Gosto muito de passear por pontos pouco procurados, dá uma sensação de viagem única. Especial! Gosto também, claro, de ver os pontos tradicionais e por isso hoje o Portão de Brandemburgo está em minha lista. E todos os pontos badalados da região. O dia promete!
Não me canso de ver como o metrô aqui facilita a vida de todos. E não falo só sobre a eficiência do transporte, mas por ser possível levar bicicleta em qualquer vagão. E nossos animais de estimação – de qualquer tamanho!
Mais dois comentários sobre Berlim do dia a dia. Primeiro, parece que a Torre de Televisão, Fernsehturm, é onipresente. As fotos abaixo mostram. Desci na estação de metrô Friedrichstraße e ela está lá, vigiando.
Outra coisa que vi agora me fez lembrar um comentário da Karina Bach no post de hoje, ela pede para eu tirar uma foto do chão para mostrar como o povo aqui se comporta, muito melhor do que os brasileiros.
Karina, os pontos turísticos em Berlim são de fato muito limpos, mas a cidade real dos berlinenses é bem suja. O pessoal em geral não dá a mínima para a limpeza e educação. Olha só o lixo no chão … do lado de um cesto de lixo! Não foram capazes nem de acertar o buraco.
E esta é apenas uma foto, tenho visto muita sujeira por aqui. Parece que não se faz mais um alemão como antigamente. Ou talvez seja porque a cidade hoje tem gente de tudo quanto é parte do mundo! Não sei, nem posso entrar neste mérito.
Bom, vamos continuar o passeio. Apesar da sujeira em muitas lugares, Berlim é mesmo muito linda!
Estou na Unter den Linden, uma das mais bonitas e famosas avenidas daqui. Com 1,5 km de extensão, vai da Schlossbrücke (Ponte do Palácio) até a Pariser Platz, onde está localizado o Portão de Brandemburgo. Esta avenida fica na parte que pertencia à Berlim Oriental.
Com 60 metros de largura, duas pistas e um canteiro central com muitas árvores e bancos, a Unter den Linden tem belas construções, prédios históricos e monumentos, além de restaurantes, cafés e lojas. Estou passando aqui por acaso hoje, meu destino é outro. Provavelmente voltarei aqui novamente para fotografar e entender melhor o local. Por enquanto tiro apenas algumas fotos.
As fotos a seguir mostram a Komische Oper Berlin, a ópera de Berlim. O prédio é extremamente bonito!
Espero não ser repetitivo, mas é impressionante ver como os berlinenses usam bicicletas. É mesmo um meio de transporte para eles!
Andando um pouco mais, Hotel Adlon. Alguém importante deve estar hospedado aqui, há muita gente na porta esperando.
Finalmente, Portão de Brandemburgo.
É a primeira vez aqui que vejo uma quantidade enorme de turistas. Até então estava parecendo que Berlim era uma cidade menos visitada. Grande engano este meu!
Mesmo ansioso para chegar mais perto do Portão, não resisto ao prédio ao lado, Akademie der Künste, Academia de Artes.
Vou entrar.
Aqui de dentro, a vista do Portão de Brandemburgo parece mais exclusiva :-).
Para variar, ao sair da Akademie, olho para trás e lá está a Fernsehturm bem no fundo a nos observar.
Bom, hora de chegar mais perto do Portão de Brandemburgo.
Agora, embaixo do Portão, já consigo ver outro ponto turístico dos mais visitados aqui, Siegessäule – a Coluna da Vitória.
Olhando para trás, está – claro – a Fernsehturm!
Melhor não olhar para trás, vamos caminhando.
O Portão de Brandemburgo vai ficando mais distante.
Andando um pouco à direita, já entrando no Tiergarten, o enorme jardim/praça em frente ao Portão de Brandemburgo, um memorial aos homossexuais perseguidos no nazismo.
No Tiergarten há vários caminhos, sempre com muito movimento.
À minha direita o Reichstag, que pretendo visitar outro dia. Soube que há filas enormes para fazer a inscrição, filas enormes depois da inscrição e finalmente conseguir entrar. Soube também que é possível reservar pela internet, vou pesquisar antes de gastar meu tempo em filas. Em algum outro dia!
Quando saí de casa hoje, meu objetivo era visitar a Haus der Kulturen der Welt, um centro nacional alemão para a discussão e apresentação de arte contemporânea. Não exatamente pela arte em si, mas principalmente pelo prédio. No caminho, o Carrilon.
Confesso que não sabia, carrilhão é um conjunto de sinos colocados em torres. Vivendo e aprendendo!
A Haus der Kulturen der Welt, logo em seguida, impressiona por suas linhas arquitetônicas.
Lá dentro há uma exposição discutindo o uso que os governos e as empresas fazem dos dados que oferecemos todos os dias ao usarmos a internet. Assunto apaixonante, polêmico, interessante, mas não para quem está a passeio em Berlim.
Ando um pouco para conhecer o ambiente e já volto ao Tiergarten.
O parque é cortado pela avenida que liga o Portão de Brandemburgo à Coluna da Vitória. Estou bem no meio dela, dá para ver cada uma destas atrações em cada extremo.
As entradas de parques aqui são bem sinalizadas, consigo me localizar até mesmo sem meu GPS (rs).
Em uma das saídas do Tiergarten está o prédio da Filarmônica de Berlin. É para lá que vou!
Provavelmente a foto não mostra a grandiosidade do local, mas é realmente um grande edifício.
Bem ao lado está mais um espaço de eventos, modas e exposições. Minhas pesquisas mostram que é um mundo à parte, mas preciso resistir e ter foco, não vou entrar. Prefiro chegar aos locais planejados para hoje.
Meio sem querer, apareceu uma igreja, esta eu preciso ver de perto.
Que inocência a minha achar que é só uma igrejinha. A St. Matthaus-Kirche é local de grandes concertos musicais, talvez eu venha ver um. Hoje nem consigo entrar, está fechada agora.
Perto daqui encontro um dos prédios da Biblioteca Estadual. Há dois na cidade, vou entrar neste que está bem do meu lado.
Uau! Impressionante. Na saída procuro treinar meu alemão e entender o que está escrito na fachada.
Pesquiso e pesquiso a palavra “Taat” que inicia a frase, o Google Tradutor depois de um tempo pergunta se eu não quero dizer “Staat”. Bem, é isso mesmo, o “S” caiu, era só eu ter prestado mais atenção. “Staat” significa “Estado”.
Vou falar novamente, não resisto: como tem bicicleta por aqui. A foto abaixo mostra um estacionamento para bicicletas bem ao lado da biblioteca…
… e a próxima foto, em que já estou a uma duas ou três quadras distante, em um bairro bem mais comercial, mostra mais bicicletas estacionadas.
De fato, estou em um bairro em que muitas empresas mantêm seus escritórios, as fachadas dos imóveis mostram bem isso. Até lembrei de minha prima Adriana, fã da série Game of Thrones.
Eu sabia que havia um shopping por aqui, Arkaden. Vou aproveitar para conhecer e comer alguma coisa.
Belo shopping. Depois de percorrer seus três andares, escolho um local para almoçar. Olho as opções no cardápio, engato meu alemão meia-boca (rs) e – felizmente – a garçonete consegue me entender. Que bom, não vou passar fome.
Enquanto almoço, escuto um sotaque familiar, um sotaque nordestino. Não é que havia três brasileiros na mesa ao lado? Fiquei só observando, sem falar nada, até porque estavam para ir embora. É que uma das moças não estava conseguindo levantar da mesa, eu não aguentei e falei:
– Ninguém mandou comer demais!
Foi um belo momento. Rimos todos, a irmã da moça falou:
– Eu não falei para você tomar cuidado com o que fala, sempre pode ter alguém entendendo!
Foi divertido! Na saída do shopping, uma bela casa de espetáculos e também jogos, Sternberg Theater e Adagio Club.
Um pouco mais à frente uma Legoland, com uma grande girafa feita de bloquinhos. Nem acreditei, fiz questão de chegar perto para comprovar.
Bem ao lado, está o prédio da Sony. Li em algum lugar que é imperdível. Tenho mais é que entrar.
Uau! Ainda bem que entrei.
Há um elevador por aqui, vou subir.
Esta última foto acima tiro do deck de um café, há muita gente aqui curtindo a vista.
Melhor descer, olhar mais um pouco e continuar este belo passeio.
Saí do prédio da Sony, agora estou apreciando a beleza de outros prédios na região. Estou na Postdamer Platz, local dos mais modernos em Berlim, sede de grandes empresas.
Vejo em minha frente uma espécie de obelisco todo pichado, sou curioso, vou lá ver.
Nossa, que surpresa! É um pedaço do Muro de Berlim. Eu sabia que iria ver destroços do muro em algum momento, mas não esperava vê-lo agora. Sei que a emoção talvez não se encaixe, o muro foi algo ruim. Mas, não posso negar, estou emocionado. Vou fotografar mais de perto!
Inicialmente achei que os rabiscos fosses originais, alguns até são mesmo, mas outros foram feitos por ”espíritos de porco”, não sabem preservar o valor histórico de um marco destes. Tem muita frase do tipo “João ama Maria”!
Olha só que interessante, no chão há uma faixa indicando a posição do muro. É para ninguém esquecer!
Há até um mapa ao lado com um esquema ilustrativo.
Faço questão de fotografar os dois lados do muro!
E olha aí os cadeados de novo, gente!
Estes casais de namorados são bem criativos para representar seus amores eternos.
A faixa no chão avança para todos os lados, mostrando o quão intrusivo foi este muro.
Felizmente hoje Berlim faz de tudo para eliminar os estragos causados por esta divisão leste-oeste. Olha só a modernidade dos novos prédios bem encostado ao que seria o muro.
Há um grande passeio ao lado destes prédios, minha lógica dá a entender que este era o lugar do muro. Procurei na internet e o máximo que achei foi o nome, Gabriele-Tergit-Pomenade, além de textos questionando o trabalho em si. Como estamos apenas em blog de viagens, vamos deixar este assunto local de Berlim para outra oportunidade.
Percebo que abaixo de onde estou há uma estação de trens e metrôs, gosto de ver o transporte público das granes cidades. Vou descer para ver!
Nossa, até o shopping em que estava há pouco, Arkaden, tem saída para estação estação monumental.
Além das várias linhas de metrô, há também cruzando por aqui as linhas de trem (é o S que vemos bem à esquerda do painel luminoso).
Uma atração um tanto quanto inusitada encontro agora quando subo de volta ao nível da rua: Boulevard der Stars. É uma calçada tipo Hollywood, há estrelas representando os mais famosos artistas alemães. Olha uma delas, é do Christoph Waltz. Esse eu conheço, é um dos artistas alemães mais respeitados hoje. Fez, por exemplo, Bastardos Inglórios do Tarantino.
A calçada tem várias estrelas, confesso minha ignorância por ter reconhecido só uma delas.
Olha que interessante, há uns totens, é só chegar perto e vemos as imagens correspondentes às estrelas. Que bem feita esta calçada, não?
Muitos destes lugares que visitei hoje descobri graças ao aplicativo City Walks Berlin. É ótimo, propõe uma série de passeios com pontos agrupados por região, tudo para que você possa fazer caminhadas de 2 ou 3 horas e passar por todos os lugares indicados. Bom, eu demorei um pouco mais, ou muito mais, já que aproveito e vejo outras coisas também.
O passeio que fiz até agora chama-se Tiergarten Walk e falta apenas visitar a Marlene-Dietrich-Platz. Cheguei ao ponto, mas fiquei em dúvida: é essa a praça? Avanço um pouco mais para conferir a placa, vejo que o lugar é este mesmo.
Que sem graça! Bom, talvez esta assim chamada praça esteja aqui apenas para homenagear a artista, vale a intenção. Para não desperdiçar esta última etapa, encontro uma fonte e uma ponte muito mais bonitas ao lado da dita praça.
Já no interior do corredor que leva ao metrô, uma loja com uma vitrine muito, muito criativa. É de uma loja bem conhecida aqui, All Saints! Olha só as máquinas de costura, fazem lembrar a máquina de minha mãe que até hoje está em casa em Franca.
Para recuperar as energias, já que ninguém é de ferro, vou agora a um belo de um chocolate!
Termino, como sempre, com o mapa dos pontos visitados. Até a próxima!
Hoje me senti um pouco menos ignorante… Algumas, poucas, paisagens mais familiares.
Tudo, mais uma vez, lindoooo!
Aguardo amanhã.
Bia, legal ver que você está se encontrando em Berlim, fico muito contente. Vamos então aos próximos dias! 🙂
Magnifico!!!! Já faltam palavras…
Beijos
Ci, quanto mais palavras faltarem, mais terei certeza de que o blog está bom. Que bom!