Ao fundo, Lietzenseepark visto do alto da Funkturm, Torre de Rádio

Hoje é o primeiro dia de uma viagem de quase um mês inteiro em Berlim. Não vou negar que estou meio agitado e ansioso, não sossegarei enquanto não comprar um chip para meu celular. É impossível andar por conta própria em uma cidade como essa sem um Google Maps e os vários aplicativos que usei em outros lugares.

Depois de pesquisar muito, decidi por uma loja da O2. Vou à loja na Müllerstr. 28, Wedding e compro um chip de 5 GB. Não quero arriscar a ficar sem conexão, ou mesmo ter uma conexão ruim, em um lugar de Berlim que não faço a mínima ideia de como voltar. Com Google Maps isso não acontece.

Sinto uma certa propaganda enganosa, o site da O2 falavar que o chip em si não seria cobrado, apenas o plano. Mas o funcionário, um O2 Guru, disse que haveria sim a cobrança. Melhor deixar para lá, pode ser que eu não tenha entendido o que estava escrito – também pudera, escrito em alemão. Passei um ano inteiro estudando o idioma e a dificuldade ainda é enorme!

Entre feliz por finalmente estar conectado e desconfiado de ter sido ludibriado (rs), vou comprar agora um passe – bilhete único  – para o mês inteiro de metrô, trem e ônibus na cidade. Enquanto estava no Brasil, havia lido em vários blogs que uma boa opção seria o cartão semanal, 29 euros a cada semana. Seria minha compra. Felizmente, a Gabi, dona da casa em que estou aqui, recomendou o bilhete 10 horas, válido apenas para quem vai usar transporte público depois deste horário. É o meu caso, eu demoro um pouco para começar os passeios do dia porque fico escrevendo o blog e pesquisando pontos a visitar.

Foi uma bela escolha, 59 euros para o mês inteiro, praticamente a metade do preço se considerarmos as quatros semanas. Viva a Gabi! Mas tenho outro momento de stress, a máquina eletrônica de vendas não aceita meu cartão. Felizmente há um guichê, vamos lá.

Deu certo, aqui o cartão funciona. Reclamei com a simpática senhora alemã que me atendeu, perguntei se ela sabia o motivo do não funcionamento da máquina. Ela disse “é uma máquina”. Muito sensata esta alemã.

Vamos aproveitar o bilhete. Li no jornal ainda em São Paulo que haveria uma exposição voltado ao mundo das bikes hoje. Como gosto muito, lá vou eu. Não é todo dia que posso ver o que há de melhor na Alemanha.

Faço minha primeira viagem de trem, S-Bahn, do passeio. A sensação é ótima! O trem também!

 A feira é no Messe Berlin, um centro de exposições enorme.

O evento é tudo o que um amante de bicicletas pode desejar.

Muita coisa interessante, quase compro um capacete com luzes para andar à noite. Só não cedo a esta tentação porque seria um trambolho na mala e porque … não ando de bicicleta à noite (rs).

Ao sair da exposição, minha vontade agora é ver algum ponto bem famoso da cidade. Olho no Trip Advisor e vejo que estou ao lado da Funkturm.

Funkturm, ou Torre de Rádio, fica no distrito de Charlottenburg-Wilmersdorf e é uma das principais atrações turísticas da cidade. Confesso que nunca havia ouvido falar. Foi construída com uma estrutura treliçada em aço similar à Torre Eiffel.  Os 150 metros e aproximadamente 600 toneladas da torre foram planejados originalmente somente como uma torre transmissora, mas posteriormente foram incluídos um restaurante a 52 m de altura e uma plataforma da observação a 125 m de altura.

Subi de elevador, a informação é que ele pode subir a 4 metros por segundo. Deve até ser possível, mas hoje está uma lerdeza que até parece o elevador de casa. A vista, claro, vale a pena!

Olha só a Fernsehturm, um dos pontos mais famosos de Berlim. Em breve estarei lá!

Vejo daqui um lago, talvez seja um parque. Preciso ir lá!

No caminho entre a Funkturm e o provável parque, o primeiro prédio que me chama a atenção em Berlim.

E também um apoio à política de mobilidade implantada pelo Fernando Haddad em São Paulo, olha só:

Bicicletas aqui estão toda a parte, junto com ciclovias e locais para estacioná-las. Além disso, olha a velocidade máxima nesta rua: 30 km/hora. E ainda há quem reclame dos 50 km/h em São Paulo.

É um parque o lago, o Lietzenseepark. E que parque!

E olha só que legal… bem na virada de um pequeno túnel sob uma avenida.

Espero que aqui a prefeitura não seja obrigada a retirar a grade com os cadeados dos namorados, tal como fizeram em Paris.

Uma última olhada no parque, tenho que ir embora correndo porque do outro lado o céu está preto. Vem chuva forte aí!

O último trecho da viagem de trem até aqui está fechado para manutenção neste final de semana, tive que pegar um ônibus. Já que terei que pegar novamente um ônibus para voltar, prefiro ir de ônibus o máximo possível, vou abrir mão do trem.

Foi uma boa decisão, olha só o que vejo na saída do ônibus.

O que será? O Google Maps, que mostra fielmente o caminho, responde: Stage Theater des Westerns. Mais, vejo que estou ao lado do famoso zoológico de Berlim, bem no meio da cidade.

O zoológico talvez visite outro dia, quem sabe também este teatro – está passando Dança dos Vampiros.

Olhando um pouco mais a região, prédios imponentes e belos.

Olhe meu celular, está escrito Amtsgericht Charlottenburg.

Não vou conseguir pesquisar agora, estou cansado, melhor voltar para casa. Na estação de trem/metrô, uma cena vista em outras cidades: as pessoas andam normalmente com seus cachorros nos vagões. País desenvolvido é outra coisa!

Como fiz nos posts de outras viagens, terminarei este também com um mapa mostrando os pontos em que estive. Assim consigo ter uma noção maior de Berlim.

O ponto azul lá no alto direito do mapa mostra a casa em que estou. Até amanhã!