Ampelmann, boneco mais famoso de Berlim
Mais um dia dedicado a museus. Primeiro, Altes Museum e depois Bode-Museum, os dois que ainda não vi na Museuminsel.
Já estou na entrada do Altes Museum.
Do alto das escadarias, a vista justifica fotos.
Na hora de enquadrar a imagem acima, até pensei em dar um jeito de não incluir os guidastes ao fundo. Resolvi deixar para ser mais autêntico, Berlim é um grande canteiro de obras, sempre há uma por perto.
Embora o lado de fora o Altes Museum impressione pela suntuosidade, aqui dentro é tudo mais despojado. Bonito, mas simples!
Estou em um ala chamada Places of the Gods, aqui há artefatos da Grécia antiga.
Fotografo os artefatos…
… a cúpula do museu…
… e os detalhes da cúpula.
Mais uma volta pelo museu até chegar a um grande vão central.
Para minha surpresa, o Altes Museum é bem mais simples do que os outros que vi ontem. Já estou encerrando a visita. Antes, fotografo uma porta de ferro com trabalhos minuciosos inacreditáveis.
Falta um museu da Museuminsel, é o Bode-Museum. Vou para lá agora.
É preciso dar uma volta ao largo do Pergamonmuseum, o tapume da obra – já que o museu está em reforma – mostra o nível de planejamento típico dos alemães.
Os desenhos exibem as várias etapas de reconstrução e restauração do museu, última em 2025. Nossa, isso é que é planejamento!
Estou passando ao lado do Bode-Museum…
…até finalmente chegar à frente dele. Bela frente, diga-se de passagem!
De frente do museu, antes de entrar, uma foto do Rio Spree…
…e de uma escultura que fica bem na porta. Procurei por toda a parte aqui descobrir do que se trata, depois na internet, não tive a mínima pista. Só sei que é meio estranha.
Estava achando que seria um museu igualmente simples igual ao que havia acabado de visitar. Doce ilusão! Nem sabia para que lado fotografar, fiquei mesmo meio perdido!
Fôlego recuperado, vou subir a escada e iniciar a visita.
A subida e parte superior do museu empatam em beleza com o térreo.
Entro na Basilika, a sensação de espaço é enorme. E beleza também!
Mas e a exposição em si? Bom, eu não sou a melhor pessoa para falar de obras expostas em museus. Confesso que nada até agora atraiu minha atenção.
Claro, o valor histórico é inegável. Mas eu não sou muito ligado em história. É uma falha minha, eu concordo!
Mesmo assim, de vez em quando, eu paro e fotografo. Faço isso quando gosto muito.
Esta obra chama-se Retable of the Pentecost, é de 1478. Sento em um banco bem em frente, fico ouvindo a descrição no áudio-guia que peguei na entrada. É bom ouvir, fica mais fácil entender.
Por exemplo, descobri que lá do lado direito, bem em cima, estão João Batista e Jerônimo.
Escrevo o nome assim, sem chamá-los de santos, porque tento ser fiel ao áudio, que também não os chama de santos.
Gosto muito de olhar detalhes, então vamos a eles.
No pé da estátua, há um homem com uma grande barba … como alguém pode ter a habilidade de esculpir algo assim? Fico admirado!
E esta próxima escultura? Que maravilha o cabelo! Olha então a coleira do cachorro!
Estou agora em um local chamado … acreditem … Small Dome. Imagina só chamar um lugar grandioso deste de small? Há uma explicação, o que vimos logo na entrada do museu é o Great Dome. Ah, bom!
Agora, daqui de cima, olhando para baixo e também para cima, um pouco mais perto da cúpula.
Gosto tanto de ver o museu em si que dou um jeito de voltar à Great Dome para comparar com a Small Dome.
Fico leve quando vejo lugares como estes. É bom, assim relaxado, presto muito mais atenção no que está exposto no museu. Também, uma obra dessa abaixo não há como não admirar.
Procurei mais informações sobre esta obra, mas a inscrição não ajudou muito.
Está na hora de ir embora, o mais importante para mim – o museu em si – já foi muito bem aproveitado. Mas não resisto às últimas fotos na saída.
Ao comprar meu ingresso ontem para visitar o primeiro museu da Museuminsel, optei pelo Museum Pass Berlin. É válido por dois dias, já usei ontem o dia inteiro e hoje metade do dia. Vou aproveitar e visitar outros museus agora. Consultando no guia impresso que recebi ao comprar o passe, vejo vários lugares interessantes, o mais perto é a Nikolaikirche. Já estive lá no começo da viagem, mas só entrei na área livre da igreja. Hoje vou conhecê-la a fundo. Literalmente!
Começo a andar, veja só quem encontro.
Éo ampelmann, o boneco mais famoso de Berlim.
Outra cena repetida, mas agora justificando o nome.
Quando passei aqui outro dia, o TripAdvisor chamava este local de praia de Berlim. Sim, porque aqui o pessoal ficava sentado tomando uma cervejinha. No dia em que estive aqui estava muito frio, o lugar estava deserto. Hoje tem sol, todo mundo veio para a rua.
Vou caminhando às margens do Rio Spree…
… depois me afasto um pouco em direção à Alexanderplatz até avistar ao fundo meu objetivo de agora, a Nikolaikirche.
Entro na igreja, mas a recepcionista já vai logo avisando, é preciso ir primeiro à parte superior. Ela explica que daqui a pouco haverá um concerto de órgão e os turistas não podem subir. Em vez de reclamar, eu fico é contente e pergunto se posso ficar para o concerto. Ela, bem simpática, diz que posso sim, eu já paguei o ingresso.
Vou subir.
Bonito o que estou vendo aqui em cima. Mais bonito ainda é o que vejo embaixo.
Andando mais um pouco acima, encontro o órgão. Nunca havia visto um de perto, estou gostando muito da sensação.
Nem sabia que órgão tem pedal igual ao piano.
A Nikolaikirche não funciona mais como uma igreja, hoje é uma espécie de museu. Bastante destruída durante a guerra, o trabalho de reconstrução foi notável. Estou agora em frente a um trecho preservado da parede mostrando parte da pintura original.
Estou aqui pensando se conto ou não um caso. É meio estranho, talvez até inapropriado falar disso em um blog, mas é tão criativo o caso que preciso contar. Se houver muita reclamação de conteúdo impróprio (rs), retiro o texto e fotos.
É que fui ao banheiro, banheiro de homens nem sempre são muito limpos. Já vi vários em que há avisos implorando para o usuário prestar atenção, não molhar o chão. Olha só o que fizeram aqui, desenharam um mosquito bem no meio do mictório. Preciso confessar, é irresistível não tentar atingir o alvo. E aí o chão fico seco. Pois é, criatividade é isso mesmo!
Preciso contar mais um caso. Sabe a recepcionista com quem conversei há pouco? A que me liberou para ficar no concerto já que o ingresso estava pago? Pois é, ela meio que foi com minha cara (rs).
Já na parte debaixo da igreja, ela se aproximou e disse que iria algo das obras da igreja que passa batido por todos. Chegando bem na frente, ela apontou um dos anjos pendurados.
– Está vendo aquele anjo? Ele está olhando especificamente para um lugar, vá lá embaixo e tente descobrir.
Eu fui, havia um anel em um dos dedos do pé.
– É isso mesmo, ele está estranhando aquele anel que puseram no dedo dele.
Bom, explicando a brincadeira da recepcionista. Este anjo teve o dedo quebrado, foi preciso colocar um anel para fundir a parte quebrada ao resto do dedo. A coincidência é que o anjo está olhando justamente para a posição do anel, parece mesmo que ele está olhando o anel. A recepcionista foi mesmo com a minha cara, duvido que algum outro turista tenha tido esta informação (rs).
Continuo vendo a igreja, a recepcionista se aproxima novamente conta que aquele anjo, e os outros que estão ali, parecem ser de mármore. E ela pergunta se eu concordo.
Olhando de perto, bem de perto, parece mesmo que o material é mármore.
Ela explica, porém, que durante a restauração foi usado uma tinta que simula mármore. Os anjos são todos de madeira, ela me mostra então um local de um anjo para comprovar.
Que bom ter uma guia especial dentro da igreja.
Ela mostra agora uma espécie de uma colcha, The Zehdenick altar cloth.
A inscrição ao lado da obra, e não mais a recepcionista, informa que esta colcha é a única testemunha da arte têxtil medieval. Há décadas especialistas vem tentando descobrir o que são estes desenhos e como a colcha era usada, mas nada conseguiram até agora.
Dou uma última olhada nos anjos, na fundação preservada da igreja e na igreja como um todo para encerrar minha visita.
Agora vou me sentar que o concerto de órgão vai começar.
Quase 50 minutos depois, estamos todos extasiados. O organista foi intensamente aplaudido, com razão. A força da música deixou todos arrepiados.
Aqui fora da igreja, a selfie do dia.
No caminho de volta para casa, bem ao lado do embarque no metrô, um grupo de Chewbaccas – isso, aqueles mesmos do StarWars, eles estão sem as máscaras, que estão caídas nas costas – fazem também uma selfie. O motivo? Não faço a mínima ideia.
Depois dessa, só encerrando. Até o próximo!
Nossa, que dia mais que especial! Eu amo história e amo museu…ainda bem que você está sozinho, a visita teria demorado mais…rsrsrsrs…
Estou animada pra os próximos museus!
Bjssssssss
Ci, seria o máximo ter visitado estes museus com você, mesmo que a visita fosse muuuuito mais demorada.
Sabia que iria gostar desses também, que dúvida!
Cada lugar novo parece mais bonito que o outro visitado. Que coisa, não?