KulturBrauerei, uma antiga fábrica de cerveja restaurada
Para variar, resolvo hoje experimentar o bonde de Berlim, que parece ser bem confortável. Bonde nas minhas palavras, por aqui o transporte é chamado de tram.
Já logo no metrô uma divulgação brasileira, olha aí o Ed Mota em um evento de jazz. Que bom!
Saio do metrô para pegar o tal bonde e vejo mais uma vez os berlinenses aproveitando uma bicicleta, mas com uma companhia especial – eles adoram cachorros por aqui!
Estou falando demais de bicicletas, é que motivos não faltam. Estou falando demais também em outra coisa que aparece sempre, a tão sempre presente … Fernsehturm. Saí do bonde e já dou de cara com ela.
Também dou de cara com os prédios diferentes e de bom gosto que tem na cidade.
Mais uma vez pedi ajuda do City Walks Berlin, hoje faço um passeio chamado Scheuenviertel Walking Tour. O primeiro ponto é Volksbühne, Teatro do Povo.
Que bom estar aqui, eu havia visto este prédio quando estive no alto da Fernsehturm, agora estou do lado para apreciar melhor.
Concebido originalmente para exibir peças sociais e reais para o povo a preços acessíveis, hoje o teatro faz muito sucesso, com muita repercussão na imprensa por conta de suas peças experimentais e contemporâneas – tudo isso informado pelo aplicativo (rs).
O bom é que o City Walk Berlin é só um ponto de partida, aproveito para ver outras coisas que chamam minha atenção. Por exemplo, o Cine Babylon, local de filmes premiados.
No caminho, mais prédios que merecem fotos até chegar à Alte Schönhauser Strasse, que segundo o City Walk Berlin é uma rua para que gosta de compras de bom nível.
Só que por enquanto estou andando em um canteiro central da rua (desde quando rua tem até canteiro central? Esta parece mais uma enorme avenida!), mas na direção oposta à indicada pelp aplicativo. Ainda não quero ver lojas, prefiro primeiro apreciar os prédios.
Vejo um monte de alemãezinhos entrando em um prédio grande, certamente é uma escola. Fiquei com vontade de entrar.
Entrei!
Belo pátio de escola, hein?!?
Vamos andar mais pela rua, há uma igreja mais à frente.
Parece fechada a igreja, nem vou tentar entrar. Até porque mais à frente vejo uma outra igreja.
Doce ilusão a minha pensar que era uma igreja, assim que entrei meu queixo caiu (rs).
Estou no KulturBrauerei, uma antiga fábrica de cerveja restaurada e preservada, hoje conta com restaurante, bar, lojas, um museu sobre a Berlim socialista, cinema e outras atrações. Eu não fazia a mínima ideia quando entrei!
Depois deste banho de bom gosto, vamos continuar a caminhada. Agora pretendo voltar à Alte Schönhauser Strasse, mas no lado das lojas. Claro, vou fazer outro caminho até chegar ao ponto em que comecei o passeio na rua, assim vejo coisas novas.
Pronto, a foto acima mostra que estou nas lojas da Alte Schönhauser Strasse. Ah, depois vem a Neue Schönhauser Strasse, um lugar ainda mais refinado.
Tudo bem, lojas e lojas, mas nada que merecesse uma foto. Entro então na Rosenthaler Strasse 39 e um lugar chama minha atenção.
Mal fazia eu ideia de que aqui ficava o Museu Anne Frank e que o lugar seria tão … descolado!
Só agora vou para o terceiro ponto indicado pelo City Walk Berlin, o complexo Hackesche Höfe, bem ao lado do Museu Anne Frank.
Hackesche Höfe é um um conjunto de oito pátios interligados, construído na primeira década do século XX, totalmente restaurado e revitalizado após a reunificação alemã. Construído em 1901, hoje abriga lojas, restaurantes, cinemas, teatro e apartamentos residenciais.
É um belíssimo exemplo da arquitetura Art Nouveau, segundo a Wikipedia, e chama a atenção porque cada um de seus pátios tem uma decoração diferente. Vamos entrar!
Merece mais uma foto do lado de fora, esta é um dos vários acessos.
Já que estou na região, vamos fotografar algumas coisas por aqui.
O nome aqui é Hackesch Markt, um local belíssimo com lojas, restaurantes e bem ao lado da estação de trem Berlin Hackesch Markt.
Não sei porque, mas gostei muito deste lugar. Talvez seja pelo espaço, pelas lojas, pelas pessoas…
Ou talvez pelo Curry 61, que o TripAdvisor aponta como um dos melhores cachorros-quentes de Berlim. Segundo visitantes e também berlinenses. Tenho que experimentar um!
Bem, vendo as opções e lembrando que ontem comi salsichas, fiquei com vontade de comer uma das coisas que os alemães gostam muito, uma boulette.
A boulette nada mais é do que uma espécie de almôndega amassada, ou poderia chamar de um hamburgão berlinense. Vai carne de vaca e de porco misturadas e bastante tempero, achei uma delícia!
Enquanto como, aprecio a região.
A última foto acima à direita mostra um hospital, St. Hedwig-Krankenhaus. O prédio é tão bonito e imponente que quase entrei. Mas é um hospital, achei melhor resistir à tentação.
Estou agora em frente a uma nova indicação do City Walks Berlin, uma igreja, Sophienkirche. Nessa eu quero entrar.
Para minha felicidade, uma pessoa estava estudando órgão. Olha ele tocando lá em cima, veja também que beleza de instrumento.
A igreja é bem bonita, tanto por dentro …
… quanto por fora.
O City Walks Berlin sugere mais um ponto, Clärchens Ballhaus.
É uma das antigas casas de dança de Berlin, época de 1920. Restaurada depois da guerra, hoje tem café e oferece aulas de dança. Hoje à noite tem aula de cha-cha-cha, mas este ritmo eu já sei (rs).
Esta é uma rua de galerias, artes, cinemas e assuntos afins. Vou entrar em uma delas, a Kunst-Werke, também uma sugestão do City Walks Berlin.
Bonito espaço, assim como bonita é a rua em si, Auguststrasse.
Já entrei em uma galeira agora há pouco por indicação do City Walks Berlin, agora vou entrar por minha indicação. Há uma aqui que me chamou a atenção, como será lá dentro?
A casa tem um belo de um jardim atrás, vejo da janela.
Se o térreo já é assim, lá em cima deve valer mais ainda a pena. Embora tenha um elevador daqueles mais do que antigos, de porta de ferro tipo sanfona, prefiro subir a escada. Terei assim a chance de ver com calma cada andar.
No primeiro andar cumprimento este simpático guarda, não há nada que me chama a atenção e continuo subindo.
Embora as mostras nas galerias sejam interessantes, não tenho paciência para isso. Eu gosto mesmo é de andar e ver os prédios. Vou descer novamente.
E aí percebo o vexame que passei. Pois é, o guarda ainda estava lá na mesma posição. Não é gente, é cera. Que mico! (rs) Mas que parece real, parece. Veja só o rosto dele!
Ainda bem que o pessoal lá dentro está entretido, ninguém me viu. Melhor embora continuar o passeio e ver os prédios lá fora.
O City Walks Berlin indica agora uma fábrica de chocolate, bonbonmacherei. Demorei para achar, fica meio escondido, mas achei.
Só que a fábrica não funciona às 3as. feiras, dia de minha visita. Como é que eu iria saber? Vamos em frente.
O City Walks Berlin indica agora a Neue Synagoge, uma sinagoga da comunidade judaica de Berlin construída entre 1859 a 1866 na Oranienburger Strasse. Embora tenha sido usada como depósito em épocas de guera, hoje é uma sinagoga em pleno uso.
O problema é o medo que todos têm aqui de atentados, principalmente em comunidades judaicas, então há uma barreira policial bem em frente. Não dá para chegar perto, a não ser para frequentar mesmo a sinagoga.
O último ponto indicado pelo City Walks Berlin é o Monbijoupark.
Já vi que vou gostar, mas um prédio em reforma bem ao lado também chamou minha atenção.
Até pesquisei o que deveria ter sido aqui antes, mas não encontrei. Não importa, o resultado promete. O alto do cartaz acima fala Tradition mit Zukunft, ou Tradição com futuro. É, certamente vai ficar impressionante.
De volta ao Monbijoupark.
Este parque fica do lado do Rio Spree, as duas fotos abaixo me lembram demais outras que tirei do Sena ao lado do Louvre. É muito, muito parecido!
Eu não sabia, mas Berlim também tem praia, Strandbarmitte. É, eles chamam de praia este trecho ao lado do rio. Há bares, mesas, parece que tudo aqui é festa na época de verão.
Agora que já passei por todos os pontos indicados pelo City Walks Berlin, vou voltar para uma espécie de ruína que vi bem longe. No caminho, passo por trás deste imóvel que está sendo reformado, quero ver se tenho alguma pista sobre o que era ali antes.
Nem ideia! Vamos em frente!
Passo por outra igreja, mas já está tarde e prefiro não entrar.
Chego na Oranienburger Strasse, aparentemente uma rua normal.
Mas do outro lado um dos lugares que ainda não foram reconstruídos, a sensação de destruição é grande. E triste!
O City Walks Berlin informa o nome daqui, Kunsthaus Thacheles. Este é um antigo quarteirão judeu, este prédio era um antigo supermercado que atendia a região. Também já foi uma prisão nazista. Após a queda do Muro, artistas vieram para cá e o chamaram de Thacheles, que em Yiddish significa algo como falar abertamente. Infelizmente agora o local parece não funcionar mais.
Ao lado, uma barata enorme…
Perguntei à Gaby, dona da casa em que estou, o que significa esta frase abaixo desta barata assustadora que sai da parede. Ela disse que a tradução é bem difícil, e olha que ela é tradutora aqui em Berlin. Em linhas gerais, a frase remete a uma música muito conhecida na Alemanha e faz algum trocadilho com a palavra wanzen e tanzen, tudo para dizer que o governo continua espionando tudo – com muro ou sem muro. Uau!
Vamos olhar um pouco mais o local.
Pelas colunas, dá ver como era imponente este local.
Do outro lado da rua, bem em frente, tudo já foi devidamente reconstruído. A diferença é gritante.
Talvez este local tenha sido originalmente o Oranienburger Tor, Portão de Oranienburger, já que este é o nome da estação de metrô aqui, U-Bahnhof Oranienburger Tor.
Bom, dá tempo de uma última visita hoje. Estive na Alexanderplatz em um domingo, estava tudo fechado. Quero ver se vejo pelo menos um dos centros comerciais que estão por lá.
É perto, vou de bonde, assim vejo a paisagem. Olha que legal a sequência de fotos abaixo: na primeira o Google Maps mostra em azul o trecho que tenho que percorrer em 14 minutos usando a linha M5 de bonde.
A segunda foto ainda é o Google Maps detalhando o caminho – são 5 pontos e 8 minutos de viagem dentro do bonde, mais 2 minutos a pé até chegar ao bonde e por fim 4 minutos a pé até a Alexanderplatz.
Para ter certeza de que estou no lugar certo, a terceira foto mostra o ponto de transporte público indicando que a linha M5 do bonde passa ali mesmo. Assim fica fácil, tudo funciona!
Escolho para ver o centro comercial, ou shopping, Alexa. Os comentários que li dizem ser um grande local de lojas, mas com fachada de cor discutível (rs).
Olha aí, Ci, aqui também tem Pandora. Até fotografo a vitrine para você ver se as jóias são iguais à que a loja oferece no Brasil.
O shopping Alexa é de fato muito bonito. E enorme!
Aproveito a praça de alimentação para saborear um tradicional prato chinês.
Na saída do shopping, mais um centro de lojas, este abaixo da ponte por onde passa o trem.
Hora de ir para casa. Termino com o mapa de lugares visitados. Até mais!
Nossa, quanta coisa bonita…
Você falando com o guarda de cera…rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs …que coisa…rsrsrsrs… O guarda parece o José Vasconcelos …rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs…
Gostei de ver Belim sem a reconstrução, muito triste! Você não entrou no museu da Anne Frank?
Continue caminhando e bom passeio!
Küsse
Ci, é verdade, ele parece mesmo o José Vasconcelos. Não tive vontade de entrar no museu, eu não gosto muito. Preferi investir o tempo vendo todas aquelas paredes grafitadas. Um show!
Até pra mico, Berlim é charmoso.!!!!! Se não tivesse contado ninguém perceberia…
Tudo muito imponente e surpreendente. Parece que atrás de uma porta tem sempre um monte de coisas inimagináveis. É isso ????!!!! Até amanhã.
É isso mesmo, Bia. Cada porta aberta é uma surpresa. É muita emoção!