Maio, 09 (24/28) – Oberbaumbrücke, Treptower Park e um dos cartões postais de Berlim, o Molecule Man

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Molecule Man

Vou voltar à região da East Side Gallery, havia muito o que ver por lá, eu estava cansado demais no final do dia e resolvi voltar depois com mais calma. O depois é hoje!

Peguei um ônibus que passou por 22 pontos antes de chegar a meu destino. Se estivesse em um dia de trabalho, em São Paulo, teria achado ruim ter andado tanto assim, mas eu gostei bastante aqui, afinal consegui andar por uma boa parte da cidade.

Estou agora em outra das grandes estações, Ostbahnhof. Estas estações maiores realmente parecem um grande shopping.

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Vi mais um urso, fiquei intrigado. Por que tanto urso assim na cidade? Fui pesquisar, descobri que há quem acredite que o nome Berlim, ou Berlin, em alemão, venha da palavra Bärlein, que significa pequeno urso ou ursinho. Ninguém pode garantir que isto é verdade, e o mais provável é que não o seja, mas é fato que o urso é mesmo o símbolo de Berlim. Tanto que aparece na bandeira da cidade.

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Também não se sabe exatamente porque o urso foi escolhido como representante da capital, mas é inegável que a ligação entre Berlim e o urso tornou-se tão grande que é impossível passear pela cidade sem tropeçar na escultura de um deles. Não é por acaso que o prêmio principal do Festival de Berlim, um dos maiores festivais de cinema do mundo, é um Urso de Ouro.

Não vou mais estranhar os ursos.

Por mais que eu anda, a Fernsehturm está do meu lado. E olha que atravessei a cidade hoje, hein!

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Um dos lugares que chamou muito minha atenção quando estive na East Side Gallery foi o Energie Forum Berlin, que fica bem ao lado. Hoje vou entrar.

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A entrada já justifica meu interesse. O interior também.

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É um prédio que combina uma parte antiga com outra de absoluta vanguarda, tanto que seu lema é alta eficiência e baixo consumo no uso da energia. Uma das fotos anteriores mostra o novo e o velho conciliados. Minha pesquisa na internet mostra também que este é um projeto financiado em conjunto pelo Senado de Berlim e o distrito Friedrichshain. O foco é o setor de energias renováveis e utilização racional da energia.

Ouço sirenes, são batedores da polícia escoltando um desfile de motos. O que será? Alguns carregam bandeiras da Rússia. Não entendi!

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Embora o local mais badalado aqui nesta região seja mesmo a East Side Gallery, eu já estive lá, aproveito para andar em ruas paralelas até chegar a meu objetivo principal, a Oberbaumbrücke. É uma das pontes mais famosas, senão a mais famosa, da cidade.

Vamos às ruas laterais enquanto isso. Esta é uma casa de espetáculos…

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… e estes são prédios bem antigos, provavelmente estão do mesmo jeito em que estavam na época da guerra. Aqui sim eu consigo ter um exemplo verdadeiramente histórico da cidade.

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A região também conta com a Mercedes-Benz Arena, um dos mais belos locais de espetáculos da cidade.

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Está fechado, hoje é 2a. feira de manhã. Até tento, mas uma simpática segurança fala Nein! Então eu pelo menos fotografo a East Side Gallery, que fica lá do outro lado! Se você forçar a vista, conseguirá ver o Muro.

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Dizem que Berlim é a cidade dos murais, da arte alternativa, arte de rua. É mesmo!

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Vi em um site uma relação de pontos relacionados ao Muro de Berlim de algum jeito. Marquei no Google Maps e sempre que possível eu visito. Este silo, por exemplo, foi usado como torre de observação.

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Pronto, vamos ao principal objetivo da visita a esta região, a famosa Oberbaumbrücke.

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Bela ponte, a fama é justificada. Vou tentar uma foto mais distante, ter uma ideia melhor do todo.

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Estou bem na margem do Rio Spree, é 2a. feira de manhã e o pessoal já está tomando sol na grama. Serão turistas? Serão berlinenses?

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Olha só que interessante, há um barco aqui. E não é apenas um barco, é um hostel.

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Já pensou, ficar hospedado na beira do Rio Spree? O preço até que é razoável, o valor de um quarto médio individual com banheiro é de 60 euros por dia. Há também quartos para grupos e até quartos duplos, maiores.

Vamos à Oberbaumbrücke, dá para andar por baixo dela.

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Já atravessei por baixo, agora vou voltar por cima, mas ao lado.

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As imagens são tão lindas que não resisto à tentação, preciso fotografar tudo que é belo (rs).

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Em cima da ponte dá para ver o hotel-barco por inteiro, então mais uma foto.

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Vi um texto em que o autor dizia que Berlim é cidade da street artarte nas ruas, e que se você tiver pouco tempo para ver estes trabalho, é preciso pelo menos passar pelo cinema Intimes. O distrito, é exatamente este em que estou agora, é Friedrichshain .

Se é assim, vamos lá ver.

Sei que algumas vezes eu insisto no mesmo ponto, mas estou de novo em outro local da cidade e olha lá no fundo da foto.

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A boa e sempre presente Fernsehturm.

Cheguei ao cinema, ou melhor, ao Kino Intimes. É, valeu a pena vir aqui.

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Parece que o pessoal gosta mesmo de um grafite, olha só o início desta rua.

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Também há prédios normais – e muito bonitos!

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Às vezes fico cismado com o Google Maps, o caminho indicado dá voltas estranhas.

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Nem bem fiz a primeira volta, parei minha caminhada. A foto acima não parece quase um mar? E esta abaixo?

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Tem até pier e, claro, biergarten. Estamos aqui na beirada do Treptower Park. Isso sim é que é sossego.

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Estou passando por aqui em busca de meu próximo destino, o Molecule Man. Eu nem havia planejado esta visita, nem mesmo sabia da existência desta escultura, embora já tenha visto em cartões postais da cidade. Se está em cartão postal, deve valer a visita.

Antes de passar por baixo da ponte, como indica o Google Maps, uma última olhada para o rio-mar ao lado deste cais.

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Olha o que eu vejo bem lá na frente, embora pareça mais perto porque usei zoom nesta foto. O tal Molecule Man.

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Vale até uma selfie.

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Fui pesquisar o que significa este Molecule Man. Bom, é uma escultura de alumínio do americano Jonathan Borofsky, é composta por três figuras cobertas de furos que se encontram no centro. Os furos têm a ver com a leveza de nossos copos, o encontro é uma referência às moléculas que temos e que se juntam para garantir nossa existência.

Existem outras esculturas como esta espalhadas pelo mundo, mas esta é muito significativa, foi erguida em 1988 bem no rio que ficava entre a dividida Berlim.

Merece mais uma foto, agora de outro ângulo.

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Por falar em significados ligados a Berlim, olha um urso bem ao lado da Arena Berlin, mais um espaço de eventos.

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Agora eu entendo o que ele representa :-).

Continuo andando e venho parar no Schlesischer Park, que é mais um parque. Só que é aqui há algo especial.

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Esta é parte de uma torre de controle que vigiava a fronteira entre as Berlim Oriental e Berlim Ocidental. Fiz uma pesquisa e vi que esta aparentemente simples torre fez parte de um complexo de segurança responsável por várias outras, incluindo uma parte subterrânea. Nossa!

O que acho curioso é que qualquer lugar em Berlim é motivo para uma biergarten, as cervejarias a céu aberto. Se houver água então, seja um rio grande como o Spree, ou só um pequeno canal, é biergarten na certa.

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Esta da foto faz parte de um espaço maior de street food – é o termo que eles usam aqui – chamado White Trash Fast Food. Você atravessa esta área de alimentação e bebidas e chega neste prédio antigo, Treptower Art Center. E lá no fundo a Badeschiff, uma piscina à beira do rio.

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Tentei entrar, mas quem entra vai nadar e paga por isso. Achei demais, então peguei agora uma foto do site oficial da Badeschiff para mostrar o que há lá.

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Esta região é mesmo cheia de coisas para ver.

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Entro no Treptower Park, parece um parque como os outros: grande, bonito e cheio de gente aproveitando.

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Mas não é um parque normal, principalmente no dia 9 de maio, justamente hoje. O Dia da Vitória Soviética marca a rendição da Alemanha Nazista para a União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Na Rússia, hoje é feriado, é o dia em que os russos podem render homenagem à memória das pessoas que lutaram pelo futuro pacífico do seu país.

É exatamente este clima de festa que estou sentindo aqui no Treptower Park. E por que aqui? Este parque tem também um grande memorial aos que lutaram na época, vamos lá ver.

Logo na entrada desta parte do parque, já posso ver que há muita gente aqui.

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Que sorte escolhido justamente hoje para conhecer o lugar, foi mero acaso!

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É um memorial muito parecido com outro existente no Volkspark Schönholzer Heide, distrito de Pankow, que mostrei outro dia.

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Fiquei curioso para saber de quem é esta estátua acima, há uma grande fila para entrar lá. Só não perguntei com medo de ofender alguém, por ser uma personalidade importante que eu deveria conhecer.

Bom, hora de ir embora.

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O ambiente é da mais pura comemoração da vitória contra os nazistas.

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Na saída uma placa dá duas informações importantes. A primeira mostra o memorial como um todo, a segunda esclarece minha dúvida sobre aquela grande estátua. Não é uma pessoa específica, mas sim a simbolização de um soldado soviético.

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Google Maps mostra algo ainda muito interessante para ver no parque, a Insel der JugendIlha da Juventude. Uma ilha? Dentro do parque? Essa eu preciso ver.

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Que maravilha!

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Na subida desta ponte, umas placas no chão. Parecem ser de pessoas que apoiaram e apoiam a construção e manutenção do lugar. A princípio não prestei atenção nos nomes, eram empresas e pessoas desconhecidas para mim. Até que comecei a reconhecer alguns deles…

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A expectativa ao subir na ponte é enorme.

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E a vista compensa. E muito!

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Vejo que a ilha é usada até para cinema ao ar livre, algo que acontece em muitos parques de Berlim.

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Bem, a visita termina aqui, hora de encerrar o post de hoje. Termino com uma foto dos prédios que estou vendo enquanto aguardo o ônibus.

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Até amanhã!

Não quero ser chato, mas precisamos conversar antes de terminar o texto de hoje. Minha cunhada Bia comentou outro dia que a cidade de Berlim parece sempre tranquila, sem muita gente. Já meu pai falou que a cidade parece ser muito bonita, as fotos mostram uma beleza inigualável.

Bom, são fotos. Este é um blog de viagens, procuro mostrar o que vejo de bom nos lugares que visito. Mas há muita coisa ruim em Berlim! Para manter o bom clima dos textos, serão apenas três fotos e nenhuma outra mais até o fim da viagem. Meu objetivo é desmistificar aquela sensação de que temos no Brasil, de que todos nós precisaríamos aprender com a educação dos europeus. 

Não é bem assim!

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Este lixo todo estava naquela bela ilha que acabamos de ver há pouco, a Insel der Jugend.

A próxima foto mostra a realidade do transporte público, que é mesmo excelente. Mesmo assim, há momentos em que os ônibus ficam lotados, como os nossos no Brasil.

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Pior, há gente mal educada que tira lugar dos outros. A outra foto mostra um lugar inteiro sendo ocupado pela mochila de um folgado. E isso em pleno ônibus lotado.

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Ou seja, uma coisa é a Berlim – ou Londres, Paris ou Nova York, as outras cidades que já visitei – arrumadas para inglês ver. Ou brasileiro, japonês e o mundo inteiro. São os pontos turísticos. Outra completamente diferente é a cidade real, aquela que o berlinense, parisiense, londrino ou novaiorquino vive.

Agora sim finalizo o post de hoje.

Mapa dos pontos visitados hoje
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Mapa desta mesma região, pontos visitados durante toda a viagemMapaMaio09Maior

3 pensou em “Maio, 09 (24/28) – Oberbaumbrücke, Treptower Park e um dos cartões postais de Berlim, o Molecule Man

    1. Oi, Martha.

      Nossa, que bom receber seu e-mail, saber que você viajou comigo através do blog. Fiquei muito, muito contente.

      E eu também estou aguardando a próxima viagem (rs).

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