Maio, 07 (22/28) – Tempelhofer Feld, Neukölln, Landwehrkanal – e muito Brasil no caminho

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East Side Gallery – 1.316 metros preservados do Muro de Berlim

Planejei para hoje Tempelhofer Feld, um antigo aeroporto de Berlim. Foi um papel importante na guerra, era por lá que chegava muito coisa na cidade dividida, mas ele foi desativado. E virou um grande parque público.

Curioso, preciso visitar.

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É uma sensação diferente estar na pista de pouso de um aeroporto. É louvável a transformação em mais uma área de atividades para a população de Berlim.

Aqui venta muito, como era de se esperar para um local descampado assim, um lugar ideal para bicicleta, skate, patins e corrida. Embora eu não esteja vendo, li que aqui é praticado um surf com skate, uma espécie de windsurf, mas com skate. Há muitas crianças soltando pipa, em setembro acontece o Festival das pipas gigantes. O parque também é muito usado para eventos não só na área externa, mas também nos prédios do aeroporto, como feiras e festivais de música.

Repito, muito boa a iniciativa, mas se morasse em Berlim eu jamais viria aqui para caminhar, fazer um churrasco ou algum tipo de atividade na grama. As pessoas fazem isso também, até há áreas específicas para churrasco, mas eu prefiro algum dos vários e admiráveis parques que existem na cidade.

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Agora, para andar de bicicleta – algo que gosto muito, é excelente. Pena que a estação mais próxima do Call a bike está longe daqui, senão talvez eu experimentasse.

Encerro a visita e vou andar na região. Vi uma sugestão de passeio no Viaje na viagem, do Ricardo Freire, vou tentar encaixar as sugestões naquelas que eu havia planejado também. Ele sugere a Pannierstrasse, o eixo gastronômico de Neukölln. Coloquei a rua no Google Maps e estou indo para lá.

No caminho, fora do roteiro do Ricardo, um parque que eu queria ver: Volkspark Hasenheide.

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Achei um texto que falava sobre o tamanho da parque e as várias atividades que acontecem por aqui. Até um pequeno zoológico existe. Vamos andar e ver tudo com calma.

Eu esperava encontrar muitas atividades, mas esta aqui JAMAIS!

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Conte três da direita para a esquerda, veja um rapaz de calça amarela. Pois então, é um brasileiro ensinando a batucada do Olodum para os alemães. Escutei o som de longe e fui chegando. Achei demais! Esperei acabar uma música, fui lá e me apresentei para o maestro. Ele abriu aquele sorriso típico brasileiro e me convidou para tocar também. Pena que eu não sei batucar, senão…

Ainda ouvindo a batucada, o parque inteiro ouve, continuei andando. Encontrei parque de diversões…

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… e até zoológico.

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Esta última foto mostra um menino sentado junto com sua mãe. A imagem está muito pequena, não dá para ver, mas ele está encantado com os animais.

Voltando ao roteiro do Ricardo Freire, estou na Pannierstrasse. Ele comenta que a rua tem lugares bons e baratos para comer, o mais famoso é o Berlinburger International. Ainda segundo o Ricardo, é uma portinha que sempre tem fila e serve o hambúrguer mais cultuado da cidade.

Estou na porta da lanchonete, que é mesmo muito inspirada.

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Nem há fila, mas lá dentro – um lugar minúsculo – está entulhado de gente. Ah, não, esta eu passo. Outro dia já experimentei o Marienburger Imbiss, na Marienburger Strasse, considerado o melhor hambúrguer de Berlim, então não vou enfrentar a muvuca.

Já estou no Canal LandwehrPaul-Lincke-Ufer Strasse, mais uma recomendação do Ricardo.

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Só que estou com fome, não comi o hambúrguer. Aqui perto há o Görlitzer Park, vou lá visitá-lo e ver se encontro algo para comer.

Cheguei, lembrei que há havia visto o parque e esqueci de marcá-lo como visitado no Google Maps – bem feito, eu deveria ter prestado mais atenção, não achei algo para comer, mas pelo menos estou apreciando a beleza da região.

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Ponto para mim agora. Posso até esquecer de marcar algumas coisas no Google Maps, mas estou agora próximo a um ponto marcado em verde. Marquei pontos brasileiros nesta cor, o que significa que este é um restaurante de comida brasileira. E é mesmo, olha.

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Tem coxinha, feijoada e arroz com feijão. Até fico com vontade de pedir feijoada, mas acho meio arriscado. Vou de arroz, feijão e farinha.

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Que maravilha! Estou resolvendo minha fome, matando a saudade do bom e velho arroz com feijão e ainda sentado em uma mesa na calça apreciando o movimento. Precisa mais?

Agora muito mais relaxado, e sem fome, vamos voltar ao Canal Landwehr. Por que voltar? Porque o Ricardo Freire recomenda a Admiralbrücke, que virou point da garotada. Vamos andando até a ponte.

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Esta é a Admiralbrücke, o Ricardo Freire estava certo, está o maior movimento lá do outro lado. Todo mundo sentado nas mesas, conversando, tomando café e cerveja. Só não fotografo porque acho meio chato apontar o celular para as mesas. E também não vou tomar uma cerveja porque estou sozinho, iria certamente se estivesse acompanhado. E também não sinto falta, não gosto muito.

Prefiro continuar a caminhada e conhecer outros pontos da região.

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A foto anterior é de uma escola. Que escola!

Estou eu andando para o próximo local de visita quando vejo uma ponte que não passa sobre um rio ou canal, mas sobre uma rua. Pesquiso no TripAdvisor e descubro que se trata do Engelbecken Park.

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Vou lá ver.

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Na hora eu não me dou conta, mas agora enquanto escrevo o blog percebo que já estive em um outra ponto desta alameda. Foi o dia em que descobri um longo caminho que terminava em um grande lago, justamente o lago Engelbecken. E logo atrás do lago, a St. Michel’s Church. Naquele dia fiquei esperando chegar 18 horas, quando a porta da igreja abriria para a missa. Está no post de 22/abril, post 7 de 28.

Vou caminhar um pouco aqui, a calma e paz no parque é grande, a vista dos prédios laterais também!

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Chego no Kraftwerk Berlin, um grande centro de eventos e exposições.

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Vejo se há algo acontecendo para eu entrar e conhecer o lugar, mas hoje há apenas o show Same Bitches, que pelo nome não deve fazer o meu estilo (rs). O show começou às 9h da manhã e vai até bem tarde.

Continuo andando, muitas vezes me deparando com cenários inesperados.

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Esta foto mostra só uma fachada, algum lugar preservado.

Estou indo agora para um dos lugares mais visitados em Berlim, a East Side Gallery. Mas ao passar pelo Rio Spree uma foto … do rio e outra minha!

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Já bem ao lado da East Side Gallery, um prédio bem antigo, aparentemente abandonado. Acredito que esteja assim desde a guerra.

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A rua ao lado deste prédio é bem larga, arborizada e bonita…

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…prepara o espírito para chegar na tão esperada East Side Gallery.

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São 1.316 metros preservados do Muro de Berlim, virou um galeria de arte com 105 pinturas de artistas de todo o mundo. Os trabalhos de pintura começaram em 1990, o local é considerado a mais longa galeria de arte a céu aberto do mundo.

O interessante é que tudo foi iniciativa espontânea dos artistas, embora seja possível ver também pichações e vandalismo. Algumas atuais – há muito nome de turista, outras – históricas – relacionadas à época em que a cidade estava dividida.

As duas fotos exibidas até aqui estão no lado oeste do Muro, local em que estou agora. Há vários prédios modernos em construção por aqui. Este da foto seguinte parece estar pronto para venda. Que construção mais … diferente.

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Aproveito para fazer um merchandising da Mercedes-Benz (rs), viram o prédio ao lado?

A galeria mesmo fica no lado leste. Vamos ver então este outro lado.

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Achei esta próxima o máximo!

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Bem ao lado, às margens do Rio Spree, o pessoal fazendo o que mais gosta em um dia de sol em Berlim.

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Esta próxima imagem é bem divulgada quando se fala na East Side Gallery.

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E esta seguinte é a mais famosa de todas.

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É o beijo do líder soviético Leonid Brezhnev no presidente comunista alemão Erich Honecker. Esta cena realmente aconteceu e ganhou a legenda “Meu Deus, me ajude a sobreviver a esse amor fatal.”

Deixaram um portão com grade aqui no Muro, adivinhe só o que tem nele?

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Olha os cadeados aí de novo, gente!

Uma última imagem do muro, também muito significativa.

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East Side Gallery é um acontecimento, uma festa. Depois da visita ao Muro, bem em uma das extremidades, o pessoal tem mais é que bebemorar!

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Ah, um detalhe, é sobre a temperatura em Berlim. É a cidade dos extremos, saio de casa pela manhã morrendo de frio e chego ao final do dia derretendo de calor. Eu e um chocolate que guardo na mochila para a hora da fome. Tentei comer um pedaço após a longa caminhada e nem conseguir pegar, estava muito mole. Pois é!

Mapa dos pontos visitados hoje
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Mapa dos pontos desta região visitados na viagem até agoraMapaMaio07Maior

2 pensou em “Maio, 07 (22/28) – Tempelhofer Feld, Neukölln, Landwehrkanal – e muito Brasil no caminho

  1. Muito legal o muro, pena que tem gente mal educada em todo lugar…
    Ai, uma cerveja alemã!!! Delícia!!!!
    Aproveite o sol, você deve chegar em São Paulo com tempo chuvoso e mais frio…bom agora frio não é mais problema pra você …rsrsrs…
    Bjsssssss

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