Em finais de semana acontecem os famosos mercados de pulgas, hoje é domingo e vou visitar um, Dr. Flea’s Market. É bem longe da casa em que estou, mas quase ao lado há também o templo hindu BAPS Shri Swaminarayan Mandir, aproveito e visito também!
Dr. Flea’s Market
Depois de pegar um ônibus e um metrô, já estou no segundo ônibus desta jornada de início de domingo.
O bom é que a roupa das passageiros parece hindu – será que é mesmo – então este deve ser mesmo o caminho.
Em um determinado momento, estas passageiras dão sinal para o ônibus parar. Faltam ainda uns quatro pontos segundo o Google Maps, mas talvez elas conheçam um caminho melhor. Desço junto!
Pois é, elas estão indo para outro lado. Não vão para o templo hindu! Que raiva, terei que esperar outro ônibus passar – hoje é domingo, deve demorar um pouco. Mas …
… consulto novamente o Google Maps para ver o horário do ônibus e vejo que estou ao lado do Dr. Flea’s Market. Seria meu segundo ponto a visitar pela manhã, certamente vou mudar meus planos.
Cheguei ao Dr. Flea’s Market.
É uma loja atrás da outra!
Mas a sensação que tenho é a mesma quando vamos naquelas lojinhas da Av. Paulista, muitos produtos e qualidade discutível.
Além disso, estou achando este mercado de pulgas menor do que aquele que conheci em Montreal há alguns dias.
Olha só os Raptors fazendo sucesso aqui também!
Ah, isso é algo que não vi em Montreal. Há um mercado tradicional – de frutas e legumes – ao lado. É o Dr. Flea’s Farmers Market.
Tem mamão, só que muito caro. Fazendo os cálculo, quase uns 20 reais. Absurdo! E nem estão tão bonitos assim!
Também há um mercado dedicado apenas a móveis, funciona a semana inteira. Nada de trabalho só aos sábados e domingos, como o vizinho mais famoso.
Do lado de fora, aquilo que eu chamo de um autêntico mercado de pulgas. São produtos vendidos informalmente em mesas ao ar livre.
Conheci o mercado de pulgas! Eu poderia ter passado esta visita à Toronto sem vir aqui, não vi nada assim que justificasse os quase 90 minutos de transporte público.
Enfim, só sei disso porque vim ver. Então, valeu a experiencia!
BAPS Shri Swaminarayan Mandir
Minha expectativa é grande para o templo hindu, acho que vou gostar bem mais desta visita.
O Google Maps fala em 20 minutos de ônibus e uma pequena caminhada, ou uma caminhada maior de 30 minutos sem ônibus. É esta última a minha opção. Estou chegando ao templo.
Nossa, que lugar bonito! Muito bonito mesmo!
Valeu demais a caminhada!
Alguns monges – seria este o nome? – estão trabalhando no jardim.
Não há acesso por aqui…
… é preciso ir até o edifício ao lado.
Minha vontade de olhar o templo mais chamativo é grande, olho mais um pouco antes de continuar.
Fico pensando, existe este mesmo templo em Londres, eu estive lá. Acabei de consultar o post daquela viagem e comparei as fotos. Vejam como eles seguem mesmo uma padronização.
Nossa, parece o mesmo templo. Impressionante!
Em Londres, não lembro de ter prestado atenção aos detalhes de madeira no prédio de entrada. Aqui vou olhar com calma.
Fico imaginando o tempo gasto para fazer tudo isso. Uma eternidade.
Um aviso na porta já deixa bem claro, nada de fotos. É uma pena, o interior é ainda mais bonito. Pesquiso fotos na internet e replico aqui, preciso passar a emoção que estou sentindo.
Lindo demais, não é?
A alma está alimentada, o corpo não! Vou experimentar uma comida hindu vendida na lojinha de alimentos típicos ao lado da recepção.
Depois de muita indecisão, escolhi khichdi swaminarayan.
Prato vegetariano – todos eles são – tem arroz e lentilhas como base. Vão também batata, tomate, cenoura, berinjela, semente de mostarda e muito mais ingredientes. Está gostoso, mas ligeiramente apimentado. Gosto muito de pimenta, mas minha gastrite resistente iria preferir algo menos condimentado.
Na saída, presto atenção aos detalhes em madeira nas colunas.
Li lá dentro que esta era uma arte muito praticada até 1900, quando aos poucos foi ficando esquecida. Quando o templo em Londres foi idealizado, 1990, a ideia for aplicar integralmente a técnica em madeira.
Resultado, o mundo moderno voltou a contar com esta sensacional arte, os artistas especializados voltaram a ser valorizados.
Li também um pouco sobre o significado. esta posição de referência da imagem a seguir mostra que os visitantes são bem-vindos. É uma atitude de respeito a quem vem ao templo.
Com todas estas informações, sinto que a visita está completa. Vou atrás do ônibus e metrô para voltar ao centro da cidade.
Downtown
Meu próximo ponto de interesse fica em uma região bem mais central – ainda bem – já passei outros 90 minutos no transporte público e estou passeando nas ruas mais conhecidas até chegar a meu destino.
Este, por exemplo, é o Hotel Victoria, um ícone histórico.
Preciso pelo menos olhar a recepção.
Quase ao lado, outro ícone histórico, One King West Hotel & Residence.
O hotel fica bem simples quando seu vizinho também aparece.
Quem olha pelo lado de fora não se dá conta da beleza interior, diz um texto que encontrei. Então vou entrar!
Puxa, é verdade!
Esta bela escadaria, continua o texto, leva a um cofre no sub-solo.
Impressionante. Não estou à vontade para descer, afinal nem sou hóspede. Vou continuar andando lá fora.
Chegou ao Sony Centre for the Performing Arts.
Há muita gente aqui na porta, é que vai acontecer daqui a pouco o Stomp Urban Dance Competition/Showcase. É uma competição entre equipes, o tipo de dança que vejo ilustrado lembra aqueles shows do tipo Michael Jackson.
Estão todos muito animados, vários pequenos grupos ensaiam aqui na rua mesmo. É um jeito de apreciar o espetáculo, já que prefiro ir andando. Há muito em Toronto ainda para ver.
Por exemplo, gosto muito de ver o Sony Centre for the Performing Arts deste lado, a CN Tower comprova que estamos em Toronto mesmo (rs).
Vamos andando!
Distillery District
Meu próximo destino é o muito badalado Distillery District, uma antiga destilaria transformado em centro comercial e de eventos.
Ainda não cheguei, mas os prédios começam a ficar parecidos com aqueles que encontrei, já que a destilaria tem nos tijolos aparentes um de seus atrativos.
Tijolos aparentes e criatividade, gostei do mural que acabei de ver. Passo em frente ao prédio e vejo um órgão público ligado aos indígenas.
Falando em órgão público, este prédio é da polícia.
Como em várias regiões da cidade, aqui também a eterna convivência entre o antigo e o novo.
Por mais que eu ande, a CN Tower sempre vai comigo.
Cheguei ao Distillery District.
São 44 prédios de tijolos aparentes da antiga destilaria, desde 2003 abrigam galerias de arte, lojas, restaurantes, escolas, teatros e escritórios.
Os prédios por dentro são imbatíveis, estou entrando no primeiro.
É uma cervejaria artesanal. E uma bela cervejaria!
Aqui no Distillery District já foram gravados vários filmes, é um lugar adorado por turistas.
Sabem aqueles prédios que agora há pouco fizeram eu comentar sobre a coexistência entre o antigo e o novo? Ficam exatamente aqui!
Os restaurantes estão bem movimentados, este é um mexicano.
Vou entrar em uma galeria.
Dá para imaginar como era a destilaria antigamente!
As lojas sabem muito bem manter o clima festivo do espaço! Claro, os turistas gostam muito!
Aqueles prédios novos encrustados na antiga destilaria me deixam intrigado, sempre dou um jeito de olhar.
Até cheguei na portaria, pareceu um prédio residencial. Vi uma senhora chegando com compras do supermercado e um aviso na portaria indicando que moradores devem ter algum tipo de identificação.
Embora aqui funcionem também escritórios vários, o que mais atrai o público – turistas – são as lojas que conversam com nossa gula!
Há um outro motivo para eu ter vindo aqui justamente hoje. Acontece em Toronto um festival de música capela, aquele em que os cantores só usam sua voz, sem instrumentos. Eu sabia que às 16h30 teria um show ao vivo, acabou de começar.
Hmmm, são cantoras de países do leste europeu, não consigo entender uma palavra. Melhor passear um pouco mais.
Em uma das vielas, o prédio novo continua se intrometendo.
Vejam como tudo é muito festivo!
Dei a volta e agora vejo a plateia prestigiando as cantoras do leste europeu!
O detalhe é a viga de aço com a inscrição Gooderham & Worts, esta era a destilaria. Na época, a firma era a maior do império britânico.
Entro em uma galeria de arte …
… apenas para ver mais um outro prédio por dentro.
Vou andar mais, sem compromisso, aproveitando o lugar.
Entro em uma cervejaria muito concorrida, é difícil até passar entre os frequentadores – turistas, claro!
Vejo que é possível experimentar as cervejas artesanais, peço então uma … coffeee porter.
Não sabia exatamente o que era, mas achava que iria sentir gosto de café. E senti! Mas, cá entre nós, tomar cerveja e sentir cheiro e gosto de café não dá certo. Eu já não gosto muito de cerveja, dessa eu não gostei mesmo. Para ser claro, achei horrível!
Eu já estava quase indo embora, resolvi consultar o Google Maps para ver como chegar ao próximo destino. Vi marcado lá mais um ponto no Distillery District que valeria uma visita, Balzac’s Distillery District.
O local é mesmo lindo, até subo na sobreloja para uma visão mais abrangente!
Foi um ótimo programa de tarde de domingo!
St. Lawrence
Ainda tenho tempo, vou aproveitar que estou no bairro St. Lawrence e ver o que há por aqui.
Esta é a escola ligada à Little Trinity Anglican Church, igreja aqui ao lado.
Está fechada, nem tem como entrar. Mas dá para apreciar o jardim ao lado …
…. e a bela fachada!
Os tijolos aparentes continuam presentes em St. Lawrence, o bairro – se entendi bem o Google Maps – em que está o Distillery District.
Vou ver o outro lado!
Que criativo! Fica aqui a DECIEM, uma loja de produtos de beleza. Criativa, diga-se de passagem!
Algumas casas são charmosas demais!
Seguindo o Google Maps, tenho uma indicação para virar uma esquina. Não encontro a esquina, mas vejo no celular que passei por ela. Volto e encontro esse corredor, bem no meio dos prédios.
Quem poderia imaginar?
Este é o prédio da primeiro posto de correios de Toronto, o Toronto’s First Post Office.
Há vários páteos na cidade, Adelaide Courtyard é um exemplo. E de bom gosto!
Olha aí de novo a convivência das gerações.
Mais um último prédio, aí vou embora descansar.
Já quando é British Columbia, aquele em que fica Vancouver, o caso é outro.
Pelo jeito, vou gostar muito de visitar Vancouver! 🙂