais perto do céu.
A parte superior da primeira igreja, aquela em que estava até há pouco, é um grande área para observação daqui do alto.
A paisagem é incrível!
Um dos ângulos mostra a torre de telecomunicações, Torre de Collserola, também um dos cartões postais da cidade.
Dá para ver também, claro, o Parque Tibidabo…
… o Hotel World Trade Center e a Torre San Sebastián…
… o Parque Olímpico…
… e o Mediterrâneo, como era de se esperar.
Esperado também, em um lugar assim, é uma selfie.
Ou outra selfie.
Como aqui é um lugar alto, o objetivo é observar a região da melhor forma possível. Assim, é possível subir um pouco mais ainda para uma visão ainda mais abrangente. É por isso que estou agora um pouco mais acima do lugar em que estava há pouco, como mostra a foto seguinte.
Que privilégio. De uma única vez, esta imagem mostrou a Torre Agbar à esquerda, Sagrada Família ao centro e Torres Gêmeas à direita.
É por isso que não resisto (rs), olha eu aí outra vez, com um pequena parte do Parque do Tibidabo ao fundo.
Bom, vamos ao principal, a paisagem.
Mais uma vez, sem minha selfie (rs), Torre Agbar à esquerda, Sagrada Família ao centro e Torres Gêmeas à direita.
Torres de antiga fábrica na cidade de Badalona, às margens do rio Besos
Um lado de Barcelona que quase não aparece nas fotos tradicionais da cidade
Este patamar mais acima em que estou é justamente o da entrada da igreja superior, aquela sobre a igreja em que estive há pouco. Claro, vou entrar para ver esta aqui também.
É uma igreja mais simples que a abaixo dela, mas certamente merecedora de toda atenção como mostram os vitrais a seguir.
E não só vitrais, mas o belo órgão.
Bom, hora de sair. Felizmente, até na direção da porta há o que fotografar.
Aqui fora o forte é mesmo a visão do alto. E, por incrível que pareça, por mais alto que estejamos, sempre há escadas e patamares mais altos. Subi mais um pouco, a foto seguinte do Parque Tibidabo dá uma ideia da maior altura em que cheguei.
A placa indica a grande altura.
A vista é tão impressionante que não sei se olho a igreja em si…
… ou a paisagem.
Tenho até que usar o zoom para identificar melhor o que estou vendo.
O que olhar? Parece que até as imagens aqui estão pensando no assunto (desculpem, não resisti à brincadeira).
Uma visão assim do alto ajudar a entender ainda mais a cidade. Daqui dá para ver como o Estádio Olímpico e o Museu Nacional d’Art de Catalunya ficam perto do Mediterrâneo.
Já subi mais um pouco. Aquela imagem de um santo pensando, antes olhada de baixo para cima, agora já vejo de cima para baixo. Incrível!
Para chegar a níveis cada vez mais altos, há escadas estreitas…
…e elevadores. Não fotografo o elevador, meio sem graça seria a foto, mas uso o elevador para chegar – agora sim – no ponto mais alto possível por aqui. O parque de diversões mostra exatamente como estou bem mais acima do nível anterior.
Assim como a Torre de Collserola…
… e as demais fotos.
A grande altura explica porque em todas as fotos anteriores o céu ocupa praticamente a metade delas. O mesmo acontece nesta modesta foto a seguir.
Mais uma vez, vou usar o parque para dar a ideia da altura.
Torre Agbar e Sagrada Família daqui só mesmo com zoom. E um bom zoom.
Não é preciso ir tão longe para aproveitar mais ainda o lugar. Bem aqui ao lado, aproveitando a altura da montanha, fica o Observatório Fabra. É o quarto observatório mais antigo do mundo ainda em funcionamento.
E por falar em observar, nada como a foto definitiva, o Cristo de braços abertos bem acima de minha cabeça.
Linda a foto!
Hora de descer, uma descida longa. E uma sensação de despedida quando o que estava longe passa a ficar no mesmo nível.
Parque Tibidabo
Depois de tanto ver o parque lá do alto, a visita aqui na Montanha Tibidabo precisa passar – certamente – pelo parque de diversões famoso.
As atrações são as mais variadas e – pelo jeito – divertidas. O pessoal aqui está bem animado.
E eu aproveito para rever a igreja recém-visitada sob outro ângulo.
Embora eu esteja bem mais abaixo em relação aos pontos visitados hoje, aqui ainda é muito alto. O mirante aqui é bastante procurado para fotos…
… e também muito prático, já que um painel ajuda a situar os principais pontos de Barcelona.
Daqui do parque dá para ver que a Montanha Tibidabo também tem prédios residenciais. E, pelo jeito, luxuosos.
Ainda tenho muita coisa para ver hoje, então é melhor ir embora. O bom é que o pessoal que está por aqui provavelmente ainda ficará um bom tempo no parque, então o ônibus da volta é uma tranquilidade…
… dá até para observar com calma, pela janela, um pouco mais da região.
Neste caminho de volta passando por várias estações, uma delas – Sarià – mostra muito bem o cuidado da cidade com lugares assim. Olha a parede!
Parque de Cervantes
Li em algum lugar que está havendo um festival de flores no Parque de Cervantes, este é um tipo de evento que gosto de ver. Estou chegando no parque.
É, pelo jeito foi uma boa ideia vir aqui. O parque parece mesmo especializado em flores, tanto que há estruturas de madeira para suportar algumas delas.
Essas que mostrei até agora aparentemente fazem parte do acervo normal do parque, daqui para frente vou ver as fotos do tal concurso de flores.
Uma mais bela do que a outra. Mas preciso ir embora, acabei deixando meu boné no trem e agora preciso procurar outro. Um problema, já que hoje é domingo. Vamos ver se encontro.
Gosto quando ando meio sem rumo, é sempre uma ótima oportunidade para ver coisas normais da cidade como este belo edifício residencial…
… ou este prédio imponente ligado aos órgãos militares da Espanha.
Parque de Pedralbes
Parece que hoje será um dia de parques, sem querer vim parar na frente do Parque de Pedralbes.
Segundo o Trip Advisor, parece que há um bonito palácio por aqui. Vou entrar.
Só o jardim já justifica a visita.
Ainda bem, já que o palácio está fechado!
A surpresa é essa ponte e lago, projetados por ninguém menos que … Gaudí.
Camp Nou
Ah, agora outro ponto alto do dia, o Estádio do Barcelona.
Embora eu não seja ligado a futebol, é certamente uma emoção estar em um lugar assim.
A loja de produtos oficiais é um show!
O estádio é mais um show.
Olha só quem está à direita na foto…
Há uma visita guiada ao estádio, é um pouco demorada e preço não muito atrativo. Nesta hora minha falta de intimidade com o futebol fala mais alto, abro mão deste passeio e continuo vendo tudo aqui por fora.
Gràcia
Já andei bastante por conta própria hoje, vou então terminar o dia seguindo parcialmente um dos roteiros do Passaporte BCN. Vou conhecer o bairro Vila de Gràcia, um bairro muito popular, que até 1897 era uma cidade independente.
É um bairro de ruas estreitas e retas, que se abrem em charmosas praças, repletas de cafés, restaurantes e muita vida nas palavras do Passaporte BCN. É uma região muito popular entre os habitantes de Barcelona.
Logo antes de entrar no bairro, bem em frente à estação Lesseps, o roteiro já sugere uma casa que aparece em um filme de Almodóvar, Tudo sobre minha mãe. Estou na frente da Cases Ramos, uma construção modernista no limite norte do bairro de Gràcia.
A fachada é extremamente trabalhada, com inúmeros detalhes como por exemplo as grades de ferro forjado das sacadas.
Próximo daqui, no Carrer de les Carolines, está uma das primeiras obras de Antoni Gaudí, a Casa Vicens.
Adoro as soluções criativas. A casa está em obras, mas felizmente o tapume é uma foto da casa. Assim posso apreciar um pouco dela.
E mesmo em obras, dá para ver a casa de verdade nas laterais.
Segundo o Passaporte BCN, a construção teve início em 1883 e mostra um Gaudí que ainda estava procurando seu estilo. Mesmo assim, já dá para identificar nos azulejos sua predileção por motivos florais.
Embora eu esteja seguindo um roteiro de visitas à Gràcia, gosto muito quando encontro algo fora do planejado. Este prédio, por exemplo, não conheço sua história e mesmo assim acho que vale uma foto. Não vale?
Próximo daqui, no carrer Gran de Grácia, a Casa Trilla, uma lembrança da época em que as casas do bairro estavam rodeadas por campos de cultivo.
Na fachada principal, um relógio de sol.
Cheguei agora no carrer d’Astúries, uma das principais ruas de comércio do bairro. Olha só a placa antiga da Farmacia Guerra.
Acho estas ruas um grande charme.
Chego na Plaça del Diamant, retratada em um romance de Mercè Rodoreda. O livro conta a vida de La Colometa, uma mulher que luta para sobreviver num período muito difícil ao final da Guerra Civil Espanhola. Na praça há uma estátua que lembra a personagem central do romance.
Pelo jeito o passeio terá muitas praças, estou agora na Plaça de la Virreina. Foi nela que o virrei do Perú, de volta a Barcelona, mandou construir uma casa de veraneio que – naquela época – tinha uma maravilhosa vista da cidade. O elemento mais característico da praça é a igreja paroquial de Sant Joan de Gràcia, de 1884.
Entre o charme de uma rua e outra …
…chego no Carrer de Verdi, rua que simboliza a alma de Gràcia.
Nela se misturam comércios, restaurantes e uma das salas independentes de cinema mais importantes de Barcelona.
Mais uma praça, Plaça de la Revolució.
O nome lembra a revolução ocorrida no século XIX, Revolución Gloriosa, que destronou a rainha Isabel II de Espanha. O nome evoca, de forma perfeita, o espírito revolucionário que sempre esteve presente no bairro de Gràcia.
A decoração no chão chama a atenção.
Próximo ponto, Mercat de l’Abaceria Central.
Bastante tradicional no distrito de Gràcia, foi inaugurado em 1892 para organizar o comércio ambulante que existia em uma praça perto daqui.
Hoje é domingo, final de tarde, o mercado está fechado.
Seria a princípio algo a lamentar, mas o fato é que as portas fechadas mostram verdadeiras obras de arte. São muito criativas!
Ainda bem que o mercado está fechado, que bom admirar estes trabalhos. Olha só os detalhes.
Depois deste banho de bom gosto, mais uma praça. Cheguei na Plaça del Sol.
É um dos espaços mais clássicos do bairro, afirma o Passaporte BCN.
Aqui há uma escultura chamada Astrolabi, é um relógio de sol com os signos do zodíaco.
Em uma esquina da praça, a Casa Ricard Mestres, um prédio residencial comprido, estilo modernista.
Cheguei no coração do bairro de Gràcia, a Plaça de la Vila de Gràcia, nome oficial Plaça Rius i Taulet.
O elemento mais característico é sua torre do relógio, o campanário de Gràcia. Construída entre 1862-64, a ideia era o relógio ser visto desde qualquer ponto do bairro, na época independente de Barcelona.
Interessante é que na base deste relógio aparecem também os signos do zodíaco.
Na praça está a subprefeitura de Gràcia o, que a transforma no centro político do bairro.
Na sequência da caminhada, o Mercat de la Llibertat.
Construído em 1888, ocupa o espaço antes usado pelos agricultores que vendiam seus produtos na então Plaza de la Constitució.
Ocupando um elegante prédio modernista, o mercado foi projetado pelo arquiteto Pasqual i Tintorer e já passou por muitas reformas e adaptações.
O passeio por aqui é mesmo cheio de surpresas, quando menos espero alguns lampejos de criatividade e muita cor como na porta deste restaurante peruano.
Para terminar o passeio, saindo do bairro de Gràcia, chego ao Passeig de Gràcia, mais exatamente na Casa Fuster.
Esta foi a última obra do arquiteto modernista Domènech i Montaner em Barcelona.
Construída entre 1908-1911, foi um presente faraônico de Mariano Fuster a sua mulher Consol Fabra. Pelos materiais empregados na obra, é considerado um dos edifícios mais caros da cidade. Suas linhas tendem mais ao estilo neogótico, com traços de um modernismo bastante contido.
Em 2004, após 4 anos de reformas e adequações, o edifício foi transformado em um hotel de luxo, o Casa Fuster.
Pensar que por volta de 1962, o prédio quase foi derrubado para a construção de um bloco de escritórios. Um protesto popular preservou este tesouro modernista.
Vale a pena entrar para conhecer o espaço desenhado por Domènech i Montaner.
Uau! Esta foi para encerrar o dia!
Rapaz! R
evi as fotos outra vez e foi um prazer. O cuidado que você tem ao fotografar mostra o amor que tem por essa arte. Assim vale a pena fazer o que gosta. As paisagens sempre muito belas, os edifícios, as igrejas, as praças, os monumentos até as flores que fotografou num dos jardins encantam quem teve a sorte de ver como eu…
Parabéns querido sobrinho, passo bons momentos vendo seu trabalho.
Tia Elisa
as
Tia Elisa, sabe o que me motiva a fazer estas fotos? Pessoas como a senhora, que apreciam o trabalho. Puxa, fico muito contente. Muito, muito obrigado!
Oi Nando, hoje vi mais uma vez as fotos. Pensei que encontraria outras. Acabaram ou você tem mais para postar? me dá noticia..Um abraço tia Elisa.
Oi, Tia Elisa.
Ainda há várias fotos, são aquelas dos dias 26 a 29/maio. Está nos meus planos, em breve tudo estará no ar.